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Conservante

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Conservantes alimentares são aditivos alimentares que têm a função de impedir ou retardar alterações em alimentos causadas por microrganismos ou enzimas, devendo sempre estar associados a outros tratamentos tecnológicos. [1][2]

Estas substâncias devem matar ou inibir o desenvolvimento de microrganismos tanto pela alteração da permeabilidade da membrana celular, quanto pela interferência em reações metabólicas essenciais para o crescimento e divisão celular.[3]

Principais tipos utilizados em alimentos

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  • Ácidos lipofílicos e derivados

Propionatos, ácido sórbico e sorbatos, ácido benzóico e benzoato de sódio e ésteres do ácido p-hidroxibenzóico. Estes ácidos são eficazes em alimentos que possuam o pH inferior a 5,5 e são comumente usados para a inibição de bolores e leveduras, que se desenvolvem em condições de baixo pH.

Nitratos e nitritos, além das propriedades conservantes, são fixadores de cor e agentes de cura para a carne. São de grande importância no preparo de produtos curados, pois ajudam a evitar o aparecimento do Clostridium botulinum. Os nitratos e nitritos provém de diversas fontes naturais, como vegetais cultivados em terra adubada ou água de poços. A maior parte do nitrato ingerido é excretado pelo nosso organismo, porém parte desse nitrato pode ser convertido em nitrito pelas bactérias intestinais. Atualmente, tem-se criticado a utilização desses conservadores em alimentos, uma vez que nitritos e aminas podem se combinar para formar as nitrosaminas, substâncias sabidamente cancerígenas.[4]

  • Dióxido de enxofre e derivados

Esses compostos são adicionados aos alimentos para evitar o escurecimento (enzimático e não enzimático) e inibir o crescimento de microrganismos não desejáveis. É pouco conhecido o mecanismo de ação dessas substâncias sobre os microrganismos, porém acredita-se que elas sejam microbicidas. A sua principal aplicação é em sucos de frutas de baixo pH, na indústria de vinagre e em salsichas. Um exemplo é o anidrido sulfuroso, que protege a cor da carne, tornando-a vermelha, e tem seu uso permitido em produtos frescos como o camarão. Em carnes frescas, o uso desse conservante é proibido, pois esconde o processo de deterioração.

  • Ácido bórico e tetraborato de sódio

Esses ácidos são única e exclusivamente permitidos em coalhos. O ácido bórico é bastante tóxico, e se ingerido em excesso  pode causar náuseas, vômitos e diarreias, podendo até ser letal.

  • Ácido de-hidroacético e dehidroacetato de sódio

Esses compostos são utilizados na conservação de refrescos e de leite fermentado. Eles podem causar problemas renais, além de vômitos e convulsões, se ingeridos em doses elevadas.⁴

Referências

  1. Lima, Gláucia Ferreira de (15 de março de 2013). «ADITIVOS ALIMENTARES: DEFINIÇÕES, TECNOLOGIA E REAÇÕES ADVERSAS». Veredas Favip - Revista Eletrônica de Ciências. 4 (2). ISSN 1984-8463 
  2. PURGATTO, E. Aditivos alimentares. HNT0205 Produção e Composição de Alimentos, São Paulo.
  3. «Aditivos alimentares e coadjuvantes - Anvisa». portal.anvisa.gov.br. Consultado em 21 de maio de 2018 
  4. Oliveira, Jéssica Fernandes de; Silva, Uilian Ribeiro da; Pastore, Victor Alessandro Abib; Azevedo, Everton Cruz de; Campos, Gláucia Martins de; Silva, Felipe Chaimsohn Gonçalves da; Raghiante, Fernanda; Martins, Otávio Augusto (20 de março de 2017). «Determinação espectrofotométrica de nitrito em produtos cárneos embutidos». Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal. 11 (1): 19–31. ISSN 1981-2965. doi:10.5935/rbhsa.v11i1.377