Brasil
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE
Por , Valor — São Paulo

O Brasil está entre os 30 países que mais gastam com contenção, prevenção e combate à violência, despesa que chegou a US$ 474 milhões no país ano passado, segundo o Global Peace Index 2024, divulgado nesta terça-feira (25) pelo Institute for Economics and Peace (IEP).

Esses custos envolvem os gastos diretos e indiretos com conflitos armados, violência, homicídio, suicídio, seguranças interna e privada, além de militarismo, e corresponderam a 11,08% do Produto Interno Bruto (PIB) do país – o que o colocou na 29ª posição na relação percentual entre custo econômico da violência e a soma das riquezas produzidas no período.

O ranking é liderado, atualmente, por Ucrânia (68,52% do PIB), Afeganistão (53,19%), Coreia do Norte (41,57%), Somália (39,78%) e Colômbia (33,77%).

Na 18ª edição do relatório, o IEP revela que o Brasil é, atualmente, o terceiro país mais inseguro da América do Sul, ficando à frente apenas de Colômbia e Venezuela. No ranking global, o país ocupa a 131ª posição.

O índice separa os indicadores em três vertentes: taxa de Militarização; Conflito Interno e Internacional em curso; e nível de Segurança e Proteção Social. Esse indicador trata do nível de harmonia ou discórdia em uma nação, que envolve taxas de criminalidade, manifestações violentas, cenário político e porção de policiais por habitantes.

De acordo com Renato Sérgio Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a baixa relevância do continente nesse indicador está atrelada às mudanças geopolíticas em torno do crime organizado.

“Houve um aumento na produção de cocaína na América do Sul, que é distribuída pelo continente e suas rotas internacionais, essa nova dinâmica do crime organizado gera um ganho de escala com redistribuição geopolítica do narcotráfico e limita a capacidade de políticas públicas”, afirma.

Segundo Lima, o modelo repressivo de polícia de rua adotado na maioria dos países na América Latina gera uma lacuna nas estratégias de políticas antiviolência no continente, além de demonstrar uma significativa diferença quando comparado aos de países desenvolvidos, uma vez que a América Latina ainda está em crescimento.

“A insegurança pública é frequentemente associada à maior presença policial e à militarização. Ao examinar os indicadores, percebe-se elementos que evidenciam uma tentativa forçada de aplicar padrões típicos de países desenvolvidos, que possuem recursos mais abundantes, a países em desenvolvimento”, alerta.

Para Lima, o indicador foi criado com base em uma perspectiva de nações europeias ou norte-americanas, o que torna relativo o entendimento da posição de diferentes países. “Mesmo que haja melhorias na segurança, a comparação sempre será relativa e assimétrica entre as nações”, diz.

“Por esse motivo, os países do continente acabam sendo puxados por esse indicador, que em contrapartida, possuem índices menores de problemas com a militarização, conflitos externos e até mesmo terrorismo”, pontua.

Mais recente Próxima Confiança do comércio cai 0,5% em junho ante maio, diz CNC

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

O S&P 500 registrou uma valorização de 33% desde a mínima observada no fim de outubro de 2023, alcançando o recorde histórico em 18 de junho.

Rali do S&P 500 freia e julho deve ser mês crítico para índice

Em seu discurso, o presidente exaltou a ex-prefeita Marta Suplicy, que será vice na chapa, e destacou os números positivos de queda do desemprego no país

Em evento em SP, Lula exalta Marta e evita citar campanha de Boulos

Na decisão, a prisão preventiva de Saicali foi substituída por “medida cautelar de proibição de ausentar-se do país” desde que cumpridas determinadas condições

Justiça do Rio revoga prisão de ex-diretora da Americanas e pede que se apresente às autoridades portuguesas

Resultado reflete um cenário de preços e custos mais estáveis, tanto para o consumidor final quanto para os estabelecimentos

Faturamento de bares e restaurantes avança 5,2% até abril, mas cenário ainda é de cautela

Ela é um dos alvos de mandado de prisão da “Operação Disclosure”, deflagrada na última quinta-feira (27) pela Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF/RJ)

Ex-diretora da Americanas foragida deve retornar ao Brasil na segunda-feira, diz fonte

Sistema passará, a partir do ano que vem, a mirar uma meta contínua de 3%, e não mais um objetivo estabelecido a cada ano

Para Arminio, meta contínua para inflação coroa êxito do sistema

Executivo se encontra em liberdade, em sua residência em Madri, capital da Espanha, segundo informou a Defesa

Ex-CEO da Americanas foi solto, diz colunista; defesa confirma que Gutierrez está em casa

Ganhou corpo um movimento para tentar emplacar um nome do Nordeste como sucessor da dirigente

Saiba quem está cotado para suceder Gleisi Hoffmann no PT

Quase toda a sua riqueza irá para um novo fundo de caridade

Warren Buffett revela o que acontecerá com seu dinheiro após sua morte

Eduardo Viola acredita que o presidente americano deveria renunciar imediatamente à candidatura para dar tempo para outro nome decolar e vencer Donald Trump

"Biden tem que desistir rápido", diz especialista em política externa americana