Copacabana (filme de 1947)
Copacabana | |
---|---|
Propaganda do filme Copacabana, na fachada do London Pavillion. | |
Estados Unidos 1947 • p&b • 92 min | |
Género | comédia, musical |
Direção | Alfred E. Green |
Produção | Walter Batchelor Sam Coslow David Hersh |
Roteiro | História: László Vadnay Allen Boretz Howard Harris Filme: László Vadnay |
Elenco | Groucho Marx Carmen Miranda |
Música | Edward Ward |
Diretor de fotografia | Bert Glennon |
Edição | Philip Cahn |
Distribuição | United Artists |
Idioma | inglês |
Receita | US$ 1,250 milhão[1] |
Copacabana é um filme estadunidense de comédia musical de 1947, dirigido por Alfred E. Green e estrelado por Groucho Marx e Carmen Miranda.[2] O título faz referência à famosa boate homônima em Nova York, onde várias cenas do filme se passam.[3]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Em Nova York, Lionel Q. Devereaux (Groucho Marx) e sua namorada Carmen Novarro (Carmen Miranda) têm 24 horas para pagar uma conta de hotel. Lionel, posando como agente teatral, convence o produtor Steve Hunt (Steve Cochran) a levar Carmen para um teste no Club Copacabana. Quando o produtor pergunta se ele não tem outros artistas sob contrato, ele diz que vai trazer Fifi, vinda de Paris, ou seja, a mesma Carmen Novarro em papel duplo. O produtor contrata ambas as cantoras. Fifi faz muito sucesso e um produtor de Hollywood tenta contrata-la. Da confusão surgida entre as duas cantoras gira a história, até que Lionel inventa uma briga e diz que encontrou Fifi morta no rio. Durante o interrogatório, Lionel confessa que inventou Fifi. Quando Carmen aparece, descobre-se que ela e Fifi eram a mesma pessoa. Um produtor de Hollywood interessa-se em contratar a cantora e fazer da história um filme, do qual Lionel receberá todos os créditos. O filme começa com uma música sobre o Club Copacabana.[4]
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Groucho Marx — Lionel Q. Deveraux
- Carmen Miranda — Carmen Novarro / Mademoiselle Fifi
- Steve Cochran — Steve Hunt
- Andy Russell — Ele mesmo
- Gloria Jean — Anne Stuart
- Abel Green — Ele mesmo (colunista)
- Louis Sobol — Ele mesmo (colunista)
- Earl Wilson — Ele mesmo (colunista)
- Ralph Sandford — Liggett, agente
- DeCastro Sisters — Elas mesmas
Produção
[editar | editar código-fonte]A ideia de Copacabana surgiu quando os diretores da United Artists sugeriram a Sam Coslow que a empresa deveria produzir alguns filmes musicais. Coslow negociou com George Frank, representante de Carmen Miranda, e os dirigentes da famosa boate de Nova York, Copacabana, de propriedade de Monty Proser e Walter Bachelor. Decidiu-se que Carmen estaria no filme, com a boate como pano de fundo. Sam Coslow escreveu o enredo, e David Hersh se tornou um dos investidores, financiando 65% do orçamento de US$ 1.300.000,00.[5]
Este filme marca a primeira aparição de Groucho Marx sem seus irmãos e também seu último, pois após as gravações ele faria apenas participações especiais antes de iniciar sua carreira na televisão.[6] Em 1946, Carmen Miranda comprou seu contrato com a 20th Century Fox, buscando romper com o estereótipo de "bomba brasileira" que havia sido criado pelo estúdio ao longo dos anos da Política de Boa Vizinhança.[7] Em fevereiro de 1947, Coslow considerou refilmar as cenas em que Carmen aparecia loura, após pedidos de fãs brasileiros, e as cenas foram regravadas para a exibição na América do Sul.[8] Copacabana ainda conta com a participação de escritores da Broadway, como Abel Verdes (editor da Variety), Louie Sobol (do New York Journal-American) e Earl Wilson (do New York Post). Na época da produção, Groucho era casado com Kay Gorcey, que teve um pequeno papel no filme.[9]
Números musicais
[editar | editar código-fonte]- We've Come to the Copa — The Copa Girls
- Tico-tico no Fubá — Carmen Miranda
- Je Vous Aime — Carmen Miranda
- My Heart Was Doing a Bolero — Andy Russell
- He Hasn't Got a Thing to Sell — Andy Russell e Carmen Miranda
- To Make a Hit with Fifi — Carmen Miranda
- Stranger Things Have Happened — Gloria Jean
- Go West, Young Man — Groucho Marx
- Let's Do The Copacabana — Carmen Miranda
Lançamento
[editar | editar código-fonte]O filme foi lançado nos Estados Unidos em 30 de maio de 1947, alcançando sucesso moderado.
Recepção da crítica
[editar | editar código-fonte]No Rotten Tomatoes, o filme tem 42% de aprovação do público, com nota média de 3,2/5.[10]
Bosley Crowther, do New York Times, comentou que "Carmen Miranda e Groucho Marx gritam e fazem caretas em uma sucessão de cenas, algumas levemente divertidas e outras maçantes".[11] Tina Hassannia, da Slant Magazine, descreveu o filme como "bajulador, sarcástico e doce, uma combinação ocasionalmente desajeitada, mas divertida".[12] O canal AMC destacou que "os números musicais dominam" e que a segunda metade foca em um romance entre coadjuvantes, enquanto Carmen mostra seu talento, para "o frustamento de Groucho Marx".[13].
Craig Butler, do AllMovie, escreveu que, apesar do talento envolvido, o filme é "monótono e prosaico", com poucos destaques para torná-lo especial, "o que poderia ser mais interessante do que juntar Carmen Miranda com o bizarramente único Groucho Marx? Com certeza, as estrelas não decepcionam, mas seus talentos são desperdiçados em um filme que é tão monótono e prosaico quanto se pode imaginar", escreveu. Sérgio Augusto, da Folha de S. Paulo, afirmou que "nem Carmen Miranda salva Copacabana, um filme com muita rumba e falsos sambas", elogiando as atuações dos protagonistas.[14]
Disponibilidade
[editar | editar código-fonte]Em 2003 o filme foi lançado em DVD pela Republic Pictures através da Artisan Entertainment Inc. Em 2013, a Olive Films divulgou um novo DVD e Blu-ray do filme.[15]
Referências
- ↑ Variety, 7 de janeiro de 1948
- ↑ Copacabana (1947) directed by Alfred E. Green. Letterboxd. Consultado em 16 de junho de 2023
- ↑ «Let's Do The Copacabana: os figurinos de Carmen Miranda para Fifi». Google Arts & Culture. Consultado em 13 de novembro de 2021
- ↑ «Copacabana (1947)». Cinemateca Brasileira. Consultado em 21 de março de 2014
- ↑ (18 de fevereiro de 1947). A Cena Muda. pág.3, 10 de fevereiro de 1947. Consultado em 11 de outubro de 2024
- ↑ William H. Young & Nancy K. Young. «World War II and the Postwar Years in America - 2 volumes: A Historical and Cultural Encyclopedia». Consultado em 21 de junho de 2014
- ↑ ROGER HURLBURT (5 de outubro de 1995). «Miranda Act». Sun Sentinel. Consultado em 24 de maio de 2014
- ↑ Detail View: Copacabana (1947). American Film Institute. Consultado em 16 de junho de 2023
- ↑ Copacabana. DVD Talk. Consultado em 16 de junho de 2023
- ↑ «Copacabana - Rotten Tomatoes». Rotten Tomatoes. Consultado em 13 de novembro de 2021
- ↑ «Copacabana, Film That Tells of Night-Club Shenanigans, Is New Bill at the Broadway -- Groacho Marx Chief Interest». The New York Times. Consultado em 21 de março de 2014
- ↑ Hassannia, Tina. (17 de maio de 2013). Review: Alfred E. Green's Copacabana on Olive Films Blu-ray. Slant Magazine. Consultado em 16 de junho de 2023
- ↑ «Copacabana (1947)». AMC. Consultado em 15 de maio de 2014. Arquivado do original em 10 de março de 2014
- ↑ Augusto, Sérgio. (5 de agosto de 1995). Nem Carmen Miranda salva Copacabana. Folha de S. Paulo. Consultado em 16 de junho de 2023
- ↑ «Copacabana Blu-ray (1947)». Amazon. Consultado em 26 de março de 2014
- Filmes dos Estados Unidos de 1947
- Filmes de comédia dos Estados Unidos
- Filmes musicais dos Estados Unidos
- Filmes de comédia musical da década de 1940
- Filmes em língua inglesa
- Filmes da United Artists
- Filmes em preto e branco
- Filmes ambientados em Nova Iorque
- Filmes dirigidos por Alfred E. Green
- Carmen Miranda