Saltar para o conteúdo

Pamplona

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Pamplona (desambiguação).
Espanha Pamplona

Iruña • Iruñea

 
  Município  
De cima para baixo, da esquerda para a direita: Catedral, Palácio de Navarra, Igreja de São Saturnino, Ayuntamiento, Parque da Taconera, Praça do Castelo
De cima para baixo, da esquerda para a direita: Catedral, Palácio de Navarra, Igreja de São Saturnino, Ayuntamiento, Parque da Taconera, Praça do Castelo
De cima para baixo, da esquerda para a direita: Catedral, Palácio de Navarra, Igreja de São Saturnino, Ayuntamiento, Parque da Taconera, Praça do Castelo
Símbolos
Bandeira de Pamplona
Bandeira
Brasão de armas de Pamplona
Brasão de armas
Lema Muy noble, muy leal y muy heroica ciudad de Pamplona
Gentílico pamplonês, -nesa; pamplonica;
em basco: iruindar
Localização
Pamplona está localizado em: Espanha
Pamplona
Localização de Pamplona na Espanha
Pamplona está localizado em: Navarra
Pamplona
Localização de Pamplona em Navarra
Coordenadas 42° 49′ 06″ N, 1° 38′ 39″ O
País Espanha
Comunidade autónoma Navarra
Província Navarra
Comarca Cuenca de Pamplona
História
Fundação 74 a.C. (2 097 anos)
Fundador Pompeu
Alcaide Enrique Maya (2019–2023, NA+ [es])
Características geográficas
Área total 25,24 km²
População total (2021) [1] 203 081 hab.
Densidade 8 046 hab./km²
Código postal 31001-31016
Prefixo telefónico 948
Código do INE 31201
Outras informações
Orago
Principais festividades Sanfermines (Festas de São Firmino)
Website www.pamplona.es
Versão áudio da caixa de informação

Pamplona (em basco e cooficialmente Iruña ou Iruñea)[a] é um município e cidade da Espanha, capital da província e comunidade foral (autónoma) de Navarra. Encontra-se no norte da Península Ibérica, a algumas dezenas de quilómetros da fronteira com França e é atravessada pelo rios Arga (afluente do Ebro), Elorz (afluente do Arga) e Sadar (afluente do Elorz). É o centro da comarca a que pertence, a Cuenca de Pamplona e da Área metropolitana de Pamplona. O município tem 25,24 km² e em 2021 tinha 203 081 habitantes (densidade: 8 046 hab./km²). A área metropolitana ocupa 439,9 km² e em 2021 tinha 366 532 habitantes (densidade: 833,22 hab./km²).[4][5][b]

Pamplona foi fundada em 74 a.C. pelo general romano Pompeu sobre um povoado de vascão já existente chamado Iruña ou Bengoda.[6] Após as invasões bárbaras no século VI, a cidade fez parte do Reino Visigótico de Toledo e, a partir do século VIII, do Alandalus muçulmano. Durante a primeira metade do século IX a nobreza local, aliada à família muladi Banu Cassi, conseguiu consolidar um reino cristão vassalo dos muçulmanos, o Reino de Pamplona, que depois se tornaria o Reino de Navarra e se tornou completamente independente em 905. O reino teve o seu auge no século XI, quando chegou a ser o mais poderoso reino ibérico cristão. Em 1512 a cidade foi ocupada por tropas castelhanas de Fernando, o Católico, tendo o reino navarro sido oficialmente anexado à coroa espanhola em 1521. A maior parte dos nacionalistas vascos considera Pamplona uma das capitais do País Basco (em basco: Euskal Herria).[7]

O património histórico e monumental e as diversas festividades que decorrem ao longo do ano contribuem para que a cidade atraia muitos turistas espanhóis e estrangeiros. O evento mais concorrido, de fama mundial, são os Sanfermines, que se realizam todos os anos entre 6 e 14 de julho. O ponto alto das festas, durante as quais as ruas da zona histórica permanecem inundados de locais e forasteiros, são os encierros (largadas de touros) e as touradas.[8] Entre os monumentos mais representativos de Pamplona encontram-se a catedral, a Igreja de São Saturnino (o padroeiro da cidade), popularmente conhecida como Igreja de San Cernin (em francês), a Igreja de São Nicolau, a cidadela e a Câmara de Comptos de Navarra. Todos estes monumentos estão classificados como "Bens de Interesse Cultural.[9]

Além de capital e centro administrativo, a cidade é o centro financeiro, comercial e industrial de Navarra. As indústrias mais importantes de Pamplona são a automobilística (só a fábrica de automóveis da Volkswagen instalada na periferia emprega diretamente cerca de 5 000 trabalhadores), a metalurgia, materiais de construção, papel e artes gráficas e transformação de carne.[10] A cidade tem duas universidades: a Universidade Pública de Navarra (UPNA), estatal, e a Universidade de Navarra, privada. A primeira foi fundada em 1987; a segunda foi fundada em 1952 e é gerida pela Opus Dei. Além disso, funciona na cidade uma delegação da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED). No que toca a instalações de saúde, a cidade dispõe de dois hospitais públicos o Hospital de Navarra e o Hospital Virgem do Caminho,[11] e de vários centros outras unidades públicas e privadas, entre as quais se destaca a Clínica Universidade de Navarra, o hospital universitário da Opus Dei, uma unidade de renome internacional.

O topónimo Pamplona deriva de Pompelon,[12] o nome latino difundido nos tempos da Roma Antiga pelos geógrafos clássicos, como Estrabão (64 a.C.24 d.C.), a quem se deve a referência mais antiga conhecida da cidade.[13][14] Estrabão refere que Pompelon era o povoado mais importante dos vascões e Pompeios polis, ou seja, a "cidade de Pompeio", era uma alusão à linhagem do general romano Pompeu (106 — 48 a.C.).

Pompeu, o general romano que fundou Pompelon
...Ύπέρκειται δε τής Ίακκητανιίας πρός άρκτον τό τών Ούασκώνων έθνος, έν ώ πόλις Πομπέλων, ώς άν Πομπηιόπολις.

...depois, acima da Lacetânia, em direção a norte, está a nação dos vascões, que tem por cidade principal a Pompelon, como quem diz "a cidade de Pompeus".

 
Estrabão [14][15].

Em obras antigas medievais aparecem as grafias Pampejopolis, Pampelo, Pampelona, Pampilona, Pampalona, Pampelone, Pampeluna, Pampelune, Pampilo, Pamplon, Pamplona, Pamplona, Pompelo o Pompilone.[16] O gentílico derivado é pamplonês (em espanhol: pamplonés), pamplonesa, sendo o pamplonico também empregue coloquialmente[17] e serve igualmente para designar os trajes tradicionais brancos e vermelhos que enchem as ruas nos Sanfermines.

A forma euskera (basca) Iruña é reconhecida oficialmente[17] tanto pelo Governo de Navarra[2] como pela Real Academia da Língua Basca.[3] O termo Iruñea também é comum e está igualmente reconhecido pela Real Academia, mas não pelo governo. Em ambas as variantes está presente a raiz uri, iri/hiri, idi ou ili, que significa cidade. Outras grafias encontradas em textos medievais e outros mais recentes são: Erunga, Ironía, Irunga, Irunia, Irunna, Irunnia, Irunpa, Orunia, Urunia, Yronia, Yrunea, Yrunia, Yruynna e Irunia. Os gentílicos em basco são: iruñar, uruñar, iruindar, irunxeme e iruinxeme. No século XVII, cronistas como o padre José de Moret e Arnaud Oihenart assinalaram que a denominação em euskera era do povoado pré-romano.[17] Outras hipóteses, baseadas em estudos numismáticos, identificaram o nome desse assentamento como Bengoda.[6], Olcairum e Bentian.[17]

Pendão de Pamplona conforme o Privilégio da União de 1432

A bandeira e o escudo de Pamplona são os símbolos oficiais da cidade. A história de ambos remonta ao "Privilégio da União", a Carta Fundacional da cidade outorgada em 1423 pelo rei Carlos III de Navarra, o Nobre, a qual formalizou a união dos três burgos medievais.[18]

A bandeira de Pamplona é verde, com proporções de 2 por 3, com o escudo no centro. Foi declarada oficial pelo ayuntamiento em 1930, depois de ter sido empregue pela primeira vez em 1923, para comemorar o quinto centenário do Privilégio de la Unión. Antes de 1923 a bandeira era azul e branca, apesar do Privilegio determinar que devia ser azul. Durante a ditadura de Primo de Rivera (1923-1930), a bandeira voltou a ser azul e branca, sendo novamente verde a partir de 1930. Ninguém sabe ao certo quais as razões para as mudanças.[18]

O escudo de armas ou brasão pamplonês conservou os elementos do brasão outorgado à cidade em 1423. Dele constam as figuras de um leão caminhante e uma coroa, a que se juntaram as "cadeias", então o emblema do reino navarro e do seu soberano. A sua descrição heráldica é a seguinte:[19]

Num fundo azure, um leão passante de prata replandecente e armado de gules, encimado por uma coroa real de ouro. Bordadura de Navarra, que é de gules, carregada com uma cadeia dourada.

A descrição oficial refere também o uso de uma coroa ducal, habitualmente representada na forma de um escudo com contorno aguçado.[19] Este escudo é compartilhado com a cidade irmã de Pamplona, na Colômbia, enquanto que o município vizinho de Arbizu usa uma variante com o leão na posição oposta ou "alterada".

Mapa dos povos pré-romanos na região de Navarra segundo Ptolemeu
Ver artigo principal: História de Pamplona

A história de Pamplona como cidade remonta ao 1,º milénio a.C., altura em que existiu no local um povoado de vascões de nome Iruña.[20] No entanto, os vestígios de ocupação humana da zona remontam a 75 000 anos.[21] Na era romana, o povoado vascão foi convertido numa cidade romana pelo general Pompeu, que ali começou por instalar um acampamento militar em 74 a.C. a que chamou Pompaelo.[c][14][15]

Após a queda do Império Romano, a região foi ocupada pelos visigodos, os quais, ao contrário dos romanos, não mantiveram boas relações com os vascões locais.[22] Seguir-se-iam os muçulmanos do Alandalus, os quais dominaram de forma direta ou indireta o que viria a ser o Reino de Pamplona nos séculos VIII e IX. Entre 778 e 816 a região foi disputada aos muçulmanos pelo império de Carlos Magno que tentou consolidar o alargamento a oeste do estado tampão da Marca Hispânica, chegando Pamplona a ser ocupada durante alguns anos em mais do que uma ocasião.[23][24]

No início do século IX é fundado o Reino de Pamplona, um principado cristão vassalo do Califado de Córdova, mas com alguma autonomia. O Reino de Pamplona viria a renegar a tutela muçulmana em 905, tornando-se um reino completamente independente, que passou os 130 anos seguintes em constantes conflitos com os estados vizinhos, tanto cristãos como muçulmanos.[24] O Reino de Pamplona, ou de Navarra, como começou entretanto a ser também conhecido, teve o seu auge no início do século XI, quando Sancho III se tornou o monarca cristão mais poderoso da Península Ibérica, reinando sobre quase todos os territórios ibéricos cristãos e algumas partes do que é atualmente a França (a Baixa Navarra). Em 1164 o nome de Reino de Pamplona é definitivamente abandonado e passa a denominar-se Reino de Navarra.[25][26]

São Firmino de Amiens e São Francisco Xavier, dois santos naturais de Navarra (o primeiro nascido em Pamplona)
Vista de Pamplona datada de 1846

A partir do século X e até 1423, em rigor Pamplona não era exatamente uma cidade, mas um conjunto de burgos autónomos que inclusivamente eram separados por muralhas entre eles para se protegerem uns dos outros. Essa situação foi fonte de conflitos que se somaram às guerras frequentes com os estados vizinhos. Os conflitos entre os burgos aumentaram a partir de 1213 e culminaram em 1276 com a destruição de um dos burgos e no massacre da sua população (a chamada Guerra da Navarrería). A paz na cidade só foi definitivamente alcançada em 1423, quando a cidade foi unida sob um mesmo foral (o Privilégio da União) e as muralhas que separavam os burgos foram demolidas.[27]

Desde meados do século XV até à anexação pelo recém-criado reino de Espanha, Pamplona viu-se envolvida numa série de conflitos pela posse do trono de Navarra, sucessivamente disputado por vários pretendentes, com a intervenção das potências vizinhas de Castela e França. Esse período, que ficou conhecido como Guerra civil de Navarra ou Guerra de sucessão de Navarra, acabaria por ser o prólogo da mais breve "Conquista de Navarra", ou seja, a anexação de Navarra na união dos reinos de Castela e Aragão, a qual se concretizaria a 25 de julho de 1512, quando Pamplona se rendeu a um exército invasor castelhano apoiado por alguns navarros. Os reis navarros depostos ainda tentaram retomar o poder e a cidade por três vezes, apoiados por tropas francesas, a última delas em 1521, quando uma revolta popular em Pamplona contra os invasores castelhanos chegou a dominar a cidade, mas no mesmo ano as forças dos pretendentes ao trono de Navarra foram definitivamente derrotadas na Batalha de Esquiroz.[28][29]

Após a Revolução Francesa, durante a Campanha do Rossilhão, Pamplona foi cercada por forças francesas em 1794, as quais não lograram entrar na cidade. Entre 1808 e 1813 a cidade foi ocupada por tropas de Napoleão Bonaparte.[30] A cidade viu-se envolvida nas Guerras Carlistas que marcaram o século XIX, tendo sido palco do movimento popular e político em defesa dos fueros que ficou conhecido como a "Gamazada".[31]

Apesar da vitória dos republicanos e esquerdistas nas eleições autárquicas que conduziram à Segunda República Espanhola (1931-1939), Pamplona foi controlada pelas forças franquistas desde o primeiro dia da guerra civil, o que não a livrou de ter assistido a centenas de fuzilamentos de republicanos, os quais se prolongaram para além do final da guerra. Durante o franquismo, a cidade transformou-se de uma cidade rural, apenas com indústria artesanal, numa cidade industrial, tendo mais que triplicado a sua população. Em atenção à fidelidade da região à causa franquista durante a guerra, Navarra foi a única região histórica espanhola a conservar a sua autonomia durante o franquismo, mas ao mesmo tempo foi uma das zonas com mais conflitualidade sindical de toda a Espanha, tendo sido palco de várias greves, a primeira das quais em 1951.[32][33][34]

A "Transição" (do franquismo para a democracia) foi vivida intensamente em Pamplona, primeiro no plano sindical e posteriormente de forma generalizada. Nesse período houve alguns distúrbios nas ruas de Pamplona, por vezes bastante violentos, como o da Semana pró-amnistia de maio de 1977, durante a qual morreram duas pessoas, e os Sanfermines de 1978, durante os quais foram feridas mais de 150 pessoas.[35][36] Apesar de não ter havido atentados do movimento terrorista e separatista basco Euskadi Ta Askatasuna (ETA) durante a primeira fase da transição,[37] o mesmo não aconteceu posteriormente, tendo Pamplona assistido a vários atentados terroristas.[38]

O município de Pamplona situa-se no norte de Espanha, na área central de Navarra e da Cuenca de Pamplona,[39] a denominação tradicional da comarca cujo território é constituído por um vasta bacia rodeada de elevações que se abre a sul e no vale do Alto Ebro, onde flui também a rede hídrica que a formou. O município estende-se por uma área de 25,24 km² e é confrontado a norte com os municípios de Berrioplano, Berriozar, Ansoáin e Ezcabarte; a leste com Villava, Burlada, Egüés e Aranguren; a sul com Cendea de Galar, Cendea de Cizur e Zizur Mayor; a oeste com Barañáin, Cendea de Olza e Orkoien.

Municípios limítrofes de Pamplona
Berrioplano Berriozar, Ansoáin Ezcabarte, Villava
Barañáin, Cendea de Olza, Orkoien Burlada, Egüés
Cendea de Cizur, Zizur Mayor Cendea de Galar Aranguren

Pamplona está numa zona de transição climática entre os tipos mediterrânico e atlântico. Durante o período 1975-2000, a estação meteorológica da Agência Estatal de Meteorologia (AEMET) no Aeroporto de Pamplona registou valores médios anuais de temperatura de 12,5 °C e precipitações de médias anuais de precipitação de 721 mm. No mesmo período, o número médio de dias de chuva por ano foi 58, o número de dias de geada foi 42 e o número de horas de sol 2 201.[40]

Dados climatológicos para o Aeroporto de Pamplona (1971-2000)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 8,9 11,1 14,0 15,5 19,8 23,9 27,6 27,8 24,4 18,7 12,8 9,7 17,8
Temperatura mínima média (°C) 1,2 1,9 3,3 4,9 8,2 11,2 13,7 14,0 11,7 8,4 4,3 2,4 7,1
Precipitação (mm) 63 52 52 77 74 47 40 43 43 74 80 75 721
Dias com chuva 9 9 8 10 10 6 5 5 6 8 9 10 95
Dias com neve 2 2 2 1 0 0 0 0 0 0 1 2 10
Insolação (h) 95 121 170 175 214 258 302 283 218 160 108 85 2 201
Fonte: Agência Estatal de Meteorologia (AEMET) [40]
Valores climatológicos extremos [41]
  Valor Data
Precipitação máxima num dia 180 l/m² 8 de setembro de 1928
Temperatura máxima absoluta 39,0 °C 12 de julho de 1931
Temperatura mínima absoluta -18,0 °C 20 de janeiro de 1885

Em geral o clima de Pamplona é suave, com alguns dias muito quentes no verão e muito frios e com muita nebulosidade no inverno. A precipitação é regular ao longo de todo o ano, acentuando-se nos períodos entre outubro e dezembro e abril e maio. O período mais seco é entre julho e setembro. Os dias de neve e geada ocorrem entre novembro e abril. O cierzo, vento norte, e o bochorno, de sul, são os ventos mais típicos da região. Embora na maior parte dos dias predominem os ventos débeis ou calmaria, em alguns dias podem verificam-se rajadas fortes.[42]

Relevo e hidrografia

[editar | editar código-fonte]
O rio Arga à entrada de Pamplona

Pamplona encontra-se na Cuenca de Pamplona (o termo espanhol cuenca pode traduzir-se por bacia hidrográfica), a qual foi modelada pela erosão e está rodeada por uma cintura montanhosa onde se abrem vales espaçosos de ondulação suave, como os de Aranguren, Juslapeña o Egüés. Entre a série de elevações próximas da cidade encontram-se o Monte de San Cristóbal (ou Ezcaba), com 895 m, o Mendurro (935 m), o Sollaundi (854 m) e o Larragueta (662 m). O regime fluvial de sedimentação criou um sistema de socalcos ou terraços naturais e encostas suaves (glacis) no curso médio dos rios da bacia. A cidade assenta num dos terraços naturais do rio Arga de origem quaternária, formado por conglomerados. Os terrenos são de tipo sedimentar, constituídos principalmente por arenitos, calcários, quartzos e ofita.[d] Estes sedimentos acumulam-se sobre margas biarritzienses (ou tafa) formadas no Eoceno Médio do Cenozoico.[44]

A rede hidrográfica onde se situa Pamplona é constituída por um rio principal, o Arga, cuja bacia delimita a fronteira hidrológica entre os Pirenéus e a Cordilheira Cantábrica. O seu caudal, de tipo pluvial oceânico ou atlântico, sofre variações sazonais com grandes caudais em março e abril, em consequência da fusão das neves. Nos bairros de Rochapea e de Chantrea, o rio forma pequenos meandros cujos leitos são tradicionalmente aproveitados para hortas. O município é também atravessado pelos rios Elorz e Sadar. A cidade dispõe de um sistema de irrigação constituído por pequenos açudes, cascatas e regueiros que conduzem a água a várias hortas e jardins, como são os casos das de Santa Lucía, San Macario, Lezkairu, Garitón de Ripalda ou os Viveiros Municipais.[44]

Vista da Cuenca de Pamplona; a cidade encontra-se imersa na bruma, em frente às montanhas do fundo
Campos agrícolas na periferia de Pamplona

Fauna, flora e ambiente

[editar | editar código-fonte]
Flora

Em termos biogeográficos, a cidade encontra-se no distrito navarro-alavês da província atlântica europeia, na região euro-siberiana. Em relação ao bioclima, toda a comarca se pertence ao nível sub-climático sub-temperado inferior de ombroclima[e] húmido onde a vegetação potencial corresponde ao carvalhal de Quercus humilis, sobretudo na forma de séries de transição entre o bosque de faia-europeia e o de Quercus pyrenaica. No entanto a paisagem sofreu grandes alterações devido à ação humana (antropia). Nas planícies e depressões existem zonas de hortas e de cultivo intensivo rodeadas de pastagens, matagais e ocorrências pontuais de ulmeiros (Ulmus minor) correspondentes à vegetação nativa original.[45]

As zonas agrícolas do município incluem 611 hectares dedicados a culturas intensivas, 124 a hortas e culturas herbáceas de regadio e extensões mais pequenas de prados, pastagens, florestas, matas de carvalho-português e coníferas.[46] Em 2009 existiam em Pamplona 144 000 árvores, das quais 26 000 em parques e jardins, 25 500 na zonas urbanas e mais de 92 000 espalhadas pelo município. O ayuntamiento mantém 479,56 ha de zonas verdes.[47] As espécies ornamentais mais numerosas são: o plátano "de sombra" (Platanus × hispanica), bordo, freixo (Fraxinus excelsior e angustifolia), castanheiro-da-índia, choupos brancos, negro e tremedor (Populus tremula'), cipreste, Celtis australis, ulmeiro, olmo do Caúcaso, ginkgo biloba japonês, magnólia (Liriodendron), cedro-do-atlas (Cedrus atlantica) e do Líbano, salgueiro-chorão, abeto, abeto-falso e tília.[48]

Fauna

A situação geográfica do município é favorável aos mamíferos por estar rodeado de montanhas e contar com rios que o atravessam. Nas zonas urbanas encontra-se uma grande variedade de mamíferos, como doninhas, fuinhas, ginetas, visons-europeus, lontras, texugos-europeus, raposas, e inclusivamente já foram vistos javalis no centro da cidade. À noite os animais dos montes baixam à cidade procurando as margens dos rios.[49]

Um dos muitos parques de Pamplona

No que toca a aves, estão recenseadas 94 espécies distintas que vivem nos parques e edifícios da cidade. Os mais frequentes são os melros, a pega-rabuda, estorninho-preto, pardal-doméstico, alvéola e o pombo-comum.[50]

Meio ambiente e Agenda 21 local

Uma das causas da poluição atmosférica na cidade é o tráfico automóvel. A dispersão de contaminantes é, em geral, boa, mas devido à velocidade do vento ser normalmente baixa, há pouca dispersão horizontal, o que faz com que a poluição se acumule no núcleo urbano, A poluição encontra-se abaixo dos nívei recomendados pelas últimas diretivas europeias e da Organização Mundial da Saúde e os níveis de poluição diminuíram entre 1990 e 1999.[51]

Agenda 21

O programa Agenda 21 foi concebido para melhorar o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável nas cidade. O ayuntamiento assumiu a realização de uma Agenda 21 própria, no qual os 21 indicadores foram divididos em quatro categorias (social, económica, ambiental e institucional) e doze áreas temáticas. Na categoria do meio ambiente figuram os seguintes indicadores: uso do território, mobilidade e transportes, recursos naturais, resíduos, poluição atmosférica, sustentabilidade global e educação ambiental.[52][53]

Pirâmide etária 2008 [54]
%  Homens   Idade   Mulheres  %
0,7
 
85+
 
1,9
1,0
 
80-84
 
1,9
1,6
 
75-79
 
2,3
2,0
 
70-74
 
2,5
2,0
 
65-69
 
2,4
2,7
 
60-64
 
3,2
2,9
 
55-59
 
3,3
3,0
 
50-54
 
3,4
3,4
 
45-49
 
3,6
3,9
 
40-44
 
3,9
4,2
 
35-39
 
4,0
4,5
 
30-34
 
4,2
4,0
 
25-29
 
3,9
2,9
 
20-24
 
2,8
2,3
 
15-19
 
2,2
2,2
 
10-14
 
2,2
2,3
 
5-9
 
2,2
2,5
 
0-4
 
2,4

Pamplona é a maior cidade de Navarra em número de habitantes. Em 2021 residiam na cidade 203 081 pessoas. A área metropolitana, formada por 18 municípios, tinha no mesmo ano 366 532 habitantes, o que a coloca entre os maiores 25 aglomerados urbanos de Espanha. Em 2008 distribuição da pirâmide etária por sexos e idades registava 94 588 homens (48%) e 102 687 mulheres (52%); 48% da população tinha menos de 40 anos, os menores de 20 anos constituíam 18% do total, enquanto que os maiores de 60 anos representavam 24%; a maior parte da população (31%) tem entre 20 e 40 anos. É uma distribuição etária típica de um regime democrático moderno, que apresenta sinais de uma tendência de envelhecimento progressivo da população, a qual é agravada por uma diminuição da taxa de natalidade.[54]

O crescimento demográfico foi exponencial entre 1920 e 1980, tendo a população praticamente duplicado entre 1960 e 1980, tendo o crescimento abrandado a partir de então, até ao início do século XXI. Entre 2001 e 2008 assistiu-se ao aumento da percentagem de população estrangeira na cidade devido à imigração. A percentagem de imigrantes face à população total em 2008 era de 11,83% (23 343), um valor em linha com a média nacional espanhola. As nacionalidades estrangeiras com maior número de habitantes em Pamplona eram a equatoriana (4 078), boliviana (2 256), búlgara (2 362) e romena (1 524).[55]

População de Pamplona (1991 – 2010) [5]
1991 1996200020022004200620082010
180 372 166 279182 466189 364191 865195 769197 275197 488
  Baixa 7,8% Aumento 9,7% Aumento 3,8% Aumento 1,3% Aumento 2% Aumento 0,8% Aumento 0,1%
Jardins do Palácio de Navarra, a sede do governo "foral" (autonómico) de Navarra
Sede do ayuntamento (governo municipal) de Pamplona
Pormenor da fachada do ayuntamento

Pamplona é a capital da Comunidade Foral de Navarra, uma comunidade autónoma com estatuto especial, pelo que nela está situada a sede do Governo de Navarra, todos os seus departamentos, e o parlamento regional. A delegação do Governo da Espanha em Navarra tem igualmente a sua sede em Pamplona, bem como todas as delegações de âmbito provincial e autonómico.[56]

Administração municipal

[editar | editar código-fonte]

A administração política da cidade está a cargo do ayuntamiento, cujos membros são eleitos democraticamente por sufrágio universal de quatro em quatro anos. Todos os residentes com mais de 18 anos com cidadania espanhola ou de países da União Europeia têm direito de voto. Segundo a lei eleitoral que estabelece o número de vereadores conforme a população, Pamplona elege 27 vereadores.[57] A sede do ayuntamiento está localizada na Praça Consistorial, na parte antiga da cidade.

Nas eleições municipais de 2007, a coligação da União do Povo Navarro (UPN) com o Partido Popular (PP) obteve 13 vereadores, tendo sido reeleita como alcaidesa Yolanda Barcina Angulo, líder da UPN. A coligação rompeu-se em 2008 e no ano seguinte uma das vereadoras da UPN abandonou aquele partido e aderiu ao PP após os Sanfermines.[58] Na eleições de junho de 2011, a UPN obteve 11 vereadores[59] (menos um que em 2007) e o seu cabeça de lista, Enrique Maya Miranda, foi eleito alcaide.[60]

Distribuição de vereadores por partidos no Ayuntamiento de Pamplona (2011-2015)[59]
Partido Vereadores
União do Povo Navarro (UPN) 11
Nafarroa Bai (NaBai) 7
Partido Socialista de Navarra (PSN-PSOE) 3
Bildu 3
Partido Popular (PP) 2
Izquierda-Ezkerra (coligação entre a
Esquerda Unida de Navarra [UPN] e o Batzarre)
1
Alcaides de Pamplona desde 1979[60]
Período Nome do alcaide Partido político
1979-1983 Julián Balduz Calvo PSN-PSOE
1983-1987 Julián Balduz Calvo PSN-PSOE
1987-1991 Javier Chourraut Burguete UPN
1991-1995 Alfredo Jaime Irujo UPN-PP
1995-1999 Javier Chourraut Burguete CDN
1999-2003 Yolanda Barcina Angulo UPN
2003-2007 Yolanda Barcina Angulo UPN-PP
2007-2011 Yolanda Barcina Angulo UPN
2011- Enrique Maya Miranda UPN
Orçamento anual

O orçamento anual para 2011 do ayuntamiento e organismos autónomos dele dependentes totaliza cerca de 268 milhões de euros.[61]

Plenário municipal

O plenário municipal é o órgão máximo da administração municipal e tem, entre outras competências, a de aprovar os regulamentos municipais, os orçamentos, os planos de ordenamento urbanístico e o controle e fiscalização dos restantes organismos municipais. O plenário é convocado e presidido pelo alcaide (ou alcaidesa) e é composto pelos 27 vereadores municipais. As sessões ordinárias ocorrem duas vezes por mês no Salão de Plenários da "Casa Consistorial" (sede do ayuntamiento).[62]

O edifício do Parlamento de Navarra, a instituição que sucedeu às Cortes de Navarra
Áreas municipais

A gestão executiva municipal está dividida em 13 áreas de governo, à frente das quais se encontra um vereador da equipa do governo municipal. Cada área tem várias delegações em função das competências que lhe estão atribuídas, as quais são variáveis de um mandato para outro. No início de 2011 essas áreas eram as seguintes: Bem estar social e desporto, Comércio e turismo, Conservação urbana, Cultura, Desenvolvimento sutentável, Educação e juventude, Finanças locais, Mobilidade, Participação cidadã e novas tecnologias, Presidência, Projetos estratégicos, Segurança dos cidadãos, urbanismo e habitação.[63]

Bairros

Pamplona encontra-se dividida em bairros, que diferem tanto na extensão geográfica como na população. Em 2011 existiam os seguintes bairros: Azpilagaña, Echavacóiz, Ermitagaña-Mendebaldea. Iturrama, Chantrea, Rochapea, San Jorge, San Juan, Ensanche I, Ensanche II, Mendillorri, Casco Antiguo, Milagrosa, Buztintxuri-Euntzetxiki, Ezkaba, Lezkairu e Beloso-Ripagaina.[64]

Área metropolitana e administração judicial

[editar | editar código-fonte]
Área metropolitana

Ao mesmo tempo que a cidade se desenvolve na segunda metade do século XX, os pequenos municípios dos arredores, até então rurais, transformam-se rapidamente no local de residência da nova população industrial. A área metropolitana está delimitada pelo âmbito geográfico da Cuenca (bacia) de Pamplona e é formada por 23 municípios. Em 2009 a sua população era de 334 830 habitantes e a área 488,6 km².[65] Existe um organismo denominado Mancomunidad de la Comarca de Pamplona que aglutina a maior parte destes municípios e tem competências na gestão de diversos serviços, como sejam os transportes públicos urbanos, gestão de água e resíduos urbanos.

Vista do Parque de Yamaguchi, em cujo projeto colaboraram arquitetos da cidade-irmã japonesa de Yamaguchi
Administração judicial

Pamplona é a sede do Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Foral de Navarra, da Audiencia Provincial de Navarra e do Partido Judicial nº 4 de Navarra, que tem jurisdição sobre 87 localidades da região. Todas os organismos judiciais se localizam na Rua de São Roque, bairro de São João.

Cidades gémeas

[editar | editar código-fonte]

Pamplona está geminada com quatro cidades, com as quais mantém relações amistosas institucionais e entre os cidadãos dessas cidades através de intercâmbio de estudantes, encontros culturais, fomento de relações económicas, etc.[66][67]

  França Baiona, França (1960) [67][68]   Alemanha Paderborn, Alemanha (1992) [67]
Japão Yamaguchi, Japão (1980) [67][69] Colômbia Pamplona, Colômbia (2001) [67][68]
O edifício de La Agrícola, construído em 1912 como sede de uma instuição bancária e de seguros; foi posteriormente o Grande Hotel de Pamplona e aí funcionou até há pouco tempo a Biblioteca Geral de Navarra.
Rendimento per capita

Os dados disponíveis para o rendimento per capita refere-se à totalidade de Navarra, mas podem ser orientativos em relação ao valor no município. Em 2008 foi de 30 614 euros, bastante acima da média nacional espanhola (24 100 €) e à média da União Europeia dos vinte e sete (25 100 €).[70]

Emprego

No período compreendido entre 1996 e 2007, a taxa de desemprego situou-se em torno dos 5%, No entanto, no segundo trimestre de 2010, a taxa de desemprego era de 10,96%, devido sobretudo à crise mundial iniciada em 2008. O desemprego afetou mais os imigrantes do que os espanhóis.[71]

Agricultura

Há hortas muito perto das zonas urbanas de Pamplona, especialmente nos meandros do rio Arga conhecidos como Aranzadi e Magdalena. As principais hortaliças produzidas são a alcachofra, pimento, borragem, couve, acelga, chicória, endívia, alho-francês, alface, espinafre, cebola, tomate, feijão verde, batata, rabanete e fava.[72]

Indústria
Distribuição das empresas industriais por setores em Pamplona [73]
Setor Nº de empresas
 Energia e água 19  
 Mineração e química  44  
 Metalurgia 193  
 Manufatura 457  
 Total 713  

Existem dois parques industriais no município, nos quais se concentram a maior parte das indústrias. Um deles é o Polígono Industrial Agustinos e o outro o Polígono Industrial de Landaben. Neste último está instalada uma fábrica de automóveis da Volkswagen, a indústria que gera mais empregos em toda a comarca; em 2009 essa fábrica tinha aproximadamente 5 000 trabalhadores.[10]

Em 1957, a autarquia aprovou o Plano Geral de Ordenamento Urbano, o qual, juntamente com o Plano de Promoção Industrial de Navarra (PPI), iniciado em 1964 pela Deputação Foral de Navarra (governo local autónomo), permitiu a instalação de um espaço industrial tecnologicamente avançado naquilo que era uma zona agrícola. Cerca de metade dos empregos da área metropolitana ligados à indústria estão concentrados nos dois parques industriais de Pamplona. Quase todas as empresas são pequenas ou médias empresas. Por setores, destaca-se o metalúrgico e dentro deste os subsetores automóvel e transformação de metais. As indústrias alimentar, de papel e artes gráficas são também importantes, além das indústrias siderúrgica, mecânica, eletrónica, material elétrico, maquinaria agrícola, química, farmacêutica, de borracha, têxtil, fibras sintéticas, couro, madeira e materiais de construção, entre outras.[72]

Sede da Caja Navarra

Nos últimos anos, muitas indústrias deslocaram-se da cidade para a periferia, um movimento motivado sobretudo pela procura de solo industrial mais apto para as novas necessidades. Entre 1982 e 1990 todos os setores industriais perderam empregos na cidade, enquanto que o número de empregos na periferia aumentou nos setores metalúrgico, alimentação e construção. Esta tendência veio acompanhada de uma crescente especialização de Pamplona nos serviços.[72]

Serviços

O setor terciário, que antes da industrialização dos anos 1950, era muito importante, perdeu importância a partir da década de 1960, quer devido à industrialização, quer por causa da modernização agrária. A partir da crise industrial, o setor terciário voltou a dominar as atividades económicas urbanas. Entre os serviços destacam-se o comércio, a banca e o turismo.[72]

Distribuição de empresas comerciais por setor [73]
Setor Nº de empresas
 Balcões bancários 237  
 Grossistas 564  
 Retalho 5 935  
 Hipermercados 3  
 Bares e restaurantes 1 356  
Hotéis de Pamplona em 2009 [74]
Nº estrelas Nº de
estabelecimentos
Nº de
quartos
1    44  
3    502  
11    801  
2    66  
1    19  
Total 18    1 432  
Comércio

As zonas de maior concentração de comércio são o Segundo Ensanche, com 26,7% dos estabelecimentos e o Casco Antiguo (centro histórico), com 18%. Seguem-se os bairros de por Iturrama, San Juan, Rochapea e Chantrea. No entanto, a concentração de pequenas lojas com um só dono é maior no Casco Antiguo e no Segundo Ensanche. Esse tipo de estabelecimentos constitui 67% do total.[75] Os centros comerciais e hipermercados instalados na cidade pertencem às cadeias Carrefour, El Corte Inglés e Eroski.[76]

Bancos

A Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Navarra (Caixa de Poupanças e Montepio de Navarra), conhecida comercialmente como Caja Navarra, CAN ou Nafarroako Kutxa em basco, é a principal caixa de poupanças de Navarra e tem a sua sede em Pamplona. Outra instituição de crédito importante de carácter cooperativo que tem a sua sede na cidade é a Caja Rural de Navarra.

Turismo

A infraestrutura hoteleira da cidade é suficiente para alojar os turistas que visitam a cidade ao longo do ano, mas é manifestamente insuficiente para cobrir a procura que se regista durante as Festas de São Firmino. No início de 2011 existiam na região de Pamplona 33 hotéis (1 de uma estrela, 4 de duas estrelas, 19 de três estrelas, 7 de quatro estrelas e 2 de cinco estrelas).[74] Os bares e restaurantes têm grande importância na economia local, devido ao elevado número de estabelecimentos dedicados à restauração, os quais oferecem uma grande diversidade gastronómica em quase tudo quanto é estilo e categoria.[77]

Estrutura urbana

[editar | editar código-fonte]
A Rua Zapatería, na parte antiga

As partes antigas e modernas de Pamplona apresentam um grande contraste entre elas. A parte moderna tem numerosos jardins e grandes avenidas, enquanto que as zonas históricas, rodeadas de muralhas, têm ruas estreitas e edifícios antigos.[78]

Durante grande parte da Idade Média, Pamplona esteve dividida em três burgos separados entre si: Navarrería, San Cernin e São Nicolau. Só o primeiro era habitado quase exclusivamente por nativos (bascos), embora tivesse alguma heterogeneidade étnica. Os outros dois burgos eram originalmente habitados por francos. Os confrontos entre os burgos eram frequentes e em 1276 culminaram na "Guerra da Navarrería", durante a qual este burgo foi destruído e a sua população massacrada. Os conflitos só foram solucionados definitivamente em 1423, quando os três burgos foram unidos sob o "Privilégio da União", uma lei foral do rei Carlos III de Navarra, que mandou também destruir as muralhas entre os burgos e converteu os fossos em ruas. A cidade ficaria confinada às suas fortes muralhas até à segunda metade do século XIX.[23][27]

Rua do centro histórico

Durante o século XIX, a população aumentou, mas a cidade não se podia expandir para fora das muralhas como a maioria das cidades da época por causa do apertado controle militar, que impedia o derrube das muralhas e a edificação nas suas proximidades. A solução encontrada foi a construção em altura e o crescimento da densidade populacional. A Desamortização de Mendizábal permitiu o uso para construção dos espaços livres dos conventos e igrejas. Existia apenas um bairro extramuros, o de Rochapea, que se encontrava relativamente distante das muralhas e onde era exigido que os edifícios não tivessem mais de 10 metros de altura e que fossem construídos com materiais pouco resistente, como tijolo e madeira.[78]

Na segunda metade do século XIX, o ayuntamiento negoceia com o exército a abertura das muralhas para que a cidade se possa expandir e para que os problemas de insalubridade possam ser resolvidos. Em 1884, o exército autoriza o derrubamento de dois dos baluartes da cidadela mantendo a muralha exterior, o que dá origem ao Primeiro Ensanche, um novo bairro onde também foram construídos novos quartéis de infantaria. Também foram cedidos terrenos para a construção de outros quartéis em Aizoáin, situado nas proximidades, e seis quarteirões para casas para a burguesia, as quais não resolveram o problema de falta de habitações na cidade. Só em 1915 se derruba finalmente a muralha sul e se inicia a construção do Segundo Ensanche,[78] segundo um plano inspirado no Eixample de Barcelona, da autoria de Ildefons Cerdà.[31]

O Hotel La Perla, um dos mais hotéis mais antigos de Espanha ainda em funcionamento; um dos seus hóspedes mais famosos foi Ernest Hemingway; depois de muitos anos de decadência, atualmente é um hotel de luxo.

A partir dos anos 1950, como consequência da industrialização iniciada na região, assiste-se a uma expansão urbana que origina a construção de bairros para alojar o grande afluxo de trabalhadores e suas famílias provenientes das localidades da região e de outras partes de Espanha. São exemplos de bairros criados nessa época os de Chantrea junto à muralha; Rochapea, São Jorge e La Milagrosa do outro lado do rio; Abejeras e Echavacoiz, na parte sul. Nas décadas seguintes surgem o bairros residenciais de San Juan-Donibane (1960-70), Iturrama e Ermitagaña (1970-80) e Mendebaldea (1980-90). Ao mesmo tempo são criados outros bairros mais humildes, como Echavacoiz, Azpilagaña e, em 1998, o de Mendillorri. Atualmente a expansão urbanística dá-se sobretudo em Ezcaba, Buztintxuri, Lezkairu-Arrosadía.[78]

Em 2009 estavam em curso dois novos planos de urbanização em Pamplona, a que se somavam os de outros municípios da área metropolitana: Lezkairu, situado atrás do Segundo Ensanche e do qual pretende imitar as formas, com quarteirões quadrados; e Echavacoiz, junto a Zizur Mayor, onde se situará a futura estação ferroviária do AVE (alta velocidade espanhola). Também está prevista construção de um parque com 21 hectares em Aranzadi, um dos meandros do rio Arga.[79]

A cidade estende-se atualmente pela bacia do Arga e forma com os municípios circundantes um contínuo urbano que alberga aproximadamente 335 000 habitantes, mais de metade da Comunidade Foral de Navarra.

A rede de estabelecimentos de ensino de Pamplona cobre completamente a procura educativa da região em todos os níveis de ensino. Entre os centros de ensino superior cabe destacar o Conservatório Navarro de Música Pablo Sarasate, a Universidade de Navarra (privada, da Opus Dei), a Universidade Pública de Navarra e uma delegação da Universidade Nacional de Educação à Distância. Estes centros acolhem estudantes procedentes não só da região como de outros locais.[80]

Edifício central da Universidade de Navarra

O Conservatório Navarro de Música Pablo Sarasate é uma escola superior que foi criada em 1858 como escola municipal de música e foi elevada à categoria de conservatório em 1957. Em 2004 foi dividido física e administrativamente no Conservatório Profissional de Música Pablo Sarasate e no Conservatório Superior de Música de Navarra. O seu nome deve-se ao famoso violinista e compositor pamplonês Pablo de Sarasate.

A Universidade de Navarra (UN) é uma universidade privada fundada em 1952 por Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador da Opus Dei e é gerida por esta instituição. Conta com dez faculdades, duas escolas superiores, duas escolas universitárias e diversos institutos superiores e outras instituições, como o Instituto de Estudos Superiores da Empresa (IESE), uma escola de pós-graduação que funciona em Madrid, Barcelona, Nova Iorque e Munique, o Instituto Superior de Secretariado e Administração (ISSA), o Centro de Investigação Médica Aplicada (CIMA) e a Clínica Universidade de Navarra.[81] No ano letivo 2007-2008 tinha matriculados 9 188 alunos de licenciatura e 4 302 alunos de pós-graduação e figurava em 1º lugar da Espanha no ranking das universidades privadas espanholas do do jornal El Mundo[82] e no 8º lugar do ranking geral do mesmo jornal.[83] A 30 de outubro de 2008 foi perpetrado o sexto atentado terrorista da ETA contra a UN, tendo provocado 28 feridos ligeiros. Embora os atentados contra a UN nunca tenham provocado vítimas mortais, a 4 de outubro de 1979, a explosão de uma bomba e os gases tóxicos dela resultantes provocaram o internamento hospitalar de 249 pessoas.[84]

Campus de Arrosadia da Universidade Pública de Navarra
As Escolas de São Francisco, construídas em 1902 no sítio de um antigo convento franciscano

A Universidade Pública de Navarra (UPNA) é uma universidade criada pelo governo local navarro em 1987. No ano letivo 2007-2008 estavam matriculados 8 059 alunos e no ano seguinte foi classificada no 27º lugar no ranking das universidades públicas espanholas do El Mundo.[83]. O campus de Arrosadía, onde se concentram a maior parte das instalações, ocupa uma área de 260 000 m² urbanizados, a que se soma a Quinta de Práticas e Investigação Agrícola, as instalações desportivas e o Centro de Biotecnologia Agrária Vegetal. A universidade conta ainda com o edifício "Ciências da Saúde" no recinto hospitalar de Pamplona, onde funciona o departamento do mesmo nome e a Escola Universitária de Estudos Sanitários. O orçamento da universidade em 2009 foi de 74 487 129 €. A universidade tem três faculdades (Ciências Económicas e Empresariais, Ciências Sociais e Humanas e Ciências Jurídicas), duas escolas técnicas superiores (Engenharia Agronómica e Engenharia Industrial e de Telecomunicações) e uma escola universitária (Estudos Sanitários).[85]

A delegação da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED) em Pamplona contava, em 2009-2010, com 111 professores e 3 200 alunos, distribuídos por 28 licenciaturas, curso de acesso para maiores de 25 anos, cursos de formação contínua, de inglês e para a terceira idade. Situa-se próximo do campus de Arrosadía da Universidade Pública, no edificío "del Sario".[86]

A rede de saúde pública é assegurada pelo Serviço Navarro de Saúde-Osasunbidea, dependente do Governo de Navarra.[87][88]

Existem dois hospitais gerais, o da Virgem do Caminho, conhecido popularmente como "A Residência", que dispõe de 565 camas, e o Hospital de Navarra, que tem 489 camas. Estes hospitais estão fisicamente muito próximos e em janeiro de 2010 passaram a constituir uma só entidade de nome Complexo Hospitalar de Navarra, juntamente com a Clínica Ubarmin.[11] Esta última é um hospital ortopédico e de reabilitação com 93 camas. Há ainda a destacar quatro centros ambulatórios de assistência especializada, doze centros de saúde, uma residência e centro de dia para idosos, quatro hospitais de dia, cinco centros de atenção à mulher, um centro de transfusão sanguínea, uma clínica de reabilitação de saúde mental e um centro de investigação biomédica.[89]

No setor privado, destacam-se o Hospital São João de Deus, a Clínica São Miguel e, principalmente, a Clínica Universidade de Navarra. Apesar de serem entidades privadas, têm atividades concertadas com a rede pública.[89] A Clínica Universitária é uma instituição muito prestigiada, inclusivamente a nível internacional, que atrai numerosos pacientes de fora de Navarra. É certificada pela Joint Commission (TJC, ex-JCAHO) e pela Fundação Avedis Donabedian (FAD).[90][91]

Competências municipais na área da saúde

O artigo 42 da Lei Geral de Sanidade dispõe que, sem prejuízo das competências das restantes administrações públicas, as administrações municipais têm as seguintes responsabilidades mínimas no controle sanitário nas seguintes áreas:[92]

  • Contaminação atmosférica, abastecimento de água, saneamento de águas residuais, resíduos urbanos e industriais.
  • Indústrias, atividades e serviços, transportes, ruídos e vibrações.
  • Edifícios e locais de habitação e convivência humana, especialmente dos centros de alimentação, cabeleireiros, saunas, centros de higiene pessoal, hotéis, centros residenciais, escolas, acampamentos turísticos, áreas de atividade física, desportivas e de recreio.
  • Distribuição e abastecimento de alimentos perecíveis, bebidas e demais produtos, relacionados de forma direta ou indireta com o uso ou consumo humanos, assim como os meios usados no seu transporte.
  • Cemitérios e câmaras mortuárias.

Segurança e serviços sociais

[editar | editar código-fonte]
Polícia municipal de Pamplona em 1930
Serviços sociais

O ayuntamiento dispõe de um departamento de serviços sociais para prestar apoio aos mais desfavorecidos. Para esse efeito existem onze unidades de bairro que facilitam o acesso dos cidadãos necessitados a diversos serviços sociais. As funções principais dessas unidades são: acolhimento e orientação social, apoio a pessoas com dificuldades motoras, incorporação sócio-laboral e apoio à infância e à família, e alojamento alternativo. Além das unidades de bairro, os serviços sociais municipais têm escolas oficinas, oficinas de emprego, promovem cursos de formação.[93]

Segurança de pessoas e bens

Em Pamplona atuam as seguintes forças policiais: Polícia Municipal (ou Local), dependente do município, Polícia Foral de Navarra, dependente do governo navarro, Corpo Nacional de Polícia, Guarda Civil e Polícia Judicial, estas últimas dependentes do governo espanhol.

A segurança de pessoas e bens é supervisionada e regulamentada pela Agência Navarra de Emergências (ANE), um organismo autónomo criado pelo Governo de Navarra pelo Decreto Foral 12/2009, de 16 de fevereiro, que agrupa os efetivos da Proteção Civil-SOS Navarra 112 e o Consórcio de Bombeiros de Navarra.[94] A segurança de eventos envolvendo muitas pessoas, como os Sanfermines, encontros de futebol de alto risco ou outros de com grande potencial de tensão e interesse, é planificada por um organismo denominado Junta Local de Proteção Civil da qual fazem parte as forças policiais, a Cruz Vermelha, Bombeiros, DYA,[f] Proteção Civil e equipas médicas de emergência.[95]

O Departamento de "Segurança Cidadã" (Seguridad Ciudadana) de Pamplona tem como objetivos proteger o exercício de direitos e liberdades, velar pela convivência pacífica e proteger as pessoas e os seus bens de acordo com a lei. Entre as competências da Polícia Municipal destacam-se a proteção dos edifícios municipais, investigação judicial, manutenção da ordem em espetáculos, atividades recreativas e outros eventos públicos e concentrações, tramitação de denúncias, controle de feiras, mercados e similares, controle do cumprimento de regulamentos municipais, apoiar os serviços de bombeiros e de ambulâncias, gerir o tráfico e proteger as autoridades municipais.[95]

Parque automóvel de Pamplona em 2008 [73]
Tipo de veículo Quantidade
Ligeiros 94 713  
Camiões e furgonetas 17 211  
Outros 15 558  
Total 127 482  
Aeroporto de Pamplona (IATA: PNAICAO: LEPP)
Estação ferroviária de Pamplona
Parque automóvel

Em 2008 Pamplona tinha uma taxa de 646 automóveis por cada mil habitantes, a qual era ligeiramente inferior à média de Navarra (694 por cada mil habitantes). No mesmo ano estavam registados 17 211 veículos de carga, o que provavelmente indicia a existência de um grande número de pessoas que se dedicam profissionalmente ao transporte de mercadorias, devido ao papel da cidade como centro de distribuição regional.[73]

Transporte aéreo

O Aeroporto de Pamplona (IATA: PNAICAO: LEPP) encontra-se a 6 km da cidade, entre os municípios de Noáin e Galar (Esquíroz). Em novembro de 2010 foram concluídas obras de ampliação que duplicaram a capacidade para um milhão de passageiros por ano e aumentaram substancialmente a operacionalidade, nomeadamente porque a extensão da pista em 200 metros permite o uso do aeroporto por aviões do tipo Boeing 737 e Airbus A320 com plena carga e em situações meteorológicas adversas.[96][97] Em março de 2011 o aeroporto era servido por 7 voos diários de e para Madrid e 4 para Barcelona.[98] Em 2006 o aeroporto teve um movimento de 375 308 passageiros, 11 419 voos e 59 toneladas de carga.[97]

Transporte ferroviário

A estação ferroviária de Pamplona está situado no Bairro de São Jorge e é gerida pela Adif (Administrador de Infraestructuras Ferroviarias), a empresa estatal que gere a infraestrutura ferroviária espanhola. A estação tem ligações diárias com Alicante, Alsasua, Barcelona, Burgos, Irun, Hendaye, Leão, Madrid, Oviedo, Palência, São Sebastião, Valência, Vitória e Saragoça.[99] O melhor serviço de comboio, o Alvia (denominação comercial: Altaria), um serviço de alta velocidade que substituiu o Talgo em 2008, liga Pamplona com Madrid (Atocha) quatro vezes diariamente. Dois dos trajetos terminam em Pamplona, um terceiro continua para Irun e um quarto segue para Vitória. O trajeto Pamplona-Barcelona também é servido pelo Alvia.[100][101]

A estação atual será desmantelada quando se eliminar o nó ferroviário que atravessa a cidade e for construída a nova estação para o AVE (Alta Velocidad Española) no bairro de Echavacoiz.[102] Em 16 de maio de 2009 foi assinado um convénio para que as obras da lina de AVE entre Pamplona e Saragoça arranquem em 2011.[103][104]

Rede rodoviária

Pamplona está ligada por autoestrada com todas as capitais de província que rodeiam Navarra (Vitória, São Sebastião, Logroño e Saragoça), exceto Huesca, à qual está ligado pela estrada nacional N-240. Diversas estradas ligam às cidades mais importantes do departamento francês dos Pirenéus Atlânticos perto da fronteira. Outro eixo rodoviário importante é o de circunvalação de Pamplona, composto pela PA-30 (Ronda de Pamplona) e a A-15 (Ronda de Pamplona Oeste), que liga entre si os municípios da Cuenca de Pamplona e os vários bairros da cidade, distribuindo o trânsito entre algumas zonas da área metropolitana.[105]

Principais estradas e autoestradas de Pamplona [105]
Identificador Nome Tipo Direção
  AP-15  Autopista de Navarra Autopista (autoestrada com portagem Tudela, Saragoça, Madrid
  AP-15  Autopista de Navarra Autopista São Sebastião, Vitoria-Gasteiz
  A-12  Autovía del Camino Autovía (autoestrada sem portagem) Estella, Logroño
  A-21  Autovía del Pirineo Autovía Sangüesa, Jaca, Huesca
  N-121  Pamplona-Tudela Estrada nacional Tudela, Saragoça, Madrid
  N-121A  Pamplona-Behobia Estrada nacional Irun, França
  N-240A  Pamplona-Vitoria Estrada nacional Vitoria-Gasteiz, São Sebastião
  N-135  Pamplona-França por Valcarlos Estrada nacional Zubiri (Esteribar), Valcarlos, França 
  PA-30  Ronda de Pamplona Via rápida / estrada Subúrbios de Pamplona
  A-15  Ronda de Pamplona Oeste Autovía Subúrbios de Pamplona
Distâncias entre Pamplona, as localidades mais importantes de Navarra e algumas capitais de província [106]
Localidades Distância
(km)
  Localidades Distância
(km)
  Capitais de província Distância
(km)
Tudela 94   Barañáin 3   São Sebastião 86  
Estella 42   Burlada 3   Bilbau 159  
Tafalla 35   Villava 4   Santander 267  
Sangüesa 45   Zizur Mayor 5   Madrid 401  
Olite 42   Isaba 94   Barcelona 435  
Corella 92   Alsasua 50   Sevilha 945  
Viana 81   Elizondo 57   Saragoça 173  
Fachada do antigo terminal rodoviário
Autocarros interurbanos

O terminal rodoviário é subterrâneo e situa-se debaixo da Vuelta del Castillo, no centro da cidade, próximo da cidadela. Aí operam várias companhias que oferecem ligações diárias com as principais localidades de Navarra e ainda com Madrid, Barcelona, Bilbau, Alicante, Gijón, Oviedo, Jaca, Jaén, Logroño, São Sebastião, Santander, Sória, Vigo, Vitoria, Zaragoza, Irun, Salou e Peníscola.[107][108]

Autocarros urbanos

A rede de autocarros urbanos serve toda a área metropolitana. Os autocarros são conhecidos popularmente como villavesas devido ao nome da primeira empresa de transportes interurbanos da cidade, a Villavesa, que foi fundada no final da década de 1920 e dissolvida em 1929. O nome da empresa, por sua vez, provinha de Villalba, a localidade onde tinha a sua sede.[109]

Em 2009 existiam 23 linhas diurnas e 10 linhas noturnas. O serviço tinha então 88 autocarros em circulação durante a maior parte dos dias e 102 durante as horas de ponta. Em 2007 o foram transportados 38,4 milhões de passageiros. O serviço, de âmbito comarcal, é gerido pela Mancomunidad de la Comarca de Pamplona através de uma concessão, atualmente na posse da empresa catalã Transports Ciutat Comtal, filial da Moventis. Anteriormente, a concessionária foi, durante sete anos, a La Montañesa, do grupo empresarial Veolia.[110][111]

Interior do novo terminal rodoviário
Táxis

A lei foral do táxi (8/2005 de 6 de julho), aprovada pelo Parlamento de Navarra, impulsionou a criação de uma área conjunta de prestação de serviços que integra 19 municípios da área metropolitana, gerida pela mancomunidade da comarca. Em 2007 existiam 313 táxis, 3 com 9 lugares e 17 adaptados para deficientes motores. A maior parte dos táxis são a diesel, mas em 2007 havia 10 híbridos (a gasolina e elétricos) e 68 que usavam biodiesel.[112]

Ciclovia

A cidade tem 64 km de ciclovias, dos quais 20 pertencem ao Parque Fluvial da Comarca de Pamplona. O chamado "plano de ciclabilidade de Pamplona" prevê a construção de mais 41 km, que se prevê estarem concluídos em 2013.[113] Existe também um serviço de aluguer de bicicletas, chamado "n bici x", o qual tem cinco pontos de de recolha e levantamento de bicicletas, estando prevista a criação de mais 15 proximamente.[114]

Aprovisionamentos

[editar | editar código-fonte]
Bairro da Milagrosa
Eletricidade

A Comunidade Foral de Navarra é autosuficiente em termos de geração de energia elétrica, tendo inclusivamente exportado 2,326 GWh em 2008. A energia elétrica é de origem hidroelétrica e eólica.[115]

A eletricidade consumida em Pamplona é distribuída pela Iberdrola e é proveniente da subestação da Rede Elétrica de Espanha localizada em Orkoien. A nível municipal existe, desde 2011, a Agência Energética Municipal de Pamplona, dependente do departamento de Desenvolvimento Sustentável.[116]

Combustíveis

Para assegurar o abastecimento de combustíveis derivados do petróleo a Navarra, a Compañía Logística de Hidrocarburos dispõe de instalações de armazenamento em Esparza de Galar, as quais têm capacidade para armazenar 123 000 . Os combustíveis chegam a essas instalações através de um ramal do oleoduto Bilbau-Saragoça, o qual passa muito próximo da zona.[117]

Gás natural

A empresa Gas Navarra S.A., parte do grupo Gas Natural Fenosa, é a responsável pela totalidade dos fornecimentos de gás natural em toda a comarca de Pamplona.[118]

A nascente de Arteta, uma das três fontes de abastecimento de água potável de Pamplona
O rio Arga à entrada de Pamplona
Água potável

A Mancomunidade da comarca de Pamplona é a entidade responsável pela gestão da água, desde o abastecimento até ao tratamento das águas residuais. Existem duas estações de tratamento, a ETAP Eguíllor y ETAP Urtasún, de onde a água segue para depósitos de regulação, de onde partem canalizações até aos pontos de consumo. A água utilizadas é recolhida pela rede de esgotos e é conduzida à ETAR (estação de tratamento de águas residuais) Araguri que a despeja no rio Arga depois de tratada.[119][120]

A água consumida em Pamplona é proveniente de três pontos de captação. A nascente de Arteta situa-se a 25 km da cidade e armazena águas da chuva e neve recolhidas numa extensão de 100 km² da Serra de Andia. O seu caudal médio é de 3 000 litros por segundo, mas a sua dependência dos regimes pluviométricos faz com que o caudal oscile entre 30 000 e os 300 litros por segundo. Na época estival de seca, o abastecimento é reforçado com água bombeada do rio Araquil. As águas provenientes da nascente de Arteta e do rio Araquil são tratadas na estação de tratamento de Egíllor. Outra fonte de água potável de Pamplona é a barragem de Eugui, situada próximo à localidade do mesmo nome, a 26 km da cidade. A barragem situa-se na cabeceira do rio Arga, tem capacidade para armazenar cerca de 20 hectómetros cúbicos de água e uma cota máxima de 628 m. A água aí recolhida é tratada na estação de tratamento de Urtasún, situada a 1,5 km da barragem.[120]

Recolha e tratamento de lixo e limpeza das vias públicas

A recolha de resíduos sólidos é gerida pela Mancomunidade da comarca de Pamplona e é realizada de forma seletiva, para o que existem em diversos pontos da cidade contentores específicos para os diferentes tipos de resíduos: orgânicos; plástico e embalagens; papel e cartão; vidro. Existe também um serviço de recolha de objetos volumosos, pilhas, material de poda e jardins e os chamados "pontos limpos", destinados a recolher seletivamente alguns resíduos gerados nas habitações, como pinturas e produtos de automóveis. Os "pontos limpos" são de dois tipos: os fixos, que se encontram permanentemente nos parques de hipermercados; e os móveis, constituídos por veículos que se deslocam por diferentes bairros e localidades.[121]

Mercado municipal (1876)

A limpeza da via pública está subcontratada à empresa FCC S.L.[121]

Abastecimento

A empresa Mercairuña (Mercados Centrales de Abastecimiento de Pamplona) fundada em 1974, é um centro de distribuição grossista de alimentos perecíveis, cujo âmbito de atuação é a comarca de Pamplona, apesar de também contribuir para o abastecimento de zonas limítrofes. Entre as suas instalações encontram-se um mercado de frutas e hortaliças e outro de peixe. Conta também com uma zona de atividades complementares, em que operam outro tipos de empresas, como por exemplo um supermercado grossista e empresas de armazenamento e distribuição de congelados. A Mercairuña encontra-se no Soto de Aizoáin, a 8 km do centro da cidade.[122][123]

Pamplona dispõe de uma vasta rede de estabelecimentos comerciais que asseguram o abastecimento de alimentos e outros produtos habituais de consumo, desde as pequenas lojas de bairro até às grandes superfícies, de onde se destacam os centros comerciais e hipermercados das cadeiasEl Corte Inglés, Eroski, Carrefour e Caprabo.[76]

Meios de comunicação social

[editar | editar código-fonte]

Na cidade estão disponíveis os jornais nacionais, regionais e internacionais de maior difusão em Espanha, alguns dos quais incluem uma secção de informação local ou regional nas edições vendidas em Navarra. Há dois jornais de informação geral que são editados em Pamplona: o Diario de Navarra e o Diario de Notícias. O primeiro foi fundado em 1903 por um conjunto de empresários locais[124] e é o jornal de maior tiragem da região (cerca de 59 000 em 2009/2010).[125] É editado sem interrupção desde a sua fundação. A sua orientação política é tradicionalmente de carácter conservador e regionalista, defendendo o regime foral (autonomista) de Navarra dentro da Coroa Espanhola. A influência do jornal estende-se a outrás áreas da sociedade navarra. É detido pela empresa La Información S.A.[126]

O Diário de Notícias foi fundado em 1993 por um grupo de investidores navarros. A sua orientação política é de carácter progressista, com alguma simpatia pelos sentimentos basquistas de Navarra, mas sem chegar a ser nacionalista basco nem apoiar abertamente a integração no País Basco. Politicamente oscila entre os setores sociais do PSN-PSOE, Nafarroa Bai e Esquerda Unida de Navarra (IUN-NEB, de Izquierda Unida de Navarra [espanhol] e Nafarroako Ezker Batua [basco]). É detido pela empresa Zeroa Multimedia, S.A.[127] Em 2009/2010 a sua tiragem média foi de cerca de 22 000 exemplares.[125]

Além destes dois jornais maiores, editam-se em Pamplona diversas revistas e jornais, como é o caso dos gratuito o ADN Navarra, Qué! Navarra e El Periódico Universitario. Os jornais Deia, Gara, Berria e El Mundo têm delegações em Pamplona.[128]

Rádio

Em Pamplona é possível sintonizar todas as principais cadeias de rádio que operam a nível nacional e regional. Algumas delas têm emissoras locais que emitem espaços dedicados à atualidade local em alguns horários; tal é o caso, por exemplo, da Rádio Nacional de Espanha, Cadena SER, Onda Cero, COPE e Punto Radio. Outras emissoras acessíveis em Pamplona, de carácter regional ou local e, em alguns casos, com emissões irregulares, são: Radio Candela, Radio Fuego, Euskalerria Irratia, Radio Euskadi-Navarra-EITB, Eguzki Irratia e Trak FM.[129][130]

Televisão

Com a entrada em funcionamento da televisão digital terrestre (TDT), multiplicaram-se o número de canais de televisão disponíveis em Pamplona, tanto generalistas como temáticos, quer grátis, quer pagos. A nível local e regional funcionavam, em 2010, os canais Popular Televisión, Canal 4 Navarra, Canal 6 Navarra, Canal 4 digital e Canal 6 DOS, mas estava prevista a abertura de diversos outros. Em março de 2011 estavam acessíveis por TDT em Pamplona 39 canais de televisão e 18 canais de rádio.[131]

Património cultural, histórico e locais de interesse

[editar | editar código-fonte]
O Ayuntamiento durante um encierro (largada de touros) dos Sanfermines

Os principais monumentos medievais de Pamplona são a Câmara de Comptos de Navarra, uma espécie de tribunal de contas do Reino de Navarra, e as igrejas de São Saturnino e de São Nicolau. A catedral também é medieval, de estilo predominantemente gótico, embora a fachada, da autoria de Ventura Rodríguez (1717-1785), seja neoclássica. Outros monumentos importantes são a sede do ayuntamiento e o palácio provincial (Palácio de Navarra), onde funciona a sede do governo de Navarra.

Arquitetura civil

[editar | editar código-fonte]

O Ayuntamiento ou Casa Consistorial é a sede do governo municipal. O primeiro edifício foi construído em "terra de ninguém" para evitar rivalidades, mas perto da da confluência dos três burgos, após a unificação dos burgos medievais, formalizada pelo "Privilégio da União", a lei foral de 1423. O edifício seguinte, do qual apenas se conserva a fachada, foi construído no século XVIII em estilo barroco. A última reconstrução de grande envergadura do edifício ocorreu em 1957, quando a maior parte foi demolida, pouco se mantendo além da fachada.[132] A cerimónia de abertura das mundialmente conhecidas festas de Pamplona, os Sanfermines, decorre numa varanda do segundo andar do ayuntamiento, com o o chupinazo (lançamento de um foguete) ao meio dia de 6 de julho, com o lançador gritando «Pamplonesas, pamploneses..... Viva San Fermín!!.....Iruindarrak Gora San Fermín!!».

O Palácio de Navarra é, desde 1850, ano em que terminou a sua construção, a sede do governo "foral" (autónomo) de Navarra. É um edifício neoclássico de tipo palaciano, da autoria do arquiteto José de Nagusia. Destaca-se pela imponência das suas paredes em silhar, a dimensão calculada dos elementos e a sua distribuição e o frontão clássico em estilo dórico.

Fachada do Palácio de Navarra

Nas suas paredes são visíveis os impactos das bombas caídas durante a Guerra Civil Espanhola. No interior destaca-se o salão do trono, de grande majestosidade, em estilo isabelino, construído entre 1861 e 1865, obra do arquiteto Maximiano Hijón. Quando a Praça do Castelo foi aberta para a Avenida Carlos III, em 1931, foi construída nessa avenida outra fachada semelhante à principal. Tem um jardim com uma fonte luminosa e uma sequoia centenária, trazida em 1855 da América pelo deputado José María Gastón de Echeberz, conhecida popularmente como o "Pinheiro da Deputação" (Pino de la Diputación).[133]

O Passeio de Sarasate (oficialmente: Paseo de Pablo Sarasate, também conhecido popularmente como Paseo Valencia) é uma grande avenida ajardinada onde se encontram diversos monumentos emblemáticos de Pamplona, como o Palácio e o Parlamento de Navarra, o Banco de Espanha, a Igreja de São Nicolau, o Monumento aos Forais de Navarra e as estátuas dos reis de Navarra que foram inicialmente esculpidas para serem colocadas no terraço superior do Palácio Real de Madrid. Pablo de Sarasate foi um famoso violinista e compositor pamplonês do século XIX.[134]

A Câmara de Comptos de Navarra (Tribunal de Contas) encontra-se na Rua de Ansoleaga. É um edifício gótico do século XIV, onde funciona o tribunal de contas de Navarra pelo menos desde o século XVI e onde também funcionou o arquivo de Navarra e a Casa da Moeda do reino navarro.[135] O tribunal foi criado em 1364, por Carlos II[136] Declarado monumento nacional em 16 de janeiro de 1868,[136] a partir de 1910 foi a sede do Museu Arqueológico de Navarra,[137] tendo voltado às suas funções ancestrais quando o tribunal foi recriado na década de 1980.

O Café Iruña, antigo Casino de Pamplona, na Praça do Castelo

A Praça do Castelo é o coração urbano da cidade por excelência, algo que já acontecia na Idade Média. Uma das funções do seu espaço era a de praça de touros e foi lá que se realizaram quase todas as touradas entre 1385 e 1844, quando foi construída uma praça de touros permanente. Em 1836 as freiras Carmelitas Descalças foram obrigadas a abandonar o seu convento durante a "Desamortização de Mendizábal" e no local do convento foi construído o Palácio da Deputação, o antigo Crédito Navarro e o "Teatro Principal" (atualmente designado Teatro Gayarre), todos em estilo neoclássico. Em 1859 foi fundado o Hotel La Perla, supostamente o hotel mais antigo de Espanha ainda em funcionamento. Entre 1880 e 1895 começaram a funcionar o Casino Principal e o Café Iruña. Com a construção do Segundo Ensanche em 1931, o Teatro Principal teve que ser recuado, para abrir espaço à expansão e abertura da cidade. Desde 1943 que o centro da praça é ocupado por um quiosque de pedra. Durante as obras de construção de um parque subterrâneo no final do século XX foram descobertas no subsolo da praça restos de termas romanas, uma necrópole muçulmana, uma parte da muralha medieval e restos do convento das Carmelitas. A praça é o fruto de construções de várias épocas distintas, pelo que nela se podem apreciar uma grande variedade de estilos nos edifícios que a circundam.[133]

Arquitetura religiosa

[editar | editar código-fonte]
Interior da catedral

A Catedral de Santa Maria de Pamplona encontra-se na Navarrería, a zona mais alta e mais antiga da cidade. A sua origem é desconhecida, mas sabe-se que em 1083 começou a remodelação que terminaria em 1100, sendo consagrada em 1124. Em 1300 encontrava-se em ruínas. A sua reconstrução foi impulsionada por Carlos III (1361-1425) e pelo cardeal Martín de Zalba, bispo de Pamplona.[136] É considerado o monumento gótico mais importante de Navarra.[138] Entre outros elementos, destacam-se três sinos do século XVI na torre norte, entre eles o chamado "Maria", datado de 1584, que só toca em ocasiões de solenidade muito especial e é o maior sino em uso em Espanha.[139][140] No seu interior observa-se uma grande unidade dentro do gótico. É de planta em cruz latina, com uma nave central de dois corpos e cruzeiro da mesma altura, duas naves laterais, deambulatório e capelas laterais, todas elas com abóbada em cruzaria simples.[141] No presbitério, sob um baldaquino gótico moderno, encontra-se a imagem românica de Santa María la Real chapeada a prata diante da qual os reis de Navarra faziam o seu juramento. No meio da nave central encontra-se o mausoléu dos reis navarros Carlos III e da sua esposa Leonor.[133][138]

Imagem de São Firmino na Igreja de São Lourenço

A Igreja de São Saturnino (ou de San Cernin) foi originalmente construída em estilo românico. Na sequência dos estragos que sofreu durante a chamada Guerra dos Burgos (ou de Navarrería), foi reconstruída no final do século XIII em estilo gótico. Tem duas torres que lhe dão um ar de fortaleza. A torre norte é rematada por uma flecha de tijolo, construída no século XVIII para substituir as antigas ameias.[142] Os capitéis do portal têm representações de cenas da Paixão e infância de Cristo. Ao lado do arco tem imagens de Santiago peregrino e de São Saturnino, o santo nascido em Pamplona no século III que é o padroeiro da cidade.[143] No local onde se erguia o claustro foi construída no século XVIII a Capela da Virgem do Caminho.[142]

A Igreja de São Lourenço foi construída no século XIV em estilo gótico, mas a maioria do que existe atualmente é o resultado da renovação neoclássica levada a cabo no século XIX. Até 1901 conservou um torreão medieval e uma portada barroca, que nesse ano foram derrubados para construir uma nova fachada desenhada por Florencio Asoleaga. Tem uma capela barroca dedicada a São Firmino construída no início do século XVIII, onde se encontra a imagem desse santo pamplonês que é levada em procissão todos os 7 de julho, durante os Sanfermines.[132]

A Igreja de São Nicolau foi construída em 1117 e novamente consagrada em 1231, depois de ter sido destruída numa guerra com o burgo vizinho de San Cernin. Durante a Idade Média, funcionava como baluarte defensivo, tendo sido despojada dos seus elementos defensivos após a conquista de Navarra.[142] No entanto, ainda conserva um certo ar de fortaleza, com elementos góticos e uma rosácea românica e uma torre do século XIV. O conjunto é uma mistura um tanto estranha de estilos. No seu interior encontra-se o maior órgão de Pamplona. [132]

Parques e jardins

[editar | editar código-fonte]
Vista da cidadela
Baluarte do Redín e Portal de França

Um dos grandes atrativos de Pamplona são as suas abundantes zonas verdes, o que é evidenciado pelo número de árvores ser aproximadamente igual ao de habitantes.[47]

A Cidadela é um exemplo de fortificação renascentista que se encontra no centro da cidade. Tem planta pentagonal e conserva três dos cinco baluartes originais. Além de monumento, atualmente é também um parque.[144]

Os Jardins da Taconera constituem o parque mais antigo de Pamplona e data do início do século XIX. No seu interior conservam-se restos da muralha, dois baluartes (o da Taconera e o de Gonzaga) e vários portais.[145]

O Parque da Meia Lua (Parque de la Media Luna) é uma zona verde situada junto a um trecho das muralhas que deve o seu nome à sua forma de lua crescente. Por estar num lugar elevado, dele se desfrutam belas panorâmicas sobre a cidade e o rio Arga. Estende-se desde o Forte de São Bartolomeu, nas traseiras da praça de touros, até à "Ripa de Beloso", percorrendo um talude natural sobre o Arga. Entre as suas árvores destaca-se uma sequoia gigante. No seu interior existe um monumento ao violinista pamplonês Pablo Sarasate. Foi recentemente reabilitado, tendo recuperado o seu encanto romântico original dos jardins desenhados por Víctor Eusa na década de 1930.[146]

O Parque de Tejería é a continuação do Parque da Meia Lua. Situa-se ao pé da zona mais antiga das muralhas, entre o bastião do Redín e o rio Arga. É percorrido pelos peregrinos do Caminho de Santiago, que entram em Pamplona pelo Portal de França vindos da ponte da Madalena.[147]

O Parque de Yamaguchi é um parque de inspiração oriental, fruto das relações existentes entre Pamplona e a cidade japonesa de Yamaguchi, com a qual está geminada. No seu projeto participaram arquitetos paisagistas japoneses. Nele se encontra o Planetário de Pamplona.[147][148]

Pamplona Frankentor, 2005-07-17.jpg

O Parque Fluvial do Arga é uma extensa zona verde com 33 km, onze deles no território do município de Pamplona, que ocupa áreas de 14 municípios e as margens de 3 rios. É gerido pela Mancomunidade da Comarca de Pamplona.[149][150][151]

Ponte romana de Miluce

O campus da Universidade de Navarra encontra-se a sul da cidade, nas margens do rio Sadar. Com os seus 40 000 m² é uma das zonas verdes mais importantes da cidade. Dentro do campus há mais de 43 000 árvores e arbustos, onde se destacam espécies como a sequoia, bordo, Sorbus aucuparia, tília, choupo, olaia, abeto, tuia, cedro, salgueiro, "erva da pampa" (Cortaderia selloana) ou ginkgo biloba.[152]

Outros locais de interesse

[editar | editar código-fonte]

Pontes: de Miluce (romana); de Santa Engrácia (gótica, do século XIII); ponte e túnel de Plazaola, por onde circulava o comboio Pamplona-São Sebastião durante a primeira metade do século XX; da Rochapea (medieval); de São Pedro (de origem romana); de Santa Madalena (românica, do século XIII), por ela passam os peregrinos do Caminho de Santiago.[151]

O moinho de Caparroso data do século XI e está a ser restaurado para albergar uma escola de remo e canoagem. O meandro da Madalena está a ser recondicionado e fala-se em transformá-lo em mais um grande parque.[151]

Ponte da Madalena, parte do Caminho de Santiago
Caminho de Santiago

Pamplona é o final da segunda etapa do caminho dos peregrinos de Santiago que entram em Espanha por Roncesvalles. Os peregrinos que vão a pé entram na cidade pelo norte, passando o "Portal de França" ou o de Zumalacárregui, depois de terem atravessado a Ponte da Madalena. O percurso dentro da cidade é: catedral, Praça de São José, Rua Curia, Rua Mercaderes, Praça Consistorial, Igreja de São Saturnino e Igreja de São Lourenço. Nas ruas de Dormitalería e da Compañía existiram hospitais (albergues de peregrinos) para estrangeiros. No século XVI foi fundado o Hospital General, o edifício onde atualmente está instalado o Museu de Navarra. Os peregrinos gozavam de proteção especial em Pamplona graças ao Fuero General, as leis (ditas "forais") de autonomia local.[153]

Entidades culturais

[editar | editar código-fonte]

Pamplona conta com diversas entidades culturais e recreativas que atuam em várias áreas. As entidades têm (2011) algum tipo de acordo de colaboração com o Governo de Navarra para a realização de atividades relacionadas com a promoção, difusão e formação nas áreas artísticas e culturais são as seguintes: Associação Gayarre de Amigos da Ópera, Ateneu Navarro, Fundação Baluarte, Bertsoaroa, Capela[g] de Música de la Catedral de Pamplona, Agrupamento Musical "Los Amigos del Arte", Coral de Câmara de Pamplona, Escola Navarra de Teatro, Fundação Teatro Gayarre, Música de Bandas, Nafarroako Euskal Kantuzaleen Elkartea (tradução livre: Associação Navarra de Amadores de Música Basca), Orfeão Pamplonês, Orquestra Sinfónica de Navarra Pablo Sarasate e Sociedade Filarmónica de Pamplona.[154]

Espaços cénicos

[editar | editar código-fonte]
Teatro Gayarre
Palácio de Congressos e Auditório de Navarra

O Teatro Gayarre tem uma sala com capacidade para 900 espectadores, que se distribuem por quatro pisos.[155] É um edifício construído em 1931, para substituir o que existiu a partir de 1841 na Praça do Castelo. O nome atual foi atribuído em 1903, em honra do tenor navarro Julián Gayarre, natural de Roncal. Anteriormente o teatro chamava-se Teatro Principal. Por sua vez, o edifício já desaparecido de 1841 substituiu o "Pátio e Casa de Comédias", que funcionou desde 1608 na rua com o mesmo nome.[155][156]

O Palácio de Congressos e Auditório de Navarra, também conhecido como Baluarte, devido à sua localização junto à cidadela, onde se encontrava um baluarte demolido no princípio do século XX, acolhe os eventos sociais e culturais de maior envergadura, além de exposições, feiras e congressos. Foi construído e é gerido pelo Governo de Navarra. Foi inaugurado em 2003 e entre as suas infraestruturas, que ocupam 63 000 m², conta com com seis salas (uma com lotação para 1 600 pessoas, outra para 600 pessoas e quatro para 300 pessoas), 5 000 m² de espaços para exposições, 1 500 m² de áreas públicas e de restauração, zonas de escritórios, além de 25 000 m² de estacionamento. Foi desenhado pelo arquiteto navarro Francisco Mangado Beloqui (conhecido como Patxi Mangado).[157][158]

Os Centros Cívicos Civivox são espaços cénicos e culturais de gestão municipal localizados em diferentes bairros da cidade. Realizam a maior parte das atividades culturais promovidas pelo ayuntamiento. No início de 2011 existiam 8 centros Civivox: São Jorge, Mendillorri, Condestável, Jus de la Rocha, Iturrama, Ensanche, e o Centro Compañía e Casa da Juventude.[159]

O Planetário de Pamplona é um centro cultural de divulgação científica e tecnológica situado no Parque de Yamaguchi e inaugurado em 1993. Tem uma cúpula de projeção com vinte metros de diâmetro com projetores e outros sistemas audiovisuais que permitem visualizar 9 000 astros. Conta também com uma área de exposições com 400 m² e um salão de conferências com capacidade para 250 pessoas.[148][160]

A cidade conta ainda com diversas salas de exposições, na sua maioria dedicadas a arte contemporânea. De referir os Pavilhões da Cidadela (Pabellones de la Ciudadela), divididos em Sala de Armas, Pavilhão de mixtos e Forno, a Sala Descalzos 72 e a Sala Conde Rodezno, todas de gestão municipal.[161]

Planetário e Parque de Yamaguchi
Fachada do Museu de Navarra

Música folclórica e académica

[editar | editar código-fonte]

Há dois tipos de música tradicional pamplonesa que cabe destacar: a música de charangas e as jotas, tocadas com chistus (uma espécie de flauta de bisel tocada com uma só mão) e gaitas semelhantes à dulzaina (uma espécie de oboé). A cidade é sede de instituições musicais como a banda municipal "La Pamplonesa", a Orquestra Sinfónica de Navarra e os conservatórios profissional e superior de Navarra "Pablo Sarasate".[162]

Eventos culturais

[editar | editar código-fonte]

O Festival Punto de Vista é um festival de cinema documental e de não ficção que se realiza em fevereiro ou março desde 2005 para substituir o "Certame de Criação Audiovisual".[163][164] Outro evento cinematográfico é o Festival de Cinema de Pamplona (em basco: Iruñeko XII Zinemaldia), que se realiza em outubro desde 2000, especializado em obras de ficção e documentários de temática social e em curtas-metragens.[165]

No campo da música, todos os anos se realizam diversos certames, onde estão presentes quase todos os géneros musicais, nomeadamente a música tradicional navarra.[166][167] Anualmente decorrem diversos eventos relacionados com a promoção da leitura, nomeadamente uma feira do livro e diversos certames literários, promovidos pelo município e pelo Governo de Navarra.[166] Todos os anos decorre o concurso "Encontro de Jovens Artistas de Navarra", que promove jovens artistas navarros nas categorias de música, artes plásticas, criação audiovisual, artes cénicas e literatura, promovido pelo Governo de Navarra através do Instituto Navarro do Desporto e Juventude.[168][169]

O Museu de Navarra é uma instituição do Governo de Navarra que foi fundada em 1956. Encontra-se na Rua Cuesta de Santo Domingo, no Casco Antigo, naquilo que foi o Hospital da Nossa Senhora da Misericórdia. Foi remodelado e reorganizado em 1986, procurando torná-lo mais atrativo para o público, organizando as coleções por ordem cronológica e criando uma sala de espetáculos, uma sala de exposições temporárias e outros serviços.[132]

O Museu Catedralício Diocesano está instalado na catedral, onde ocupa o antigo refeitório, cozinha e os aposentos do mordomo (século XIV). Entre as peças expostas, destacam-se os relicários do Santo Sepulcro de finais do século XIII e do Lignum Crucis (madeira da cruz onde Jesus foi crucificado), do século XIV, ambos em prata dourada e esmalte. Igualmente importantes são outras obras góticas, como o evangeliário chapeado a prata, o relicário da Santa Espina, ou a custódia do Corpus Christi e o seu templete, além de cruzes processionais de grande valor, como a de Arazuri. Há ainda diversas pinturas, nomeadamente de Van Dyck, imagens da Virgem dos séculos XII ao XV e algumas peças de talha dourada e artes decorativas.[170]

Bibliotecas e arquivos

[editar | editar código-fonte]
Arquivo Geral de Navarra

O Arquivo Geral de Navarra está instalado no antigo Palácio dos Reis de Navarra, um edifício construído originalmente no século XII como residência dos reis de Navarra, tendo também servido durante a Idade Média como residência do bispo de Pamplona. Em 1530, com a anexação de Navarra no recém-criado reino de Espanha, passou a ser a residência dos vice-reis e, a partir de 1841, dos capitães-generais. Posteriormente foi a sede do Governo Militar. Em 1999 foi instalado no edifício o Arquivo Geral, tendo-se então iniciado as obras de reabilitação, um projeto do arquiteto Rafael Moneo. A reabilitação foi terminada em 2003. O arquivo existe oficialmente desde 1836, quando foi entregue à Deputação a custódia do arquivo da Câmara de Comptos quando esta foi extinta (a Câmara de Comptos voltaria a ser criada no final do século XX).[171]

A Biblioteca Geral de Navarra é a biblioteca central do Serviço de Bibliotecas Públicas do Governo de Navarra. Além de oferecer os serviços típicos de qualquer biblioteca pública, é também uma filmoteca e a instituição com a maior responsabilidade ao nível da preservação do património bibliográfico navarro e da coordenação de empréstimos entre todas as bibliotecas públicas de Navarra. Conta com uma coleção de mais de 300 000 obras, algumas muito antigas, documentos históricos do século XIX e o acervo da antiga "Biblioteca Taurina".[172] A origem da biblioteca remonta a meados do século XIX, quando foi fundada a biblioteca do Instituto de Segunda Enseñanza de Pamplona. A biblioteca funciona desde 1 de março de 2011 num novo edifício construído para o efeito no bairro de Mendebaldea.[173] Antes disso passou por uma série de locais (cave do hospital de Barañáin [1933], cave do Arquivo de Navarra, Palácio da Deputação), até que em meados do século XX foi instalada no piso térreo e na cave do edifício conhecido como La Agrícola,[174] a antiga sede de uma instituição financeira de Pamplona onde também funcionou o Grande Hotel de Pamplona, construído em 1912, situado na Praça de São Francisco, na parte antiga da cidade.[175]

O chupinazo, momento que marca o início dos Sanfermines, ao meio-dia de 6 de julho na Praça Consitorial, em frente ao Ayuntamiento
Ver artigo principal: Festas de São Firmino

As Festas de São Firmino ou Sanfermines, como são conhecidas constituem o maior evento da cidade e são mundialmente famosas desde a primeira metade do século XX. As festas realizam-se há vários séculos e decorrem entre os dias 6 e 14 de julho desde 1591. Antes disso eram celebradas no dia 10 de outubro.[176]

Segundo a tradição, São Firmino de Amiens, nasceu em Pamplona, filho do senador romano Firmus, que governou Pamplona no século III, converteu-se ao cristianismo e foi batizado por São Saturnino (o padroeiro da cidade, também conhecido localmente como San Cernin) no lugar hoje chamado popularmente de "Pocico de San Cernin". Além de copadroeiro de Pamplona e padroeiro da diocese, São Firmino é o padroeiro das confrarias de boteros,[h] vinhateiros, e padeiros.[178]

Passagem do encierro na Cuesta de Santo Domingo, ao lado do Ayuntamiento

São Firmino é o pretexto para que Pamplona se transforme durante 204 horas numa gigantesca festa em que quase todos os participantes, locais e forasteiros, se vestem de branco e vermelho e inundam a zona histórica durante dia e noite. O escritor americano Ernest Hemingway contribuiu muito para a fama internacional dos Sanfermines com o seu romance de 1926 The Sun Also Rises (pt: Fiesta, br: O Sol Também Se Levanta), grande parte do qual se desenrola em Pamplona durante as festas, e que serviu de base para a grande produção cinematográfica homónima de Hollywood de 1957.[8]

Os Sanfermines iniciam-se com o chupinazo (lançamento de um foguete da varanda do ayuntamiento) ao meio-dia de 6 de julho e terminam na noite de dia 14 com a canção de despedida Pobre de mí, uma espécie de lamento coletivo porque as festas chegaram ao fim, cantado em coro nas ruas e praças da cidade.[178]

Uma das atividades mais famosas dos Sanfermines são os encierros, as largadas de touros e reses entre o lugar onde os animais pernoitam, na Cuesta de Santo Domingo, nas traseiras do ayuntamiento, até à praça de touros, num percurso de 800 metros na parte antiga da cidade. As largadas têm lugar todos os dias entre 7 e 14 de julho às oito da manhã e duram aproximadamente três minutos se os animais não se atrasarem. Os encierros são uma tradição de séculos e desde 1867 que estão regulamentados oficialmente.[176] A participação nos encierros, ou seja, correr à frente dos touros e reses, é uma atividade perigosa, que envolve o risco de feridas graves por vezes mortais, acentuado pelo hábito de consumo excessivo de bebidas alcoólicas durante toda a festa e por ser usual que muitos dos corredores tenham passado a noite em claro antes da largada, só indo dormir depois disso. Durante as festas de 2009 registou-se a 15ª vítima mortal dos encierros desde 1922.[179][180] Os animais dos encierros permanecem na praça de touros até à tourada realizada diariamente todas as tardes de festa.[178]

Gigantones dançando em frente ao Ayuntamiento durante os Sanfermines

Para os pamploneses, especialmente os mais pequenos, a Comparsaria de gigantones e cabeçudos de Pamplona é também muito apreciada e constitui um dos símbolos mais emblemáticos das festas. A sua versão atual, com mais de 150 anos de história, deve-se a Tadeo Amorena, um artista e artesão local nascido em 1819, mas os primeiros registos de "comparsasarias" (em espanhol: comparsas) de Pamplona remontam a 1600.[181] A comparsaria é composta por figuras de porte altivo com grandes corpos e grandes cabeças (gigantones) representando quatro pares de reis dos continentes europeu, asiático, africano e americano (curiosamente, estes últimos são representados com tez negra e vestes índias). Os pares de reis são acompanhados por uma corte de kilikis (cabeçudos que andam com varas com bolas de borracha na ponta com a qual batem no público), zaldikos (cavalos de cartão que também usam varas para bater nas pessoas) e outros cabeçudos, que saúdam as pessoas, mas não lhes batem, todos dançando ao som de chistus (flautas), gaitas de foles e tambores.[178]

Durante os Sanfermines de 1978 ocorreram graves incidentes, quando a Polícia Armada disparou balas de borracha e balas reais sobre manifestantes e entrou na praça de touros, um acontecimento que marcou a transição do franquismo para a democracia em Navarra e que se cifrou em mais de 150 feridos e 3 mortos.[27][35][36][182]

Pintxos (petiscos) num bar de Pamplona
pimentos al piquillo (picantes), um dos petiscos típicos navarros

O aspeto mais conhecido da gastronomia pamplonesa são os pintxos (petiscos), que pela sua variedade e qualidade são muitas vezes pequenas maravilhas gastronómicas. Apesar de serem consumidos e promovidos ao longo de todo o ano,[183] há um concurso anual consolidado durante o qual os bares e restaurantes se esmeram para deliciar ainda mais os seus clientes. O concurso decorre durante uma semana no final de março ou início de abril e tem vindo a ser alargado a outras cidades navarras. Nele participam inúmeros estabelecimentos, que são avaliados, sendo premiados os melhores, tendo em conta critérios como cor, sabor, criatividade e textura. A parte mais antiga, nomeadamente as proximidades da Praça do Castelo, é a que tem a maior concentração de estabelecimentos especializados em pintxos.[184]

Nos restaurantes é possível degustar a gastronomia típica da região, sendo comum os menus muito variados. Alguns dos ingredientes próprios da gastronomia navarra são, por exemplo, as alcachofras, as favas, a borragem, os espargos, os pimentos del del piquillo e feijão, principalmente vermelho e pochas (uma variante branca consumida fresca antes de amadurecer totalmente). A variedade e abundância de cogumelos na região é usada na culinária de várias formas, consumindo-se quer sozinhos quer como acompanhamento de guisados. Nas carnes têm destaque as costeletas de buey (touro castrado) e de vitela, o cordeiro en chilindrón (em basco: arkumea txilindron, um estufado com tomate e verduras), o gorrín (leitão) assado e o zikiro jate (cabrito castrado assado com lenha de faia).[185]

A caça também é muito apreciada, se bem que os pratos sejam muito sazonais. Entre a caça mais grossa, destacam-se os pratos de javali, gamo, corça e veado, mas há também inúmeros pratos com animais de caça menores. Quanto a peixe, destaca-se o salmão do Bidasoa, as trutas à navarra, as enguias com pochas, entre muitas outras variedades comuns de peixe.[185]

As sobremesas, doces e pastelaria navarras são muito variadas. Destacam-se as confecionadas à base de lacticínios, nomeadamente queijo e coalhada. A região é pródiga em variedades de queijo, especialmente de ovelha, estando duas delas classificadas como "Denominação de Origem Controlada": o Idiazabal e o §Roncal.[185]

Galeria de arcos do Palácio de Ezpeleta ou dos Marqueses de Aguayo, edifício barroco situado na Calle Mayor, onde funciona o Conservatório Navarro de Música Pablo Sarasate

A língua mais falada em Pamplona é o castelhano, mas o basco (euskera) também é bastante usado e tem uma presença histórica notável, como atestam inúmeros documentos históricos e a grande quantidade de topónimos com nomes bascos. Durante a Idade Moderna o uso do basco entrou em decadência, e chegou a estar em vias de desaparecimento, mas nos últimos anos o seu uso tem vindo a aumentar cada vez mais. Segundo dados oficiais, cerca de 20% da população tem conhecimentos de basco, mas a percentagem dos que o usam quotidianamente é bastante menor.[186]

Segundo a "Ley Foral del Vascuence" de 1986, Pamplona encontra-se na chamada "zona mista" no que toca ao uso do basco (as outras zonas definidas nessa lei são a bascófonas e a não bascófona), pelo que toda a documentação oficial e rótulos devem estar nos dois idiomas oficiais da cidade, o castelhano e o euskera. No entanto, em 2007 verificava-se que em alguns casos (por exemplo: placas de sinalização) só era usado o castelhano e noutros casos as letras usadas para o que estava escrito em basco eram mais pequenas ou tinham menor visibilidade. Na prática o verdadeiro bilinguismo, imposto pela ordenança municipal de 12 de setembro de 1997 é mais a exceção do que a regra.[187]

Exterior do Estádio Reyno de Navarra

Pamplona conta com algumas equipas desportivas de nível nacional e inclusivamente de nível internacional. Entre elas, cabe destacar, no futebol o Clube Atlético Osasuna, que participou diversas vezes na Liga Europa da UEFA e na primeira fase da Liga dos Campeões da UEFA. No andebol, a SDC San Antonio (conhecida como Portland San Antonio no passado) ganhou vários títulos nacionais e europeus. No futebol de salão, o Xota Fútbol Sala (também conhecido como MRA Navarra e Triman Navarra) compete na primeira divisão espanhola.

Outro desporto popular na cidade é a pelota basca. A Federação Internacional de Pelota Basca, o organismo máximo dessa modalidade a nível internacional, tem a sua sede em Pamplona.[188]

Clubes e sociedades desportivas

[editar | editar código-fonte]

Além dos desportos que se praticam nas instalações municipais, a cidade conta, entre outras, com as seguintes entidades desportivas:[189]

Instalações desportivas

[editar | editar código-fonte]
Estádio Reyno de Navarra

O Estádio Reyno de Navarra, anteriormente conhecido como El Sadar, é o o estádio de futebol onde joga o Osasuna. Foi inaugurado em 2 de setembro de 1967 e tem lotação para 19 800 espectadores sentados. As dimensões do campo são 105 por 67,5 metros. Foi remodelado em 1989, quando foi construída uma tribuna alta e aumentando a lotação para 30 000 pessoas, grande parte delas em pé. Mais tarde a lotação foi diminuída para obedecer às especificações de segurança da UEFA, que obrigam a que os estádios não tenham lugares em pé.[190]

O Reyno de Navarra Arena é um pavilhão multiusos que se prevê ser inaugurado em 2011 junto ao Estádio Reyno de Navarra. Terá uma pista central com capacidade para 10 000 espectadores e uma bancada para 3 000 espectadores, o que faz dele o maior pavilhão de Navarra.[191]

O Pavilhão Universitário de Navarra é uma infraestrutura da Universidade Pública de Navarra onde são disputados, por exemplo, os jogos de andebol do San Antonio e de futsal do Xota Fútbol Sala. Foi inaugurado no final de 2000 com uma competição de alto nível: a primeira supertaça europeia de andebol em que participou o San Antonio. Tem capacidade para 3 000 espectadores.[192]

O Pavilhão do S.C.D.R. Anaitasuna é onde a equipa de andebol daquele clube disputa os seus jogos locais, mas também é usado para diversos eventos, como concertos e encontros políticos. Foi construído em 1971 e tem capacidade para 2 500 pessoas sentadas.[193]

Canoagem no Parque Fluvial do Arga

Entre os espaços desportivos geridos pelo município podem enumerar-se o Complexo Desportivo de Aranzadi, a Ciudad Deportiva San Jorge, o Polidesportivo e trinquete (para pelota basca) de Mendillorri e os polidesportivos municipais Arrosadía, Azpilagaña, Basoco, Ermitagaña, Ezcaba, José María Iribarren, Rochapea e San Jorge. De referir ainda o Frontón Labrit, um frontón (campo de jogos de pelota basca) curto, também conhecido como La Bombonera. O Frontón Labrit tem capacidade para 1 200 espectadores, foi construído em 1952 e renovado em 1986 e 2002. Em 2002 foi a sede principal do Campeonato do Mundo de Pelota Basca. Para além dos jogos de pelota basca, o campo é usado para alguns programs desportivos municipais e, ocasionalmente, para atividade culturais.[194]

As duas universidades de Pamplona também têm diversos equipamentos desportivos. A Universidade Pública de Navarra conta com uma piscina coberta e outra ao ar livre, diversas salas multiusos, um frontón coberto, uma pista polidesportiva coberta, campos de ténis cobertas e ao ar livre, sala de musculação, um campo de futebol com relva artificial, outro com relva natural, campo de rugby relvado e campo de prática de golfe e puttin-green.[195] A Universidade de Navarra (privada) tem um pavilhão polidespotivo, pistas polidesportivas, campos de ténis, squash e pádel, um frontón, salas de pilates, ginástica aeróbica, artes marciais e de ténis de mesa; além destas instalações cobertas, tem também as seguintes instalações ao ar livre: campo de futebol com relva artificial, campo de rugby/baseball, pistas polidesportivas e de pádel.[196]

Notas

  1. Embora o nome oficial em basco da cidade seja Iruña,[2] Iruñea é também uma forma comum e está normalizada pela Real Academia da Língua Basca.[3]
  2. A maior parte do texto foi inicialmente baseado no artigo «Pamplona» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão).
  3. A secção "História" foi inicialmente baseada no artigo «Historia de Pamplona» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão).
  4. Não se encontrou tradução para o termo ofita, nome em espanhol para uma rocha composta por feldspato, piroxena e nódulos de calcário ou quartzo, de cores e texturas variadas.[43] Ver «Ofita» na Wikipédia em castelhano.
  5. Não se encontrou tradução para o termo ombroclima.
  6. A DYA (Detente Y Ayuda) é um organização privada sem fins lucrativos que começou por ser essencialmente um serviço de emergência rodoviária, mas que atualmente presta muitos outros tipos de assistência. Ver «DYA» na Wikipédia em castelhano.
  7. Capela (em espanhol: capilla) no sentido de grupo de músicos ou cantores.
  8. Um botero é alguém que fabrica botas (odres para vinho).[177]

Referências

  1. «Cifras oficiales de población resultantes de la revisión del Padrón municipal a 1 de enero» (ZIP). www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estatística de Espanha. Consultado em 19 de abril de 2022 
  2. a b «Decreto Foral 338/1990, de 20 de diciembre, por el que se determinan las denominaciones oficiales de la capital de la Comunidad Foral de Navarra». www.cfnavarra.es (em espanhol). Governo foral de Navarra. 20 de dezembro de 1990. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de abril de 2005 
  3. a b «Base de données d'Onomastique Basque». www.euskaltzaindia.net (em francês). Real Academia da Língua Basca. Consultado em 14 de março de 2011 
  4. «Resultados por Autonomías». AUDES - Áreas Urbanas de España (alarcos.esi.uclm.es) (em espanhol). Grupo Alarcos da Universidade de Castela-Mancha. Consultado em 14 de março de 2011 
  5. a b «Series de población desde 1996». www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estadística. Consultado em 14 de março de 2011 
  6. a b Fernández, Luis Suárez. De la protohistoria a la conquista romana (em espanhol). [S.l.]: RIALP. ISBN 978-84-321-2096-1 
  7. Irasuegi, Mikel; Prieto, Iñaki; Sáez de Eguílaz, Jabi (2006). «De Errenteria a las 7 capitales de Euskal Herria» (PDF). www.errenteria.net (em inglês). Ayuntamiento de Errenteria. Consultado em 2 de julho de 2011. Cópia arquivada em 2 de julho de 2011 
  8. a b «Visitantes ilustres». Site oficial das Festas de São Firmino (www.sanfermines.net) (em espanhol). Associação de Empresários Hoteleiros de Navarra. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  9. «Consulta a la base de datos de bienes inmuebles». www.mcu.es (em espanhol). Ministério da Cultura de Espanha. Consultado em 14 de março de 2011 
  10. a b «Sectores de ocupación laboral». cmapserver.unavarra.es (em espanhol). Universidade Pública de Navarra. Consultado em 14 de março de 2011. Arquivado do original (doc [Ms Word]) em 15 de março de 2011 
  11. a b «Los dos hospitales públicos de Pamplona se unirán en uno solo a partir de enero». www.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. 7 de outubro de 2009. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 14 de março de 2011 
  12. Cortéz y López, Miguel (1836). Diccionario geografico-historico de la España antigua, Tarraconense, Bética, y Lusitana (em espanhol). [S.l.]: Imprenta Real 
  13. Schulten, Adolf (1927). «Las referencias sobre los Vascones hasta el año 810 después de J.C.». Revista Internacional de los Estudios Vascos (em espanhol). 18 (2) 
  14. a b c Blázquez Martínez, José María (1966). «Los vascos y sus vecinos en las fuentesliterarias griegas y romanas de la Antigüedad» (PDF). IV Symposium de Prehistoria Peninsular, Institución Príncipe de Viana, Pamplona (em espanhol). Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes (cervantesvirtual.com). pp. 177–205. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada (PDF) em 25 de março de 2007 
  15. a b Estrabão III, 4, 10, segundo Lasserre, F. (1966). Strabon, Géographie II. Livres III et IV (em francês). Paris: Les Belles Lettres 
  16. Graesse, J. G. Th. (1909). «Orbis Latinus online». Sources of Medieval History (/www.columbia.edu/acis/ets) (em inglês). Universidade de Columbia. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2006 
  17. a b c d Estornés Lasa, Bernardo. «Pamplona / Iruña (nombre y emblemas)». www.euskomedia.org (em espanhol). Auñamendi Eusko Entziklopedia. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  18. a b «La Bandera de Pamplona». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 15 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  19. a b «El Escudo de Pamplona». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 15 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  20. «Historia de Pamplona». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 20 de março de 2011 
  21. Sánchez Urzainqui, Íñigo. «Hallazgos arqueológicos en las obras de construcción del aparcamiento subterráneo de la Plaza del CASTILLO». www.Pampiruna.com (em espanhol). Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  22. «Historia de la diócesis». www.iglesianavarra.org (em espanhol). Arzobispado de Pamplona y Tudela. Consultado em 20 de março de 2011. Cópia arquivada em 20 de março de 2011 
  23. a b Jimeno Jurío, José María (2004). ¿Dónde fue la Batalla de "Roncesvalles"? (em espanhol). Pamplona: Pamiela. ISBN 84-7681-392-9 
  24. a b Martín Duque, Ángel J. (1993). Historia Ilustrada de Navarra (em espanhol). Pamplona: Diario de Navarra. ISBN 84-604-7413-5 
  25. Martínez Díez, Gonzalo (2007). Sancho III el Mayor: rey de Pamplona, Rex Ibericus (em espanhol). Madrid: Marcial Pons, Ediciones de Historia. ISBN 9788496467477 
  26. Besga Marroquín, Armando (julho de 2003). «Sancho III el Mayor, Un rey pamplonés e hispano». Bilbao: Universidade de Deusto. Historia16 (em espanhol) (327). Consultado em 20 de março de 2011. Cópia arquivada em 20 de março de 2011  em 20-3-2011.
  27. a b c Serrano Izko, Bixente (2006). Navarra. Las Tramas de la Historia (em espanhol). [S.l.]: Euskara Kultur Elkargoa. p. 139. ISBN 9788493284596 
  28. Lacarra de Miguel, José María (1976). Historia del reino de Navarra en la edad media (em espanhol). Pamplona: Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Navarra. ISBN 978-84-500-7465-9 
  29. Esarte Muniáin, Pedro (2001). Navarra, 1512-1530:conquista, ocupación y sometimiento militar, civil y eclesiástico (em espanhol). Pamplona: Pamiela. ISBN 978-84-7681-340-9 
  30. «200 años de la caída de la Ciudadela». www2.noticiasdenavarra.com (em espanhol). Diario de Noticias. 17 de fevereiro de 2008. Consultado em 24 de março de 2011. Arquivado do original em 24 de março de 2011 
  31. a b Vázquez de Prada Tiffe, Mercedes (1993). Historia Ilustrada de Navarra. La Restauración de Alfonso XII (em espanhol). Pamplona: Diario de Navarra. ISBN 84-604-7413-5 
  32. Estornés Lasa, Bernardo. «Pamplona / Iruña (Historia) - Instauración de la II República (1931)». www.euskomedia.org (em espanhol). Auñamendi Eusko Entziklopedia. Consultado em 24 de março de 2011. Cópia arquivada em 25 de março de 2011 
  33. Vilas, Ruiz; Jose, Mari; Zaratiegui, Berrio; Carlos, Juan; Zabalegi, Esparza; (2003). Navarra 1936 : de la esperanza al terror (em espanhol). [S.l.]: Grupo Cultural Altaffaylla; Asociación de Familiares de Asesinados Navarros. ISBN 978-84-930957-9-6 
  34. Larraza Micheltorena, María del Mar (outubro de 2005). El ayuntamiento pamplonés en el tardofranquismo (PDF) (em espanhol). Barcelona: Congresso "La transición de la dictadura franquista a la democracia"; Centre d’Estudis Sobre les Èpoques Franquista i Democràtica; Centre de Cultura Contemporània de Barcelona. ISBN 84-609-7397-2. Consultado em 26 de março de 2011. Arquivado do original (PDF) em 7 de junho de 2007 
  35. a b Diego Carcedo, José Manuel (2004). Sáenz de Santa María: el general que cambió de bando (em espanhol). Madrid: Temas de Hoy. ISBN 978-84-8460-309-2 
  36. a b Gautier, Juan; Ángel Jiménez, José (1978). Sanfermines 78; declarações de Ignacio Llano, governador civil de Navarra em 1978 (Documentário). Pamplona 
  37. Onaindia, Mario (1995). Memoria de la Transición (em espanhol). Madrid: Ed. El País. p. 190 
  38. Arbeloa, Víctor Manuel; Fuente Langas, Jesús María (2006). Vida y asesinato de Tomás Caballero: 50 años de lucha democrática en Navarra (em espanhol). Oviedo: Nobel 
  39. «Mapa topográfico Nacional» (PDF). www.igme.es (em espanhol). Instituto Geográfico Nacional da Espanha. Consultado em 15 de março de 2011. Arquivado do original (PDF) em 5 de maio de 2006 
  40. a b «Valores Climatológicos Normales. Pamplona Aeropuerto». www.aemet.es (em espanhol). Agência Estatal de Meteorologia (AEMET). Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 14 de março de 2011 
  41. «Valores Extremos». www.aemet.es (em espanhol). Agência Estatal de Meteorologia (AEMET). Consultado em 15 de março de 2011 [ligação inativa]
  42. «El clima». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 15 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  43. «ofita». Diccionario de la lengua española. dle.rae.es (em espanhol). Real Academia Espanhola 
  44. a b Estornés Lasa, Bernardo. «Pamplona / Iruña (Geografía)». www.euskomedia.org (em espanhol). Auñamendi Eusko Entziklopedia. Consultado em 15 de março de 2011. Cópia arquivada em 16 de março de 2011 
  45. Josep M., Panareda Clopés (1996). «Cartografía de la vegetación». Universidade de Alcalá (dspace.uah.es) (em espanhol). Universidade de Barcelona. Consultado em 19 de março de 2011. Arquivado do original (PDF) em 19 de março de 2011 
  46. Estornés Lasa, Bernardo. «Pamplona / Iruña (Geografía) - Biogeografía». www.euskomedia.org (em espanhol). Auñamendi Eusko Entziklopedia. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  47. a b «Pamplona revisará sus 144.000 árboles». www.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. 22 de maio de 2009. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  48. Lamariano, Goizeder (25 de maio de 2008). «Algunos de los árboles». www.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  49. «En Pamplona predominan las garduñas y jinetas». www.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. 23 de maio de 2008. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  50. «Noventa y cuatro especies de aves habitan en Pamplona». www.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. 30 de janeiro de 2009. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  51. Santamaría, J.M. «Evaluación de los niveles de NO2 y BTEX en Pamplona y su periferia» (PDF). Governo de Navarra (www.navarra.es) (em espanhol). Universiade de Navarra. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  52. «Agenda 21 de Pamplona». www.museoambientalpamplona.com (em espanhol). Museo de Educación Ambiental San Pedro. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  53. «Actividades». www.museoambientalpamplona.com (em espanhol). Museo de Educación Ambiental San Pedro. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada em 19 de março de 2011 
  54. a b «Población por sexo, municipios y edad (grupos quinquenales).». www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estadística. 2008. Consultado em 19 de março de 2011 
  55. «Población por sexo, municipios y nacionalidad (principales nacionalidades)». www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estadística. 2008. Consultado em 19 de março de 2011 
  56. «Pamplona». www.turismo.navarra.es (em espanhol). Turismo de Navarra. Consultado em 26 de março de 2011 
  57. «Ley Orgánica 5/1985, de 19 de junio, del Régimen Electoral General», Ministerio de la Presidencia. Agência Estatal Boletín del Estado, Boletín Oficial del Estado (em espanhol), 20 de junho de 1985, consultado em 13 de junho de 2014 
  58. «Una concejal de UPN en el Ayuntamiento de Pamplona se pasa al Partido Popular». www.europapress.es (em espanhol). Europa Press. 17 de julho de 2009. Consultado em 26 de março de 2011. Cópia arquivada em 26 de março de 2011 
  59. a b «Concejales». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 23 de junho de 2011. Cópia arquivada em 23 de junho de 2011 
  60. a b «Alcaldes de Pamplona desde 1918 hasta la actualidad». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 23 de junho de 2011. Cópia arquivada em 23 de junho de 2011 
  61. «Presupuestos municipales». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  62. «El pleno». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  63. «Áreas municipales». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  64. «Listado de barrios de Pamplona». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  65. «Areas Urbanas: municipios que las forman (2009p-1970c)». Grupo Alarcos (alarcos.inf-cr.uclm.es) (em espanhol). Universidade de Castela-Mancha. Consultado em 28 de março de 2011. Arquivado do original (PDF) em 28 de março de 2011 
  66. «Ciudades hermanas». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 4 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011 
  67. a b c d e «Paderborn y Pamplona revalidan su amistad». www2.noticiasdenavarra.com (em espanhol). Diario de Noticias. 14 de abril de 2008. Consultado em 4 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011 
  68. a b «El Ayuntamiento recibe a representantes de las ciudades hermanadas de Bayona y Pamplona de Colombia». www.europapress.es (em espanhol). Europa Press. 12 de julho de 2009. Consultado em 4 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011 
  69. «La alcaldesa de Pamplona recibe a los representantes de las ciudades hermanadas con la capital navarra». noticias.terra.es (em espanhol). 11 de julho de 2008. Consultado em 4 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011 
  70. «La renta per cápita de los navarros se situó en 30.614 euros en 2008». www.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. 24 de março de 2009. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  71. «Encuesta de Población Activa (EPA) - Segundo trimestre de 2010» (PDF). www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estadística. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  72. a b c d Estornés Lasa, Bernardo. «Pamplona / Iruña (Economía)». www.euskomedia.org (em espanhol). Auñamendi Eusko Entziklopedia. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  73. a b c d «Anuario Económico de España». www.anuarieco.lacaixa.comunicacions.com (em espanhol). La Caixa. Consultado em 28 de março de 2011. Arquivado do original em 6 de agosto de 2011 
  74. a b «Listado de hoteles». www.hotelespamplona.com (em espanhol). Hoteles Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011 
  75. «Comercio en Pamplona». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 28 de março de 2011 
  76. a b «Hipermercados y supermercados Pamplona Iruña». www.paginasamarillas.es (em espanhol). Consultado em 28 de março de 2011 
  77. «Restaurantes Pamplona Iruña. Empresas y servicios relacionados con restaurantes en Pamplona Iruña - Provincia Navarra». www.paginasamarillas.es (em espanhol). Consultado em 28 de março de 2011 
  78. a b c d «Urbanismo de Pamplona a través de los siglos». www.iesnavarrovilloslada.com (em espanhol). Instituto de Educación Secundaria Navarro Villoslada. Consultado em 26 de março de 2011. Arquivado do original em 7 de maio de 2008 
  79. Giménez, Iván (20 de maio de 2008). «Arantzadi será el segundo parque más extenso de la ciudad, con 21 hectáreas». www2.noticiasdenavarra.com (em espanhol). Diario de Noticias. Consultado em 26 de março de 2011. Cópia arquivada em 26 de março de 2011 
  80. «Directorio de Centros - Centros Educativos de Navarra». www.educacion.navarra.es (em espanhol). Departamento de Educação do Governo de Navarra. Consultado em 28 de março de 2011. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2010 
  81. «Acerca de la Universidad». www.unav.es (em espanhol). Universidade de Navarra. Consultado em 28 de março de 2011 
  82. «El 'Ranking' de 'las Privadas'». www.elmundo.es (em espanhol). Jornal El Mundo. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  83. a b «El 'Ranking' de las universidades públicas». www.elmundo.es (em espanhol). Jornal El Mundo. 2008. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  84. «Un coche bomba en el aparcamiento de la Universidad de Navarra causa 28 heridos leves». www.elpais.com (em espanhol). El País. 30 de outubro de 2008. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  85. «Centros y Departamentos». www1.unavarra.es (em espanhol). Universidade Pública de Navarra. Consultado em 28 de março de 2011 
  86. «UNED Pamplona». www.uned.es (em espanhol). Consultado em 28 de março de 2011 
  87. «Recursos sanitarios públicos del Área de Pamplona. Memoria 2006» (PDF). www.cfnavarra.es (em espanhol). Departamento de Saúde da Comunidade Foral de Navarra. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  88. «Centros sanitarios públicos». www.navarra.es (em espanhol). Governo de Navarra. Consultado em 28 de março de 2011 
  89. a b «Centros sanitarios públicos - Centros de Atención Especializada». www.navarra.es (em espanhol). Governo de Navarra. Consultado em 28 de março de 2011 
  90. «La Clínica Universitaria, acreditada de nuevo por la Joint Commission International». Sinc, Servicio de Información y Notícias Científicas (www.agenciasinc.es) (em espanhol). Fundación Española para la Ciencia y la Tecnología. 25 de junho de 2008. Consultado em 14 de março de 2011. Cópia arquivada em 15 de março de 2011 
  91. «Joint Commission International (JCI)Organizaciones acreditadas». es.jointcommissioninternational.org (em espanhol). Joint Commission Resources, Inc. Consultado em 14 de março de 2011. Arquivado do original em 15 de março de 2011 
  92. «Ley 14/1986, de 25 de abril, General de Sanidad.». www.boe.es (em espanhol). Governo de Espanha - Boletín Oficial del Estado. Consultado em 28 de março de 2011. Arquivado do original em 21 de janeiro de 2010 
  93. «Servicios Sociales». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011 
  94. «Agencia Navarra de Emergencias». www.navarra.es (em espanhol). Governo de Navarra. Consultado em 28 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  95. a b «Seguridad Ciudadana». www.pamplona.es (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 28 de março de 2011 
  96. «Nueva terminal». www14.aena.es (em espanhol). Aena. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  97. a b «Historia gáfica del aeropuerto de Noáin». www.cfnavarra.es (em espanhol). Direção Geral de Obras Públicas da Comunidade Foral de Navarra. 2009. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  98. «Aeropuerto de Pamplona». www14.aena.es (em espanhol). Aena. 2 de julho de 2011. Consultado em 30 de março de 2011 
  99. «Site oficial da Renfe» 🔗 (em castelhano, catalão, basco, galego, e inglês e francês). Consultado em 30 de março de 2011 
  100. Elizar, Rubén (16 de setembro de 2008). «59 pasajeros en el primer Alvia Barcelona-Pamplona». historico.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  101. Arnedo, Beatriz (17 de maio de 2009). «Otro Alvia Pamplona-Barcelona». historico.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  102. «Nueva Estación Alta Velocidad de Pamplona». www.cfnavarra.es (em espanhol). Direção Geral de Obras Públicas da Comunidade Foral de Navarra. 2009. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  103. Arnedo, Beatriz (17 de maio de 2009). «Sanz y Blanco firman el protocolo que permitirá iniciar las obras del TAV en 2011». historico.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  104. Alvarez, Amaia (17 de maio de 2009). «Sanz y Blanco suscriben el protocolo para que las obras del TAV arranquen en 2011». www2.noticiasdenavarra.com (em espanhol). Diario de Noticias. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  105. a b «Autopistas, autovías e carreteras desdobladas de la Comunidad Foral de Navarra» (pdf). www.cfnavarra.es (em espanhol). Direção Geral de Obras Públicas da Comunidade Foral de Navarra. Consultado em 30 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  106. «Guia Repsol». www.guiarepsol.com (em espanhol). Consultado em 30 de março de 2011 
  107. «La nueva estación de autobuses» (flash). historico.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. Consultado em 29 de março de 2011 
  108. «Compañías de autobuses». www.estaciondeautobusesdepamplona.com (em espanhol). Estación de Autobuses de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011 
  109. Abad Vicente, Fernando (2009). Villava: desarrolo urbano de una villa desde su fundación (em espanhol). Villava: Ayuntamiento de Villava. ISBN 978-84-606-4846-8 
  110. «Transporte urbano comarcal». www.infotuc.es (em espanhol). Consultado em 29 de março de 2011 
  111. Macías, Sonia (2 de novembro de 2009). «Sin cambios tras el traspaso de las villavesas». www.noticiasdenavarra.com (em espanhol). Diario de Noticias. Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original em 30 de março de 2011 
  112. «El taxi en la actualidad». www.mcp.es (em espanhol). Mancomunidad Cuenca de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  113. «Plan de ciclabilidad de Pamplona». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  114. «NBICI». www.c-cycles.es (em espanhol). Consultado em 29 de março de 2011 
  115. «El sistema eléctrico español - Síntesis». www.ree.es (em espanhol). Red Eléctrica Española (REE). 2008. Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original (PDF) em 30 de março de 2011 
  116. «Agencia Energética». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  117. «Infraestructuras de la Comunidad Foral de Navarra : Instalación de Almacenamiento de Navarra». www.clh.es (em espanhol). Compañía Logística de Hidrocarburos (CLH). 2006. Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2009 
  118. «Gas Navarra». w.Info-Empresas.net (em espanhol). Consultado em 29 de março de 2011 
  119. «Esquema del Ciclo Integral del Agua de la Comarca de Pamplona». cmapserver.unavarra.es (em espanhol). Universidad Pública de Navarra. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  120. a b «Sistemas de Abastecimento». www.mcp.es (em espanhol). Mancomunidad Cuenca de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  121. a b «La recogida selectiva». www.mcp.es (em espanhol). Mancomunidad Cuenca de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  122. «Historia». mercairuna.es (em espanhol). 2008. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  123. «Instalaciones». mercairuna.es (em espanhol). 2008. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  124. «El nacimiento del periódico». historico.diariodenavarra.es (em espanhol). Diario de Navarra. 25 de fevereiro de 2003. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  125. a b «Diarios, Medios impresos». www.ojd.es (em espanhol). Información y Control de Publicaciones - Oficina de Justificación de la Difusión (OJD). 2010. Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original em 30 de março de 2011 
  126. «grupo la información». www.grupolainformacion.net (em espanhol). Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original em 23 de maio de 2009 
  127. «Zeroa Multimedia». www.Publidata.es (em espanhol). Consultado em 29 de março de 2011 
  128. «Resultado de la búsqueda en Periódicos y revistas». www.pamplona.es (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  129. «Medios de comunicación en Navarra». www.consejoaudiovisualdenavarra.es (em espanhol). Consejo Audiovisual de Navarra. Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original em 30 de março de 2011 
  130. «Resultado de la búsqueda en Emisoras de radio». www.pamplona.es (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 29 de março de 2011 
  131. «Canales TDT Navarra-Pamplona». www.tdt1.com (em espanhol). 19 de março de 2011. Consultado em 29 de março de 2011. Cópia arquivada em 30 de março de 2011 
  132. a b c d Sarasa Asiain, Alfredo; et al. (2006). Guía de arquitectura de Pamplona y su Comarca (em espanhol). Pamplona: Colegio oficial de arquitectos Vasco-Navarro. ISBN 978-84-611-3284-3 
  133. a b c «La ciudad de Pamplona a través de sus edificios». www.iesnavarrovilloslada.com (em espanhol). Instituto de Educación Secundaria Navarro Villoslada. Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original em 30 de março de 2011 
  134. Arazuri, José Joaquín (1980). Pamplona, Calles y Barrios (em espanhol). Pamplona: ed. autor. ISBN 978-84-300-1878-9 
  135. Diccionario geográfico universal, Tomo VII (em espanhol). Barcelona: Imprenta de José Torner. 1832. p. 140 
  136. a b c Nombela, Julio (2003). Crónica de la provincia de Navarra (em espanhol). Valladolid: Maxtor. p. 56. ISBN 978-84-9761-051-3 
  137. Almagro-Gorbea, Martín; Maier Allende, Jorge (2003). 250 años de arqueología y patrimonio (em espanhol). Madrid: Real Academia de la Historia, Gabinete de Antigüedades. ISBN 978-84-95983-24-4 
  138. a b Fernández-Ladreda Aguade, Clara (1994). El Arte en Navarra. (em espanhol). Pamplona: Diario de Navarra. ISBN 978-84-89103-00-9 
  139. «María, Campanas». www.catedraldepamplona.com (em espanhol). Catedral de Pamplona. Consultado em 15 de junho de 2011. Arquivado do original em 15 de junho de 2011 
  140. Calvete Hernández, Pascual; Vila Tarín, Vicente; Mollà i Alcañiz, Salvador-Artemi;Álvaro Muñoz, Mari Carmen; Llop i Bayo, Francesc (12 de fevereiro de 2011). «Inventario de campanas - La María, La Mayor (9) - Catedral de Santa María la Real - PAMPLONA - NAVARRA». www.campaners.com (em espanhol). Campaners de la Catedral de València. Consultado em 15 de junho de 2011. Cópia arquivada em 15 de junho de 2011 
  141. Ibiricu, María Jesús (1988). Guía para visitar los santuarios marianos de Navarra (em espanhol). Madrid: Encuentro. p. 44. ISBN 978-84-7490-212-9 
  142. a b c Que visitar. Pamplona (em espanhol). Pamplona: Governo de Navarra. 1987 
  143. «Iglesia de San Cernin». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 31 de março de 2011. Cópia arquivada em 31 de março de 2011 
  144. «La Ciudadela». www.turismonavarra.es (em espanhol). Tursimo de Navarra. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  145. «Jardines de la Taconera». www.turismonavarra.es (em espanhol). Tursimo de Navarra. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  146. «Parque de la Media Luna». www.turismonavarra.es (em espanhol). Tursimo de Navarra. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  147. a b «Parques y jardines». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  148. a b «Quiénes somos». www.pamplonetario.org (em espanhol). Planetário de Pamplona. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  149. «Parque Fluvial del Arga». www.turismonavarra.es (em espanhol). Tursimo de Navarra. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  150. «Parque Fluvial». www.mcp.es (em espanhol). Mancomunidad Cuenca de Pamplona. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  151. a b c «El Paseo Fluvial del Arga». www.pamplona.es (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 1 de abril de 2011. Arquivado do original em 1 de abril de 2011 
  152. «Campus Universitarios». www.turismonavarra.es (em espanhol). Tursimo de Navarra. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  153. «Información de interés». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 1 de abril de 2011. Cópia arquivada em 1 de abril de 2011 
  154. «Entidades culturales con las que se han firmado convenios de colaboración en el año 2010». www.navarra.es (em espanhol). Governo de Navarra. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  155. a b «La Sala». www.teatrogayarre.com (em espanhol). Teatro Gayarre. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 9 de junho de 2008 
  156. «Historia del Teatro». www.teatrogayarre.com (em espanhol). Teatro Gayarre. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  157. «Conozca Baluarte». www.baluarte.com (em espanhol). Baluarte - Palácio de Congressos e Auditório de Navarra. Consultado em 2 de julho de 2011 
  158. «Palacio de Congresos y Auditorio de Navarra». www.fmangado.com (em espanhol). Site oficial do arquiteto Francisco Mangado. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  159. «Civivox». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 2 de abril de 2011 
  160. «Planetario de Pamplona». www.navarra.es (em espanhol). Governo de Navarra. Consultado em 2 de julho de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  161. «Direcciones de interes: Salas de exposiciones». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 2 de abril de 2011 
  162. «Direcciones de interes: Música clásica». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  163. «Site oficial do Punto de Vista, Festival Internacional de Cinema Documental de Navarra» (em espanhol, basco, e inglês). . (www.puntodevistafestival.com). Consultado em 2 de abril de 2011 
  164. «Punto de Vista Film Festival receives 408 entries from 46 countries» (em inglês). Documentary Films.NET. 6 de dezembro de 2006. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 27 de outubro de 2007 
  165. «Historia del Festival». www.festivalcinepamplona.com (em espanhol). Site oficial do Festival de Cinema de Pamplona. Consultado em 2 de abril de 2011 
  166. a b «Cultura». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 2 de abril de 2011 
  167. «Pamplona en Clave de Música». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  168. «Los Encuentros de Jóvenes Artistas de Navarra entran en su fase final» (MS Word [doc]). www.navarra.es (em espanhol). Governo de Navarra. 24 de setembro de 2008. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  169. «Site dos "Encuentros de Navarra"». www.encuentrosnavarra.com (em espanhol). Instituto Navarro da Juventude. Consultado em 2 de abril de 2011 
  170. «Museo Catedralicio Diocesano». www.reynodenavarra.es (em espanhol). Turismo de Navarra - Reyno de Navarra. Consultado em 2 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de abril de 2011 
  171. «Archivo General de Navarra - Sede actual». www.cfnavarra.es (em espanhol). Comunidade Foral de Navarra. Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  172. «Conócenos > ¿Quiénes somos? > Biblioteca de Navarra» (em espanhol). Consultado em 3 de abril de 2011 
  173. «La nueva Biblioteca de Navarra abrió (por fin) sus puertas (I)». lauris10.wordpress.com (em espanhol). Estafeta estellesa; Bitácora de la biblioteca de Estella. 7 de março de 2011. Consultado em 3 de abril de 2011. Arquivado do original em 3 de abril de 2011 
  174. «Un poco de historia». www.bibliotecaspublicas.es (em espanhol). Bibliotecas Publicas de Navarra. Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  175. «Edificio de La Agrícola de Pamplona (Navarra)». www.3digitala.com (em espanhol). Euskomedia Fundazioa. Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  176. a b Salvo, Mariví (1998). El Libro de oro del encierro (em espanhol). Huarte/Pamplona: Zeroa Multimedia. Dep legal B-16757-1998 
  177. «botero». Diccionario de la lengua española. dle.rae.es (em espanhol). Real Academia Espanhola 
  178. a b c d El libro de oro de las fiestas y tradiciones de Navarra. (em espanhol). Pamplona: Diario de Noticias. 1999. Dep legal: B-12.375-1999 
  179. «Un joven madrileño muere corneado en el cuarto encierro de Sanfermines». www.elpais.com (em espanhol). El País. 10 de julho de 2009. Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  180. «Quince corredores muertos en los encierros de San Fermín desde su inicio en 1922». www.20minutos.es (em espanhol). Jornal 20 minutos. 10 de julho de 2007. Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  181. Lako Goñi, Unai ; Calleja Unzu, Aitor (2010). Gigantes de Navarra : de la A a la Z, historia de más de 100 comparsas (em espanhol). Cordovilla (Galar): EGN. p. 15. ISBN 978-84-937633-1-2 
  182. Adiz Monreal, Floren (2005). El jarrón roto : la transición en Navarra, una cuestión de estado (em espanhol). Tafalla: Txalaparta. ISBN 978-84-8136-329-6 
  183. «Rutas de pinchos». www.hostelerianavarra.com. Asociación de Empresarios de Hosteleria de Navarra. 2009. Consultado em 3 de abril de 2011 
  184. «Dónde comer y gastronomía en Pamplona». ViajeAhorro.com (em espanhol). Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  185. a b c «Gastronomía». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  186. «El euskera en Pamplona». www.Pampiruna.com (em espanhol). Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 2 de agosto de 2008 
  187. «Más Pamplona a costa de Iruña». www2.noticiasdenavarra.com (em espanhol). Diario de Noticias. 2 de janeiro de 2008. Consultado em 3 de abril de 2011. Cópia arquivada em 3 de abril de 2011 
  188. «Dónde estamos». www.fipv.net (em espanhol). Federação Internacional de Pelota Basca. Consultado em 4 de abril de 2011 
  189. «Clubes deportivos Pamplona Iruña». www.paginasamarillas.es (em espanhol). Consultado em 4 de abril de 2011 
  190. «Estadio Reyno de Navarra». www.osasuna.es (em espanhol). CA Osasuna. Consultado em 4 de abril de 2011. Arquivado do original em 4 de abril de 2011 
  191. «El Reyno de Navarra Arena ya tiene diseño para sus 10.000 espectadores». www2.noticiasdenavarra.com (em espanhol). Diario de Noticias. 10 de janeiro de 2011. Consultado em 4 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011 
  192. «Instalaciones». www.sdcsanantonio.com (em espanhol). SDC San Antonio. Consultado em 4 de abril de 2011. Arquivado do original em 4 de abril de 2011 
  193. «Pabellón Anaitasuna». www.anaitasuna.com (em espanhol). S.C.D.R. Anaitasuna. Consultado em 4 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011 
  194. «Frontón Labrit». www.pamplona.net (em espanhol). Ayuntamiento de Pamplona. Consultado em 4 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011 
  195. «Instalaciones». www1.unavarra.es (em espanhol). Universidad Pública de Navarra. Consultado em 4 de abril de 2011 
  196. «Instalaciones Deportivas». www.unav.es (em espanhol). Universidade de Navarra. Consultado em 4 de abril de 2011 
  • Jimeno Jurío, José María (2004). Retazos de la historia de Pamplona (em espanhol). Pamplona: Pamiela. ISBN 978-84-7681-405-5 
  • Urzainqui Mina, Tomás (2004). Navarra, estado europeo (em espanhol). Pamplona: Pamiela. 493 páginas 
  • Navarra y la Caja en 75 años: 1921-1996 (em espanhol). Pamplona: Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Navarra. 1996. 317 páginas. ISBN 978-84-87120-28-2 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Pamplona
Ouça o artigo (info)

noicon
Este áudio foi criado a partir da revisão datada de 27 de agosto de 2011 e pode não refletir mudanças posteriores ao artigo (ajuda).
  • Pamplona (em castelhano, basco, inglês, alemão, italiano e neerlandês). Turismo de Navarra, Governo de Navarra (www.turismo.navarra.es). Página visitada em 14-3-2011