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Vajra mushti

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Prática de kalarippayattu.

O Vajramushti e o Kalarippayatt (que pode ser traduzido como "O caminho da arena") são artes marciais muito antigas originárias da Índia, da região de Kerala. É aceito que o Vajramushti é a arte marcial mais antiga, e todas as outras artes são derivadas dele[carece de fontes?].

Khalorika, em sânscrito, significa "o local onde se praticam as técnicas marciais dos xátrias". Foi daí que se acredita que a palavra Kalarippayatt tenha surgido. Kalari significa "escola" e payatu significa "arte marcial". Vajramushti é um termo Sânscrito que pode ter diversas traduções: "punho direto", "punho real", "soco real", "caminho do rei", a partir de vajra (vara, bastão, rei) e mushti (pancada, golpe, soco).[1] Entretanto, o Vajramushti é mais conhecido como Kalaripayatt ou Kalaripayattu. Esta é uma das artes marciais mais antigas no mundo. Seu propósito está em ajudar a manter uma harmonia exterior e interior no homem e com a sociedade.

O Kalaripayattu era uma arte praticada pelos xátrias, a classe guerreira da Índia. Siddhartha Gautama - o Buddha - foi praticante assíduo do Kalaripayat. O Kalaripayattu é uma prática vinculada aos ríchis.

O Kalaripayattu é a Arte Antiga do "Marma", isto é, dos 108 pontos vitais no corpo humano (sthula sharira ou corpo físico denso). Kalaripayattu, Chilambam, Kabádi e Vajramushti são artes marciais praticadas em Tamil Nadu e Kerala por muitos séculos. Elas são mais divulgadas como artes de condicionamento espiritual e mental, físico e emocional do Ser Humano, do que uma mera arte de luta - como tantas que já existem.

O Kalaripayattu pode ou não ser praticado com armas, tais como: bastões longos ou curtos, lanças, espada etc.

Acredita-se que os ríchis guerreiros tenham ensinado seus segredos para os principais brâmanes. Esses, por sua vez, treinaram outros e escolheram 21 peritos em combate corpo a corpo, com os quais os guerreiros Yodhas foram treinados. Esses 21 guerreiros estabeleceram 21 Kalaris para proteger a terra e manter a paz.

Graças ao monge Bodhidharma, um monge Budista do Sul da Índia (um príncipe de Tamil Nadu), Kalaripayátu e o Vajramushti foram introduzidos na China e no Japão, e depois em outras terras e países. Na China, o Kalaripayátu e o Vajramushti tomaram o nome de Kung Fu. No Japão, estas artes foram desenvolvidas dentro do sistema samurai, onde criaram-se e desenvolveram-se o caratê e o quempô.

A idade dourada de Kalaripayatu foi do século XIII ao século XVIII, quando as técnicas foram mais divulgadas e praticadas publicamente. Já no século XIX, os colonialistas britânicos declararam o Kalaripayatu e o Vajramushti como técnicas ilegais, e sua prática e ensino foram, gradualmente, extintas. Poucos mestres ensinavam estas artes, e quando isto ocorria, tal ensinamento era feito reservadamente.

O Kalarippayattu se espalhou na Europa devido aos esforços de Anil Machado e na América por Shiva Rhea. Eles são os mestres líderes na Europa e América.

A cultura física, mental e espiritual

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O alvo do Kalaripayatu está não unicamente na arte de defesa pessoal, mas também no vigor da mente através de exercícios físicos e ioga. O vigor da mente é o vigor de corpo.

Kalaripayatu é uma mistura única de práticas espirituais, mentais e físicas. O treinamento segue rituais estritos. No Gurukula, 'residência dos mestres', há um treinamento físico rígido, assim como treinamento ético e espiritual aos praticantes. O kalariguru, mestre de defesa pessoal, guia seus estudantes num caminho que os permitirá estarem prontos para qualquer situação na vida.

A medicina ayurvédica tradicional faz par com o Kalaripayatu. Seu nome é designado como "Kalarichikitsa" e baseia-se em identificar pontos vitais, 'marmas', que são tratados com massagens e óleos essenciais do Ayurveda e ervas medicinais ditadas pelos gurus.

Atualmente no Brasil

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O ensinamento do Vajramushti no Brasil foi transmitido pelo grão-mestre sri swami Vyaghrananda Bhagwan, discípulo de sri Munirishi Saddhu, que por sua vez, foi nascido e criado em Kerala, no sul da Índia. O sucessor do Vajramushti no Brasil, segundo o Vishwa Unnyayan Samsad e o Vishwa Parishad, é o atual grão-mestre sri Vyaghra Yogi Gamaji, também conhecido oficialmente pelo nome de mestre Uberto Gama, discípulo direto do swami Vyaghrananda Bhagwan, mas antes foi estudante de diversas outras linhas de ioga e budismo, tendo chegado ao quarto dan da faixa preta em Taekwondo. Afirma-se que o mestre Vyaghra Yogi Gamaji passou por diversas escolas de ioga, antes de tornar-se mestre de Raja Vidya Yoga, disciplina citada no Bhagavad Gita. Como uma linhagem espiritual, a linha Raja Vidya Yoga mantém a prática destas artes marciais em sua codificação, sob o capítulo Yodha Vidya.

"Dentro da Ordem Filosófica Vidya Yoga Ashram, a prática mais profunda do Vajramushti só é transmitida para os membros com o grau de discípulos ou instrutor-missionário. O motivo principal desta decisão é preservar a tradição milenar e evitar a deturpação dos princípios filosóficos. Atualmente, algumas artes marciais perderam o seu verdadeiro sentido espiritual e de autoconhecimento, e passaram a ser meros esportes ou espetáculos de pancadaria." Shri Swami Vyaghra Yogi

Referências

  1. VELTE, H. Dicionário ilustrado de budô. Tradução de S. Pereira Magalhães. Rio de Janeiro. Tecnoprint. 1981. p. 35.

Ligações externas

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