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Peixe-mandarim

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Peixe-mandarim no Steinhart Aquarium
Peixe-mandarim no Steinhart Aquarium
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Callionymidae
Género: Synchiropus
Espécie: S. splendidus
Nome binomial
Synchiropus splendidus
Herre, 1927[1]

O peixe-mandarim (Synchiropus splendidus) é um peixe perciforme de água salgada adaptado ao clima tropical que mede de 6 a 10 centímetros de comprimento. Vive escondido em fendas nos recifes de coral e alimenta-se de pequenos animais marinhos que passam próximos ao seu esconderijo.[2] Também é encontrado, com menos frequência, em águas rasas protegidas, como lagoas costeiras e pequenas baías.[3] Por precisar de muitos nutrientes diferentes, às vezes o peixe-mandarim também come pequenas quantidades de algas e outros flocos que possam lhe servir de alimento.

O peixe-mandarim é um peixe exuberante e tímido e por isso é muito usado em aquários como animal de estimação. Possui cores fortes, brilhantes e desenhos organizados agressivamente em sua pele. Essa característica é, de fato, um mecanismo de defesa contra predadores, indicando que a carne do peixe-mandarim tem gosto ruim, já que seu corpo produz um muco viscoso de gosto e cheiro horrível.

Exemplo de liberdade em Anilao, Filipinas

A pele do peixe-mandarim não possui escamas, por esse motivo ela é necessariamente muito grossa, a fim de proteger o peixe das pontas agudas presentes nos recifes de coral. Os olhos por sua vez são projetados para fora como grandes saliências, permitindo que o peixe-mandarim enxergue a sua volta. Os olhos também não possuem pálpebras, nem canais lacrimais, sendo a água do mar responsável pela limpeza dos mesmos.

A visão do peixe-mandarim é bem desenvolvida, acima da média dos outros peixes, sendo que seus olhos são capazes de identificar até as cores do ambiente. Ao menor sinal de perigo, o peixe-mandarim eriça os longos espinhos das costas fazendo-o parecer maior do que realmente é.

O nome do peixe-mandarim vem das cores e desenhos do seu corpo que parecem muito com as roupas de seda usadas pelos mandarins na antiga China. Esta espécie de peixe é mais comumente encontrada no Oceano Pacífico, mas também pode ser encontrado no Oceano Índico e no Caribe.

Quando criado em aquário ou em cativeiro, o peixe-mandarim deve conviver somente com indivíduos da mesma espécie pois pode ser agressivo com indivíduos de espécies diferentes. Além disso a reprodução em cativeiro é muito difícil de ser alcançada e a alimentação a partir de produtos industrializados não é aceita pelo peixe se o ambiente do aquário não estiver nas condições ideais.

O que difere os machos das fêmeas de peixe-mandarim é que os machos são tipicamente maiores e apresentam extensões nas nadadeiras dorsal e anal. Também é mais comum os machos possuírem cores mais bem distribuídas e brilhantes que as fêmeas, embora isso nem sempre aconteça.

A temperatura ideal da água de um aquário para um peixe-mandarim é de 25 °C com pH em torno de 8,2. O peixe mandarim existe a cerca de 140 milhões de anos

Quando o macho de peixe-mandarim quer se acasalar, algo que geralmente acontece ao entardecer, ele levanta sua nadadeira dorsal e nada em volta de sua companheira, aproxima-se dela e agarra sua nadadeira peitoral com a boca. Os dois ficam nadando ligados até alcançarem a superfície, onde soltam-se e expelem o esperma e os óvulos que se unem para formar os ovos.

Os pais cuidam dos ovos, que ficam boiando na superfície, protegendo-os de possíveis predadores e de outros perigos do meio. Depois que nascem, os filhotes de peixe-mandarim se alimentam de zooplâncton e fitoplâncton até alcançarem tamanho suficiente para comer animais maiores.

Referências

  1. Gerry Allen (2000). Marine Fishes os South-East Asia. HK: Periplus Editions. p. 214 - item 1. ISBN 962-953-267-4 Verifique |isbn= (ajuda) 
  2. Andrea & antonella Ferrari (2003). Underwater Malaysia - Macrolife. Malaysia: Nautilus Publishing. p. 386. ISBN 983-2731-00-3 
  3. Rudie Kuiter & Helmut Debelius (1997). Southeast Asia Tropical Fish Guide. Frankfurt: IKAN-Unterwasserarchiv. p. 251 

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