Andrei Cunha
Professor de Língua, Cultura e Literatura Japonesa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -- UFRGS, atuando no curso de Bacharelado -- Tradutor Japonês/Português e no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS (PPGLet), na linha de pesquisa Teoria, Crítica e Comparatismo. Pós-doutorado em andamento, com o projeto "A vertigem do outro radical: orientalismo, corpo queer e tradução de Mishima Yukio no Brasil", sob orientação de Anselmo Peres Alós (UFSM). Tradutor literário, com traduções publicadas comercialmente de romances de Tanizaki Jun'ichirô, Ogawa Yôko, Inoue Yasushi e Nagai Kafû, dentre outros. Membro do grupo de trabalho de Literatura Comparada (GT LitComp) da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL) e dos grupos de pesquisa "Cosmos Littera" e "Pensamento Japonês: princípios e desdobramentos". Doutor em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui Mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Hitotsubashi (Tóquio, Japão) e graduação em Direito Japonês pela mesma universidade. É pesquisador na área de Letras, com ênfase em Estudos de Tradução e Literatura Comparada, explorando os seguintes temas: tradução literária (em pares ou combinações de inglês, francês, japonês ou português); história da tradução literária; relações internacionais e literatura; cultura e estética do Japão; literatura japonesa e em japonês; cultura japonesa no Brasil; presença de estéticas japonesas na literatura do Brasil. Prêmio Açorianos de Literatura, categoria especial, por "Shiki: inventor do haicai moderno" (2023). Prêmio da Associação Gaúcha de Escritores (AGES) e Açorianos de Literatura, categoria especial, por "Cem poemas de cem poetas: a mais querida antologia poética do Japão" (2020). Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC, gestão 2020-2021).
Supervisors: Rita Terezinha Schmidt, UFRGS and Takahiko Tanaka, Hitotsubashi Daigaku
Supervisors: Rita Terezinha Schmidt, UFRGS and Takahiko Tanaka, Hitotsubashi Daigaku
less
InterestsView All (28)
Uploads
Em 1970, Mishima invadiu uma base militar em
Tóquio numa tentativa de golpe de estado que resgataria os valores imperiais do país. Imediatamente após o fracasso do evento, Mishima cometeu o seppuku, um ritual de suicídio que compunha o código de honra de samurais. Mas como foi o caminho que ele Mas como foi o caminho que ele percorreu para chegar a este ato final?
*
Esta é uma das perguntas levantadas no episódio, que conta com a participação do tradutor e professor de literatura japonesa Andrei Cunha e o cantor, compositor, escritor e pesquisador Victor Kinjo.
*
Apresentação: Thaís Britto
Roteiro e entrevistas: Enrico Sera
Edição: Murilo Costa
Andrei dos Santos Cunha atuou desde jovem no ensino de línguas. Desde 2010, é professor de língua, literatura, cultura e tradução no Bacharelado em Letras-Tradutor Português e Japonês da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e desde 2018 no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS. Está credenciado para atuar como tradutor juramentado e intérprete comercial de japonês, francês e inglês. Andrei vem de uma família muito próxima ao universo literário, com pai e mãe professores de literatura. Aos vinte anos, foi fazer graduação no Japão com bolsa do Ministério da Educação japonês. Viveu sete anos em Tóquio, onde fez seus estudos integralmente em japonês. Envolveu-se em seu primeiro projeto de tradução por acaso, quando se tornou membro do fã-clube de um grupo japonês de música pop (Pizzicato Five), o que o levou a traduzir, entre 1996 e 2000, cerca de 200 letras de canções do japonês para o inglês.
CUNHA, Andrei. A poesia japonesa no Brasil. Fundação Japão em São Paulo [site]. São Paulo: FJSP, 2021. Disponível em: https://fjsp.org.br/traducaoemfoco_andrei_cunha/. s/p.
Palavras-chave: catástrofe, cultura japonesa, pandemia, luto coletivo, concepção de natureza
CUNHA, A. A cultura japonesa e a imaginação da catástrofe. São Paulo: Fundação Japão, 2020. Disponível em: <https://fjsp.org.br/estudos-japoneses/artigo/cultura_japonesa_e_imaginacao_catastrofe/>. Acesso em: 5 ago. 2020.
Abstract: In this work I intend to analyze the East Asian reading orientation of the Japanese comics, manga, and how it can interfere in the translation process due to the structural specificities of these comics that are directly related to the Japanese language structure. Manga is a type of artistic work articulated next to a language whose writing system has ideograms and vertical reading orientation, from right to left, contrasting with the western system that is horizontal and from left to right. Thus, if the translation remains faithful to the order of the panels, it has a sense of reading inside the speech bubble (from left to right) which is the opposite of the reading direction between panels (from right to left) and the adequacy of our writing system to this predetermined space is further hampered by the difference in the number of characters used in the Portuguese phonetic system. According to Berman's translation theory of deformations (2012), it would be possible to perceive this difficulty in the translation of the genre as a deformation of the rhythm of the text. It was precisely this distortion in the rhythm of the manga text, dealing with foreign writing systems incompatible with its original structure, which caused the editorial insecurity of the first translated publications of the genre in the West.
Em 1970, Mishima invadiu uma base militar em
Tóquio numa tentativa de golpe de estado que resgataria os valores imperiais do país. Imediatamente após o fracasso do evento, Mishima cometeu o seppuku, um ritual de suicídio que compunha o código de honra de samurais. Mas como foi o caminho que ele Mas como foi o caminho que ele percorreu para chegar a este ato final?
*
Esta é uma das perguntas levantadas no episódio, que conta com a participação do tradutor e professor de literatura japonesa Andrei Cunha e o cantor, compositor, escritor e pesquisador Victor Kinjo.
*
Apresentação: Thaís Britto
Roteiro e entrevistas: Enrico Sera
Edição: Murilo Costa
Andrei dos Santos Cunha atuou desde jovem no ensino de línguas. Desde 2010, é professor de língua, literatura, cultura e tradução no Bacharelado em Letras-Tradutor Português e Japonês da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e desde 2018 no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS. Está credenciado para atuar como tradutor juramentado e intérprete comercial de japonês, francês e inglês. Andrei vem de uma família muito próxima ao universo literário, com pai e mãe professores de literatura. Aos vinte anos, foi fazer graduação no Japão com bolsa do Ministério da Educação japonês. Viveu sete anos em Tóquio, onde fez seus estudos integralmente em japonês. Envolveu-se em seu primeiro projeto de tradução por acaso, quando se tornou membro do fã-clube de um grupo japonês de música pop (Pizzicato Five), o que o levou a traduzir, entre 1996 e 2000, cerca de 200 letras de canções do japonês para o inglês.
CUNHA, Andrei. A poesia japonesa no Brasil. Fundação Japão em São Paulo [site]. São Paulo: FJSP, 2021. Disponível em: https://fjsp.org.br/traducaoemfoco_andrei_cunha/. s/p.
Palavras-chave: catástrofe, cultura japonesa, pandemia, luto coletivo, concepção de natureza
CUNHA, A. A cultura japonesa e a imaginação da catástrofe. São Paulo: Fundação Japão, 2020. Disponível em: <https://fjsp.org.br/estudos-japoneses/artigo/cultura_japonesa_e_imaginacao_catastrofe/>. Acesso em: 5 ago. 2020.
Abstract: In this work I intend to analyze the East Asian reading orientation of the Japanese comics, manga, and how it can interfere in the translation process due to the structural specificities of these comics that are directly related to the Japanese language structure. Manga is a type of artistic work articulated next to a language whose writing system has ideograms and vertical reading orientation, from right to left, contrasting with the western system that is horizontal and from left to right. Thus, if the translation remains faithful to the order of the panels, it has a sense of reading inside the speech bubble (from left to right) which is the opposite of the reading direction between panels (from right to left) and the adequacy of our writing system to this predetermined space is further hampered by the difference in the number of characters used in the Portuguese phonetic system. According to Berman's translation theory of deformations (2012), it would be possible to perceive this difficulty in the translation of the genre as a deformation of the rhythm of the text. It was precisely this distortion in the rhythm of the manga text, dealing with foreign writing systems incompatible with its original structure, which caused the editorial insecurity of the first translated publications of the genre in the West.
Porto Alegre: Bestiário/Class, 2020. ISBN: 978-65-991129-3-5.
O presente volume contém uma seleção de 165 poemas do Kokin’wakashû (“Coleção de poemas antigos e contemporâneos”), a primeira antologia poética japonesa realizada por ordem imperial.
O Kokin’wakashû (também conhecido pelo seu nome abreviado, Kokinshû) estabeleceu o modelo a ser seguido nos mais diversos níveis: a forma poética, as situações em que se fazia poesia e mesmo quais elementos da natureza tinham mais força simbólica do que outros no momento de se escrever literatura. O “Prefácio em hiragana” desta antologia, de autoria do grande poeta e editor Ki no Tsurayuki (e cuja tradução está incluída neste volume) é a poética fundacional da literatura japonesa — um texto de intenção estético-didática que lista as condições, categorias e mecanismos necessários para se escrever poesia.
CUNHA, Andrei; SCHMITT-PRYM, Roberto. SHIKI, inventor do haicai moderno. Porto Alegre: Bestiário / Class, 2021.
Poéticas e internacionalização propõe buscar, na reflexão sobre o literário, novas formas de descrever e pensar o fenômeno da mundialização para além da técnica e o do utilitarismo. A literatura desempenhou importante papel tanto na construção da ideia de nação quanto da ideia de um mundo sem fronteiras. As poéticas associadas a esses movimentos podem nos servir como guias, no sentido de imaginar e propor um mundo no qual o papel da universidade, da cultura e da comunidade internacional contribuam para uma maior integração e colaboração entre seus diversos elementos e grupos.
Historicamente, a palavra-chave “internacionalização” assume diversos significados e implicações acadêmicas e ideológicas em diferentes contextos. Do ponto de vista estritamente técnico, ela já foi usada como índice de uma série de políticas governamentais, visando uma maior integração entre as instituições de ensino superior brasileiras e as de outros países. Essas políticas e metas se manifestam de diversas formas, como a promoção do ensino de línguas estrangeiras, a mobilidade acadêmica, o oferecimento de disciplinas em outras línguas, a organização de eventos internacionais, o acolhimento de estudantes de outros países, o envio de estudantes e professores para estudo em instituições fora do Brasil, parcerias interinstitucionais na forma de termos de cooperação ou convênios acadêmicos e técnico-científicos, dentre outras.
A questão da globalização, como fenômeno, ameaça, ou desiderata, dependendo de quem a aborda, adquire especial urgência em nosso momento histórico, no qual a alteridade se torna cada vez mais presente. A literatura estaria bem equipada para nos indicar meios e propostas frente ao fluxo intensificado de outros e de diferenças; e caberia à Literatura Comparada a missão de elencar, enxergar, visibilizar e traduzir essas novas presenças e funções do literário.
Esta coletânea propõe um diálogo com outras disciplinas e concepções teóricas de “mundo”, visando à promoção de novos marcos reflexivos e interpolinizações, com o objetivo de refletir sobre o conceito de “internacionalização” e sobre as poéticas a ele associadas.