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Por , Valor — Rio


A taxa de desemprego no país caiu para 7,1% no trimestre móvel encerrado em maio. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior, encerrado em fevereiro (7,8%) e abaixo do resultado de igual período de 2023 (8,3%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em abril, a taxa estava em 7,5%.

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Este é a menor taxa da série histórica para um trimestre encerrado em maio e se iguala ao resultado de 2014, quando também foi de 7,1%. A série histórica começou em 2014.

O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 7,3% no trimestre móvel encerrado em maio. O intervalo das projeções ia de 6,9% a 7,8%.

No trimestre encerrado em maio, o país tinha 7,8 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 8,8% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em fevereiro, ou menos 751 mil pessoas, menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. A queda do total de desempregados frente a igual período de 2023 foi de 13%, ou menos 1,2 milhão de pessoas.

Entre março e maio, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) subiu 1,1% ante trimestre anterior e atingiu novo recorde, de 101,3 milhões de pessoas. Frente a igual trimestre de 2023, subiu 3%.

O nível é o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trabalhador da indústria  — Foto: Pixabay
Trabalhador da indústria — Foto: Pixabay

Massa de rendimentos

A massa de rendimentos dos trabalhadores brasileiros atingiu um novo recorde no trimestre encerrado em maio, de R$ 317,9 bilhões, mostrou a Pnad Contínua.

O aumento foi de 2,2% frente ao trimestre anterior (R$ 6,8 bilhões) e de 9% ante igual trimestre de 2023 (R$ 26,1 bilhões). O valor considera a massa de rendimentos real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas (em todos os trabalhos).

Já a renda média dos trabalhadores avançou 1% no trimestre móvel encerrado em maio, ante trimestre móvel anterior (encerrado em fevereiro) para R$ 3.181, uma diferença de R$ 31. O movimento, no entanto, é classificado como estabilidade estatística pelo IBGE.

Na comparação com igual trimestre de 2023, houve alta de 5,6% (R$ 181 a mais).

Coleta de dados

A coleta de dados do mercado de trabalho seguiu de forma satisfatória apesar da tragédia no Rio Grande do Sul. Ainda não é possível saber o impacto das chuvas no mercado de trabalho na região, mas um aspecto a se considerar é que há um espalhamento da amostra da Pnad Contínua em diferentes cidades do Estado. A avaliação foi feita nesta sexta-feira pela coordenadora das pesquisas por amostras de domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy. Ela explicou que as entrevistas que não puderam ser feitas de forma presencial, por causa das chuvas e dificuldades de acesso aos domicílios, foram realizadas por telefone.

“A gente vem tendo uma mobilização muito boa das equipes. Está sendo possível continuar a coleta e fazer as entrevistas, onde não é possível presencialmente, por telefone. Com toda essa força-tarefa que [o IBGE] mobilizou no Rio Grande do Sul está sendo possível continuar a coleta de maneira satisfatória”, disse.

Ao todo, 3.500 municípios brasileiros fazem parte da amostra da Pnad Contínua. Pesquisas domiciliares são feitas por amostras da população. Ou seja, é selecionada uma parte da população para ser entrevistada que reproduza o perfil da população brasileira como um todo, considerando critérios como sexo, idade, cor ou raça e região de moradia, por exemplo.

“No Rio Grande do Sul, tem áreas mais atingidas e outras menos atingidas. Não necessariamente a amostra está concentrada onde houve mais danos. E é por esse espalhamento que retrata toda a diversidade dentro do Estado”, afirmou.

Apenas em agosto, de acordo com Beringuy, quando forem divulgados os dados por unidade da federação, será possível avaliar melhor o impacto da tragédia no mercado de trabalho local. “Em agosto, a gente vai ter o resultado da Pnad por unidade da federação, relativo ao segundo trimestre, e aí vai dar um panorama mais claro para dar essas informações”, disse.

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