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Ladainha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre um município brasileiro. Para a forma de oração, veja Litania.

Ladainha
  Município do Brasil  
Pedra da Marta Rocha, um ponto de referência do município.
Pedra da Marta Rocha, um ponto de referência do município.
Pedra da Marta Rocha, um ponto de referência do município.
Hino
Gentílico ladainhense[1]
Localização
Localização de Ladainha em Minas Gerais
Localização de Ladainha em Minas Gerais
Localização de Ladainha em Minas Gerais
Ladainha está localizado em: Brasil
Ladainha
Localização de Ladainha no Brasil
Mapa
Mapa de Ladainha
Coordenadas 17° 37′ 55″ S, 41° 44′ 16″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Novo Cruzeiro, Setubinha, Malacacheta, Poté, Teófilo Otoni e Itaipé
Distância até a capital 518 km
História
Fundação 1 de janeiro de 1949 (75 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Kalid Nedir Maikel[3] (PSB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 866,290 km²
População total (Censo IBGE/2022[1]) 14 383 hab.
Densidade 16,6 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude 500 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 39825-000 ao 39826-999[4]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,541 baixo
PIB (IBGE/2021[6]) R$ 147 329,76 mil
PIB per capita (IBGE/2021[6]) R$ 8 063,14
Sítio ladainha.mg.gov.br (Prefeitura)
camaraladainha.mg.gov.br (Câmara)

Ladainha é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Sua população estimada em 2022 era de 14 383 habitantes.[1]

Localizado no Vale do Mucuri, Ladainha chama a atenção pela exuberância de suas matas, excepcionalmente preservadas ao redor da cidade, pelas cachoeiras e pela enorme pedra conhecida como "Pedra de Ladainha", que se ergue da mata e é visível de todos os pontos da cidade. O município abriga, desde a retomada ocorrida no fim de 2006, uma reserva indígena maxacali, com cerca de 200 habitantes.

Outro atrativo da cidade é uma estrada vicinal que cruza as matas da região, oriunda do antigo leito da Estrada de Ferro Bahia e Minas, que atendeu a região entre os anos de 1924 e 1966 e teve importância essencial para o seu desenvolvimento. Dentre os resquícios da extinta ferrovia, a cidade mantém os antigos pontilhões de ferro, túneis e antigas estações ferroviárias preservadas.[7]

Desde o século XIX há registros de ocupação histórica das terras dos vales dos rios Jequitinhonha e Mucuri por povos indígenas, com destaque para a etnia Maxakali, território que compreende o contemporâneo município de Ladainha.[8]

No final do século XIX, ocorreu o estabelecimento de um distrito pertencente a Teófilo Otoni, então com o nome de Sete Posses, pela lei municipal nº 47, de 12 de maio de 1894.[2]

Em razão de conflitos com fazendeiros que se estabeleceram na região de Teófilo Otoni para colonizá-la contando com o incentivo do Governo Brasileiro, no ínicio do século XX, os indígenas foram expulsos da área e reunidos em aldeamentos pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) que, foram objeto de novos conflitos pelos fazendeiros que avançavam sobre as terras dos aldeamentos até que, na década de 1940, foram feitas as primeiras demarcações de terra indígena para os Maxacali ficaram em duas áreas (Pradinho e Água Boa) situadas fora do município de Ladainha.[8]

Enquanto isso, nesse mesmo começo de século XX, o núcleo populacional estabelecido pela Colonização começou a crescer e o então distrito de Sete Posses passou a se denominar Concórdia por meio da lei municipal nº 222, de 20 de janeiro de 1902, vindo a ganhar no final da década de 1920 a sua denominação atual de Ladainha por meio da lei estadual nº 1128, de 19 de outubro de 1929.[2]

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o então distrito de Ladainha passa a pertencer ao recém-criado município de Poté, mas emancipa-se pela lei nº 336, de 27 de dezembro de 1948, instalando-se em 1º de janeiro de 1949 constituído pelo Distrito-Sede. Pela lei nº 1039, de 12 de dezembro de 1953, é criado o distrito de Concórdia do Mucuri.[2]

Ladainha sofreu um forte prejuízo econômico na década seguinte com a decisão do Governo Militar de desativar a Estrada de Ferro Bahia-Minas que passava pelo município. Assim, em 1966, o Governo Federou desativou e estrada, inclusive arrancando os trilhos o que levou a região a uma decadência econômica.[9]

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[10] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Teófilo Otoni.[11] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Teófilo Otoni, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Mucuri.[12]

Organização Político-Administrativa

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Sendo um município do Brasil, Ladainha é administrada por dois poderes, o executivo e o legislativo, independentes e harmônicos entre si. O primeiro é representado pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários e eleito pelo voto popular para um mandato de quatro anos, sendo permitida uma única reeleição para mais um mandato consecutivo, enquanto que o segundo é representado pela Câmara Municipal de Ladainha, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por 11 vereadores também eleitos por sufrágio universal.[13]

As atuais autoridades que ocupam cargos da organização político-administrativa de Ladainha são as seguintes (data: 13 de janeiro de 2024):

Referências

  1. a b c d Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Ladainha». Consultado em 7 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 13 de janeiro de 2024 
  2. a b c d Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Ladainha - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 4 de dezembro de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 10 de março de 2016 
  3. Estadão (2020). «Ladainha - MG». Consultado em 8 de abril de 2021. Cópia arquivada em 22 de setembro de 2021 
  4. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  5. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 4 de dezembro de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 
  6. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2021). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2021». Consultado em 13 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 13 de janeiro de 2024 
  7. «Ladainha -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 23 de novembro de 2020 
  8. a b «MEMÓRIA E IDENTIDADE: RELATO DE UMA NATIVA MAXACALI» (PDF). Univale. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
  9. «Estrada de ferro levou investimentos e empregos à Ladainha, mas expansão foi interrompida». Estado de Minas. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
  10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 7 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 7 de novembro de 2017 
  11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 7 de novembro de 2017 
  12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 7 de novembro de 2017 
  13. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
  14. a b «Prefeito e vereadores de Ladainha tomam posse; veja lista de eleitos». G1. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
  15. «Mesa Diretora». Consultado em 13 de janeiro de 2024 

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Ladainha