Eu, Leitora

Eu, Leitora | Marie Claire

Eu, Leitora | Marie Claire

A empresária Amanda Brito Orleans, 37, foi diagnosticada ainda bebê com 'ossos de vidro', condição que a impede de andar. Apesar das dificuldades que enfrentou por ser uma mulher com deficiência, como estudar em uma faculdade sem acessibilidade e ter sido reprovada em todos os processos seletivos de estágio, Orleans continuou ocupando lugares. Em 2017, criou o blog 'Destinos Acessíveis' com o marido e começou a ser chamada para dar treinamentos sobre diversidade em empresas. Essa oportunidade a levou a criar uma startup

'Me deram dois meses de vida por causa da osteogênese imperfeita. Hoje, tenho 37 e trabalho para incluir pessoas com deficiência'

Sarah Nicolleli, 60, descobriu que seu filho tinha esquizofrenia ainda na adolescência. Sem saber o que fazer, procurou ajuda e conhecimento por conta própria. Em sua batalha, ela ainda lidava com a própria depressão e criava outra filha, que tinha o diagnóstico de bipolaridade. A experiência avassaladora do cuidado a fez criar a Associação Mãos de Mães das Pessoas com Esquizofrenia (AMME), iniciativa para ajudar outras mães a se informarem e acolherem seus filhos

'Me desesperei quando descobri que meu filho tinha esquizofrenia. Transformei a dor em luta ao criar uma associação para ajudar mães como eu'

A influenciadora Gabi Cazimiro relata como transformou a dor de perder o filho Davi Gabriel, de 5 meses, durante um acidente doméstico, em combustível para criar um instituto que acolhe gestantes e mães situação de vulnerabilidade social

'Perdi meu bebê em um acidente doméstico, entrei em depressão, mas me reergui e agora estendo a mão para outras mães'

A adolescente Alessandra Oliveira teve um quadro de vasculite aos 4 anos que causou a necrose e a amputação de suas mãos e pernas. A natação a ajudou a entender que uma pessoa com deficiência pode ocupar qualquer lugar que ela quiser, inclusive o pódio de uma grande competição, como os Jogos Parapan-Americanos em 2023

'Minhas mãos e pernas foram amputadas e hoje sou campeã parapan-americana com 16 anos'

A assistente social Joana* tem 63 anos e, pela primeira vez, conseguiu falar sobre a violência sexual que sofreu dos 5 aos 7. Ela se lembra, em flashes, das noites em que o irmão de seu pai ejaculava entre suas pernas e vagina. Em um acordo não verbal, Joana entendia que presentes dados pelo parente eram uma espécie de pagamento pelo seu silêncio. Com a ajuda da fé, ela conseguiu perdoar o agressor

'Fui violentada sexualmente pelo meu tio na infância. Acreditar que as pessoas pagam seus pecados em vida me ajudou a lidar com o trauma'

Com relações conflituosas com a família, Letícia*, 23 anos, precisou viver em diversas casas ao longo da infância e da adolescência, em que foi vítima recorrente de violências físicas e sexuais. Entre elas, recebia dinheiro de um tio após ser abusada por ele. Letícia ainda passou dois anos sendo vítima de exploração sexual nas ruas. Hoje, por meio de seu trabalho e com esperança de tratar o vício da mãe, ela busca um novo caminho para si mesma

'Com 12 anos, fui explorada sexualmente pela minha mãe para pagar dívidas por uso de drogas'

A engenheira de computação Adriane Loper, 57 anos, relata que não há dor pior para uma mãe do que a de perder um filho, como aconteceu com ela em 2005, quando Fernando faleceu com nove anos por ter atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1. O luto exigiu que a curitibana se afastasse temporariamente de outros pacientes com a condição para se recuperar. Mas quando se reestabeleceu, ela voltou ainda mais forte e pronta para fazer a diferença na vida de outras famílias com o Instituto Fernando

'Criei um instituto para pessoas com AME depois de perder meu filho para a doença com 9 anos'

A publicitária Giuliana Cavinato conta que estava com a vida nos trilhos: aos 30 anos ela se preparava para se mudar para Nova York a trabalho, mas seus planos mudaram quando teve um AVC. Em depoimento ao Eu, Leitora, ela conta como evitou as sequelas ao conhecer uma terapia na Itália. Hoje, ela abriu um instituto no Brasil para capacitar profissionais e ajudar outros pacientes

'Sofri um AVC aos 30 anos e fui salva por uma terapia que conheci na Itália. Recuperada, trouxe o método ao Brasil para mudar outras vidas'

A comunicadora e modelo Karin Yuri, 24 anos, não se lembrava das violências sexuais que viveu na infância, quando o pai a molestava e a exibia na internet em uma possível rede virtual de pedófilos. O trauma fez com que seu cérebro apagasse as informações, que voltaram em forma de flashbacks depois de adulta. Sem apoio da família e da Justiça, Karin decidiu se abrir sobre o que viveu para alertar outras famílias e conscientizar sobre a real face do abuso e exploração sexual infantil

‘Após ser internada na UTI, recobrei minha memória e lembrei que fui abusada pelo meu pai na infância’

Em 2013, publicitária Priscila Bonadiman conheceu o servidor público Gustavo Julião na igreja. Os dois se apaixonaram e subiram ao altar em 9 de julho de 2022. Um dia após o casamento, Gustavo sofreu um AVC hemorrágico e foi internado na UTI, onde permaneceu por 18 dias

'Um dia após o casamento, meu marido teve um AVC e ficou 18 dias em coma. Agora, estamos nos reerguendo com a chegada da nossa filha'