A atriz e modelo Olivia Munn, conhecida por seus trabalhos na série 'The Newsroom' (2012 -2014) e no filme 'X-Men: Apocalipse' (2016), compartilhou detalhes de seu tratamento contra o câncer de mama. A norte-americana revelou o diagnóstico no dia 13 de março, menos de uma semana após passar pelo tapete vermelho do Oscar 2024.
"Há tantas informações enquanto você precisa tomar decisões que te afetarão para o resto da sua vida", Munn, 43, declarou em entrevista à revista People publicada nesta quarta-feira (17). "Eu realmente tentei me preparar, mas a verdade é que nada pôde me preparar para o que eu iria sentir, para a minha aparência. Foi muito mais difícil do que eu esperava".
A famosa passou por quatro cirurgias desde o início do tratamento e foi aconselhada a realizar uma mastectomia dupla. "Eu me vi pela primeira vez e foi chocante. Foi incrivelmente difícil", descreveu. "Foi um choque em meu sistema. Foi um momento muito difícil. Eu me lembro de olhar para o espelho e ficar sem reação, apenas aceitei tudo que ele [o médico] estava dizendo".
"Quando cheguei em casa, tirei minha roupa e me olhei no espelho novamente. Foi aí que desmoronei completamente", Munn acrescentou.
A atriz, então, passou por uma cirurgia de reconstrução das mamas, o que a ajudou a se sentir menos abalada com a situação: "Está muito melhor. Não é a mesma coisa e tudo bem".
Olivia também iniciou uma terapia hormonal para reduzir os riscos futuros de desenvolvimento de um novo câncer. Isso fez com que ela entrasse em uma menopausa induzida. "Constantemente, sinto que está quente, meu cabelo está caindo e estou muito cansada", relatou. Apesar dos efeitos colaterais agressivos, Munn destacou sua gratidão pela "oportunidade de lutar".
"Eu recebi essa chance e sei que muitas pessoas na minha situação não tem essa opção. Então sou extremamente grata", pontuou.
Olivia Munn ainda mencionou o apoio de seu companheiro, John Mulaney, 41 — com quem ela compartilha Malcolm, seu filho de dois anos — e citou a influência deles em sua recuperação. "Eu não era obcecada pela morte, nem tinha medo dela", disse, antes de ressaltar que "ter um bebê em casa tornou tudo mais assustador. Você percebe que o câncer não se importa se você tem um bebê ou se você tem tempo. Ele vem até você, e não há escolha a não ser encará-lo".