Têtu
Fundação | 1995 |
País | França |
Idioma | francês |
ISSN | 1265-3578 |
Tetu.com |
Têtu ("teimoso" em francês) é a principal revista gay publicada na França. Até 2007, possuía como subtítulo "le magazine des gays et lesbiennes" (lit. "a revista dos gays e lésbicas"), mas depois se afirmou como uma revista para homens gays.[1] Em dezembro de 2012, sua circulação certificada era de 41 961 cópias por mês.[2] Em 2015 sua publicação foi cancelada. Dois anos depois, no dia 28 de fevereiro de 2017, a revista foi relançada.
História
[editar | editar código-fonte]Fundada em 1995 por Didier Lestrade e Pascal Loubet, e historicamente dirigida por Pierre Bergé, Têtu foi iniciada alguns anos após o fim da revista Gai Pied (publicada entre 1979 e 1992). Bergé vendeu a revista em janeiro de 2013 e, desde então, pertence a Jean-Jacques Augier.[3][4]
Têtu declarou falência em janeiro de 2015 e entrou em liquidação em julho de 2015, com perdas de €1,1 milhão (R$ 3,5 milhões) em 2014.[5][6]
Em novembro de 2015, uma startup francesa chamada Idyls comprou a revista e começou a publicar novamente, somente online.[7]
Visão geral
[editar | editar código-fonte]A revista contém entrevistas com políticos, celebridades, escritores, dançarinos, entre outros, sobre questões LGBT, além de artigos e resenhas sobre livros, filmes, peças ou jogos eletrônicos com temas LGBT. Outra seção está relacionada às notícias LGBT em todo o mundo. Há também cartazes e anúncios de roupas de marca para homens. Além disso, algumas páginas são dedicadas a notícias sobre AIDS, sua prevenção e tratamento. Periodicamente, é publicado um guia informativo gratuito intitulado Têtu+ sobre HIV e AIDS.
A revista também abordou casos internacionais de figuras públicas LGBT de fora da França. Em outubro de 2012, Têtu enviou repórteres à Jordânia para fazer uma matéria sobre o porta-voz da revista LGBT da Jordânia, o modelo Khalid, da revista My.Kali.[8]
Controvérsia
[editar | editar código-fonte]Em julho de 2011, Alexis Palisson apareceu em uma pose de topless em Têtu com um moko falso e segurando uma taiaha. Isto causou controvérsia na Nova Zelândia, com alguns maoris dizendo que Palisson estava desrespeitando sua cultura e que a permissão deveria ter sido solicitada a um iwi, pois os mokos geralmente representam afiliação a um iwi. Palisson foi forçado a pedir desculpas por qualquer ofensa causada e enfatizou que ele respeita as tatuagens tradicionais.[9][10]
Referências
- ↑ «Jean-Jacques Augier: "Nous voulons mettre en une de "Têtu" des personnes réelles qui ont quelque chose à dire"». Têtu. 1 de julho de 2013. Consultado em 3 de junho de 2020. Arquivado do original em 6 de julho de 2013
- ↑ «Têtu – Chiffres». OJD. 27 de outubro de 2014. Consultado em 3 de junho de 2020. Cópia arquivada em 27 de outubro de 2014
- ↑ Hanne, Isabelle (29 de março de 2013). «Jean-Jacques Augier, bille en «Têtu»». Libération.fr (em francês). Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ Diderich, Joelle (19 de fevereiro de 2013). «Pierre Bergé Sells Têtu Magazine». WWD (em inglês). Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ Hudson, David (16 de julho de 2015). «French magazine Têtu goes bust after making annual losses of over €1million». Gay Star News (em inglês). Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ Guilbault, Laure (23 de julho de 2015). «Paris Court Declares Têtu Bankrupt». WWD (em inglês). Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ Match, Paris. «Le magazine gay renaît - "Têtu" n'a pas dit son dernier mot». parismatch.com (em francês). Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «TÊTU | "My.Kali" va bien, merci». TÊTU (em francês). 2 de agosto de 2016. Consultado em 3 de junho de 2020
- ↑ «French fake moko photoshoot creates online debate». One News
- ↑ «France fullback displays fake moko for gay magazine». One News