Hanibaliano
Flávio Hanibaliano | |
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Fólis de Hanibaliano | |
Morte | 337 Constantinopla |
Nacionalidade | Império Romano |
Progenitores | Pai: Dalmácio, o Censor |
Cônjuge | Constantina |
Ocupação | General |
Flávio Hanibaliano (em latim: Flavius Hannibalianus; morte 337, Constantinopla) foi um nobre romano do século IV, membro da dinastia constantiniana. Era sobrinho do imperador Constantino (r. 306–337), sob quem serviu como oficial militar. Em 335, casar-se-ia com Constantina, filha mais velha de Constantino.
Vida
[editar | editar código-fonte]Hanibaliano era o filho de Dalmácio e sobrinho de Hanibaliano, Júlio Constâncio e Constantino.[1][2] Ele e seu irmão Dalmácio foram educados em Tolosa, onde sua família vivia, pelo reitor Exupério.[3] Na década de 320, Constantino chamou Flávio Dalmácio e seus filhos a Constantinopla. Hanibaliano casou-se com a filha mais velha de Constantino, Constantina, em 335 e foi feito nobilíssimo[4][5] com seu irmão e seu tio Júlio Constâncio.[6]
Nesse mesmo ano, Hanibaliano foi nomeado Rex Regum et Ponticarum Gentium (rei dos reis e do povo pôntico).[2][5] Esse título foi interpretado por alguns estudiosos como um indício do interesse do imperador em colocar um membro de sua família no trono do Reino da Armênia, talvez uma contra-medida às tentativas de Sapor II (r. 309–379) de instalar um príncipe persa. No entanto, tal medida seria inaceitável aos persas e armênios. Ao que parece, ele não foi instalado como rei e nem entrou na Armênia e segundo a Crônica Pascoal ele estabeleceu sua base em Cesareia Mázaca, na Capadócia.[7]
Sexto Aurélio Vítor, ao utilizar a frase Armeniam nationesque circumsocias habuit, parece indicar que Constantino pretendia colocá-lo como guardião de todos os reinos e principados da Anatólia Oriental que estavam ligados ao império por tratado e religião (os grandes reinos do Cáucaso haviam se convertido ao cristianismo na década de 330) em face das tentativas renovadas dos persas de controlá-las. Apesar disso, também é possível que Constantino estivesse realmente planejando conduzir a conquista da Pérsia, sobre a qual colocaria Hanibaliano como rei títere.[8] Essa campanha não ocorreu devido a morte do imperador em maio de 337[3] e Hanibaliano e seu irmão foram mortos no expurgo da família real que se seguiu em Constantinopla.[5][9]
Referências
- ↑ DiMario 1997.
- ↑ a b Amiano Marcelino 397, p. XIV.1-2.
- ↑ a b DiMaio 1996.
- ↑ Zósimo, p. II; 39.2..
- ↑ a b c Martindale 1971, p. 407.
- ↑ Martindale 1971, p. 226.
- ↑ Lightfoot 2005, p. 496-497.
- ↑ Lightfoot 2005, p. 497.
- ↑ Zósimo, p. III; 40.3..
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Amiano Marcelino (397). Os Feitos 🔗. Constantinopla
- DiMaio, Michael (1997). «The Siblings of Constantine I». Salve Regina University
- DiMaio, Michael Jr. (1996). «Hannibalianus Rex Regum (335-337 A.D)». Salve Regina University
- Lightfoot, C. S. «Armenia and the eastern marches». In: Bowman, Alan K.; Garnsey, Peter; Cameron, Averil. The Cambridge Ancient History Vol. XII The Crisis of Empire, A.D. 193–337. Cambridge: Cambridge University Press
- Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). The Prosopography of the Later Roman Empire. Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press
- Zósimo. História Nova In Ridley, R.T. (1982). Zosimus: New History (em inglês). Camberra: Byzantina Australiensia 2