Ciência

Por Marilia Marasciulo


Isaac Newton (Foto: Flickr) — Foto: Galileu
Isaac Newton (Foto: Flickr) — Foto: Galileu

O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da humanidade. Filho de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena aldeia da Inglaterra, em 1643. Desde criança, demonstrava mais interesse por criar invenções do que pelos negócios da família. Aos 18 anos, foi aceito no Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde recebeu o grau de Bacharel em Artes.

Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma universidade e, em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o Melhoramento do Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do conhecimento científico. Dois anos depois, se tornou o primeiro cientista a receber o título de “Sir”, sagrado cavaleiro da rainha da Inglaterra. Newton morreu em 1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes da idade extremamente elevada para a época. Sua principal obra, Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, é considerada até hoje uma das maiores referências para ciência mundial.

Lei da Gravitação Universal
No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a Inglaterra e matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou fechada, e Newton voltou para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma macieira (cujas descendentes ainda existem!), viu uma maçã cair no chão — ou na sua cabeça, a história vai do gosto do freguês — e formulou a Lei da Gravitação Universal, que explica a força da gravidade.

Segundo ela, “dois corpos atraem-se com força proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa seus centros de gravidade”. Com essa descoberta, Newton eliminou a dependência da ação divina e deu início à ciência moderna. Como diria o cientista em um ensinamento que vale para a vida: “nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado”.

As Leis de Newton
Graças ao melhor entendimento da gravidade, Newton formulou três leis que basicamente explicam nossas vidas do ponto de vista físico. Publicadas em 1687, também são conhecidas como as leis do movimento. São elas:

1. Princípio da inércia

“Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas nele”, definiu Newton. O exemplo mais clássico é do ônibus em movimento cheio de passageiros em pé. Se ele frear bruscamente, os passageiros serão projetados para frente, pois seus corpos tendem a permanecer no movimento do ônibus antes da freada.

2. Lei fundamental da dinâmica

"A mudança do movimento é proporcional à força motriz impressa e se faz segundo a linha reta pela qual se imprime essa força.” É por isso, por exemplo, que se você empurrar um carrinho de brinquedo com força, ele provavelmente irá andar; já se aplicar a mesma força em um carro de verdade, ele dificilmente irá se mover, visto que tem uma massa muito menor.

3. Princípio da ação e reação

“Para toda ação há uma reação oposta e de igual intensidade”. É a mais fácil de compreender, explica porque socar uma parede pode ser tão difícil (e doloroso).

(Foto: Reprodução/Filosofia Moderna) — Foto: Galileu
(Foto: Reprodução/Filosofia Moderna) — Foto: Galileu

Teorias sobre a luz
Desde a Grécia Antiga o homem tentava desvendar os mistérios da luz, mas foi Isaac Newton o primeiro a elaborar teorias e pesquisas mais sólidas. Em 1665, com seu famoso prisma de vidro, Newton provou que a luz branca é composta por todas as cores e o fenômeno da refração, que explica como a luz é transmitida de um meio para outro. Com essa descoberta, Newton criou um telescópio refrator que criava imagens nove meses maiores que os telescópios da época. A lição que fica das descobertas de Newton sobre a luz, em uma frase cheia de modéstia do próprio (em outro contexto), é: “se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes".

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