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A vontade de comer um docinho após as refeições pode fazer parte da rotina de muitas gestantes, inclusive daquelas que, antes da gravidez, não eram tão ligadas assim a doces. A explicação para essa mudança no paladar está nas alterações hormonais. É aí que, muitas vezes, o chocolate entra em cena na hora da sobremesa ou do lanchinho da tarde. Mas surge a dúvida: consumir as versões amargas ou meio amargas é melhor para a saúde da grávida do que o chocolate ao leite ou até mesmo o branco?

Grávida comendo chocolate — Foto: Freepik
Grávida comendo chocolate — Foto: Freepik

A boa notícia é que, sim, comer chocolate amargo ou meio amargo é melhor para a gestante. Isso se dá porque essas opções têm maior concentração de cacau em sua composição e, por isso, possuem mais benefícios que os chocolates ao leite ou branco, como explica Marisa Coutinho, nutricionista e gerente corporativa de Nutrição do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista (SP).

"Quanto maior a concentração de cacau, maior também a quantidade que ele oferece de flavonoides, que são moléculas presentes no fruto e que trazem benefícios pra gente. Os flavonoides são antioxidantes, que ajudam a neutralizar os radicais livres, a proteger contra o envelhecimento, a prevenir doenças, são anti-inflamatórios e também ajudam na regulação hormonal, ou seja, possuem diversos pontos positivos para nossa saúde", afirma Marisa.

Para se ter ideia, os chocolates do tipo meio amargo possuem entre 40% e 50% de cacau, mas já existem no mercado produtos com concentração de 70% a 90%. Além disso, os chocolates mais amargos têm menos açúcar, leite e gordura na fórmula. O pior tipo é o branco, que é mais gorduroso.

Ponto de atenção

Não é porque essas versões do doce são melhores que podem ser consumidas livremente na gravidez, especialmente por conta da quantidade de cafeína presente nos chocolates amargos e meio amargos, afinal, quanto mais cacau, maior será o teor dessa substância na guloseima. "A cafeína não faz bem para a gestante, tanto que existe uma recomendação de um consumo máximo de 200 mg de cafeína por dia, o que equivale a mais ou menos uma xícara e meia de café. Então, para você ter uma ideia, um chocolate numa concentração considerada amarga, que é acima dos 70% de cacau, tem em torno de 15 a 70 mg [de cafeína]", afirma a nutricionista.

Vale lembrar que a cafeína é um componente que estimula a liberação da adrenalina, hormônio que têm efeito vasoconstritor (ou seja, faz com que as veias e artérias se contraiam), diminuindo a circulação sanguínea em certas áreas do nosso corpo. Na gravidez, essa vasoconstrição pode reduzir o fluxo de sangue que chega à placenta, dificultando a nutrição e o desenvolvimento saudável do feto, além de poder provocar aumento da pressão arterial.

Mais cacau e menos açúcar

Além da questão da cafeína, outro fator ao qual as gestantes devem estar atentas nos chocolates amargos e meio amargos é que, embora eles tenham porcentagem menor de açúcar que as versões ao leite ou branca, isso não quer dizer que eles possam ser consumidos sem moderação — especialmente por quem tem diabetes gestacional. "Nesse caso, é interessante e importante que as gestantes observem o rótulo da embalagem, devendo optar pelos chocolates que não contenham açúcar em suas composições, de preferência", orienta Marisa.

A nutricionista esclarece, ainda, que, de forma geral, as grávidas não precisam cortar o chocolate completamente do seu dia a dia ao longo dos nove meses, mas devem evitar o exagero. "O ideal é que não passe de 25 gramas por dia. Os chocolates também têm seus benefícios, por isso não precisam ser riscados da dieta por completo, mas apenas serem consumidos de maneira equilibrada", finaliza.

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