Ruy López de Villalobos
Ruy López de Villalobos | |
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Nascimento | 1500 Málaga |
Morte | 4 de abril de 1546 (45–46 anos) Amboíno |
Cidadania | Império Espanhol |
Ocupação | explorador |
Ruy López de Villalobos (Málaga, Espanha, 1500 - Ilha Ambon, 4 de abril de 1546) foi um fidalgo e navegador espanhol que explorou as ilhas Filipinas e tratou, sem sucesso, de as colonizar e estabelecer uma rota comercial viável com os territórios espanhóis em América. Na sua expedição deu nome às Filipinas em honra de Filipe II de Espanha.
Expedição (1542-43)
[editar | editar código-fonte]Em 1541, López de Villalobos recebeu o encargo de Antonio de Mendoza, primeiro vice-rei da Nova Espanha, de encabeçar uma expedição para as Ilhas do Poente (Índias Orientais) procurando novas rotas comerciais. Partiu a expedição do porto mexicano de Barra de Navidad em 1 de novembro de 1542, uma frota com 370 a 400 tripulantes a bordo de quatro navios maiores, um bergantim e uma goleta: Santiago, Jorge, San Antonio, San Cristóbal (pilotada por Ginés de Mafra), San Martín e San Juan de Letrán (ao comando de Bernardo de la Torre).[1]
A 25 de dezembro, a frota dirigiu-se para as actuais ilhas de Revillagigedo, em frente à costa oeste de México, uma de cujas ilhas tinha sido descoberta em 1533 por Fernando de Grijalva. No dia seguinte redescobriram um grupo de ilhas situadas a 9° ou 10° N a que chamaram Corales, e ancoraram numa destas ilhas, à que lhe puseram por nome A Nublada (hoje San Benedicto), e aos penhascos lhes deram o nome de Los Inocentes.
O 6 de janeiro de 1543, avistaram várias pequenas ilhas na mesma latitude e chamaram-nas Los Jardines (presume-se as ilhas de Eniwetok e Ulithi, já avistadas em 1527 pelo galeão Reyes, o barco comandado por Álvaro de Saavedra, que Cortés tinha mandado para cruzar o Pacífico).[2] Também descobriram a ilha de Palaos, que pertenceu a Espanha até 1899, quando foi vendida à Alemanha junto com o resto das ilhas Carolinas.
Em abril de 1544 embarcou-se para a ilha de Amboina. Villalobos e sua tripulação dirigiram-se depois às ilhas de Samar e Leyte, às que chamaram As Ilhas Filipinas (Ilhas Filipinas) em honra do Príncipe de Espanha, Felipe II. Expulsados pelos nativos hostis, a fome e um naufrágio, López de Villalobos viu-se obrigado a abandonar os seus assentamentos nas ilhas e a expedição. Procuraram refúgio nas Molucas, e após algumas escaramuças com os portugueses, foram encarcerados.
Ruy López Villalobos morreu a 4 de abril de 1546, em sua cela da prisão, na ilha de Amboina, de uma febre tropical, ou como disseram os portugueses "de um coração rompido".[3] Em seu leito de morte foi atendido pelo jesuita Francisco de Jaso (São Francisco Xavier) que se encontrava então em viagem de evangelização nas Molucas, sob protecção do rei de Portugal, e como Núncio do Papa na Ásia.
Sobreviveram 117 membros da tripulação, entre eles Ginés de Mafra e Guido de Lavezaris. Ginés de Mafra redigiu um manuscrito sobre a circum-navegação de Magalhães que foi enviado a Espanha por um amigo a bordo. Embarcaram-se em Malaca, onde os portugueses os puseram num barco com destino a Lisboa. Uns trinta optaram por permanecer ali, incluindo a Mafra. O seu manuscrito permaneceu desconhecido durante vários séculos e foi só descoberto no século XX e publicado em 1920.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- José Maria Ortuño Sánchez-Pedreño. La expedición de Ruy López de Villalobos a las Islas del Mar del Sur y de Poniente. Estudio Histórico-Jurídico.. [S.l.]: Anales de Derecho. Universidad de Murcia. 2005. (p. 249).
- De la Costa', Horacio. 1958. "The Villalobos Expedition 1542-1546." In: The Bulletin of the Philippine Historical Association, No. 5, September.
Referências
- ↑ Sánchez-Pedreño, José Maria Ortuño (2005). La expedición de Ruy López de Villalobos a las Islas del Mar del Sur y de Poniente. Estudio Histórico-Jurídico. [S.l.]: Anales de Derecho. Universidad de Murcia. p. 249 ff
- ↑ Sánchez-Pedreño, José Maria Ortuño (2005). La expedición de Ruy López de Villalobos a las Islas del Mar del Sur y de Poniente. Estudio Histórico-Jurídico. (PDF). [S.l.]: Anales de Derecho. Universidad de Murcia. p. 249 ff
- ↑ William Henry Scott (1985) Cracks in the Parchment Curtain ISBN 971-10-0073-3 p. 54.