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Selo fonográfico

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Selo fonográfico é um tipo de marca utilizada no lançamento de fonogramas, tanto em mídias físicas como em digitais, no âmbito da indústria fonográfica.[1] O termo também é utilizado como sinônimo de gravadora, devido ao fato de os fonogramas serem vendidos com selos que identificavam a gravadora que o produziu.[1] Com este sentido, aplica-se especialmente às gravadoras independentes, que, normalmente, possuem, apenas, um único selo fonográfico homônimo pelo qual lançam seus fonogramas.[2]

Primeiros selos

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O início da comercialização de música gravada e os primeiros discos comercializados com selos

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A história dos selos fonográficos confunde-se com a história das gravações propriamente distas, isto é, com a história dos registros fonográficos. Com a invenção do fonógrafo por Thomas Edison, em 1877,[3] que, embora precedido por outras experiências e invenções, foi o primeiro aparelho que possibilitava a gravação e a reprodução de sons.[4] Anos depois, em 1887, Emil Berliner inventou o gramofone, que utilizava discos ao invés de cilindros, como a invenção de Edison, superando dificuldades de armazenamento, durabilidade e custos,[5] além de propiciar a sua produção em massa:

Assim, em 1890, Berliner licencia sua invenção para uma fábrica alemã de brinquedos, para que esta comercialize bonecas falantes e versões em miniatura do gramofone, não obtendo êxito comercial.[6] Somente em 1894, Berliner radica-se nos Estados Unidos e inicia a gravação e comercialização de música, através da fundação da Berliner Gramophone, em discos feitos de ebonite (na época conhecido como vulcanite, hoje este é o nome de um mineral[7]) e utilizando-se do selo Gramophone.[8]

No Canadá, os primeiros selos surgiram quando Beliner teve que cessar as atividades de sua empresa nos Estados Unidos devido a processos sobre patentes. Ele mudou-se para o Canadá e estabeleceu uma empresa por lá, comercializando discos da Victor Talking Machine Company e da Gramophone Company inglesa, utilizando os selos Angel e His Master's Voice.[8]

No Reino Unido, o primeiro selo fonográfico é o selo Angel, da Gramophone Company, fundada por um parceiro de Berliner.[9]

No Brasil, os primeiros discos começam a ser comercializados pela Casa ao Bogary, no Rio de Janeiro, importados da Gramophone Company inglesa, sendo chamados de "chapas" nos primeiros catálogos, e utilizando os selos Angel.[6]

Referências

  1. a b KLEIN, Allison. Como funcionam as gravadoras Arquivado em 21 de agosto de 2013, no Wayback Machine.. Publicado em HowStuffWorks. Página visitada em 22 de setembro de 2012.
  2. SOBRAL, Marcella. Selos preenchem lacuna deixada por gravadoras em crise, lançando artistas novos e já consagrados. Publicado em O Globo, caderno Cultura, em 27 de junho de 2010. Página visitada em 22 de setembro de 2012.
  3. FANFA, Lázaro Paz. "Artista Desconhecido": A utilização do design pela indústria fonográfica nos meios digitais. Publicada pela Universidade de Santa Cruz do Sul, em junho de 2009.
  4. MUSSARELA, Márcio. Do fonógrafo ao Ipod[ligação inativa]. Publicado em Comunicador Corporativo, em 21 de dezembro de 2011. Página visitada em 23 de setembro de 2012.
  5. COUGO JÚNIOR, Francisco Alcides. Os Riscos do Disco: A valorização do objeto-disco na relação entre História e Música. Publicado em Revista Virtual Outros Tempos, Dossiê História e Literatura, vol. 8, nº 11, junho de 2011.
  6. a b c PICCINO, Evaldo. Um breve histórico dos suportes sonoros analógicos. Sonora. São Paulo:Universidade Estadual de Campinas / Instituto de Artes, vol. 1, n. 2, 2003.
  7. SANTIAGO, Emerson. Ebonite. Publicado em InfoEscola, em 05 de abril de 2012. Página visitada em 24 de setembro de 2012.
  8. a b The 78-rpm 7-inch Berliner Series. Publicado em Library and Archives Canada. Página visitada em 26 de setembro de 2012.
  9. Company vitae. Publicado em The Guardian, em 24 de maio de 2003. Página visitada em 25 de setembro de 2012.
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