Celso Garcia
Celso Garcia | |
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Nome completo | Afonso Celso Garcia da Luz |
Nascimento | 15 de outubro de 1869 Batatais |
Morte | 30 de maio de 1908 (38 anos) São Paulo |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | jornalista, advogado e político |
Afonso Celso Garcia da Luz (Batatais, 15 de outubro de 1869 — São João da Boa Vista, 30 de maio de 1908)[1] foi um jornalista, advogado e político brasileiro.
Filho de Evaristo José Garcia e de Mariana Garcia da Luz, formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco[2] em 1895. Como jornalista trabalhou em veículos diversos, entre eles O Estado de S.Paulo. Em 7 de janeiro de 1905 iniciou seu mandato como vereador de São Paulo, sendo reeleito na eleição seguinte, permanecendo no cargo até a sua morte. Na Câmara Municipal, Celso Garcia foi membro da Comissão de Higiene e Saúde Pública e membro da Comissão de Justiça e Polícia.[3] Como vereador foi responsável por criar os bondes especiais para operários e combater as enchentes nas regiões ribeiras. É considerado um defensor dos operários, procurando ampliar os direitos dessa categoria.[4] Com apoio de pequenos proprietários, comerciantes e associações operárias da cidade, Celso Garcia mobilizou o debate acerca da questão da habitação na cidade de São Paulo. Seus discursos na Câmara Municipal de São Paulo chamavam a atenção para o alto número de cortiços e o elevado preço dos aluguéis praticados naquela época, citando como exemplo os mesmos problemas observados em cidades como Buenos Aires e Paris.[5]
Morreu em 30 de maio de 1908 de uma pneumonia dupla, encontra-se enterrado no Cemitério da Consolação.[4][6]
Depois de um intenso debate dos moradores do Bom Retiro e do Brás, os quais disputavam o nome de Celso Garcia para batizar suas ruas, o segundo bairro paulistano saiu vitorioso[7]. Em sua homenagem a Avenida da Intendência foi batizada de Avenida Celso Garcia, nome oficializado pela Lei nº 1.086, de 15 de julho de 1908.[3][8] Nessa mesma avenida há um busto de Celso Garcia, feito em bronze e granito, localizado exatamente na Praça Major Guilherme Rudge, no Brás.[9]
Referências
- ↑ AMARAL, Pedro Ferraz. Celso Garcia. São Paulo: Editora Martins Editora, 1972.
- ↑ «Monumento a Celso Garcia – São Paulo Antiga». www.saopauloantiga.com.br. Consultado em 25 de setembro de 2017
- ↑ a b «30 de Maio lembra Celso Garcia». Jornal do Brás. Consultado em 6 de fevereiro de 2016
- ↑ a b «12 túmulos curiosos e pouco conhecidos no Cemitério da Consolação». SP Antiga. Consultado em 6 de fevereiro de 2016
- ↑ Reis, Philippe Arthur Dos (5 de abril de 2022). «NEGAR APARÊNCIAS E NÃO DISFARÇAR EVIDÊNCIAS:» (PDF). O Social em Questão (53). ISSN 2238-9091. doi:10.17771/PUCRio.OSQ.58490. Consultado em 6 de dezembro de 2022
- ↑ AMARAL, op. cit.
- ↑ REIS, Philippe Arthur dos (2022). Ruas Paulistanas. São Paulo: Alameda. p. 244. ISBN 978-65-5966-086-5
- ↑ «História das ruas de São Paulo». Prefeitura de São Paulo. Consultado em 6 de fevereiro de 2016
- ↑ «monumentos em lugares públicos». Monumentos de São Paulo. Consultado em 6 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 7 de fevereiro de 2016