Jalal Talabani
Jalal Talabani | |
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Presidente do Iraque | |
Período | 7 de abril de 2005 a 24 de julho de 2014 |
Antecessor(a) | Saddam Hussein |
Sucessor(a) | Fuad Masum |
Presidente da União Patriótica do Curdistão | |
Período | 1 de abril de 1975 a 3 de outubro de 2017 |
Sucessor(a) | Barham Salih (interino) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de novembro de 1933 Kelkan, Reino do Iraque |
Morte | 3 de outubro de 2017 (83 anos) Berlim, Alemanha |
Alma mater | Universidade de Bagdá |
Primeira-dama | Hero Ibrahim Ahmed (1970–2017) |
Filhos(as) | 2 |
Partido | União Patriótica do Curdistão (UPC) |
Religião | Sunismo |
Jalal Talabani (em árabe: جلال طالباني; Kelkan, 12 de novembro de 1933 – Berlim, Alemanha, 3 de outubro de 2017) foi um político curdo e iraquiano, presidente do Iraque, tendo governado o país de 2005 até 2014. Ele foi responsável pelas funções de chefe de estado. Assumiu esse cargo após eleições vindas depois do período da ocupação americana. Foi o primeiro presidente não-árabe do Iraque, desconsiderando Abdul Kareem Qasim, que possuía ascendentes curdos.[1]
Foi membro da Internacional Socialista.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Talabani nasceu em 1933 em Kelkan no Curdistão iraquiano. Juntou-se ao PDK (Partido Democrata Kurdo) com 14 anos e aos 18 anos foi eleito para o comité central do partido. Em 1953 ingressou na escola de direito, onde se graduou como advogado em 1959, depois de ser recrutado para o exército iraquiano onde foi comandante de uma unidade blindada.
Durante os anos 60 esteve no comando do executivo do PDK, convertendo-se numa figura cada vez influente dentro da política curda. Abandonou o PDK em 1966 para criar um partido político mais educado, democrático e menos tribal.Destas ideias nasceu o UPK (União Patriótica do Curdistão) em 1975.
Com a sua direcção, o UPK enfrentou o PDK de Massoud Barzani depois da Guerra do Golfo em 1991. Em 1992 foram convocadas eleições para o Curdistão iraquiano e a ligação UPK-PDK, formaram juntos a administração, mas tensões entre os dois partidos levaram a confrontos armados em 1994. As tensões acabaram com assinatura do tratado de paz em Washington, DC em 1998. Os dois partidos reconciliaram-se, apresentando-se como coligação nas primeiras eleições do Iraque sob ocupação em 2005 com o nome de Aliança Patriótica Democrática do Curdistão.
Na altura da invasão do Iraque em 2003, Talabani seguia na liderança do UPK e era uma figura respeitada e reconhecida internacionalmente por ser um dos principais opositores que permaneciam no Iraque durante a ditadura de Saddam Hussein. Foi designado pelos Estados Unidos com um dos membros do conselho interino e ocupou a presidência durante o mês de Novembro de 2003. Distanciou-se da independência do Curdistão, mas apoiando o federalismo iraquiano. A seguir das eleições iraquianas a 30 de Janeiro de 2005, foi nomeado presidente do Iraque pela Assembleia transitória iraquiana a 6 de Abril. Durante seu governo, trabalhou para fortalecer as instituições estatais e o governo central.
Em 2012, sofreu um derrame e então sua saúde começou a ficar debilitada. Em 3 de outubro de 2017, faleceu vítima de uma hemorragia intracerebral.[3]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Iraq's president appoints Shiite as prime minister». chinadaily.com. 21 de abril de 2009. Consultado em 8 de abril de 2005
- ↑ XXIII Congress of the Socialist International, Athens. SPEECH OF H.E. JALAL TALABANI, PRESIDENT OF THE REPUBLIC OF IRAQ, 2008.
- ↑ "Morre ex-presidente iraquiano Jalal Talabani". Página acessada em 4 de outubro de 2017.