• Redação Galileu
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Mansão de 1,2 mil anos data do período islâmico primitivo, entre os séculos 8 e 9 d.C (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

Mansão de 1,2 mil anos data do período islâmico primitivo, entre os séculos 8 e 9 d.C (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

Uma luxuosa propriedade rural de 1,2 mil anos foi encontrada na cidade de Rahat, no deserto de Neguev, durante escavações realizadas pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). A descoberta foi divulgada no Facebook da entidade no último dia 23 de agosto.






As escavações da antiga mansão ocorreram durante a construção de um novo bairro na cidade, já anteriormente planejada pelo governo israelense. O edifício escavado tem “um pátio central sobreposto a um complexo abobadado único e uma cisterna de água escavada em uma rocha de três metros de profundidade, datada do período islâmico primitivo, entre os séculos 8 e 9 d.C”, segundo postagem da IAA.

A propriedade, composta por quatro alas com quartos para atender as necessidades dos moradores, é a primeira do tipo descoberta no Neguev. Em uma das alas, havia um salão com piso de mármore e pedra, além de paredes decoradas com afrescos, dos quais restavam pequenos fragmentos coloridos em vermelho, amarelo, azul e preto.

Propriedade de 1,2 mil anos foi encontrada no deserto de Negev, no sul de Israel (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

Propriedade de 1,2 mil anos foi encontrada no deserto de Neguev, no sul de Israel (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

Outros cômodos do prédio tinham piso de gesso, grandes fornos e fragmentos de delicadas travessas de vidro decorada, de acordo com as autoridades. Segundo o site Times of Israel, o edifício tem estruturas subterrâneas que permitiram que seus residentes superassem o calor escaldante do verão local. O dono da mansão pode ter sido um rico proprietário de terras que supervisionava fazendas na região.

"A propriedade luxuosa e as impressionantes abóbadas subterrâneas únicas são evidências das posses dos donos. Seu alto status e riqueza permitiram que construíssem uma luxuosa mansão que servia de residência e entretenimento”, dizem os diretores da escavação, Oren Shmueli, Elena Kogan-Zehavi e Noé D. Michael.

Artefatos descobertos durante as escavações na área da mansão de 1,2 mil anos  (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

Artefatos descobertos durante as escavações na área da mansão de 1,2 mil anos (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

Os arqueólogos da escavação disseram também que as estruturas abobadadas subterrâneas foram usadas para armazenar alimentos e permitiram que os moradores se movimentassem no subsolo sem ter que sair no Sol quente.






Eli Eskosido, diretor da IAA, informou que a mansão estava entre duas mesquitas antigas. "Por boa sorte, e para grande interesse e entusiasmo da população local, o edifício permanece descoberto na área planejada para expandir a cidade de Rahat até o período islâmico primitivo”, disse.

Edifício do período islâmico primitivo contém estruturas abobadadas subterrâneas  (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

Edifício do período islâmico primitivo contém estruturas abobadadas subterrâneas (Foto: Israel Antiquities Authority/Reprodução/Facebook)

A Autoridade de Antiguidades de Israel, junto da Autoridade para o Desenvolvimento e Colonização dos Beduínos, estão planejando conservar e exibir as descobertas ao público em geral. De acordo com o Times of Israel, o local será aberto para visitas gratuitas, incluindo atividades de escavação e peneiramento em família.