Allobates olfersioides
Allobates olfersioides | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Vulnerável (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||
Allobates olfersioides (Lutz, 1925) | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
|
Allobates olfersioides[2] é uma espécie de anfíbio da família dos aromobatídeos (Aromobatidae). Endêmica do Brasil, pode ser encontrada na região costeira de Mata Atlântica em 11 locais no estado do Rio de Janeiro.
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]O Allobates olfersioides é endêmico do Brasil e habita o estado do Rio de Janeiro, onde foi avistado em 11 localidades, como a atual Floresta Nacional Mario Xavier, que é sua localidade-tipo, o Parque Nacional Serra da Bocaina e a Reserva Biológica Tinguá. A sua extensão de ocorrência, calculada utilizando o mínimo polígono convexo a partir dos pontos de registros, é de 7 722 quilômetros quadrados. Todos os registros de sua presença, contudo, são históricos. Nos últimos 30 anos, dada a enorme degradação de seu habitat, e apesar dos esforços de recolha, não foram encontrados novos espécimes.[3]
Comportamento
[editar | editar código-fonte]O Allobates olfersioides é diurno, terrícola e de floresta. Se abriga no folhiço e seus girinos se desenvolvem em ninhos terrestres úmidos antes de serem levados por seus pais para poças marginais e córregos. Segundo os relatos de expedições anteriores, foram encontradas fêmeas prenhas nos meses de fevereiro, abril, agosto e setembro, o que pode indicar ciclo reprodutivo contínuo ao longo do ano.[3]
Conservação
[editar | editar código-fonte]Praticamente todo seu habitat foi severamente perdido. Há registro de infestação de fungo quitrídio em material do museu em Tinguá, mas é indeterminado que seja a causa do declínio populacional do Allobates olfersioides. A espécie habita área sob abrigo do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Herpetofauna do Sudeste da Mata Atlântica, que foi implementado em 2014 sob coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[3]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Allobates alagoanus, Allobates capixaba e Allobates carioca, antes considerados como espécies distintas, foram sinonimizados com o Allobates olfersioides em 2007.[4] No entanto, essa decisão não foi consensual e alguns consideram que apenas A. carioca seja sinônimo de A. olfersioides, com A. alagoanus e A. capixaba (sapinho-da-mata) se configurando como espécies distintas.[3] Sendo o caso, os sinônimos Phyllobates alagoanus e Colostethus alagoanus pertenceriam a A. alagoanus,[5] enquanto Phyllobates capixaba e Colostethus capixaba pertenceriam a A. capixaba.[6]
Referências
- ↑ Vanessa Verdade (2010). «Allobates olfersioides». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2010: e.T55122A11255268. doi:10.2305/IUCN.UK.2010-2.RLTS.T55122A11255268.en. Consultado em 17 de abril de 2022
- ↑ Frost, D. R. (2014). «Allobates olfersioides». Amphibian Species of the World: an Online Reference. Col: 6.0. Nova Iorque: Museu Americano de História Natural. Consultado em 17 de abril de 2022
- ↑ a b c d Haddad, Célio Fernando Baptista; Segalla, Magno Vicente; Bataus, Yeda Soares de Lucena; Uhlig, Vívian Mara; Batista, Flávia Regina de Queiroz; Garda, Adrian; Hudson, Alexandre de Assis; Cruz, Carlos Alberto Gonçalves da; Strüsmann, Christiane; Brasileiro, Cínthia Aguirre; Silvano, Débora Leite; Nomura, Fausto; Pinto, Hugo Bonfim de Arruda; Amaral, Ivan Borel; Gasparini, João Luiz Rosetti; Lima, Leôncio Pedrosa; Martins, Márcio Roberto Costa; Hoogmoed, Marinus Seteven; Colombo, Patrick; Valdujo, Paula Hanna; Garcia, Paulo Christiano de Anchieta; Feio, Renato Neve; Brandão, Reuber Albuquerque; Bastos, Rogério Pereira; Caramaschi, Ulisses (2010). «Avaliação do Risco de Extinção de Allobates olfersioides (A. Lutz, 1925), no Brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 17 de abril de 2022
- ↑ Verdade, V.K.; Rodrigues, M.T. (2007). «Taxonomic review of Allobates (Anura, Aromobatidae) from the Atlantic Forest, Brazil». Journal of Herpetology. 41: 566-580
- ↑ Haddad, Célio Fernando Baptista; Segalla, Magno Vicente; Bataus, Yeda Soares de Lucena; Uhlig, Vívian Mara; Batista, Flávia Regina de Queiroz; Garda, Adrian; Hudson, Alexandre de Assis; Cruz, Carlos Alberto Gonçalves da; Strüsmann, Christiane; Brasileiro, Cínthia Aguirre; Silvano, Débora Leite; Nomura, Fausto; Pinto, Hugo Bonfim de Arruda; Amaral, Ivan Borel; Gasparini, João Luiz Rosetti; Lima, Leôncio Pedrosa; Martins, Márcio Roberto Costa; Hoogmoed, Marinus Seteven; Colombo, Patrick; Valdujo, Paula Hanna; Garcia, Paulo Christiano de Anchieta; Feio, Renato Neve; Brandão, Reuber Albuquerque; Bastos, Rogério Pereira; Caramaschi, Ulisses (2010). «Avaliação do Risco de Extinção de Allobates alagoanus (Bokermann, 1967), no Brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 17 de abril de 2022
- ↑ Haddad, Célio Fernando Baptista; Segalla, Magno Vicente; Bataus, Yeda Soares de Lucena; Uhlig, Vívian Mara; Batista, Flávia Regina de Queiroz; Garda, Adrian; Hudson, Alexandre de Assis; Cruz, Carlos Alberto Gonçalves da; Strüsmann, Christiane; Brasileiro, Cínthia Aguirre; Silvano, Débora Leite; Nomura, Fausto; Pinto, Hugo Bonfim de Arruda; Amaral, Ivan Borel; Gasparini, João Luiz Rosetti; Lima, Leôncio Pedrosa; Martins, Márcio Roberto Costa; Hoogmoed, Marinus Seteven; Colombo, Patrick; Valdujo, Paula Hanna; Garcia, Paulo Christiano de Anchieta; Feio, Renato Neve; Brandão, Reuber Albuquerque; Bastos, Rogério Pereira; Caramaschi, Ulisses (2010). «Avaliação do Risco de Extinção de Allobates capixaba (Bokermann, 1967), no Brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 17 de abril de 2022