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Luger P08

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(Redirecionado de Parabellum)
Luger Pistole 08

Luger P08
Tipo pistola semiautomática
Local de origem  Alemanha
História operacional
Em serviço 1904 - 1960
Guerras Primeira Guerra Mundial
Revolução Constitucionalista de 1932[1]
Segunda Guerra Mundial
Guerra do Ultramar
Histórico de produção
Criador George Luger
Data de criação 1898
Período de
produção
1900 - 1941
Variantes
  • P08
  • P08/14
  • Luger Marine 1904
  • Luger Marine 1904/06
  • Luger Marine 1904/08
Especificações
Peso P08: 850 g
Luger Marine: 1 kg
Comprimento P08: 230 mm
Luger Marine: 260 mm
Comprimento 
do cano
P08: 98 mm
Luger Marine: 150 mm
Cartucho 7,65×21mm Parabellum
9 mm Parabellum
Calibre 7,65 mm (0,301 in) e 9 mm (0,354 in)
Ação Recuo Curto
Velocidade de saída 350-400 m/s
Sistema de suprimento carregador em cofre recto de 8 munições ou carregador em tambor de 32 munições

A pistola Luger P08 é uma antiga pistola semiautomática fabricada na Alemanha, entre os anos de 1900 e 1941. Foi considerada como o maior souvenir da Segunda Guerra Mundial. Esta pistola foi adotada pelo exército alemão em 1908, razão do nome P08. Dois milhões de unidades foram fabricadas entre 1914 e 1918, período da Primeira Guerra Mundial.

Sua definição técnica era P08 Parabellum-Pistole, ou Pistola Parabellum, termo oriundo do latim, que significa para a guerra.[2]

A Luger teve suas origens em um projeto inicial de Hugo Borchardt, em 1893. Mais tarde foi patenteada por Georg Luger, que a aprimorou e desenvolveu para produção em série. A arma acabaria levando seu nome até o final. A produção inicial foi feita pela fabricante de armas Deutsche Waffen-und Munitionsfabriken (DWM), a partir de 1900, denominada simplesmente Pistole 1900. Estima-se que foram produzidas em torno de 35 versões diferentes, por diversos fabricantes.[3]

A Marinha Alemã, na época Germânica, fez a primeira encomenda em 1904, seguindo-se outras em 1906 e 1908. O exército fez sua encomenda em 1908. No entanto, os alemães acabaram criando variações específicas para cada força armada, dada as utilizações específicas.

A Luger foi popular durante a Segunda Guerra Mundial, sendo utilizada principalmente pela infantaria do Exército Alemão. Inicialmente tinha o calibre 7,65x21mm Parabellum, que foi depois modificado para 9x19mm Parabellum, com nova munição, que conjugava perfeitamente precisão, velocidade e poder de parada. Estes seriam os dois únicos calibres empregados pela Luger ao longo de sua história. O calibre 9mm seria se tornou padrão para a maioria das pistolas automáticas.

Apesar das restrições impostas pelo Tratado de Versalhes à Alemanha derrotada, a pistola continuou a ser fabricada, quer no interior da fronteira Alemã ou em linhas de produção em outros locais da Europa.

Como pistola militar, a Luger não justificava a reputação que granjeou. É elegante, boa de manusear e atira com precisão, mas sofre de várias limitações. Sua manufatura é bastante dispendiosa, o mecanismo têm muitas peças miúdas que requerem usinagem e montagem cuidadosa, as molas requerem uma produção cuidadosa, o sistema de culatra articulável é sensível às variações da potência do cartucho, o que pode emperrar o funcionamento da arma. Lama, poeira, gelo e neve também provocam enguiços e uma vez que o mecanismo não é coberto, nada impede que esses agentes penetrem nele.

Sua sucessora Walther P38 tem melhor qualidade, mesmo assim foram fabricadas em torno de quatro milhões de unidades da Parabellum, sendo hoje procurada por colecionadores, que pagam altos preços por um exemplar em bom estado.[4]

Serviço em Portugal

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Versão da Luger adaptada como fuzil de assalto.[5]

O Exército Português tornou-se um dos primeiros a dispor de uma pistola automática como arma regulamentar. Os estudos tiveram início em 1906, uma comissão foi formada em 1907, e a Luger de calibre 7,65 mm e cano de 120 mm, foi adotada em 1908, no reinado de D. Manuel II, quando foi formalizada a encomenda de 3.500 pistolas Parabellum e respectivos acessórios, dando-lhe a denominação oficial de "Pistola Parabellum 7,65 mm m/1908".[6]

Em 1909, a Marinha Portuguesa também adotou a Luger, mas de calibre 9 mm e cano de 100 mm, dando-lhe a denominação oficial de "Pistola Parabellum m/910". Em 1912, a Marinha voltou a receber uma nova remessa de pistolas Luger com algumas alterações em relação às de 1909, que receberam a denominação "Pistola Parabellum m/912".[6]

Em 1935, foi a vez da Guarda Nacional Republicana ser equipada com pistolas Luger 7,65 mm.[6]

O Exército Português voltou a reequipar-se com pistolas Luger a partir de 1941, mas, desta vez, com calibre 9 mm e cano de 100 mm, denominadas "Pistola 9 mm Parabellum m/943",[6] que serviram como arma de serviço dos oficiais do Exército até 1961, quando foram substituídas pela Walther P38.[7] Parte das pistolas remanescentes, foram então distribuídas aos apontadores de lança granadas-foguete e morteiro das unidades em combate na Guerra do Ultramar, para que pudessem dispor de uma arma de defesa próxima.

Referências

  1. «O Museu da Polícia Militar de São Paulo Armas On-Line» 
  2. Significa : Si vis Pacem, Para Bellum ( “Se queres a paz, prepara-te para guerra”) -Foi escrita pelo autor romano Publius Flavius Vegetius Renatus. A locução é uma de muitas provenientes do seu livro "Epitoma rei Militaris", que foi provavelmente escrito no ano 390 d.C.
  3. «lugerp08». www.luftwaffe39-45.historia.nom.br. Consultado em 5 de janeiro de 2020 
  4. Ricardo. Primeira Guerra Mundial. [S.l.]: Clube de Autores (managed) 
  5. Durante a guerra foi desenvolvido um estranho carregador de tambor (também chamado de caracol), com capacidade para 32 tiros, que devido à sua complexidade tendia a emperrar facilmente, e conferia ao conjunto um aspecto um tanto grotesco.
  6. a b c d Jaime Regalado. «As Parabellum Portuguesas» (PDF). Associação Portuguesa de Colecionadores de Armas (APCA). Consultado em 21 de março de 2021 
  7. Diogo Filipe Miguel da Guarda (aspirante) (Julho de 2014). «AS VAGAS DE INOVAÇÃO MILITAR EM PORTUGAL, DESDE A 1ª GUERRA MUNDIAL ATÉ À GUERRA DE ÁFRICA:IMPACTOS NA BASE ORGÂNICA, TÁTICA E TÉCNICA DAS FORÇAS DE INFANTARIA, NO CAMPO DE BATALHA» (PDF). Academia Militar. p. 43. Consultado em 21 de março de 2021 
  • Bishop, Chris (1998), The Encyclopedia of Weapons of World War II, New York: Orbis Publiishing Ltd
  • Weimar Lugers by Jan C. Still (Still's Books - 1993)

Ligações externas

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