Castelo da Lousa
Castelo da Lousa | |
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Vista do cimo do castelo em 2001, antes de submergido. | |
Informações gerais | |
Tipo | castelo, património cultural, villa romana, estrutura da Roma Antiga |
Estilo dominante | Arquitetura militar romana |
Construção | Séculos II e I a.C. |
Aberto ao público | |
Estado de conservação | Submerso |
Património de Portugal | |
Classificação | Monumento Nacional [♦] |
DGPC | 70526 |
SIPA | 1200 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Luz |
Coordenadas | 38° 21′ 34″ N, 7° 24′ 12″ O |
Localização em mapa dinâmico | |
[♦] ^ DL Dec. nº 251/70, DG 129 de 3 de junho de 1970 |
O chamado Castelo da Lousa, também referido como Castelo Romano da Lousa, localiza-se na Herdade do Montinho, freguesia de Luz, município de Mourão, distrito de Évora, em Portugal.[1]
O Castelo da Lousa está classificado como Monumento Nacional desde 1970.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Erguido no alto de uma escarpa em posição dominante sobre o rio Guadiana, cuja travessia vigiava, na realidade trata-se de uma fortificação romana de pequenas dimensões, de planta retangular, em aparelho de xisto, material abundante na região. Este sítio arqueológico, testemunho da Invasão romana da Península Ibérica, foi datado entre o século II a.C. e o século I a.C..
Classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 3 de Junho de 1970, a área foi submersa pelo lago formado com a construção e operação da Barragem do Alqueva, que gera energia hidroelétrica para a região do Alentejo. Esta classificação deve-se ao levantamento arqueológico feito pelo médico dentista Joaquim Bação Leal e ao tenente-coronel Afonso do Paço, um dos maiores impulsionadores da área na época.
A conclusão deste levantamento que culminou na classificação do Castelo da Lousa como Monumento Nacional foi posterior à morte de Afonso do Paço, e deve-se, em grande parte, a Joaquim Bação Leal que conseguiu financiamento para a campanha de levantamento através da Fundação Calouste Gulbenkian e da Sociedade Nacional de Belas Artes.
Com a assinatura de protocolo entre a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) e o Instituto Português de Arqueologia (IPA) e, a permissão dos herdeiros de José Rico Godinho Apóstolo, a 4 de Junho de 1997 foram mobilizadas dezassete grupos constituídos por arqueólogos, técnicos e estudantes, que procederam estudos e escavações na área a ser inundada, tendo sido identificados mais de duzentos sítios arqueológicos, periodizados entre o Paleolítico e as Idade Média e Moderna.
Uma das ações desenvolvidas foi um levantamento arqueológico-topográfico atualizado dos vestígios da fortificação romana, optando-se por preservá-los para as futuras gerações. Essa tarefa foi empreendida através do envolvimento dos vestígios com sacos de areia, cobertos por sua vez com uma pasta especial de cimento, visando evitar o desgaste provocado pelas águas.
Complementarmente, entre 1998 e 2003, a antiga Aldeia da Luz, foi evacuada, tendo os seus moradores sido reassentados em uma nova povoação, em cota mais elevada, em torno de uma nova igreja para a padroeira, Nossa Senhora da Luz, do novo cemitério (que recebeu os despojos do anterior), e de um museu dedicado aos testemunhos da ocupação da região.
O projeto de reassentamento sob o título de Cemitério, Igreja de Nossa Senhora da Luz e Museu da Luz, de autoria dos arquitetos Pedro Pacheco e Marie Clément, recebeu o Prêmio Internacional Architetura em Pedra -2005
Referências
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
- Instituto Português de Arqueologia
- Castelo da Lousa na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural