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Caixa-Forte do Tio Patinhas

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 Nota: Para outros significados de Patinhas, veja Patinhas (desambiguação).

A Caixa-Forte do Tio Patinhas, também conhecida como o Cofre do Tio Patinhas, é um local fictício nos quadrinhos Disney, que surgiu nas histórias criadas por Carl Barks. Mais tarde foi aproveitada em desenhos animados como o curta-metragem Scrooge McDuck and Money e o seriado de animação DuckTales. É a construção em que Tio Patinhas guarda seu dinheiro e geralmente é mostrado como o edifício mais alto da cidade de Patópolis. Carl Barks inventou a piscina de dinheiro que fica dentro da caixa-forte em 1950, e a seguir, a caixa-forte propriamente, no ano seguinte.[1]

A Caixa-Forte foi construída em 1902, pouco depois que Patinhas entrou no mercado de diamantes e não conseguiu mais dormir porque o muito dinheiro que guardava debaixo do colchão deixava sua cama perto demais do teto. Dessa forma, Patinhas decidiu buscar uma instalação mais adequada para armazenar seu dinheiro. Seu passatempo favorito é mergulhar no dinheiro e nadar entre as moedas.

Apesar de a Caixa-Forte ser um arranha-céus de 12 andares e um cofre cheio com três acres cúbicos de dinheiro, em várias ocasiões foi arrastada por um trator, erguida ao topo de uma montanha, roubada por alienígenas do fundo do mar e arrombada a tiros de canhão. O local tradicional da Caixa-Forte é o topo do Morro Mata-Motor.

A Caixa-Forte é vítima de repetidas tentativas de invasão por muitos dos ladrões inimigos de Patinhas, como seus arquinimigos Pãoduro Mac Mônei, Patacôncio, Irmãos Metralha e Maga Patalójika. O objetivo da Maga é arrebatar a Moedinha Número 1, a primeira moeda que Patinhas ganhou na vida.

Para proteger-se dos invasores, Patinhas instalou o maior sistema de segurança do mundo para que ninguém nem pense em se intrometer em sua propriedade.

Mac Mônei tem sua própria Caixa-Forte em algum ponto do Vale do Limpopo, com a fachada adornada por um cifrão de libra (£) no lugar do $ de Patinhas, tal como aparece quando Patinhas faz uma visita a seu rival em "The Second-Richest Duck". Apesar de Mac Mônei usar algumas das idéias de segurança de Patinhas, como o canhão, não parecem haver armadilhas em torno de sua Caixa-Forte, pois Patinhas entra no prédio sem ter que enfrentá-las e sem ser esperado por Mac Mônei (Patinhas envia um telegrama para avisar Mac Mônei, mas nem Patinhas paga as mensagens que envia nem Mac Mônei paga as que recebe).

Um tópico freqüente de especulação entre os fãs do Tio Patinhas diz respeito às dimensões da Caixa-Forte. Barks definiu o volume de dinheiro ali contido em “três acres cúbicos”, mas o sentido exato (e, portanto, o volume) de um “acre cúbico” está sujeito à interpretação do leitor, pois o acre é uma medida de área, não de comprimento. Uma série de plantas criadas por Don Rosa para uma história do Tio Patinhas estabelece que a Caixa-Forte tem aproximadamente 38,5m de altura e 37m de largura. Na história, essas plantas são creditadas a um arquiteto de nome “Keno D. Rosa”, que é o nome verdadeiro de Don Rosa.

A aparência, as dimensões e a localização da Caixa-Forte são amplamente variáveis ao longo do tempo e de artista para artista. Nas histórias mais antigas de Carl Barks o prédio está ao nível da rua, não no alto do morro. Em muitas versões não-americanas a Caixa-Forte tem faces trapezoidais, sendo mais larga na base do que no topo. Artistas italianos costumam incluir uma cúpula no telhado da edificação; o estilo foi seguido em DuckTales. E pelo menos a história italiana O Depósito Oceânico, do roteirista e desenhista Marco Rota, mostra várias caixas-fortes de Tio Patinhas.

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O nome da caixa-forte na Noruega é "Pengebingen", sendo que esta palavra tornou-se comum na língua norueguesa para descrever uma grande quantidade de dinheiro ou dinheiro.[2]

Russell W. Belk mencionou a caixa-forte em Material Values in the Comics: A Content Analysis of Comic Books Featuring Themes of Wealth onde observa que "o fascínio infantil por dinheiro" de Tio Patinhas, pelo qual ele chega a ter prazer em mergulhar e nadar no lixo o dinheiro, poderia explicar Scrooge o fato de o personagem não ser retratado como um vilão.[3] Penelope Fritzer no artigo Scrooge McDuck: Postmodern Robber Baron considera possível que a caixa-forte simbolize todo o império Disney.[4]

Referências

  1. Carl Barks: Conversations, p xxxviii. Google Books
  2. Vår tids eventyr ("Our time's adventure") nrk.no May 6, 2003 (em norueguês)
  3. The Journal of Consumer Research, Vol. 14, No. 1. (Jun., 1987), pp. 26-42.
  4. The Journal for the Liberal Art and Sciences, Scrooge McDuck: Postmodern Robber Baron, Penelope Fritzer, Florida Atlantic University
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