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Tupolev Tu-22M

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 Nota: Se procura o outro avião, veja Tupolev Tu-22.
Tupolev Tu-22M
(OTAN: Backfire)
Bombardeiro
Tupolev Tu-22M
Um Tu-22M3M da Força Aérea Russa
Descrição
Tipo / Missão Bombardeiro estratégico
País de origem  União Soviética/ Rússia
Fabricante Tupolev
Período de produção 19671993
Quantidade produzida 497
Desenvolvido de Tupolev Tu-22
Primeiro voo em 30 de setembro de 1969 (55 anos)
Tripulação 4
Especificações
Dimensões
Comprimento 42,4 m (139 ft)
Altura 11,05 m (36,3 ft)
Peso(s)
Peso vazio 58 000 kg (128 000 lb)
Peso carregado 112 000 kg (247 000 lb)
Peso máx. de decolagem 124 000 kg (273 000 lb)
Propulsão
Motor(es) 2 x turbofans Kuznetsov NK-25
Força de empuxo (por motor) 247,9 kgf (2 430 N)
Performance
Velocidade máx. em Mach 1.88 Ma
Alcance bélico 2 410 km (1 500 mi)
Alcance (MTOW) 6 800 km (4 230 mi)
Teto máximo 13 300 m (43 600 ft)
Armamentos
Metralhadoras / Canhões 2x Canhão GSh-23 de 23mm montados na torreta da cauda
Mísseis Capacidade de carregar 3x mísseis Kh-22 ou 6x Kh-15
Bombas Capacidade de carregar até 24000 kg

O Tupolev Tu-22M (Russo: Туполев Ту-22М; designação da OTANBackfire) é uma aeronave supersônica de geometria variável, bombardeiro estratégico e marítimo de longo alcance desenvolvido pela Tupolev Design Bureau. De acordo com algumas fontes, acreditava-se que o bombardeiro fosse designado Tu-26 ao mesmo tempo.[1] O seu único operador atual é a Força Aérea Russa que, até 2021, mantinha 66 destas aeronaves no serviço ativo.[2][3]

Durante a Guerra Fria, o Tu-22M foi operado pela Força Aérea Soviética (VVS) em um papel de bombardeio estratégico e pela Aviação Naval Soviética (Aviacija Vojenno-Morskogo Flota, AVMF) desempenhando um papel anti-transporte marítimo de longo alcance.[4]

A primeira vez que o Tu-22M foi utilizado em combate foi no Afeganistão, vendo bastante ação entre 1987 e 1988, bombardeando posições mujahidin durante o Cerco de Khost. A partir de outubro de 1988, pelo menos dezesseis Tu-22M3 foram utilizados para dar cobertura para as tropas soviéticas que se retiravam do território afegão. Sua última ação neste conflito foi uma operação sobre o Passo de Salang, em outubro de 1989. Na última década da União Soviética, o Tu-22M sofreu com problemas operacionais, a maioria ocasionados pela manutenção deficiente e falta de provisões, com muitas aeronaves ficando até meses sem conseguir voar.[5][6][7] A produção dele continuou até 1993.

A Rússia e os demais membros da Comunidade dos Estados Independentes herdaram 370 Tu-22M soviéticos. A Ucrânia, que possui cerca de 60 destas aeronaves, abriu mão da maioria delas, com os Estados Unidos ajudando-os a desmantela-los. A Aviação Naval Russa também abriu mão de sua frota, deixando apenas a força aérea russa como a única utilizadora do Tu-22M. Em 1995, os russos utilizaram este avião em combate para bombardear Grozny na Guerra da Chechênia.[8] Em 9 de agosto de 2008, um Tu-22MR foi abatido por um míssil de um sistema anti-aéreo Buk-M1 durante a Guerra Russo-Georgiana.[9] Em 2017, dezenas de Tu-22M foram transferidos para a Síria, onde participaram da intervenção russa na guerra civil local.[10][11]

Durante a invasão russa da Ucrânia de 2022, vários Tu-22M3 foram utilizados para bombardeio convencional sobre cidades ucranianas (como Mariupol) e também para lançamento de mísseis balísticos (como o hipersônico Kh-47M2 Kinzhal). Em dezembro de 2022, um Tu-22M3 (identificado como RF-34110) das Forças Aeroespaciais da Rússia foi danificado seriamente por um drone suicida ucraniano na base aérea de Dyagilevo.[12] Em 20 de agosto de 2023, na Base aérea de Soltsy-2 (na banda ocidental do Oblast de Novgorod), dois Tu-22M3 foram atingidos por drones suicidas ucranianos, com uma das aeronaves sendo completamente destruída.[13][14]

Referências

  1. Healey, John K. (Janeiro–Fevereiro de 2004). «Retired Warriors: 'Cold War' Bomber Legacy». Air Enthusiast (109). pp. 75–79. ISSN 0143-5450 
  2. Hoyle, Craig (26 de setembro de 2014). «Kings of the swingers: Top 13 swing-wing aircraft». Flightglobal.com. Consultado em 27 de setembro de 2014. Cópia arquivada em 27 de setembro de 2014 
  3. «The B-21 and H-20 Mean the Age of Flying Wing Bombers Has Arrived». 19fourtyfive.com. 20 de maio de 2022 
  4. «The Tupolev Tu-22 "Blinder" & Tu-22M "Backfire"». 5 de março de 2012. Consultado em 12 de janeiro de 2018 
  5. Velovich, Alexander (7–13 de agosto de 1991). «Spares deficit grounds Tu-22s» (PDF). London, UK: Reed Business Information. Flight International. 140 (4279): 17. ISSN 0015-3710. Consultado em 31 de maio de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 3 de agosto de 2016 
  6. Velovich, Alexander (6–12 de novembro de 1991). «Soviet AF wanted Tupolev prosecuted over Blackjack». Londres, Reino Unido: Reed Business Information. Flight International. 140 (4292): 21. ISSN 0015-3710. Consultado em 31 de maio de 2016. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2016 
  7. «BACKFIRE BOMBERS IN CHINA» (PDF). Dtic.mil. Consultado em 16 de agosto de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 11 de outubro de 2017 
  8. Goebel, Greg. «The Tupolev Tu-22 "Blinder" & Tu-22M 'Backfire'». Vectorsite.net. Cópia arquivada em 5 de março de 2012 
  9. Chang, Felix K. (13 de agosto de 2008). «Russia Resurgent: An Initial Look at Russian Military Performance in Georgia». Consultado em 7 de outubro de 2008. Cópia arquivada em 14 de outubro de 2008 
  10. Cenciotti, David (17 de novembro de 2015). «25 Russian long-range strategic bombers in action over Syria for the very first time». The Aviationist. Consultado em 24 de novembro de 2015. Cópia arquivada em 20 de novembro de 2015 
  11. «Tu-22M3 bombers' presence in Syria aims to stabilize situation, says Russian lawmaker». TASS. 25 de maio de 2021. Consultado em 26 de maio de 2021 
  12. Ricardo Meier (6 de dezembro de 2022). «Russian Tu-22M and Tu-95 bombers hit by suspected Ukrainian drone strikes». airdatanews.com (em inglês). Consultado em 6 de dezembro de 2022 
  13. «Ukrainian drone destroys Russian supersonic bomber». BBC News. 22 de agosto de 2023. Consultado em 22 de agosto de 2023 
  14. Cole, Brendan (19 de agosto de 2023). «Russia blames Ukraine for drone attack on military airfield». Newsweek. Consultado em 20 de setembro de 2023