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Templo da Honra e da Virtude

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Templo da Honra e da Virtude
Templo da Honra e da Virtude
Gravura de 1805
Informações gerais
Tipo Templo romano
Construção 234 a.C.
208 a.C.
Promotor Fábio Máximo
Marco Cláudio Marcelo
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização I Região - Porta Capena
Coordenadas 41° 53′ 04″ N, 12° 29′ 25″ L
Templo da Honra e da Virtude está localizado em: Roma
Templo da Honra e da Virtude
Templo da Honra e da Virtude

O Templo da Honra e da Virtude (em latim: Aedes Honor et Virtutis) foi um templo romano dedicado à Virtude e Honra[1] do qual nada restou. Ele geralmente é citado em primeiro lugar nos catálogos regionais para a Regio I (Porta Capena) e ficava bem ao lado da Porta Capena,[2] provavelmente do lado norte da Via Ápia.[1] Em frente a ele estava o Altar de Fortuna Redux.[3]

Ele foi dedicado primeiro à Honra em 17 de julho de 234 a.C. por Fábio Máximo depois de sua vitória sobre os lígures.[1][4] Depois da Batalha de Clastídio, em 222 a.C., Marco Cláudio Marcelo jurou dedicar o templo também à Virtude, um voto que ele renovou depois de capturar Siracusa. Em 208 a.C., ele próprio tentou cumprir seu juramente rededicando o templo existente já dedicado à Honra, mas o Colégio de pontífices proibiu-o, pois uma cela não poderia ser dedicada a dois deuses — se um prodígio ocorresse no local, não seria possível identificar a qual deus sacrifícios deveriam ser realizados em agradecimento.[5] Por conta disto, Marcelo reformou o Templo da Honra e construiu uma nova cela do outro lado em homenagem à Virtude, tornando o templo existente em um templo duplo.[1]

Este novo templo duplo foi dedicado pelo filho de Marcelo em 205 a.C.[1][6] Ele abrigava diversos tesouros artísticos saqueados de Siracusa por Marcelo,[7] embora a maioria já tivesse desaparecido na época de Lívio.[1][8] O templo também abrigava a "Edícula das Camenas (aedicula Camenarum), o antigo santuário de bronze que se acreditava datar da época de Numa Pompílio e que foi depois levado para o Templo de Hércules e as Musas.[1][9] O templo foi depois reformado por Vespasiano e decorado pelos artistas Cornélio Pino e Átio Prisco.[1][10] Ele foi mencionado pela última vez nos catálogos regionais no século IV.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i Samuel Ball Platner & Thomas Ashby, Honor et Virtus, in «A Topographical Dictionary of Ancient Rome», London, Oxford University Press, 1929, online.
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XXV.40.3; XXIX.11.13; XXVI.32.4
  3. Os Feitos do Divino Augusto, 11
  4. Cícero, Sobre a Natureza dos Deuses II.61
  5. «Temple of Honor and Virtue» (em inglês). Imperium Romanum 
  6. Lívio, Ab Urbe ConditaXXV.40.1‑3; XXVII.25.7‑9; XXIX.11.13; Valério Máximo, Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis I.1.8; Plutarco, Vidas Paralelas, Marcelo 28
  7. Cícero, De re publica I.21; Verrino, IV.121; Lívio, Ab Urbe Condita XXVI.32.4
  8. Lívio, Ab Urbe Condita XXV.40.3
  9. Sérvio, Comentário na Eneida de Virgílio I.8
  10. Plínio, História Natural XXXV.120
  • Samuel Ball Platner, Honos et Virtus, in: Topographical Dictionary of Ancient Rome, Oxford University Press, London, 1929 (completd and revised by Thomas Ashby), on: Bill Thayer's LacusCurtius. (em inglês)

Ligações externas

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