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Ill Bethisad

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Ill Bethisad (que significa "O Universo" na língua fictícia Brithenig) é um projeto colaborativo de história alternativa criado em 1997 pelo neozelandês Andrew Smith e que hoje já conta com 70 participantes.[1][2]

O projeto, originalmente chamado de Projeto Brithenig, possui um caráter bastante enciclopédico, com línguas construídas, mapas, bandeiras, curtas-metragens e descrições das culturas, religiões e tecnologias da linha do tempo alternativa, além de histórias que se passam nela. Ill Bethisad pode ser considerado do gênero steampunk devido ao uso prevalente de tecnologias do século XIX e inexistência das tecnologias digitais modernas.

Pontos de divergência

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O principal ponto de divergência de Ill Bethisad é um Império Romano mais forte. No entanto, a maior parte da história geral ocorre de forma similar à do mundo real, o que faz com que vários países e regiões tenham seus próprios pontos de divergência separados, entre os quais:[3]

No geral, há mais países independentes que no mundo real, e monarquias constitucionais, federações, colônias e condomínios são muito mais comuns.[5]

Na história de Ill Bethisad, línguas extintas ou minoritárias como o catalão, o baixo-alemão e gótico da Crimeia, entre outras, tornaram-se bem mais faladas e distribuídas em suas respectivas regiões que na história do mundo real. Além disso, tecnologias que caíram em desuso ou não se desenvolveram no nosso mundo são exploradas e amplamente utilizadas.[9] Por exemplo, zepelins e ecranoplanos ainda estão em uso tanto no meio militar como civil. Por outro lado, a computação ainda está engatinhando e não há nenhum Vale do Silício na América do Norte, ainda que centros de tecnologia da informação existam na Irlanda.

Línguas alternativas

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Línguas artificiais desempenham um papel importante em Ill Bethisad. Pode-se dizer que o projeto seja um caldeirão, se não o berço, de um subgênero inteiro de línguas artificiais: as línguas alternativas. Até o presente momento, já foram criadas para o projeto mais de trinta línguas em níveis variados de construção.[10] Entre elas estão o Brithenig, uma língua latina com influências celtas (principalmente o galês) que surgiu nas Ilhas Britânicas no lugar do inglês,[11][12][13] Wenedyk (que é o resultado de um polonês derivado do latim),[14][15][16] boêmio (Pémišna: tcheco germanizado),[5] dálmata (uma língua latina similar ao romeno baseada na língua extinta de mesmo nome), xliponiano (língua latina que lembra superficialmente o albanês, falada na região correspondente a Epiro) e várias línguas eslavas "setentrionais", semelhantes ao finlandês, faladas na região da Carélia.[17][9]

O nome Ill Bethisad, por sua vez, significa "o universo" em Brithenig. É um calque da palavra galesa bydysawd, que vem do latim baptizatum (a mesma palavra que deu origem a "batizado" em português).

Vários idiomas do nosso mundo também são de algum modo diferentes em Ill Bethisad. Já outros, tais como o alemão, o italiano e o russo, parecem ser exatamente iguais. Em muitos casos, como os do espanhol, inglês e japonês, as mudanças são ligeiras e afetam, sobre tudo, a ortografia e as latinizações. Um exemplo é a língua da Galícia, que é chamada de ruteno (em vez de ucraniano) e é escrito com o alfabeto polonês em vez de cirílico.[18] Já outras mudanças são mais drásticas: o croata do mundo de Ill Bethisad, por exemplo, é uma língua eslava inventada muito mais próxima do tcheco do que do croata do nosso mundo,[19] e o dálmata dessa linha do tempo parece ter muito mais influência eslava.

Ligações externas

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Referências

  1. bethisad.com
  2. The Dictionary of Made-Up Languages: From Elvish to Klingon, The Anwa, Reella, Ealray, Yeht (Real) Origins of Invented Lexicons by Stephen D Rogers
  3. Ytterbion's Rules of Creation
  4. «Republic of the Two Crowns». Steen.free.fr. Consultado em 21 de dezembro de 2013 
  5. a b c Jan Oliva, Virtuální vlasnictví (diplomová práce), Hradec Králové 2006, p. 6.
  6. «RUSSIA in Ill Bethisad». Steen.free.fr. Consultado em 21 de dezembro de 2013 
  7. «History of Castile and Leon - IBWiki». Ib.frath.net. Consultado em 21 de dezembro de 2013 
  8. Jakub Kowalski, Wymyślone języki, em: Relaz.pl, 2 de março de 2007.
  9. a b Jan Havliš, "Výlet do Conlangey", in: Interkom, 2008/3 (243), pp. 17-21.
  10. «IB Languages - IBWiki». Ib.frath.net. 12 de abril de 2012. Consultado em 21 de dezembro de 2013 
  11. Sarah L. Higley. Audience, Uglossia, and CONLANG: Inventing Languages on the Internet. M/C: A Journal of Media and Culture 3.1 (2000).
  12. Arika Okrent, In the Land of Invented Languages: Esperanto Rock Stars, Klingon Poets, Loglan Lovers, and the Mad Dreamers Who Tried to Build a Perfect Language, 2009, str. 321.
  13. Mikael Parkvall, Limits of Language. Almost Everything You Didn't Know You Didn't Know about Language and Languages, 2008, p. 131.
  14. Dorota Gut, : Now@ Mow@ ("New Language"), in: Wiedza i Życie, February 2004.
  15. Ziemowit Szczerek, Świat, gdzie Polska nie jest Polską, em: Interia.pl, 26 de setembro de 2008.
  16. Anna-Maria Meyer, Wiederbelebung einer Utopie: Probleme und Perspektiven slavischer Plansprachen im Zeitalter des Internets, p. 266, 2014, ISBN 9783863092337
  17. Tilman Berger, Vom Erfinden Slavischer Sprachen, in: M. Okuka & U. Schweier, eds., Germano-Slavistische Beiträge. Festschrift für P. Rehder zum 65. Geburtstag, München 2004, pp. 24-25.
  18. «Hołowna Storinka - IBWiki». Ib.frath.net. Consultado em 21 de dezembro de 2013 
  19. «Croatian - IBWiki». Ib.frath.net. Consultado em 21 de dezembro de 2013