• Fernando Barbosa
Atualizado em
colheita-soja (Foto: José Medeiros/Ed. Globo)

(Foto: José Medeiros/Ed. Globo)

O Brasil aumentará a produção na safra 2020/21 e colherá 131 milhões de toneladas de soja e 107 milhões de toneladas de milho. É o que aponta relatório divulgado nesta quinta-feira (11/6) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

A produção mundial de grãos deverá crescer 95 milhões de toneladas na safra 2020/2021, para o total de 2,760 bilhões de toneladas, segundo o o USDA. A projeção teve um reajuste de 9 milhões de toneladas na estimativa do primeiro relatório desta safra, publicado em maio.

Os estoques finais são esperados em 872,5 milhões de toneladas, 51,7 milhões a mais do que na safra 2019/2020, enquanto a comercialização sai de 431,3 milhões de toneladas para 451,3 milhões. Com isso, a oferta de grãos global será de 3,580 bilhões de toneladas, 111 milhões de toneladas superior ao estimado para o último ano.

No caso da soja, a expectativa para a produção global é de 362,8 milhões de toneladas na safra 2020/2021, volume próximo ao divulgado em maio e 27,4 milhões de toneladas maior do que 2019/2020. Os números divulgados para a produção deste ano se aproximam da temporada 2018/2019, que registrou 360,2 milhões de toneladas.

Maior produtor mundial da oleaginosa, o Brasil deve colher 131 milhões de toneladas nesta safra, ante as 124 milhões de toneladas em 2019/2020. Segundo maior produtor, os EUA devem colher 112,2 milhões de toneladas, 15,6 milhões de crescimento sobre o ciclo anterior.

A Argentina tem a produção estimada em 53,5 milhões de toneladas, 3,5 milhões de toneladas a mais, enquanto as lavouras do Paraguai estão projetadas em 10,2 milhões de toneladas, expansão de 350 mil toneladas.

A estimativa do USDA para as exportações de soja é de 161,9 milhões de toneladas, aumento de 6,4 milhões de toneladas sobre 2019/2020. O Brasil deve embarcar para o exterior 2 milhões de toneladas a menos, somando 83 milhões de toneladas, enquanto os EUA devem ampliar a exportação em 10,8 milhões de toneladas, para 55,7 milhões.

Segundo o USDA, os estoques finais devem cair cerca de 1 milhão de toneladas em todo o mundo neste ciclo agrícola, com 98,3 milhões de toneladas de soja.

Milho

No documento, o USDA reajustou a produção mundial de milho em 2 milhões de toneladas em relação à projeção divulgada no último mês, para 1,188 bilhão de toneladas. Esse montante também representa crescimento de 75 milhões de toneladas na produção global sobre a safra anterior, que foi de 1,113 bilhão de toneladas.

Maior produtor mundial, os Estados Unidos devem produzir 406,2 milhões de toneladas do grão, 60,4 milhões a mais do que safra 2019/2020. Já o Brasil, que ocupa o segundo lugar, deve produzir 107 milhões de toneladas, 6 milhões a mais do que no último ano. A Argentina deve colher 50 milhões de toneladas, mesmo volume do ano anterior, enquanto a Ucrânia deve ter 39 milhões de toneladas, crescimento de 3,2 milhões de toneladas.

Por sua vez, as exportações devem ficar em 182,5 milhões de toneladas, volume praticamente igual ao estimado em maio, mas 13 milhões superior ao último ano agrícola. Neste aspecto, os embarques externos serão puxados pelos EUA, com exportações estimadas em 54,61 milhões de toneladas, mesmo volume do período anterior.

O Brasil deve comercializar 38 milhões de toneladas para o exterior, enquanto a Argentina será responsável pela venda de 34 milhões de toneladas e a Ucrânia por outras 33 milhões de toneladas.

A China deve aumentar o consumo em 3 milhões de toneladas, para 189 milhões. Para as importações, a projeção do USDA é de 176,5 milhões de toneladas, o que representa um crescimento da ordem de 7 milhões de toneladas em 2020/2021.