Clube da Esquina (álbum)
Clube da Esquina | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Álbum de estúdio de Milton Nascimento e Lô Borges | |||||||
Lançamento | março 1972 (LP) 1994 (CD remasterizado) | ||||||
Gravação | novembro 1971 | ||||||
Gênero(s) | |||||||
Duração | 64:22 | ||||||
Idioma(s) | |||||||
Formato(s) | |||||||
Gravadora(s) | |||||||
Produção |
| ||||||
Cronologia de Milton Nascimento | |||||||
| |||||||
Cronologia de Lô Borges | |||||||
|
Clube da Esquina é um álbum duplo de estúdio produto da reunião de músicos brasileiros pelo movimento musical homônimo, liderado pelos cantores e compositores Milton Nascimento e Lô Borges, a quem o álbum foi creditado. Desta forma, torna-se o quinto álbum de estúdio de Milton Nascimento e o primeiro de Lô Borges, que em seguida seguiria a carreira solo com trabalhos próprios. O disco foi lançado, no Brasil, em 1972 em LP duplo pela EMI-Odeon e seu lançamento remasterizado em 1994 em CD pelo EMI Hemisphere.[1]
Apesar da crença popular, a capa do álbum não retrata de Milton e Lô quando crianças. Fotografado pelo Carlos da Silva Assunção Filho, mais conhecido como Cafi, traz a foto de dois meninos, Cacau e Tonho em uma estrada de terra nas proximidades de Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, próximo de onde moravam os pais adotivos de Milton.
Após seu lançamento, Clube da Esquina foi recebido com avaliações geralmente positivas pelos críticos especializados, com a maioria a elogiar a qualidade de suas canções, a união coesa entre os estilos díspares dos três intérpretes e seus vocais, principalmente os de Monte. Outros expressaram que o excesso de participação dela o fazia soar como um de seus trabalhos solos. O disco foi nomeado no podcast Discoteca Básica, sendo eleito primeiro nos 500 maiores discos da música brasileira e nomeado na revista Rolling Stone brasileira, faturado sétimo a dos 100 maiores discos da música brasileira.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Quando Lô Borges tinha apenas dez anos, sua mãe pediu para ele ir comprar ovo e leite. Ao invés de usar o elevador, já que ele morava em um prédio no 17º andar, ele desceu as escadas como gostava de escorregar com a nádegas pelos corrimões.[2] Ao chegar na rua, Lô viu um jovem de vinte anos tocando violão, Milton Nascimento.[3] Fascinado pela música, Lô se aproximou, e ali começou uma conexão que marcaria a vida de ambos. Milton passou a frequentar a casa de Lô para ensiná-lo a tocar violão e compor, criando músicas juntos.[4]
O movimento musical Clube da Esquina surgiu da forte amizade entre Milton Nascimento, Lô Borges e seus irmãos de sobrenome homônimo; Marilton e Márcio, na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro belo-horizontino de Santa Tereza, durante a década de 1960.[5] Essa amizade começou em 1963, quando Milton se mudou para a capital com o intuito de estudar e trabalhar.[6] Ele havia saído de Três Pontas, sua cidade natal, onde tocava na banda W's Boys com o pianista Wagner Tiso; já com Marilton, ele se apresentou à noite no grupo Evolusamba. Ao compor e tocar com os amigos, seu talento começou a se destacar, levando-o ao reconhecimento após vencer o Festival de Música Popular Brasileira e ter uma de suas canções, "Canção do sal", gravada pela então emergente Elis Regina.[7]
Durante esse período, os integrantes do futuro Clube da Esquina eram profundamente influenciados por diferentes vertentes musicais, sendo uma das principais os Beatles e Chopin.[8][9] As inovações melódicas, harmônicas e estruturais do quarteto inglês inspiraram Milton Nascimento, Lô Borges e seus parceiros a explorarem novas combinações musicais.[10] Assim como os Beatles misturavam rock com música clássica e elementos de culturas globais, o Clube da Esquina buscava integrar ritmos brasileiros, jazz, e MPB em suas composições, criando uma sonoridade única e universal.[11]
Gravação e produção
[editar | editar código-fonte]Clube da Esquina foi gravado na praia de Piratininga, um balneário de Niterói, no estado do Rio de Janeiro,[12] em novembro de 1971,[13] em um estúdio de apenas dois canais.[14] A gravação foi marcada por um ambiente de intensa colaboração entre os músicos, com muitas improvisações e experimentações,[15] Márcio Borges e Fernando Brant trabalhavam nas letras, enquanto músicos como Toninho Horta desenvolviam ideias musicais.[12] O lançamento do álbum não foi fácil, pois a ditadura militar no Brasil impôs diversas restrições à produção cultural.[16] Márcio conta que, a partir da composição de Clube da Esquina, Milton e Lô passaram a compor mais e mais, a ponto de parecerem, nas palavras do poeta, "uma espécie de entidade híbrida, homogênea, autóctone, constituída de duas cabeças, quatro mãos e dois violões".[17]
Título e capa
[editar | editar código-fonte]Título
[editar | editar código-fonte]O título Clube da Esquina alude a um local de encontro para uma amizade entre músicos situado na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, Minas Gerais.[5] Essa esquina foi onde Milton Nascimento, os irmãos Borges — especialmente Lô Borges — e outros artistas mineiros se reuniam para compartilhar ideias, tocar música e criar.[18][19] A origem do nome está descrita em um relato de Lô Borges: sempre que ele voltava pra Belo Horizonte, ele perguntava: "cadê o Lô?". E a mãe dele falava: "o Lô tá la na esquina, num lugar que eles chamam de Clube da Esquina. O Lô fica o dia inteiro tocando violão lá." Lô Borges começava a compor a melodia de uma canção que eles acabaram chamando de Clube da Esquina, com a ideia de fazer uma homenagem àquela esquina tão importante para eles.[20]
Capa
[editar | editar código-fonte]Durante anos, acreditava-se que os garotos da capa do álbum eram Milton Nascimento e Lô Borges quando crianças. Na verdade, porém, eram Antônio Carlos Rosa de Oliveira, o Cacau, e José Antônio Rimes, o Tonho em uma estrada de terra nas proximidades de Nova Friburgo, região serrana no estado de Rio de Janeiro,[21] próximo de onde moravam os pais adotivos de Milton Nascimento.[22][23] Para o fotógrafo que a concebeu, recifense Carlos da Silva Assunção Filho, mais conhecido como Cafi, a capa do álbum representaria "a ruralidade do Clube da Esquina".[24] Ronaldo Bastos conta que "aquela foto foi o seguinte: a gente estava no fusquinha, numa estrada dessas, e tinha dois garotos ali parados. Eu parei o carro e falei, não sei se fui eu ou o Cafi que falou: "fotografa isso". E fotografou, foi assim da janela, de dentro do fusca; a gente fotografou e foi embora".[25]
A dupla presente na fotografia, Cacau e Tonho, passou quatro décadas sem saber que estava em uma das capas de disco mais destacadas do país. Em 2012, os dois souberam da foto por meio do jornal Estado de Minas.[26][27] A reportagem falava sobre os 40 anos do álbum e os encontrou para recriar a capa com Cacau e Tonho, já adultos.[28] Desde então, eles pedem na justiça 500,000 reais por danos morais e uso indevido da imagem.[29] O fotógrafo da capa morreu no início de 2019. Em primeira instância ocorrida em setembro de 2023, a Justiça do Rio de Janeiro deu ganho de causa a Milton Nascimento e a Lô Borges, cantores tornados réus na ação movida por Antônio e José da capa do álbum.[30]
Legado e recepção crítica
[editar | editar código-fonte]Críticas profissionais | |
---|---|
Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
Allmusic | [31] |
Pitchfork | 9.5/10[32] |
Rolling Stone | [33] |
Clube da Esquina chamou a atenção pelas composições engajadas e a miscelânea de sons. O álbum foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone brasileira como o sétimo melhor disco brasileiro de todos os tempos.[34] Em setembro de 2012, foi eleito pelo público da rádio Eldorado FM, do portal Estadão.com e do Caderno C2+Música (estes dois últimos pertencentes ao jornal O Estado de S. Paulo) como o segundo melhor disco brasileiro da história.[35] Em 2022, o disco foi eleito como o Melhor Disco Brasileiro de Todos os Tempos, pelo podcast Discoteca Básica, que ouviu 162 especialistas.[36][37][38] Em resenhas profissionais, Clube da Esquina segue tido como um dos álbuns mais marcantes da carreira de Milton Nascimento e Lô Borges, assim como da própria música popular brasileira.[31] Na revista norte-americana Paste, foi eleito o nono melhor de todos os tempos de todo o mundo.[39] A Spin classificou o álbum em 19º lugar em sua lista dos 50 melhores álbuns de 1972.[40]
Na época do lançamento a crítica especializada, segundo relato de Márcio Borges, não avaliou o álbum de forma positiva: "Naturalmente, os críticos foram horríveis. Ficavam querendo comparar Bituca com Caetano e Chico Buarque, não entendiam nada daquele ecumenismo inter-racial, internacional, interplanetário, proposto pelas dissonâncias atemporais de Bituca. Desprezavam os achados de Chopin e o zelo beatlemaníaco do menino Lô."[41] Em 2017, o rapper Djonga usou a capa do álbum como referência para a capa de seu álbum de estreia, Heresia (2017), mas ao invés das crianças, vemos o próprio rapper na capa.[42] Em 2018, foi lançado o livro Milton Nascimento e Lô Borges – Clube da Esquina (2018), de Paulo Thiago de Mello contando os bastidores e o contexto histórico do álbum.[43]
Faixas
[editar | editar código-fonte]Todas as músicas interpretadas por Milton Nascimento ou Lô Borges.[44]
Disco 1, lado A | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Tudo Que Você Podia Ser" (Intérprete: Milton Nascimento) | Lô Borges, Márcio Borges | 2:56 | |||||||
2. | "Cais" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Ronaldo Bastos | 2:45 | |||||||
3. | "O Trem Azul" (Intérprete: Lô Borges) | Lô Borges, Ronaldo Bastos | 4:05 | |||||||
4. | "Saídas e Bandeiras nº 1" (Intérprete: Beto Guedes e Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Fernando Brant | 0:45 | |||||||
5. | "Nuvem Cigana" (Intérprete: Milton Nascimento) | Lô Borges, Ronaldo Bastos | 3:00 | |||||||
6. | "Cravo e Canela" (Intérprete: Lô Borges e Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Ronaldo Bastos | 2:32 |
Disco 1, lado B | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
7. | "Dos Cruces" (Intérprete: Milton Nascimento) | Carmelo Larrea | 5:22 | |||||||
8. | "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo" (Intérprete: Lô Borges) | Lô Borges, Márcio Borges | 4:13 | |||||||
9. | "San Vicente" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Fernando Brant | 2:47 | |||||||
10. | "Estrelas" (Intérprete: Lô Borges) | Lô Borges, Márcio Borges | 0:29 | |||||||
11. | "Clube da Esquina nº 2" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Lô Borges, Márcio Borges | 3:39 |
Disco 2, lado A | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
12. | "Paisagem da Janela" (Intérprete: Lô Borges) | Lô Borges, Fernando Brant | 2:58 | |||||||
13. | "Me Deixa em Paz" (Intérprete: Alaíde Costa e Milton Nascimento) | Monsueto, Ayrton Amorim | 3:06 | |||||||
14. | "Os Povos" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Márcio Borges | 4:31 | |||||||
15. | "Saídas e Bandeiras nº 2" (Intérprete: Beto Guedes e Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Fernando Brant | 1:31 | |||||||
16. | "Um Gosto de Sol" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Ronaldo Bastos | 4:21 |
Disco 2, lado B | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
17. | "Pelo Amor de Deus" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Fernando Brant | 2:06 | |||||||
18. | "Lilia" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento | 2:34 | |||||||
19. | "Trem de Doido" (Intérprete: Lô Borges) | Lô Borges, Márcio Borges | 3:58 | |||||||
20. | "Nada Será Como Antes" (Intérprete: Beto Guedes e Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Ronaldo Bastos | 3:24 | |||||||
21. | "Ao Que Vai Nascer" (Intérprete: Milton Nascimento) | Milton Nascimento, Fernando Brant | 3:21 |
Ficha técnica
[editar | editar código-fonte]Todo o processo de elaboração de Clube da Esquina atribui os seguintes créditos:[45][46]
Músicos
[editar | editar código-fonte]- Milton Nascimento - vocais (1, 2, 4-7, 9, 12-18, 20, 21), backing vocals (10, 11, 19), violão (2, 4, 7, 11, 13-15, 17, 18, 21), piano (2, 5, 16)
- Lô Borges - vocais (3, 6, 8, 10, 11, 19), backing vocals (3, 8, 19), vocais adicionais (17, 20), violão (1, 10), guitarra elétrica (3, 5, 9, 11, 19), percussão (13, 15), piano (8, 12)
- Beto Guedes - vocais (4, 15, 20), backing vocals (3, 8, 10, 12, 19), baixo elétrico (1, 3, 4, 8, 9, 12, 15, 21), guitarra elétrica (7, 17, 19, 20), violão de 12 cordas (5), percussão (6, 9, 13, 18)
- Tavito - violão de 12 cordas (1), guitarra elétrica (6, 8, 12, 18, 20), violão (7, 9), percussão (14), backing vocals (9)
- Wagner Tiso - backing vocals (10), órgão (1-3, 7, 8, 11, 13, 14, 17-19, 21), piano acústico (6, 7, 9, 13, 14, 20, 21) piano elétrico (17)
- Toninho Horta - backing vocals (8, 10), violão (6), guitarra elétrica (1, 3, 21), baixo elétrico (5, 7, 19, 20), percussão (2, 4, 15, 17, 18)
- Robertinho Silva - bateria (1, 3, 6, 11, 13, 14, 20), backing vocals (10), percussão (2, 6, 7, 9, 17, 18, 21)
- Luiz Alves - baixo acústico (2, 5, 7), baixo elétrico (6, 11, 13, 14, 17, 18, 21), percussão (1, 6, 7, 9)
- Nelson Angelo - guitarra elétrica (4, 8, 11, 12, 15), percussão (7, 9, 13, 18), piano (17)
- Rubinho - bateria (4, 5, 7-9, 12, 15, 17-19, 21), percussão (1)
- Alaíde Costa - vocal (13)
- Paulo Moura - condução de orquestra (5, 8, 16)
- Eumir Deodato - arranjo (8, 11, 16)
- Gonzaguinha - backing vocals (10)
- Raul de Souza - trombone
Produção de estúdio
[editar | editar código-fonte]- Paulo Moura - condução
- Jorge Teixeira, Nivaldo Duarte e Zilmar de Araújo - engenharia de gravação
- Cafi - fotografia e layout
- Lindolfo Gaya - direção musical
- Eumir Deodato, Wagner Tiso - orquestração
- Juvena Pereira - fotografia
- Milton Miranda - direção de produção
- Milton Nascimento - supervisão musical
Referências
- ↑ Diniz, Sheyla Castro (12 de dezembro de 2018). «Clube da Esquina versus Tropicalismo: conflitos simbólicos na MPB». ArtCultura (37): 129–145. ISSN 2178-3845. doi:10.14393/artc-v20-n37-2018-47245. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ «Lô Borges: 'Me sinto como um pavio aceso'». Revista UBC 60. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Ferreira, Ricardo (23 de outubro de 2022). «Nos 80 anos de Milton Nascimento, bairro onde surgiu o Clube da Esquina segue efervescente». O Globo. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Canton, Ciro Augusto Pereira (2010). «"NUVEM NO CÉU E RAIZ" Romantismo Revolucionário e Mineiridade em Milton Nascimento e no Clube da Esquina (1970 - 1983)» (PDF). Universidade Federal de São João del-Rei: 29. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ a b Angelique Ribeiro Tedesco, Cybelle (15 de dezembro de 2000). «De Minas, Mundo: a imagem poetico musical do clube da esquina». Campinas, São Paulo: 149-150. doi:10.47749/t/unicamp.2000.205486. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ F.Content (1 de maio de 2022). «Clube da Esquina: conheça a trajetória do grupo mineiro». NovaBrasil. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Silvio Essinger. «Clube da Esquina». CliqueMusic
- ↑ «A história de vida de Flávio Venturini: "Os Beatles me levaram para música"». Museu da Pessoa. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ Brêda, Lucas (25 de outubro de 2022). «Como 'Clube da Esquina' transformou a música de Milton Nascimento». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ Nunes, Thais dos Guimarães Alvim (21 de dezembro de 2017). «A trajetória vocal de Milton Nascimento». Música Popular em Revista (2): 84. ISSN 2316-7858. doi:10.20396/muspop.v4i2.13056. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ Souza, Victor (15 de julho de 2019). «Clube da Esquina, os meninos de Minas Gerais, uma joia rara da MPB». Bar do Museu Clube da Esquina. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ a b Mello 2020, p. 84.
- ↑ Rodrigues, Bruno (2 de abril de 2024). «Documentário sobre o Clube da Esquina traz Milton, Beto Guedes e irmãos Borges às telas de cinema - Esquerda Online Esquerda Online». Esquerda Online. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ «Playlist: 14 músicas para entender a música de Minas Gerais, por quem ajudou a criá-la». Estadão. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ Martins, Bruno Viveiros (11 de outubro de 2019). «"Clube da esquina" (1972), Milton Nascimento e Lô Borges». A música de. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ Moreno, Sayonara (22 de junho de 2024). «Clube da Esquina é escolhido nono melhor álbum de todos os tempos». Agência Brasil. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ Márcio 2019, p. 222.
- ↑ «Clube da Esquina: 50 anos do disco que mudou a música brasileira». G1. 21 de fevereiro de 2022. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Peixoto, Eliza (12 de janeiro de 2021). «Esquina do Clube da Esquina é repaginada». Santa Tereza Tem. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Odara, Norma (10 de outubro de 2017). «50 anos de Travessia: a canção que mudou os rumos da música popular brasileira». Brasil de Fato. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Machado, Fernanda (8 de maio de 2015). «História por trás do disco 'Clube da Esquina', descoberta pelo EM, repercute na internet». Portal Uai Entretenimento. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Santana, Valéria Nancí de Macêdo (7 de outubro de 2019). «OS FATORES PROJETUAIS DECRIAÇÃO DA CAPA DO DISCO CLUBE DA ESQUINA (1972)». Atena Editora: 208–216. ISBN 978-85-7247-684-3. doi:10.22533/at.ed.84319071018. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Santos, Thales Rodrigues dos. «Histórias do design em Minas Gerais II». Editora da Universidade do Estado de Minas Gerais. doi:10.36704/9786586832228. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Diniz, Sheyla Castro (2017). «Clube da Esquina: mineiridade, romantismo e resistência cultural nos anos 1960». Per Musi (37). ISSN 2317-6377. doi:10.35699/2317-6377.2017.5165. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Ribeiro, Ronaldo Bastos. «Ronaldo Basto». Museu Clube da Esquina. Consultado em 23 de novembro de 2024. Arquivado do original em 28 de agosto de 2011
- ↑ Gomes, Karol (14 de fevereiro de 2020). «Milton Nascimento é processado por 'meninos da capa' do 'Clube da Esquina'». Hypeness. Consultado em 28 de maio de 2022. Arquivado do original em 15 de setembro de 2023
- ↑ «Meninos da capa de 'Clube da Esquina' processam Milton, Lô e EMI por imagem». Folha de S.Paulo. 13 de fevereiro de 2020. Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Brant, Ana Clara (19 de março de 2012). «Cacau e Tonho, os garotos da capa do disco Clube da Esquina, relembram a infância na roça». Estado de Minas
- ↑ Cople, Júlia (6 de setembro de 2023). «Justiça do Rio extingue processo de meninos da capa de 'Clube da Esquina' contra Milton Nascimento e Lô Borges». O Globo. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Ferreira, Mauro (6 de setembro de 2023). «Justiça é feita ao isentar Milton Nascimento e Lô Borges de culpa por usar foto na capa de álbum». G1. Consultado em 7 de setembro de 2023
- ↑ a b Neder, Alvaro. «Clube da Esquina by Milton Nascimento, Lô Borges». AllMusic (em inglês). Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Beta, Andy. «Milton Nascimento / Lô Borges: Clube Da Esquina Album Review». Pitchfork. Consultado em 2 de setembro de 2018
- ↑ Brackett, Nathan; Hoard, Christian (2004). Eliscu, Jenny; Pearlman, Nina, eds. The new Rolling Stone album guide (em inglês). [S.l.]: New York : Simon & Schuster. p. 569
- ↑ "Os 100 maiores discos da Música Brasileira" - Rolling Stone Brasil, outubro de 2007, edição nº 13, página 109
- ↑ Bomfim, Emanuel (7 de setembro de 2012). «'Ventura' é eleito o melhor disco brasileiro de todos os tempos». Combate Rock. Grupo Estado. Consultado em 28 de janeiro de 2016
- ↑ «Opinião: Leonardo Rodrigues - 'Clube da Esquina' é eleito o melhor disco brasileiro; você concorda?». www.uol.com.br. Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Paiva, Vitor (23 de maio de 2022). «Milton Nascimento: 'Clube da Esquina' é eleito melhor disco brasileiro de todos os tempos». Hypeness (em inglês). Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Ernani, Felipe (10 de maio de 2022). «"Clube da Esquina" é eleito o melhor disco brasileiro de todos os tempos». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Staff, Paste (3 de junho de 2024). «The 300 Greatest Albums of All Time». Paste. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Leorne, Ana (22 de abril de 2022). «The 50 Best Albums of 1972». Spin. Consultado em 2 de julho de 2022
- ↑ BORGES, Márcio (1996). OS SONHOS NÃO ENVELHECEM: Histórias do Clube da Esquina. Rio de Janeiro: Geração Editorial. 231 páginas
- ↑ «Rapper mineiro Djonga se apresenta em Manaus neste sábado (23)». G1 AM. 22 de junho de 2018. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ Prelorentzou, Renato (8 de junho de 2018). «A história do Clube da Esquina». Estadão. Consultado em 23 de novembro de 2024
- ↑ Mello 2020, p. 100.
- ↑ (1982) Créditos do álbum Clube da Esquina por Milton Nascimento, Lô Borges [LP]. Odeon · EMI (MOAB 6005/6).
- ↑ Gavin 2020, p. 12-13.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Mello, Paulo Thiago de (2020). Milton Nascimento e Lô Borges - Clube da Esquina. Brasil: Editora Cobogó (publicado em 21 de abril de 2020). 128 páginas. ISBN 9786556910024
- Gavin, Charles (2020). Lô Borges e Milton Nascimento, Clube da Esquina. Brasil: Ímã Editorial. 96 páginas. ISBN 9788564528680
- Borges, Márcio (1996). Milton Nascimento e Lô Borges - Clube da Esquina. Brasil: Geração Editorial. 358 páginas. ISBN 9788586028441