A visita de três dias que Príncipe Harry e Meghan Markle fizeram à Nigéria aumentou a insatisfação da alta cúpula da Família Real a respeito do trabalho dos renegados - o casal se afastou de suas funções na realeza em 2020, mas mantém os títulos de Duque e Duquesa de Sussex.
Isso fez com que Rei Charles e seu filho mais velho, Príncipe William, mantivessem longas discussões nos últimos dias sobre a possibilidade de retirar os títulos reais de Harry e Meghan, que moram na Califórnia há quatro anos.
A informação foi revelada pelo escritor Tom Quinn em entrevista ao jornal The Mirror. O especialista em realeza, no entanto, destacou que dificilmente eles fariam um movimento como esse. "Eles estão com medo de que o tiro saia pela culatra e piore a situação. A última coisa que eles querem é dar à realeza renegada mais algum motivo para reclamar", explicou Quinn. "William e seu pai sabem que mesmo sem seus títulos reais, Meghan e Harry continuariam viajando pelo mundo como se fossem da realeza e a maioria das pessoas no mundo ainda os receberia".
Apesar dos medos de uma reação negativa ao movimento brusco de retirar os títulos reais do casal, há apoio público para tal decisão. Uma pesquisa da revista Tatler de 2020 revelou que 68% dos britânicos apoia a retirada dos títulos de Harry e Meghan e outros levantamentos feitos nos anos seguintes mostraram resultados parecidos ou números ainda maiores.
Harry e Meghan foram à Nigéria como parte de uma agenda privada e em apoio ao Invictus Games, projeto esportivo fundado pelo Príncipe e apoiado pelo país africano. No entanto, o que causou fúria da Família Real é que a viagem contou com todos os procedimentos e pompas de uma visita real.
"Tudo que você pode esperar de uma visita oficial da realeza estava lá: as recepções, as visitas a escolas e caridades, as saudações aos soldados e feridos", destacou Quinn. "Charles está mais bravo do que ninguém jamais o viu. Os discursos de Meghan e Harry e toda atitude deram a impressão de que eles ainda são membros da realeza".