Maria Alexandrina de Saxe-Weimar-Eisenach
Maria Alexandrina | |
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Princesa Reuss de Köstritz Princesa de Saxe-Weimar-Eisenach | |
Maria por volta de 1900 | |
Nascimento | 20 de janeiro de 1849 |
Weimar, Grão-Ducado de Saxe-Weimar-Eisenach | |
Morte | 6 de maio de 1922 (73 anos) |
Trzebiechów, Alemanha (actual Polónia) | |
Nome completo | |
Maria Alexandrina Ana Sofia Augusta Helena | |
Cônjuge | Henrique VII, Príncipe Reuss de Köstritz |
Descendência | Henrique XXXII, Príncipe Reuss de Köstritz Henrique XXXIII, Príncipe Reuss de Köstritz Joana Reuss de Köstritz Sofia Renata Reuss de Köstritz Henrique XXXV, Príncipe Reuss de Köstritz |
Casa | Wettin Reuss |
Pai | Carlos Alexandre, Grão-Duque de Saxe-Weimar-Eisenach |
Mãe | Sofia dos Países Baixos |
Maria Alexandrina de Saxe-Weimar-Eisenach (20 de Janeiro de 1849 – 6 de Maio de 1922) foi a segunda filha de Carlos Alexandre, Grão-Duque de Saxe-Weimar-Eisenach e da sua esposa, a princesa Sofia dos Países Baixos.[1]
Pelo lado da mãe, Maria ocupou o segundo lugar de sucessão do trono dos Países Baixos, logo a seguir ao seu sobrinho, Guilherme Ernesto, Grão-Duque de Saxe-Weimar-Eisenach entre 1900 e o nascimento da princesa Juliana em 1909. Uma vez que era esperado que o seu sobrinho abdicasse dos seus direitos ao trono dos Países Baixos para ficar com o título de grão-duque, era esperado que Maria herdasse o trono holandês caso a sua prima Guilhermina não tivesse filhos. O nascimento da princesa Juliana acabaria por alterar a linha de sucessão.
Biografia
[editar | editar código-fonte]A jovem princesa estudou pintura e fez um retrato do conhecido professor August Allebé em 1886, o que indica que terá provavelmente participado em algumas das suas aulas de estúdio aberto para senhoras em Amesterdão e também que não deixou de pintar depois de se casar.
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Quando era ainda muito nova, Maria e a sua prima, a princesa Paulina foram consideradas como possíveis noivas de Alberto Eduardo, príncipe de Gales (o futuro rei Eduardo VII do Reino Unido).[2] No entanto, esse plano nunca chegaria a realizar-se, uma vez que a mãe dele, a rainha Vitória achava que os dentes de Maria eram "quase negros";[2] e, embora fosse da opinião que as duas primas eram muito simpáticas, considerava-as também "delicadas e nada bonitas".[3] O príncipe acabria por se casar com a princesa Alexandra da Dinamarca.
A 6 de Fevereiro de 1876, Maria casou-se em Weimar com Henrique VII, Príncipe Reuss de Köstritz.[1] Tiveram os seguintes filhosː
- Filho nado morto (1877)
- Henrique XXXII, Príncipe Reuss de Köstritz (4 de Março de 1878 – 6 de Maio 1935), casado com a princesa Maria Adelaide de Lippe-Biesterfeld ; sem descendência.
- Henrique XXXIII, Príncipe Reuss de Köstritz (26 de Julho de 1879 – 15 de Novembro de 1942), casado primeiro coma princesa Vitória Margarida da Prússia; com descendência. Casado depois com Allene Tew; sem descendência.
- Joana Reuss de Köstritz (8 de Junho de 1882 – 15 de Junho de 1883), morreu com um ano de idade.
- Sofia Renata Reuss de Köstritz (27 de Junho de 1884 – 19 de Janeiro de 1968), casada com Henrique XXXIV, Príncipe Reuss de Köstritz; com descendência.
- Henrique XXXV, Príncipe Reuss de Köstritz (1 de Agosto de 1887 – 17 de Janeiro de 1936), casado primeiro com a princesa Maria de Saxe-Altemburgo; com descendência. Casado depois com a princesa Maria Adelaide de Lippe-Biesterfeld; com descendência.
Sucessão nos Países Baixos
[editar | editar código-fonte]Quando o rei Guilherme III dos Países Baixos morreu, deixou como única herdeira a sua filha Guilhermina tornou-se rainha aos dez anos de idade. Guilhermina casou-se com o duque Henrique de Mecklemburgo-Schwerin em 1901, mas o casal não teve filhos até ao nascimento da princesa Juliana em 1909. Assim, entre 1890 e 1909, os herdeiros do trono holandês foram, em primeiro lugar, a mãe de Maria, a princesa Sofia dos Países Baixos e, após a sua morte em 1897, o seu neto Guilherme Ernesto, Grão-Duque de Saxe-Weimar-Eisenach. O problema de sucessão ganhou ainda mais importante quando a rainha Guilhermina sofreu um ataque de febre tifóide no início da década de 1900.[4]
No entanto, Guilherme Ernesto tinha sempre dito que não desejava herdar o trono se tivesse essa oportunidade, uma vez que a constituição dos Países Baixos exigia que ele abdicasse do seu título de grão-duque de Saxe-Weimar-Eisenach para o poder fazer.[4][5] Se tal acontecesse, então a herdeira do trono holandês passaria a ser Maria, seguida do seu filho mais velho Henrique XXXII, Príncipe Reuss de Köstritz.[4][6] Uma vez que o filho dela estava a prestar serviço militar na marinha alemã, muitos (principalmente os britânicos e os franceses) mostraram-se preocupados com o perigo de um príncipe alemão com um parentesco próximo dos Hohenzollern suceder ao trono dos Países Baixos; uma publicação lamentou o facto de, caso a rainha não deixasse descendentes, a coroa holandesa "estar destinada a passar para um príncipe alemão, cujo nascimento, formação e relações levariam, naturalmente, os Países Baixos a ficar dentro da esfera de influência do Império Alemão, à custa da sua independência, tanto nacional como económica".[7][8] Na altura em que esta possibilidade parecia mais provável, a princesa Maria era uma viúva com fraca saúde e, por isso, especulava-se que ela própria iria abdicar dos seus direitos a favor do seu filho mais velho, que tinha pouco mais de vinte anos de idade.[5]
Em 1907, temeu-se que Guilhermina fosse abdicar do trono a favor dos seus primos de Saxe-Weimar devido a uma cláusula incluída numa proposta de lei que tinha sido apresentada no parlamento holandês, na qual se sugeria que os descendentes da coroa nascidos após a abdicação de um soberano deviam ser excluídos da linha de sucessão.[6] No entanto, esses medos eram infundados, uma vez que a própria rainha Guilhermina viria a afirmar mais tarde que nunca tinha pensado em abdicar e que a lei apenas se aplicava ao grão-duque de Saxe-Weimar-Eisenach que, na altura, estava viúvo e ainda não tinha descendentes, mas estava a ponderar casar-se novamente. Embora ele sempre tivesse afirmado que não pretendia aceitar o trono dos Países Baixos, poderiam surgir dúvidas caso ele passasse os seus direitos para a sua tia Maria e depois os quisesse dar novamente aos seus filhos.[6]
A rainha Guilhermina sofreu vários abortos durante o seu casamento, o que aumentou a especulação em torno da sucessão. O nascimento da princesa Juliana em 1909 acabou com todas as especulações, uma vez que garantiu a sucessão ao trono por mais uma geração.
A princesa Maria morreu a 6 de Maio de 1922 em Trebschen.[1]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Genealogia
[editar | editar código-fonte]Maria Alexandrina de Saxe-Weimar-Eisenach | Pai: Carlos Alexandre, Grão-Duque de Saxe-Weimar-Eisenach |
Avô paterno: Carlos Frederico, Grão-Duque de Saxe-Weimar-Eisenach |
Bisavô paterno: Carlos Augusto, Grão-Duque de Saxe-Weimar-Eisenach |
Bisavó paterna: Luísa de Hesse-Darmstadt | |||
Avó paterna: Maria Pavlovna da Rússia (1786–1859) |
Bisavô paterno: Paulo I da Rússia | ||
Bisavó paterna: Maria Feodorovna (Sofia Doroteia de Württemberg) | |||
Mãe: Sofia dos Países Baixos |
Avô materno: Guilherme II dos Países Baixos |
Bisavô materno: Guilherme I dos Países Baixos | |
Bisavó materna: Guilhermina da Prússia | |||
Avó materna: Ana Pavlovna da Rússia |
Bisavô materno: Paulo I da Rússia | ||
Bisavó materna: Maria Feodorovna (Sofia Doroteia de Württemberg) |
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c Lundy, Darryl. «The Peerage: Marie Alexandrine Anne Sophie Auguste Helene Prinzessin von Sachsen-Weimar-Eisenach». Consultado em 24 de agosto de 2010
- ↑ a b Pakula, Hannah (1995). An Uncommon Woman: The Empress Frederick, Daughter of Queen Victoria, Wife of the Crown Prince of Prussia, Mother of Kaiser Wilhelm. New York: Simon and Schuster. p. 143. ISBN 0-684-84216-5
- ↑ Hibbert, Christopher (2007). Edward VII: The Last Victorian King. New York: Palgrave Macmillan. p. 41
- ↑ a b c "The Dutch Succession", The Washington Post, 27 April 1902
- ↑ a b "Henry of Reuss As Business Man", The Washington Post, 2 May 1907
- ↑ a b c "Wilhelmina Not To Abdicate", The Washington Post, 20 February 1907
- ↑ "Were A Monarch To Fall Dead", The Washington Post, 7 May 1905
- ↑ "Dutch Eager To Hail Royal Heir", The Washington Post, 28 May 1906