G20 no Brasil
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Por Mônica Magnavita — Do Rio


Marina Grossi: “Temos 110 grandes empresas e experiência de articulação com esses temas” — Foto: Divulgação
Marina Grossi: “Temos 110 grandes empresas e experiência de articulação com esses temas” — Foto: Divulgação

O fórum empresarial do G20, o Business 20, contará com a contribuição de entidades de classe na formulação de propostas que serão encaminhadas aos governos das maiores economias globais. Representantes de instituições como o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) - que reúne empresas de setores diversos com faturamentos que, juntos, somam cerca 50% do PIB brasileiro -, International Chamber of Commerce (ICC Brasil), voltada para a agenda de comércio internacional, e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) estão presentes em várias forças-tarefas do B20, levando suas principais demandas ao centro dos debates.

Ana Tércia Lopes Rodrigues, vice-presidente técnica do CFC, foi nomeada para integrar a força-tarefa de Integridade e Compliance do B20 com a missão de sugerir medidas para ampliar o nível de confiança no ambiente internacional de negócios. Isso, a partir da adoção de práticas anticorrupção mais eficientes, com regulamentos e promoção de governança corporativa. “Hoje, temos ambiente de alto risco, pelo índice de corrupção elevado”, diz, enfatizando que tal cenário reduz o fluxo de investimentos e financiamentos entre os países, sobretudo quando está em questão a migração de recursos privados para regiões menos desenvolvidos.

Para contribuir com a superação dos atuais entraves, o CFC adotou três linhas de recomendações que serão apresentadas à força-tarefa liderada por Cláudia Sender, dos conselhos da Embraer e da Gerdau: incentivo à governança sustentável e aos negócios alinhado a iniciativas ESG; engajamento do setor público na mitigação de riscos; e promoção de lideranças éticas, capazes de estimular o crescimento inclusivo nas corporações.

O Cebds está presente em quatro das oito forças-tarefas instituídas pelo B20 - sistemas alimentares sustentáveis e agricultura, transição energética e clima, finanças e infraestrutura e mulheres, diversidade e inclusão em negócios -. grupos nos quais a entidade tem mais expertise. “Parte da nossa articulação dentro do G20 é aportar nosso conhecimento. Temos 110 grandes empresas [associadas] e experiência de articulação com esses temas”, diz Marina Grossi, presidente do Cebds, citando câmaras temáticas coordenadas pela entidade, como a de impacto social, clima e de biodiversidade. Além disso, mantém articulação global - aspecto relevante quando se fala em B20 - com a entidade que representa no Brasil, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), e outra coalização mundial, com a Women in Business, ambas do setor empresarial.

“Acreditamos ser uma oportunidade única para emplacar a pauta do Brasil e a dos países em desenvolvimento, como a de soluções baseadas na natureza, transição energética com as particularidades dos países em desenvolvimento, fora a questão dos recursos financeiros para esses processos, que são extremamente importantes”, diz Grossi. Algumas das questões em pauta: como fazer crédito de carbono premium; como contemplar o bioma da Caatinga; como embutir nos créditos de carbono, que no futuro serão globais, as devidas garantias a fim de que pequenos produtores sejam contemplados.

A ICC Brasil, com mais de 200 associados e parte da ICC global (instituição com 45 milhões de empresas em mais de 100 países), está presente em cinco forças-tarefas como co-chair, além de atuar como “network partner” em três: finanças e infraestrutura, integridade e compliance e transição energética e clima. “São pautas que refletem muito as prioridades das associadas”, diz Gabriella Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil. Todas as forças-tarefas cruzam alguns temas específicos, entre eles o de sustentabilidade, aspecto sensível sobretudo quando está em questão o fluxo de comércio internacional.

“Hoje há uma discussão enorme da interseção entre regras de comércio e proteção ao meio ambiente, e isso afeta o setor privado”, diz Dorlhiac. Segundo ela, há três grandes temas em que o Brasil tem muito a contribuir: clima, emprego e combate à desigualdade. “O trabalho vai ser o de direcionar o setor privado para sugestões práticas. O importante é foco e entregas concretas”, diz.

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