Saúde
Por , Em Colaboração para Marie Claire — São Paulo

O Wegovy, primeira injeção semanal aprovada para obesidade no Brasil, estará disponível no país a partir de agosto de 2024. O anúncio foi feito pelo laboratório Novo Nordisk nesta quarta-feira (26), sem especificar a data em que o fármaco chega às prateleiras das farmácias.

A droga tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, também fabricado pela Novo Nordisk. No entanto, enquanto o Ozempic é recomendado para diabetes tipo 2 — e utilizado para perda de peso em caráter off label, ou seja, fora da bula — o Wegovy tem indicação para obesidade e sobrepeso.

A diferença entre os dois remédios é a dose. Enquanto o Ozempic contém 1 mg de semaglutida, o Wegovy, 2,4 mg. Por esse motivo, a perda de peso proporcionada pela droga que vai chegar ao mercado é maior do que a da que já está à venda.

Além disso, o mais potente será também mais caro. Enquanto o Ozempic custa cerca de mil reais, o Wegovy poderá custar até 2.484 reais, conforme estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Segundo o fabricante, no entanto, programas de fidelidade e concorrência entre farmácias poderão reduzir o preço que os consumidores vão encontrar no balcão.

Os dois medicamentos são aplicados de maneira injetável, com o auxílio de um equipamento semelhante a uma caneta. “O que tem dentro das canetinhas é o mesmo remédio”, afirma o endocrinologista Márcio Mancini, vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

O que é a semaglutida?

A semaglutida imita a ação do hormônio GLP-1, naturalmente produzido pelo intestino. Essa substância colabora para a perda de peso porque causa sensação de saciedade, estimula a produção de insulina pelo pâncreas e regula a glicemia.

A aprovação do Wegovy baseou-se em pesquisas com cerca de 4.500 adultos com sobrepeso e obesidade. Os participantes tinham em média 100 quilos e perderam cerca de 17% do peso em 68 semanas, ante 2,4% dos voluntários do grupo controle, que tomaram placebo. Na cirurgia bariátrica, para efeito de comparação, a perda média é de 30%.

“As pesquisas mostraram também que a perda de peso é maior nas mulheres, principalmente naquelas com IMC [índice de massa corporal] mais alto, do que nos homens”, aponta Mancini.

O endocrinologista celebra o fato de a ciência estar alcançando níveis de perda de peso nunca alcançados por remédios para obesidade. "A média é 17%. Mas pode ter um paciente que atinja 25% e outro que não reaja não bem e chegue a 10%. Os números do tratamento para obesidade estão se aproximando cada vez do nível da perda de peso da bariátrica", diz.

Segundo o médico, na prática, a dose do Wegovy já é alcançada nos consultórios com o Ozempic. “Não tem diferença nenhuma administrar 2,4 mg de Ozempic e de Wegovy. A questão é que o paciente precisa fracionar as doses na caneta”, afirma.

A dosagem maior tampouco vai causar mais efeitos colaterais no paciente, de acordo com o endocrinologista, porque as medidas são escalonadas pouco a pouco.

Quem pode tomar Wegovy?

A Anvisa aprovou o Wegovy para adultos obesos, isto é, com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior de 30 kg/m2, ou com sobrepeso (IMC igual ou superior a 27 kg/m2) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso. Alguns exemplos de doenças associadas ao peso são pré-diabetes, diabetes tipo 2, pressão alta, apneia obstrutiva do sono e doença cardiovascular.

Além disso, o tratamento deve ser acompanhado de uma dieta de baixas calorias e aumento da prática de exercício físico.

Estima-se que 60,3% dos adultos brasileiros tenham excesso de peso, o equivalente a 96 milhões de pessoas, com prevalência maior entre as mulheres (62,6%). Já a obesidade atinge 25,9% da população, o correspondente a 41,2 milhões de adultos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2020.

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