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Voo Spanair 5022

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Voo Spanair 5022
Voo Spanair 5022
A aeronave envolvida em julho de 2008, um mês antes da queda
Sumário
Data 20 de agosto de 2008
Causa
Local Espanha Aeroporto de Madrid-Barajas, Espanha
Coordenadas 40° 29′ 03″ N, 3° 34′ 00″ O
Origem Aeroporto de Madrid-Barajas
Destino Aeroporto de Gran Canária
Passageiros 162
Tripulantes 10
Mortos 153
Feridos 19
Sobreviventes 19
Aeronave
Modelo McDonnel Douglas MD-82
Operador Espanha Spanair
Prefixo EC-HFP

O voo JK 5022 da Spanair foi uma rota comercial de passageiros entre o aeroporto de Barajas em Madrid e a ilha de Gran Canária. Em 20 de agosto de 2008 a aeronave que operava essa rota, um modelo McDonnel Douglas MD-82, sofreu um acidente, causando a morte de 153 dos 172 ocupantes. A aeronave caiu imediatamente após decolar da pista 36L do Aeroporto de Barajas.

Serviços de emergência no local do acidente

Primeiro acidente com mortes na história da Spanair, foi o pior desastre aéreo ocorrido no continente espanhol desde o acidente com o voo Iberia 610 em 19 de fevereiro de 1985.[1][2] Já o pior acidente aéreo de todo o território espanhol foi o Desastre de Tenerife, em 27 de março de 1977 na ilha de Tenerife, considerado também o maior desastre aéreo da história, com 583 mortes.

Esquema do local do acidente

O acidente ocorreu devido a um erro dos pilotos em não acionar os flapsslats, conforme exigido para a decolagem. Sem o uso destes dispositivos as asas não poderiam gerar elevação suficiente para manter a aeronave no ar durante a decolagem.[3] A aeronave saiu do solo momentaneamente, rolou para a direita, e impactou o chão ao lado da pista. 

O acidente ocorreu na segunda tentativa de decolagem. Uma hora antes, os pilotos tinham abortado uma decolagem porque um sensor indicou temperaturas excessivas em uma entrada de ar, e o avião voltou ao pátio para verificação do problema. Esse sensor foi desativado no solo (segundo se informa um procedimento estabelecido) e outra decolagem foi então tentada,[4] durante o qual o acidente ocorreu.

O MD-82 possui um sistema de aviso de decolagem que deveria ter alertado os pilotos de que o avião não estava corretamente configurado para a decolagem. No entanto, o aviso não soou pois o mesmo sensor que foi desativado era o responsável por acionar o alarme de configuração de decolagem.

A tripulação perdeu o controle da aeronave devido a um estol imediatamente depois da decolagem, como consequência de uma configuração inadequada das superfícies de controle de voo flaps e slats, depois de uma série de erros e omissões, combinados com a ausência do aviso de configuração de decolagem inadequada. A tripulação não identificou os avisos de estol e não corrigiu a situação após a decolagem, retardando momentaneamente a aceleração dos motores. Os ângulos de inclinação não foram corrigidos, levando a um incremento da condição de estol e consequente perda de controle. A tripulação não foi capaz de detectar o erro de configuração porque negligenciou a lista de verificação (check-list), com as etapas de seleção e verificação das posições dos flaps e slats antes da decolagem.[5]

Referências

  1. «Pior acidente aéreo na Espanha desde 1985 deixa mais de 100 mortos». IG. 20 de agosto de 2008. Arquivado do original em 29 de setembro de 2018 
  2. «Spanish plane that crashed had overheated valve» (em inglês). Associated Press. 21 de agosto de 2008. Arquivado do original em 2 de setembro de 2008 
  3. «Aircraft crew blamed for Spanair jet crash which killed 154». Mail Online 
  4. «BBC NEWS | Europe | Many dead in Madrid plane crash». news.bbc.co.uk (em inglês). Consultado em 26 de fevereiro de 2017 
  5. Relatório final

Ligações externas

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