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Go-Yōzei

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Go-Yōzei
Go-Yōzei
Imperador do Japão
Reinado 17 de dezembro de 1586
a 9 de maio de 1611
Entronamento 4 de janeiro de 1587
Predecessor Ōgimachi
Sucessor Go-Mizunoo
Xogum Tokugawa Ieyasu (1603–05)
Tokugawa Hidetada (1605–11)
Nascimento 31 de dezembro de 1571
Morte 25 de setembro de 1617 (45 anos)
Nome de nascimento Katahito (周仁?)
Esposa Konoe Sakiko
Descendência Seishi
Kotohito, Imperador Go-Mizunoo
Konoe Nobuhiro
Yoshihito, Príncipe Takamatsu
Teishi
Sonkaku
Kakushin
Sonsei
Gyōnen
Ryōjun
e outros
Casa Casa Imperial do Japão
Pai Masahito
Mãe Kajūji Haruko
Religião Xintoísmo

Go-Yōzei (後陽成? 31 de dezembro de 157125 de setembro de 1617) foi o 107º imperador do Japão, na lista tradicional de sucessão.[1] Pertencia ao Ramo Jimyōin-tō da Família Imperial. Seu reinado abrangeu os anos de 1586 a 1611. Os anos de seu reinado correspondem ao início do xogunato Tokugawa.

Antes de ascender ao Trono do Crisântemo, seu nome pessoal era príncipe Katahito, o filho mais velho do príncipe Masahito e neto do imperador Ōgimachi.[2] Sua mãe foi Kajūji Haruko filha de Kajūji Harusuke, o 13º líder do Ramo Kajūji do Clã Fujiwara e que mais tarde adotou o nome budista de Shinjōtōmon'in.[3]

O príncipe Katahito tornou-se imperador quando seu avô Ōgimachi abdicou em 1586. A sucessão foi recebida pelo novo monarca; e logo em seguida, foi proclamado imperador Go-Yōzei. No final desse mesmo ano o kanpaku Toyotomi Hideyoshi, foi nomeado Daijō Daijin e Go-Yōzei se casa com Asahi no kata, uma meia-irmã mais nova de Hideyoshi.[2]

Em meados de 1590, Hideyoshi liderou um exército com o objetivo de ocupar a Região de Kantō onde sitiou o Castelo Odawara. Quando a fortaleza caiu, Hōjō Ujimasa morreu e seu irmão, Ujinao submeteu-se ao poder de Hideyoshi, terminando assim um período de escaramuças ininterruptas entre os clãs Tokugawa e Go-Hōjō que vinha ocorrendo desde o final da Guerra de Ōnin (1467-1477).[4]

Em 1592 tem início a Guerra Imjin que ira durar até 1597, na qual Hideyoshi envia diversas incursões ao Reino de Joseon (Coréia), com o objetivo de atingir a China dos Ming.[5]

Em 18 de setembro de 1598, Hideyoshi morreu em Fushimi-Momoyama, seu castelo em Fushimi, aos 63 anos de idade.[2] Em 21 de outubro de 1600 ocorre a Batalha de Sekigahara. Ao final desta o clã Tokugawa e seus aliados derrotam decisivamente toda a oposição. liderada pelo clã Toyotomi.[2]

Em 24 de março de 1603, Tokugawa Ieyasu tornou-se xogum, o que efetivamente inicia o que será conhecido como xogunato Tokugawa. Toyotomi Hideyori tornou-se Naidaijin na corte imperial.[2] Em meados de 1610, Hideyori chegou a Quioto para visitar o ex-xogum Ieyasu; e no mesmo dia, Go-Yōzei anuncia sua intenção de renunciar em favor de seu filho Masahito.

Em 9 de maio de 1611, Go-Yōzei abdica; e seu filho, o príncipe Masahito, recebe a sucessão; e logo em seguida, o imperador Go-Mizunoo formalmente acende ao trono.[6]

Após a abdicação, Go-Yōzei morou por seis anos no Palácio Imperial de Sentō, depois disso, se tornou comum que os imperadores aposentados morassem neste palácio. O nome deste palácio e seus jardins era Sentō-goshō; e os imperadores aposentados em algumas ocasiões passaram a ser chamados Sentō-goshō.

Em 25 de setembro de 1617 Go-Yōzei veio a falecer, e passou a ser consagrado junto com outros imperadores num mausoléu imperial (misasagi) chamado Fukakusa no kita no misasagi (深草北陵) em Fushimi-ku, Quioto.[1]

Referências

  1. a b Agência da Casa Imperial: Go-Yōzei-tennō (em japonês)
  2. a b c d e Klaproth, Julius von (1834). Annales des empereurs du Japon (em francês). [S.l.]: Oriental Translation Fund, p. 402-409 
  3. Lillehoj, Elizabeth (2011). Art and Palace Politics in Early Modern Japan, 1580s-1680s (em inglês). [S.l.]: BRILL, p. 206. ISBN 9789004211261 
  4. Turnbull, Stephen (2013). Samurai Armies 1467–1649 (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury Publishing, pp. 34-35. ISBN 9781472800039 
  5. Hawley, Samuel Jay (2005). The Imjin War: Japan's Sixteenth-century Invasion of Korea and Attempt to Conquer China (em inglês). [S.l.]: Royal Asiatic Society, p 259. ISBN 9788995442425 
  6. Klaproth. Annales des empereurs du Japon. [S.l.]: p.410