The Cassandra Crossing
The Cassandra Crossing | |
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No Brasil | A Travessia de Cassandra |
Em Portugal | Cassandra Crossing |
Reino Unido · Itália · Alemanha Ocidental 1976 • cor • 129 min | |
Gênero | |
Direção | George P. Cosmatos |
Produção |
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Produção executiva | G. Pettini |
Roteiro | Tom Mankiewicz Robert Katz George P. Cosmatos |
Elenco | Sophia Loren Richard Harris Burt Lancaster |
Música | Jerry Goldsmith |
Idioma | língua inglesa |
The Cassandra Crossing (bra: A Travessia de Cassandra[1][2]; prt: Cassandra Crossing[3]) é um filme ítalo-teuto-britânico de 1976, dos gêneros drama,[2] ação[1] e suspense,[2] dirigido por George P. Cosmatos.[1][2]
Realizado em Technicolor e Panavision, reúne um grande elenco de astros internacionais, com produção do magnata europeu Sir Lew Grade e do produtor italiano Carlo Ponti.[4] Ponti também explorou a possibilidade do filme ser uma grande vitrine para sua esposa, Sophia Loren.[5]
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Sophia Loren...Jennifer Rispoli Chamberlain
- Richard Harris...Dr. Jonathan Chamberlain
- Burt Lancaster...Coronel Stephen MacKenzie
- Martin Sheen...Robby Navarro
- Lee Strasberg...Herman Kaplan
- Ava Gardner...Nicole Dressler
- Ingrid Thulin...Dr. Elena Stradner
- O. J. Simpson...Haley
- Lionel Stander...Max (maquinista)
- Alida Valli...Nanny
- Ann Turkel...Susan
- John Phillip Law...Major Stack
- Lou Castel...terrorista sueco
- Ray Lovelock...Tom
- John P. Dulaney...Bobby
- Thomas Hunter...Capitão Scott
- Fausta Avelli...Caterina
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Terroristas suecos tentam explodir um prédio norte-americano da Organização Internacional da Saúde em Genebra e dois deles são mortos e um terceiro foge, contaminado com germes de uma epidemia mortal (vagamente mencionada como uma espécie de peste bubônica). O coronel da Inteligência Militar dos Estados Unidos Stephen Mackenzie, auxiliado pela especialista sueca em patologias Drª. Elena Stradner, é chamado para acompanhar o caso e descobre que o terrorista sobrevivente apanhou o trem que parte de Genebra até Estocolmo. No trem, está o renomado médico neurologista Dr. Jonathan Chamberlain e sua ex-esposa, a escritora Jennifer Rispoli Chamberlain. O coronel contata Chamberlain e explica a situação, dizendo que o trem deverá ser lacrado e que os passageiros ficarão de quarentena num campo de refugiados em Janov na Polônia. Para isso, a composição será desviada para uma antiga ferrovia usada pelos nazistas e abandonada em 1948, que inclui uma passagem por uma ponte perigosa conhecida como "Travessia de Cassandra".
Produção
[editar | editar código-fonte]Os estúdios Cinecittà em Roma foram usados para as filmagens dos interiores, com locações na França e Suíça para a maioria das cenas externas.[4] A ponte em arco de aço Garabit no sudeste da França, construída entre 1880 e 1884 por Gustave Eiffel, o mesmo da Torre Eiffel,[6] representa a "Travessia de Cassandra".
No começo do filme, os passageiros chegam à estação de Genebra para embarcarem no trem. As filmagens foram feitas na realidade na estação central de Basileia. Quando o Dr. Chamberlain entra na estação, podem ser avistados os bondes em cor verde (pertencentes a companhia de transporte público da Basileia - BVB), e a Praça da Estação Central pode ser avistada ao fundo.[7] Muitas cenas foram filmadas na ferrovia entre Basileia – Delémont – Porrentruy; a ponte ferroviária de Saint-Ursanne pode ser reconhecida.
A maior parte dos efeitos especiais envolvem maquetes e modelos em escala que foram bem eficientes, apesar dos cenógrafos do estúdio incluírem uma típica locomotiva a diesel que não se assemelha as cenas da locação, com pantógrafos para a ligação com a rede elétrica.[4]
Foi oferecido o papel principal a Peter O'Toole que recusou. Richard Harris entrou no seu lugar.[8]
The Cassandra Crossing foi apenas o segundo filme de Lee Strasberg.[9] Ava Gardner afirmou (em tradução livre, como as demais): "a verdadeira razão para eu estar nesse filme é dinheiro, baby, pura e simples"[10] Tom Mankiewicz, que trabalhou no roteiro, o apelidou de "A torre de Germes" (referência ao filme catástrofe "Inferno na Torre" de 1974).
Recepção
[editar | editar código-fonte]The Cassandra Crossing não teve boas críticas nem causou boas reações no público norte-americano que já estava se cansando dos filmes catástrofes. Planejado como um veículo para a estrela Sophia Loren, a maior parte das escolhas do elenco foram decisões ilógicas conforme anotou Richard Eder do The New York Times,[11]
A maioria das resenhas contemporâneas também destacou em comum a trama implausível apesar de elogios à cinematografia e a música de Jerry Goldsmith, consideradas elementos notáveis. Variety criticou o filme como "... um cansativo, piegas e algumas vezes inadvertidamente engraçado filme catástrofe com um trem com passageiros contaminados abandonados à própria sorte.".[12]
O filme foi vaiado e apupado numa apresentação prévia para os críticos.[13]
O grafismo das cenas em que muitos passageiros são mortos na sequência final causou uma classificação "R" para exibição nos cinemas norte-americanos e levou a versões "censuradas" e "sem censura" para os lançamentos posteriores em vídeos[4]
Bilheteria
[editar | editar código-fonte]The Cassandra Crossing, apesar de tudo, deu lucros.[14][15]
Referências
- ↑ a b c «A Travessia de Cassandra». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 17 de novembro de 2020
- ↑ a b c d «A Travessia de Cassandra». Brasil: CinePlayers. Consultado em 17 de novembro de 2020
- ↑ «Cassandra Crossing». Portugal: SapoMag. Consultado em 17 de novembro de 2020
- ↑ a b c d Thompson, Nathaniel. "The Cassandra Crossing (1976)." Turner Classic Movies. Recuperado em 3 de fevereiro de 2012
- ↑ Verlhac and Dherbier 2008, p. 12.
- ↑ Billington 1983, pg. 92.
- ↑ "Travelling in Switzerland." myswissalps.com. Recuperado em 3 de fevereiro de 2012
- ↑ Mankiewicz and Crane 2012, p. 178.
- ↑ "The method man." The Guardian 29 de março de 1976, p. 8.
- ↑ Tuohy, William. "Ava Gardner: Still that certain something." Los Angeles Times, 9 de maio de 1976, p. s1.
- ↑ Eder, Richard. "The Cassandra Crossing (1976): A Travessia de Cassandra foi condenada por premissas tolas, mal encenado." The New York Times, 10 de fevereiro de 1977
- ↑ "The Cassandra Crossing." Variety, 31 de dezembro de 1976.
- ↑ Beck, Marilyn. "Director gets cross at 'Crossing' critics." Chicago Tribune, 19 de janeiro de 1977, pg. a6.
- ↑ Walker 1985, p. 197.
- ↑ Grade 1987, p. 246.
- Bibliografia
- Billington, David P. The Tower and the Bridge: The New Art of Structural Engineering. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1983. ISBN 978-0-691-02393-9.
- Grade, Lew. Still Dancing: My Story. New York: William Collins & Sons, 1987. ISBN 0-0-0217-780-3.
- Mankiewicz, Tom and Robert Crane. My Life as a Mankiewicz. Lexington, Kentucky: University Press of Kentucky, 2012. ISBN 978-0-8131-3616-5.
- Verlhac, Pierre-Henri and Yann-Brice Dherbier. Sophia Loren: A Life in Pictures. Brighton, UK: Pavilion, 2008. ISBN 978-1-86205-831-6.
- Walker, Alexander. National Heroes: British Cinema in the Seventies and Eighties. London: Harrap, 1985. ISBN 978-0-75285-707-7.
Referências
- Filmes do Reino Unido de 1976
- Filmes da Itália de 1976
- Filmes catástrofe
- Filmes de suspense da década de 1970
- Filmes ambientados em trens
- Filmes dirigidos por George P. Cosmatos
- Filmes com trilha sonora de Jerry Goldsmith
- Filmes sobre terrorismo
- Filmes da Alemanha de 1976
- Filmes da Alemanha Ocidental
- Filmes de suspense da Alemanha
- Filmes ambientados na Alemanha
- Filmes ambientados na Polônia
- Filmes ambientados na Suíça
- Filmes em língua inglesa
- Filmes sobre epidemias
- Filmes de suspense da Itália
- Filmes de suspense do Reino Unido
- Filmes de drama de ação do Reino Unido
- Filmes de drama de ação da Alemanha
- Filmes de drama de ação da Itália