Ansiedade de prova
A ansiedade de prova é uma combinação de excesso de estímulo fisiológico, tensão e sintomas somáticos, junto com preocupação, temor, medo de falhar e catastrofização, que ocorrem antes e/ou durante situações de provas[1]. É uma condição fisiológica na qual as pessoas experienciam estresse extremo, ansiedade e desconforto. Essa ansiedade cria barreiras significativas ao aprendizado e ao desempenho[2]. Pesquisas sugerem que altos níveis de angústia têm correlação direta com a diminuição do desempenho acadêmico e com taxas mais altas de abandono escolar[3][4]. A ansiedade de prova pode ter consequências mais abrangentes, afetando negativamente o desenvolvimento social, emocional e comportamental de estudantes, bem como os sentimentos deles em relação a si e ao ambiente estudantil [5].
Estudantes altamente ansiosos podem ter uma pontuação até 12% menor que seus colegas com baixa ansiedade[6][7][8]. Ansiedade de prova é predominante entre as populações estudantis do mundo[9][10]. Esse fenômeno tem sido estudado formalmente desde a década de 1950, com os pesquisadores George Mandler e Seymour Sarason[11].
A ansiedade de prova também pode ser rotulada como ansiedade antecipatória, ansiedade situacional ou ansiedade de avaliação. Algum nível de ansiedade é normal e geralmente ajuda a manter-se mental e fisicamente alerta[12], porém quando alguém experiencia muita ansiedade, pode resultar em desconforto emocional e físico, dificuldade de concentração e apreensão emocional. O desempenho escolar inferior não surge devido a problemas intelectuais ou falta de preparação acadêmica, mas porque as situações de prova criam um senso de ameaça para aqueles que experimentam ansiedade de prova; a ansiedade resultante do senso de ameaça interrompe a atenção e a função da memória[13][14][15][16]. Os pesquisadores sugerem que entre 25 e 40% dos estudantes experimentam ansiedade de prova[17]. Alunos com deficiências e alunos de programas para superdotados tendem a ter altos índices de ansiedade de provas[18]. Os alunos que experienciam essa ansiedade também tendem a se distrair facilmente durante as avaliação, têm dificuldade em compreender instruções relativamente simples e têm problemas para organizar ou recuperar informações relevantes[1].
Referências
- ↑ a b Zeidner M. (1998). Test anxiety: The state of the art. New York, NY: Plenum
- ↑ «The relation of depression and anxiety to life-stress and achievement in students». British Journal of Psychology. 95: 509–521. 2004. PMID 15527535. doi:10.1348/0007126042369802
- ↑ «Using emotional and social factors to predict student success». Journal of College Student Development. 44: 18–28. 2003. doi:10.1353/csd.2003.0008
- ↑ «Experienced stress, psychological symptoms, self-rated health and academic achievement: A longitudinal study of Swedish university students». Social Behavior and Personality. 36: 183–196. 2008. doi:10.2224/sbp.2008.36.2.183
- ↑ «Teaching students not to sweat the test». Phi Delta Kappan. 93: 20–25. 2012. doi:10.1177/003172171209300605
- ↑ Hembree, Ray (1988). «Correlates, Causes, Effects, and Treatment of Test Anxiety». Review of Educational Research (em inglês). 58 (1): 47–77. ISSN 0034-6543. doi:10.3102/00346543058001047
- ↑ Cassady, Jerrell C.; Johnson, Ronald E. (2002). «Cognitive Test Anxiety and Academic Performance». Contemporary Educational Psychology. 27 (2): 270–295. ISSN 0361-476X. doi:10.1006/ceps.2001.1094
- ↑ McDonald, Angus S. (2001). «The Prevalence and Effects of Test Anxiety in School Children». Educational Psychology (em inglês). 21 (1): 89–101. ISSN 0144-3410. doi:10.1080/01443410020019867
- ↑ Lowe, Patricia A.; Ang, Rebecca P. (janeiro de 2012). «Cross-cultural examination of test anxiety among US and Singapore students on the Test Anxiety Scale for Elementary Students (TAS-E)». Educational Psychology (em inglês). 32 (1): 107–126. ISSN 0144-3410. doi:10.1080/01443410.2011.625625
- ↑ Dalkiran, Esra; Şahi̇N Baltaci, Hülya; Karataş, Zeynep; Nacakci, Zeki (11 de julho de 2016). «Developing of Individual Instrument Performance Anxiety Scale: ValidityReliability Study». International Journal of Assessment Tools in Education. 1 (22374): 13–25. ISSN 2148-7456. doi:10.21449/ijate.239569
- ↑ Mandler, George; Sarason, Seymour B. (1952). «A study of anxiety and learning.». The Journal of Abnormal and Social Psychology (em inglês). 47 (2): 166–173. ISSN 0096-851X. doi:10.1037/h0062855
- ↑ «The Impact of Test Anxiety on Test Performance among Iranian EFL Learners». BRAIN. Broad Research in Artificial Intelligence and Neuroscience. 1. 45 páginas
- ↑ «Test anxiety, general anxiety, and intellectual performance». Journal of Consulting Psychology. 21: 485–490. 1957. PMID 13481208. doi:10.1037/h0043012
- ↑ «Intellectual and personality correlates of test anxiety». The Journal of Abnormal and Social Psychology. 59: 272–275. 1959. PMID 14441705. doi:10.1037/h0042200
- ↑ «Test anxiety and intellectual performance». The Journal of Abnormal and Social Psychology. 66: 73–75. 1963. PMID 13991467. doi:10.1037/h0047059
- ↑ Sarason, I.G. Sarason, B.G. Pierce, G.R. (1995). Cognitive interference: At the intelligence–personality crossroads. In D.H. Saklofske & M. Zeidner, (Eds.) International handbook of personality and intelligence (pp. 285-296). New York: Plenum Press.
- ↑ Cassady, J.C. (2010). Test anxiety: Contemporary theories and implications for learning. In J.C. Cassady (Ed.), Anxiety in schools: The causes, consequences, and solutions for academic anxieties (pp. 7-26). New York, NY: Peter Lang,
- ↑ «Learning disabilities and anxiety: A meta-analysis». Journal of Learning Disabilities. 44: 3–17. 2011. PMID 20375288. doi:10.1177/0022219409359939