Colunistas
 

Por Por Anny Meisler


Um filho ama futebol e escala qualquer seleção de cabeça. O outro é o mini gênio aficionado por ciências. A mais nova vive no mundo das bailarinas e princesas. O que eles têm em comum? O amor um pelo outro, são meus filhos, mesmo sangue e família — e só. As personalidades são completamente diferentes, e a mãe aqui tenta equilibrar os pratinhos para tentar entender o jeitinho peculiar de cada um; sai de um mundinho e entra no outro com a maior velocidade.

A verdade é que quando se trata de filhos com idades diferentes e com personalidades distintas, a comparação é algo que muitas mães enfrentam. É difícil não comparar quando uma criança é mais extrovertida e outra introvertida, ou quando uma se destaca em determinada área e a outra não. Mas, será que essa comparação é saudável? Fui atrás para tentar entender e, segundo a psicóloga parental Cíntia Aleixo, "crianças de idades diferentes e de personalidades distintas trazem desafios diferentes para suas mães. No entanto, a comparação não é a solução para lidar com essas diferenças".

Comparar os filhos não é uma solução para lidar com as diferenças — Foto: Vlada Karpovich/Pexels
Comparar os filhos não é uma solução para lidar com as diferenças — Foto: Vlada Karpovich/Pexels

A primeira questão a ser lembrada é que cada criança é única e tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, percepção de mundo, encantamentos, prazeres... O que é preciso é aceitar e respeitar essas diferenças. Fazer comparações entre irmãos pode causar danos emocionais que podem durar toda a vida. E além do mais, as crianças crescem naquele modelo de “ter que ser” igual a outra, causando uma impossibilidade enorme de ser eles mesmos — fora a sensação de inadequação no mundo.

A comparação é valorosa quando percebemos que vai render frutos e incentivos preciosos. A Cintia também explica que, "quando uma criança é comparada negativamente a outra, ela pode desenvolver baixa autoestima e sentir-se inferior. Já quando comparada positivamente, a outra criança pode desenvolver um sentimento de inveja em relação ao irmão ou se sentir pressionada a ser igual a ele". Nada bom, né?

Filhos com personalidades diferentes podem apresentar desafios aos pais — e que desafio! —, especialmente quando se trata de disciplina e estabelecimento de limites. O que funciona para um filho pode não funcionar para o outro. Por isso, é importante que os pais sejam flexíveis e adaptem as estratégias de disciplina para atender às necessidades de cada um. Além disso, é fundamental para os pais reconhecerem e celebrarem as diferenças. Devemos evitar comparações entre irmãos e reconhecer as realizações de cada filho individualmente. Isso ajuda a promover a autoestima e a autoconfiança.

Por aqui, tenho incentivado as crianças a valorizarem e respeitarem as diferenças entre si. É importante ensinar a serem empáticas e compreensivas com as necessidades e desejos dos outros. Ao fazer isso, eles podem aprender a se relacionar melhor com as pessoas em geral — e não apenas com seus irmãos.

Por fim, é importante lembrar que as diferenças podem ser uma fonte de riqueza e diversidade na família. Cada filho pode contribuir com suas habilidades e perspectivas para a dinâmica familiar. Os pais podem ajudar a promover um ambiente positivo e inclusivo, onde cada um é valorizado por quem é e pelo que traz para a família como um todo. Legal né?

No fim, a gente acaba achando graça dessas diferenças e entendendo que o mundo é bem melhor assim, com diversidade das características e sempre respeitando e admirando o jeitinho único de cada um. Como eu contei, já tenho aqui em casa jogador, cientista e bailarina, mas devo confessar a vocês que, na minha infância, eu já fui um pouco disso tudo também.

Tive pais que sempre estimularam a minha expressão livre e criativa. Na minha casa era permitido ser "qualquer coisa do bem". A regra era clara: se expresse! E isso me permitiu um desenvolvimento saudável para me tornar uma adulta pronta para exercer vários papéis que amo. E quem diria, caros leitores, que hoje estaria escrevendo uma baita coluna legal — foi, sim, graças a tudo isso! Por isso, deixem a sua criatividade e dos pequenos fluir. No futuro vai valer a pena!

Anny Meisler é mãe de três: Nick, Tom e Chiara, e fundadora da LZ Studio, LZ Mini e LZ Corporativo, todas empresas do segmento de mobiliário e decoração — Foto: Arquivo pessoal
Anny Meisler é mãe de três: Nick, Tom e Chiara, e fundadora da LZ Studio, LZ Mini e LZ Corporativo, todas empresas do segmento de mobiliário e decoração — Foto: Arquivo pessoal

Saiba como assinar a Crescer para ter acesso a nossos conteúdos exclusivos

Mais recente Próxima
Mais do Crescer

Uma postagem de uma mãe sobre todos os motivos para NÃO ter mais de um filho dividiu a internet. Entenda;

"Sempre quis ter dois filhos, mas agora prefiro um"

Exemplo de luta e resistência, Dean Clifford superou todas as expectativas médicas, ao conviver com a epidermólise bolhosa há mais de 40 anos

Homem supera expectativa de vida de 5 anos e celebra 43 anos

A criança sobreviveu, mas está no hospital, em estado crítico. O caso aconteceu na Filadélfia, nos Estados Unidos

“Foi um acidente”, diz avó de menina de 2 anos que caiu de janela

O caso teria acontecido em uma província localizada no norte da China

Homem pula para salvar menino arrastado por correnteza

Britânica queria mostrar a outros pais que nem tudo precisa ser perfeito o tempo todo, mas acabou sendo duramente criticada nas redes sociais

Mãe posta vídeo de bagunça em casa e é chamada de "preguiçosa"

Bunny Hedaya explicou que os termos proibidos não são palavrões e motivo surpreende

Mãe deixa filho falar palavrões, mas proíbe cinco palavras

Ushma Kansara, 33, desenvolveu depressão pós-parto após Amara, sua filha de apenas quatro dias, ter parado de respirar. Devido ao trauma do ocorrido, Ushma "ainda não pode ser deixada sozinha" com a filha. Entenda;

Mãe não consegue ficar sozinha com a filha após trauma com engasgo

“A família tem, desde a coroação do Rei, o mesmo sobrenome pela primeira vez. Isso é muito importante para qualquer um", disse uma fonte ligada à Família Real

Filhos de Meghan e Harry ganham novo sobrenome e quebram tradição real de mais de 60 anos

Daniel, 32, e Jhonatan, 30, adotaram cinco irmãos — um deles recém-nascido. O casal ficou famoso ao participar do quadro The Wall, do Domingão (TV Globo), mas Jhonatan morreu tragicamente, semanas depois, em decorrência de dengue hemorrágica. Foi quando Daniel se viu sozinho e o único responsável por cinco crianças: "A adoção me fez o melhor pai do mundo, e eu não tenho medo desse desafio"

"Não pude vivenciar o luto", diz enfermeiro que perdeu o marido após adotar cinco crianças