Anízio Vianna
Anízio Vianna | |
---|---|
Nascimento | 1971 (53 anos) Belo Horizonte |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | editor, contrabaixista, escritor, letrista |
Anízio Vianna (Belo Horizonte, 7 de março de 1971) é um letrista, escritor e contrabaixista brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Belo Horizonte, em 7 de março de 1971. Sendo filho de Antônio Alves da Silva e Eloiza Vianna da Silva. Cursou seu ensino fundamental e médio na região de Venda Nova, tendo que conciliar o trabalho de office boy com os estudos.[1]
Seu contato com a literatura deu-se aos doze anos, quando pegou emprestado de seu irmão mais velho, Antônio Augusto Silva, um livro de poemas do Carlos Drummond de Andrade. Também tem por influências Adão Ventura e Affonso Romano de Sant'Anna. Decidiu graduar-se em Língua Portuguesa e Língua Espanhola, pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais.[1]
Nessa época trabalhava no Banco do Estado de Minas Gerais e, no tempo livre, tocava contra-baixo no grupo musical Chicória, que fundou junto a Roger Marcelo Bastos.[1][2]
Posteriormente realizou mestrado em Estudos Literários, também pela Universidade Federal de Minas Gerais.[1] Sua dissertação Rappers: Poesia, Oralidade e Performance, foi defendida em 2006, sob orientação de Márcia Maria Valle Arbex.[3]
Desde 2005 escreve para seu blog pessoal Escrevo ao Vivo. Alguns dos poemas foram lançados em 2016, em livro de mesmo nome.[4] Fundou a editora Quarto Setor, com sede na capital mineira.[1]
Crítica
[editar | editar código-fonte]Para Adélcio de Sousa Cruz:
"a definição que caberia à poesia de Anízio Vianna esbarra com certeza nas fronteiras da complexidade. Antes, porém, devemos deixar em evidência os pontos mais fortes: seus poemas estão intimamente ligados à sua vida, à memória de seu trajeto pessoal e coletivo, tanto como artista quanto como indivíduo. Sua obra traz a marca distintiva que se apresenta também na arte afrodescendente. O segundo elemento é a cena urbana, o poeta desilustra seus versos com as contradições da cidade, a exemplo de Flores do mal, do francês Charles Baudelaire, uma poesia urbana. Entretanto, preferimos arriscar o adjetivo anti-urbe. E esclarecemos o porquê: ao evidenciar as contradições da cidade, coloca sob o olhar do leitor as demarcações étnico-econômicas e não o faz de maneira gratuita ou ilustrativa. O terceiro destaque, a despeito da posição que escolhemos, não é mero reflexo dos dois anteriores: a sintaxe que compõe sua estética, seu estilo, seu texto enfim. Em quarto lugar devemos nos remeter à intensa carga narrativa e musical de seus poemas. Narra para constituir novamente tanto a origem de sua linguagem quanto de sua des-linhagem étnica".[1]
Prêmios
[editar | editar código-fonte]Em 1996 ficou em primeiro lugar na categoria poesia, em um concurso patrocinado pela Revista de Literatura da Universidade Federal de Minas Gerias, no mesmo ano recebeu o Prêmio Literário Cidade de Belo Horizonte.[1]
Em 2002 recebeu a menção de honra do Prémio la Rosa de San Jorge, pelo Centro Brasil Espanha.[1]
Obras
[editar | editar código-fonte]Livros
[editar | editar código-fonte]- Dublê de anjo, 1996.[1]
- Itinerário do amor urbano, 1998.[1]
- Do amor como ilícito, 2011.[1]
- Escrevo ao vivo, 2016.[1]
- Circo-Saudade, 2016.[4]
- Poesia Breve, 2016.[4]
- Maqueta, 2020.[4]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d e f g h i j k l «Anízio Vianna - Literatura Afro-Brasileira». www.letras.ufmg.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2024
- ↑ «ANIZIO VIANNA – POESIA DOS BRASIS – MINAS GERAIS – poesia negra afrodescendente – poesia e música». www.antoniomiranda.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2024
- ↑ «Rappers: poesia, oralidade e performance. 2005». scholar.google.com. Consultado em 20 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d «Anizio Vianna». Anizio Vianna. Consultado em 20 de fevereiro de 2024