Michael Hastings
| Michael Hastings | |
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| Nascimento | 28 de janeiro de 1980 Malone |
| Morte | 18 de junho de 2013 (33 anos) Los Angeles |
| Cidadania | Estados Unidos |
| Cônjuge | Elise Jordan |
| Alma mater |
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| Ocupação | jornalista, roteirista, escritor, produtor de televisão |
| Distinções |
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| Empregador(a) | Newsweek |
| Causa da morte | acidente rodoviário |
Michael Mahon Hastings (Malone, Condado de Franklin, 28 de janeiro de 1980 – Los Angeles, 18 de junho de 2013) foi um jornalista e escritor americano, editor colaborador da revista Rolling Stone e repórter do site BuzzFeed.[1]
Passou seus primeiros anos em Nova York, no Canadá e em Vermont. Frequentou a New York University. Ganhou notoriedade por sua cobertura da guerra do Iraque para a revista Newsweek nos anos 2000. Depois que sua namorada, Andrea Parhamovich, foi morta numa emboscada no Iraque, Hastings escreveu seu prmeiro livro, I Lost My Love in Baghdad: A Modern War Story (2008), um relato sobre seu relacionamento com Parhamovich e a violenta insurreição que pôs fim à sua vida.
Hastings ganhou o Prêmio George Polk por sua reportagem "Um general com ideias muito próprias"[2] (título original em inglês: "The Runaway General"), sobre o General Stanley McChrystal, que, à época, era o comandante da Força Internacional de Assistência para Segurança da OTAN na guerra do Afeganistão. A matéria, publicada pela Rolling Stone, documenta o desprezo que o general e sua equipe nutriam pelos funcionários civis do governo dos EUA e resultou na demissão de McChrystal. Hastings prosseguiu com o mesmo tema em The Operators: The Wild and Terrifying Inside Story of America's War in Afghanistan (2012), um livro-reportagem detalhado sobre sua permanência de um mês com McChrystal na Europa e no Afeganistão.
Em fevereiro de 2011, Hastings escreveu um longo artigo sobre o sucessor de McChrystal, General David Petraeus, detalhando sua estratégia para a guerra.[3]
Hastings tornou-se um crítico do Estado de vigilância durante as investigações do Departamento de Justiça sobre as atividades de repórteres. Em 2013, o Departamento de Justiça, através do procurador-geral Eric Holder, com apoio da mídia e de alguns membros do Congresso, teve acesso aos registros telefônicos da Associated Press e enquadrou o repórter James Rosen, da Fox News, como "criminoso co-conspirador", segundo a Lei de Espionagem de 1917, para ter acesso a seus e-mails pessoais e registros telefônicos. Hastings referiu-se às restrições à liberdade de imprensa impostas pela administração Obama como "guerra" ao jornalismo.[4]
O último trabalho de Hastings, "Why Democrats Love To Spy On Americans" ("Por que os democratas adoram espionar os americanos"), foi publicado pelo BuzzFeed em 7 de junho.[5] No artigo, Hastings afirmava que não só os senadores Ron Wyden e Mark Udall, mas também a maioria dos democratas, já teriam abandonado a defesa das liberdades civis durante a era Obama, mas, diante de novas investigações sobre vazamento de informações, a liderança democrata seria obrigada a assumir todos os fatos que vem tentando ocultar.[6]
Michael Hastings morreu aos 33 anos, num acidente automobilístico, em Los Angeles, no dia 18 de junho de 2013.[7] O carro trafegava em alta velocidade e bateu contra uma árvore. O veículo pegou fogo, e o corpo de Hastings ficou praticamente irreconhecível.[8][9] A polícia de Los Angeles declarou que não havia indícios de um eventual atentado.[10] Na véspera, ele enviara a alguns amigos uma mensagem por e-mail, dizendo que os "federais" haviam interrogado pessoas próximas dele. Dizia também que estava trabalhando em uma matéria grande e precisaria "sumir do radar" por algum tempo. [11] Segundo Richard Clarke, especialista em contraterrorismo e ex-membro do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos (1998-2003), é possível que os computadores do carro de Hastings, um Mercedes-Benz Classe C, tenham sido "hackeados" de modo a provocar o acidente.[12][13]
Referências
- ↑ Michael Hastings. «Michael Hastings (mhastings) on BuzzFeed». Buzzfeed.com
- ↑ "Um general com ideias muito próprias". Rolling Stone, 26 de Junho de 2010.
- ↑ Hastings, Michael (2 de fevereiro de 2011). «King David's War». Rolling Stone
- ↑ Uygur, Cenk. (June 23, 2013). "Michael Hastings and The War on Journalism". The Young Turks.
- ↑ "Why Democrats Love To Spy On Americans". Por Michael Hastings. BuzzFeed, 7 de junho de 2013.
- ↑ Stebner, Beth. (June 19, 2013). "Michael Hastings conspiracy theories: Web goes wild after NSA, CIA reporter killed in crash".Daily News.
- ↑ Morre jornalista da Rolling Stone que derrubou o comandante dos Estados Unidos na Guerra do Afeganistão
- ↑ Award-winning journalist and war correspondent Michael Hastings killed in car crash. The 'fearless journalist' is credited with exposing Gen. Stanley McChrystal in a piece that led to the end of his military career. Por Nina Golgowski. New York Daily News, 19 de junho de 2013.
- ↑ Jenny McCartney (21 de junho de 2013). «Witness: Hastings' speeding car 'shook my car like a freight truck going by'». Yahoo!News. Consultado em 21 de junho de 2013
- ↑ Los Angeles police see no sign of foul play in journalist's death. por Steve Gorman Reuters, 20 de junho de 2013.
- ↑ Hastings Sent Colleagues Email Hours Before Crash. KTLA 5, 21 de junho de 2013.
- ↑ Was Michael Hastings' Car Hacked? Richard Clarke Says It's Possible. Por Mike Hogan. Huffington Post, 24 de junho de 2013.
- ↑ Researchers Show How a Car's Electronics Can Be Taken Over Remotely. Por John Markoff. NY Times, 9 de março de 2011.
