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Geraldo Domingues

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Geraldo Domingues
Nascimento 1285
Morte 5 de março de 1321
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação padre
Religião Igreja Católica

Geraldo Domingues ou Geraldo Domingues da Cunha (1285? — Estremoz, 1321) foi um prelado português dos séculos XIII e XIV.

Não está definitivamente apurada a sua filiação, nomeadamente se seria filho sacrílego de Estêvão Domingues, Reitor da Igreja de Penude, em Lamego, e descendente de Jogundo de Medelo, ou - o que parece ser mais provável, segundo pesquisas recentes - filho natural de Domingos Lourenço da Cunha e neto paterno do cavaleiro medieval Lourenço Fernandes da Cunha.[1]

Foi conselheiro régio (1269–1279), cónego de Coimbra, deão de Braga (1295–1299), 13.º Bispo do Porto (1300-1308), Bispo de Placência (1308-1313/1314) e 12.º Bispo de Évora (1313/1314-1321).

Foi também testamenteiro do rei D. Afonso III em 1271,[2] bem como da sua tia paterna, D. Urraca Lourenço da Cunha.[1]

Instituiu, na pessoa do sobrinho, Vasco Martins de Alvelos (futuro Bispo do Porto e Bispo de Lisboa), em 28 de Abril de 1317, o Morgado de Moledo em Almacave, Lamego, com sua Capela de Santa Catarina na Sé de Lamego, com cabeça na sua Quintã de Medelo e vinculando-lhe várias propriedades distribuídas por quase todo o país. Estipulou que a Vasco Martins devia suceder seu outro sobrinho, Egas, filho de seu irmão Vicente Domingues. D. Dinis I de Portugal doou a D. Geraldo, bispo do Porto, Medelo e suas herdades e reguengos, no termo de Lamego (3, 53v), além de muitas outras doações que lhe fez.

Foi assassinado no castelo de Estremoz, às mãos de partidários do Infante D. Afonso, durante as desordens civis do final do reinado de D. Dinis, por apregoar a concórdia entre o monarca e o seu bastardo, D. Afonso Sanches, e o príncipe herdeiro, o referido Infante D. Afonso.[2]

Precedido por
Sancho Pires
Brasão episcopal
Bispo do Porto

1300 - 1308
Sucedido por
Fradulo
Precedido por
Rodrigo Pires
Brasão episcopal
Bispo de Évora

1313 - 1321
Sucedido por
Gonçalo Pereira
  1. a b Cardoso, Augusto-Pedro Lopes (1 de janeiro de 2019). «Vicente Novais, o que veio rico da Índia». Armas e Troféus, Revista de História, Heráldica, Genealogia e Arte: 296. Consultado em 17 de abril de 2022 
  2. a b Pizarro, José Augusto de Sotto Mayor (1999). Linhagens medievais portuguesas: genealogias e estratégias (1279-1325), vol. II. Porto: Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família, Universidade Moderna. p. 368. OCLC 1302329140