O governo federal e o governo do Estado de São Paulo afirmam que tratam como prioridades a segurança pública e o combate ao crime organizado. Os dois afirmam estar agindo para frear a entrada de organizações na economia formal.
“O combate ao crime organizado é uma das prioridades da Secretaria de Segurança Pública, que em 2023 investiu mais de R$ 257 milhões em ações para combater organizações criminosas e prender seus integrantes”, disse por meio de nota a Secretária da Segurança Pública do Estado.
Facções criminosas, como o PCC, têm cada vez mais adotado a estratégia de misturar o dinheiro ilítico com o de negócios legais para lavar dinheiro. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a ação do crime organizado retira entre 3,8% e 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também afirma estar fortalecendo as forças de segurança “com o objetivo de realizar ações operacionais de inteligência e estratégicas para desarticular o crime organizado, que tem se ramificado em atividades econômicas diversas.”
A secretaria afirmou que em 2023, o crime organizado no Estado sofreu “grande prejuízo” com mais de 187 mil pessoas presas e com 267 toneladas de drogas apreendidas.
Também por meio de nota, o ministério afirmou que segurança é uma prioridade no governo Lula e que no combate ao crime procura enfatizar “a asfixia financeira das organizações criminosas, com o objetivo de enfraquecer seu poder econômico e, consequentemente, a penetração destas organizações nos setores econômicos”.
Entre as ações voltadas ao combate ao crime organizado, diz o ministério, está o fortalecimento do Estado na região Amazônica, com recursos previstos da ordem R$ 2 bilhões. Outra das ações federais é o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), com investimento de R$ 900 milhões.
O ministério também cita a medida de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos aeroportos do Galeão e de Guarulhos, e nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos.
O saldo até o momento é de 138 toneladas de drogas e 273 armas apreendidas, 2713 prisões e retenção ou apreensão de quase R$ 90 milhões de prejuízo ao crime, disse o ministério.