Forças Armadas do Afeganistão
Forças Armadas do Afeganistão د افغانستان پوځ | |
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Hamid Karzai e altos oficiais do exército durante comemorações do dia da independência, 2011. | |
País | Afeganistão |
Fundação | 1709 |
Forma atual | 2002 |
Dissolvida | 2021 (de facto) |
Ramos | Exército Afegão Força Aérea Afegã |
Sede(s) | Cabul |
Lideranças | |
Presidente do Afeganistão | Ashraf Ghani (Comandante em chefe, no exílio) |
Ministro da Defesa | Bismillah Khan Mohammadi |
Pessoal ativo | 186 000 (2021)[1] |
Despesas | |
Orçamento | USD $11,6 bilhões (a maioria vindo de ajuda estrangeira)[2] |
Percentual do PIB | 1,9% |
Indústria | |
Fornecedores estrangeiros | Atual: Estados Unidos Histórico: |
Artigos relacionados | |
História | Guerra Civil do Afeganistão |
As Forças Armadas Afegãs foram as forças militares da República Islâmica do Afeganistão (2004–2021). Era consistido de um exército e uma força aérea. Como o país não tem costa marítima, não havia necessidade de uma marinha. O presidente da nação era também o comandante em chefe das forças armadas, junto com o ministro da defesa, com o último homem a exercer este cargo sendo o general Bismillah Khan Mohammadi. O quartel-general ficava em Cabul, a capital. Chegou a ter mais de 200 000 militares no serviço ativo, armados, treinados e financiados pelas majoritariamente potências Ocidentais.[3][4]
Sua fundação é datada no ano de 1709 durante o Império Hotaqui, que fora estabelecida em Candaar seguido pelo Império Durrani. Os afegãos lutaram contra a Dinastia Safávida e o Império Maratha durante os séculos XVIII e XIX. As forças armadas do país foram reorganizadas durante o Raj britânico em 1880, quando a nação era governado pelo Emir Abderramão Cã. Passou então por uma grande modernização durante o regime de Amanulá Cã, no começo do século XX e expandido ainda mais durante os quarenta anos do reinado de Zahir Shah. Entre 1978 e 1992, o regime comunista afegão, apoiado pela União Soviética, lutou contra a insurgência mujahidin, apoiada pelo Ocidente. Com a queda do governo socialista em 1992 e o fim do apoio militar soviético, as forças armadas se dissolveram em pequenas facções controladas por líderes tribais e milícias islâmicas que tomaram o poder. Durante boa parte da década de 1990 e começo dos anos 2000, o regime Talibã estabeleceu a sharia (lei islâmica) como a constituição do país e a luta interna entre as diferentes facções de mujahidins continuou por anos.[5]
Após a invasão do país por forças da OTAN, encabeçadas pelos Estados Unidos, os extremistas do Talibã acabaram por deixar o poder no final de 2001. Sob a liderança das potências ocidentais, as forças armadas afegãs foram reconstruídas, recebendo vasto suporte das forças armadas americanas. Apesar dos problemas iniciais de treinamento e recrutamento, o novo exército afegão acabou lutando de forma eficiente contra a insurgência talibã, com o passar dos anos. Em 2011, a responsabilidade pela segurança do país começou a ser transferida, das força de ocupação internacional para o governo do Afeganistão. O então presidente americano, Barack Obama, afirmou em 2009 que, somando polícia e exército, as forças de segurança afegãs contavam com 400 000 combatentes.[6] Também foi anunciado um investimento de US$1,3 bilhões de dólares em infraestrutura e instalações militares novas para as forças armadas afegãs.[7] Ao mesmo tempo, um vasto programa de modernização foi colocado em prática para fortalecer o exército afegão.[8]
As forças armadas da República Islâmica do Afeganistão entraram em colapso após a ofensiva de verão do Talibã em 2021. Após a queda de Cabul nas mãos dos insurgentes talibãs e a fuga do presidente Ashraf Ghani, o exército afegão deixou de existir para fins práticos,[9] com milhares de homens se rendendo ou desertando em massa.[10]
Referências
- ↑ «Afghanistan». The World Factbook. Central Intelligence Agency. Consultado em 26 de julho de 2021
- ↑ Afghan National Security Forces Order of Battle. Página acessada em 1 de abril de 2014.
- ↑ «Obama 'mulls Afghan army boost'». BBC News. Consultado em 11 de fevereiro de 2011
- ↑ "Afghan army and police forces must grow much larger"[ligação inativa]. Página acessada em 1 de abril de 2014.
- ↑ «Mujahideen -- Afghan mujahideen won the Afghan». Terrorism.about.com. Consultado em 1 de abril de 2014
- ↑ Morgan, David (10 de julho de 2009). «US eyes possible goal increase for the Afghan army». Reuters
- ↑ Pincus, Walter. «Military Seeks $1.3 Billion for Construction Projects in Afghanistan». The Washington Post. Consultado em 12 de maio de 2010
- ↑ "Afghanistan makes pitch for heavier weapons". Página acessada em 1 de abril de 2014.
- ↑ Sanger, David E.; Cooper, Helene (14 de agosto de 2021). «Taliban Sweep in Afghanistan Follows Years of U.S. Miscalculations». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 16 de agosto de 2021
- ↑ Povo, O. (15 de agosto de 2021). «Taleban chega a Cabul e quer 'rendição pacífica' do governo afegão». O POVO. Consultado em 17 de agosto de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Site oficial (em inglês)