A correlação entre votos e indicadores econômicos e sociais nesta eleição parece de análise muito menos trivial do que em outros pleitos. A economia, sobretudo lida a partir de índices de pobreza, emprego e renda, sempre pareceu crucial nas escolhas do eleitor, mas em 2018 a falta de um padrão nos dados seria um indicativo de que isso não aconteceu, como mostrou a jornalista Thais Carrança em reportagem recente no Valor. Um outro olhar sobre isso pode suscitar, no entanto, uma pergunta: será que, diante de um mesmo cenário econômico de aumento de desemprego, extrema pobreza e mesmo violência, o eleitor não teve leituras distintas e assim optou por caminhos absolutamente diferentes?