Itália
República Italiana Repubblica Italiana | |
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Hino: Fratelli d'Italia | |
Localização da Itália (em vermelho) No continente europeu (em castanho claro e branco) Na União Européia (em castanho claro) | |
Capital | Roma 41º51' N 12º29' E |
Cidade mais populosa | Roma |
Língua oficial | Italiano 1 |
Gentílico | Italiano |
Governo | República parlamentarista |
• Presidente | Giorgio Napolitano |
• Primeiro-ministro | Silvio Berlusconi |
Formação | |
• Unificação | 17 de março de 1861 |
• República | 2 de junho de 1946 |
Área | |
• Total | 301.230 km² (69.º) |
• Água (%) | 2,4 |
População | |
• Estimativa para 2005 | 58.863.156 hab. (22.º) |
• Censo 2001 | 57.110.144 hab. |
• Densidade | 195 hab./km² (54.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2007 |
• Total | US$ 1,993 trilhões dólares(7.º) |
• Per capita | US$ 28,760 dólares (21.º) |
IDH (2003) | 0,940 (17.º) – alto |
Moeda | Euro2 (EUR) |
Fuso horário | CET (UTC+1) |
• Verão (DST) | CEST (UTC+2) |
Cód. ISO | ITA |
Cód. Internet | .it 3 |
Cód. telef. | +39 |
Website governamental | www.italia.gov.it |
1 alemão e ladino no Tirol do Sul, esloveno no Friuli-Venezia Giulia e francês no Vale de Aosta. 2 Antes de 1999: Lira italiana 3 o domínio .eu também é utilizado juntamente com os outros Estados Membros da União Européia. |
A Itália é um país europeu, localizado no sul do continente, ocupando a quase totalidade da Península Itálica, mais as ilhas da Sardenha e Sicília. A capital da Itália é Roma, que é também a maior cidade do país. Ela compreende o vale do rio Pó, a Península Itálica e as duas maiores ilhas no mar Mediterrâneo, a Sicília e a Sardenha. Possui o formato aproximado de uma bota e por esse motivo os italianos comumente chamam-na de "lo stivale" ("a bota"), ou la Penisola ("a Península" como uma antonomásia). A fundação do Estado italiano moderno remonta à Unificação, completada em 1870. O Estado italiano é atualmente uma república parlamentarista.
A Itália compartilha o seu limite alpino do norte com a França, a Suíça, a Áustria e a Eslovênia. O país também compartilha uma fronteira marítima através do mar Adriático com a Croácia e a Eslovênia e através do Mar Lígure com a França. Os estados independentes de San Marino e a Cidade do Vaticano são enclaves no território italiano. Também pertence ao país a comuna de Campione d'Italia, um enclave no território da Suíça de língua italiana. O país inclui 92% da região física italiana, delimitada convencionalmente pelo divisor de águas alpino; além dos enclaves supracitados, os territórios seguintes não pertencem ao país: o Principado de Mônaco, Nice com Briga e Tenda, algumas listras dos Alpes próximas à fronteira francesa (Monginevro, Moncenisio e Piccolo San Bernardo), a Suíça de língua italiana (Cantão Tessino e alguns vales de Grigioni), a península da Ístria e uma parte de Friuli-Venezia Giulia, a ilha da Córsega e o arquipélago de Malta.
A Itália foi a terra de convivência de muitas civilizações européias bem conhecidas e influentes, inclusive os etruscos, os gregos e os romanos. Sua capital Roma tem sido uma cidade global historicamente importante, sobretudo como o núcleo da Roma antiga e da Igreja Católica. Há mais de 3000 anos, a Itália experimentou migrações e invasões de povos celtas, sarracenos, normandos, plantagenetas, germanos, francos, lombardos e gregos bizantinos, seguidas ao período da Renascença italiana, no qual as Guerras Italianas se realizaram e várias cidades-estado foram observadas para as suas realizações culturais. A Itália foi dividida em muitos estados independentes e muitas vezes experimentava a dominação estrangeira, antes da unificação italiana se realizar, criando a Itália como um estado-nação independente pela primeira vez em sua história. Durante o período sob a monarquia italiana e durante as duas guerras mundiais a Itália experimentou muitos conflitos, mas a estabilidade político-econômica foi restaurada após a proclamação da República Italiana.
A Itália é chamada "il Belpaese" ("belo país", em italiano) pelos seus habitantes, devido à beleza e a variedade das suas paisagens e por ter o maior patrimônio artístico do mundo; o país é a pátria do maior número de patrimônios mundiais da UNESCO (41 desde 13 de julho de 2006).
A Itália é um país desenvolvido com o 7º PIB mais alto em 2006, um membro do G8 e um membro de fundação do que é agora a União Européia, tendo assinado o Tratado de Roma em 1957.
Os habitantes da Itália referem-se como italianos (italiano: italiani ou poeticamente italici).
Origem e história do nome
Quando a hegemonia etrusca ia chegando a seu ocaso com a expansão dos latinos, os povos do Sul, em particular os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da Península Itálica possuíam um numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o acusativo ‘vitluf’ (aos bezerros) deu lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra proveniente de vitulos (bezerro de entre um e dois anos). Estas palavras se derivaram do indo-europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de ‘wet-‘ (ano), também presente em veterano e veterinário.
O gado vacum era tão importante para esses povos que adotaram como emblema a imagem de um touro jovem, que aparece em algumas moedas da época, com o nome de vitalos, que em pouco tempo converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as tribos do Sul e que com o tempo incluiu também os latinos.
Até meados do século I, Itália era usado em latim para designar a Península, e ‘itali – orum’ para seus habitantes.
História
O nome Itália vem da Roma Antiga. Os romanos chamavam o sul da península italiana de Italia, que significa "terra de bois" ou "terra de pastos".
Esta região influenciou bastante o desenvolvimento cultural e social de toda a Europa mediterrânea, bem como teve muita influência sobre a cultura europeia. Importantes culturas e civilizações existiram na região desde tempos pré-históricos. Importantes civilizações incluem a Magna Grécia e a civilização etrusca, que dominaram esta parte do mundo durante séculos, e especialmente o Império Romano, que estendeu seus limites sobre a maior parte do continente europeu, o norte da África e o Oriente Médio.
Após a queda do Império Romano do Ocidente em 476, a província italiana foi governada por uma série de reis bárbaros, até ao século VI, quando os Estados Papais foram criados, com a capital em Roma, sob o comando da Igreja Católica. Em 776, a Lombardia foi conquistada por Carlos Magno, que foi coroado imperador da Lombardia e do Sacro Império Romano-Germânico em 800, pelo Papa Leão III.
A partir do século X, as cidades do norte do que hoje é a Itália passaram a ficar mais independentes entre si, tornando-se centros políticos importantes. Tornando-se cidades-estados, ao longo da Idade Média e do Renascimento, exerceriam grande influência sobre o panorama cultural e econômico do continente europeu. O Estado de San Marino é um remanescente dessas cidades-estado.
A Itália tornou-se uma nação unida em 17 de Março de 1861, quando a maior parte das cidades-estado foram unidas sob o comando do rei da Sardenha-Piemonte, Vítor Emanuel II. Os arquitetos da Unificação italiana foram o Conde de Cavour, o ministro-chefe de Vítor Emanuel, e Giuseppe Garibaldi, um general e herói italiano. Roma ficaria sob o comando do Papado por mais uma década, até 20 de Setembro de 1870. O Vaticano é um país independente, um enclave totalmente cercado pela cidade de Roma, e um remanescente dos antigos Estados Papais.
O governo ditatorial de Benito Mussolini, iniciado em 1922, culminou com uma aliança com a Alemanha e o Japão, e a consequente formação do Eixo, que levaria à derrota italiana na Segunda Guerra Mundial. Em 2 de Junho de 1946, um referendo resultou na abolição da monarquia e na instalação de uma república, que culminou com a adoção de uma nova constituição em 1 de Janeiro de 1948.
A Itália foi um membro fundador da OTAN, fundada em 4 de Abril de 1949, e da União Européia, criada entre 1952 e 1958. Em 14 de Dezembro de 1955, a Itália tornou-se um membro da Organização das Nações Unidas. O país, desde então, juntou-se à crescente unificação econômica e política da Europa Ocidental. Um exemplo disto foi a introdução do Euro como moeda oficial do país, em 1999, substituindo a antiga lira italiana.
Emigração italiana
A emigração italiana foi um fenômeno social iniciado nas últimas décadas do século XIX e que continuou importante até os primeiros anos do século XX.
Imigração italiana no Brasil
No final do século XIX houve o primeiro grande movimento migratório de italianos em direção ao Brasil, uma parte dos quais se dirigiu ao estado de São Paulo, constituído de colonos que vieram trabalhar na colheita do café e outra parte que se dirigiu ao estado do Rio Grande do Sul, estabelecendo-se como pequenos agricultores. A imigração italiana foi massiva durante os anos que se seguiram e as famílias de colonos formam parte da população brasileira, deixando marcas na cultura e até os dias atuais.
Política
A Constituição italiana de 1948[1] estabeleceu um parlamento bicameral, que consiste de uma Câmara dos Deputados (Camera dei Deputati) e de um Senado (Senato della Repubblica) bem como um sistema judiciário; e um sistema executivo composto de um Conselho de Ministros (Consiglio dei ministri), liderado pelo primeiro-ministro (Presidente del consiglio dei ministri). O presidente da república (Presidente della Repubblica) é eleito para mandatos de sete anos de duração pelo parlamento, juntamente com um certo número de delegados regionais. O presidente escolhe o primeiro-ministro, e este propõe os outros ministros, que são aprovados pelo presidente. O Conselho de Ministros precisam ter apoio (fiducia - confiança) de ambas as casas do parlamento.
Os deputados que são eleitos para o parlamento são eleitos diretamente pela população. De acordo com a legislação italiana de 1993, a Itália tem membros únicos de cada distrito do país, para 75% dos postos no parlamento. Os outros 25% dos postos parlamentares são distribuídos regularmente. A Câmara dos Deputados possui oficialmente 630 membros (mas de fato, são apenas 619 depois das eleições italianas de 2001). O Senado é composto por 315 senadores, eleitos pelo voto popular, bem como ex-presidentes e outras pessoas (não mais que cinco), indicadas pelo presidente da república, de acordo com provisões constitucionais especiais. Ambos, a Câmara de Deputados e o Senado, são eleitos para um mandato de no máximo cinco anos de duração, mas eles podem ser dissolvidos antes do término do mandato. Leis podem ser criadas na Câmara de deputados ou no Senado, e para serem aprovadas, precisam da maioria em ambas as Câmaras.
O sistema judiciário italiano é baseado nas leis romanas, modificadas pelo Código Napoleônico e outros estatutos adicionados posteriormente. Há também uma corte constitucional (Corte Costituzionale), uma inovação pós-segunda guerra mundial.
Subdivisões
Regiões
Cinco regiões possuem um estatuto especial (Friuli-Venezia Giulia, Sardenha, Sicília, Trentino-Alto Ádige, e Vale de Aosta), o que lhes garante mais ampla autonomia para legislar sobre diversas matérias que não sejam de monopólio estatal. Estas cinco regiões são autônomas por fatores culturais, lingüísticos e geográficos.
Cada região tem um conselho (consiglio regionale, na Sicília assemblea regionale) eleito e uma junta (giunta regionale) encabeçada por um presidente. A junta é responsável pelo conselho e deve renunciar se falhar em manter a sua confiança.
As quinze regiões de estatuto ordinário foram estabelecidas por várias leis em 1970 e elas serviam prioritariamente para descentralizar a máquina de governo do Estado. Depois duma reforma da constituição em 2001, as competências legislativas das regiões de estatuto ordinário foram ampliadas e os controlos estatais foram significativamente reduzidos senão completamente borrados, como o comissário do governo central.
A autonomia regional (federalismo) tem sido um assunto dos políticos italianos em anos recentes, sem dúvida ajudado pelo surgimento de partidos tais como a Liga Norte.
Durante o governo de Silvio Berlusconi, o parlamento aprovou uma nova reforma constitucional que garantiria às regiões outros poderes, em particular nas matérias da educação e da saúde, em geral federalizando o sistema institucional italiano. Mas para entrar em vigor a reforma deveria também ser aprovada por um referendum popular, e neste referendum a reforma foi derrotada.
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Itália setentrional : Itália nordestina |
Itália central Itália meridional |
Itália insular
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*Províncias instituídas e em fase de ativação.
Províncias
Províncias com mais de 1 000 000 de habitantes
Cidades
A Itália possui três cidades acima de 1 000 000 de habitantes, dentre elas Roma, a capital, e Milão, a mais rica cidade da Itália. O país também apresenta outras cidades importantes como Gênova, Veneza, Florença e Bolonha. As cinco cidades mais populosas são:
Regiões metropolitanas
Área metropolitana | Número de habitantes | Classificação Mundial | Classificação européia |
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Milão | 4.282.280 | 84° | 10° |
Nápoles | 3.803.753 | 97° | 13° |
Roma | 3.695.467 | 104° | 15° |
Turim | 1.688.857 | 245° | 38° |
Bari | 1.363.000 | 264° | 42° |
Palermo | 996.767 | 452° | 74° |
Florença | 866.322 | 511° | 83° |
Catânia | 859.559 | 518° | 84° |
Gênova | 695.058 | 624° | 104° |
Bolonha | 564.674 | 747° | 127° |
Geografia
A maior parte da Itália está localizada na Península Itálica, no continente europeu, e onde dois enclaves independentes estão localizados: a República de San Marino e o Vaticano. As ilhas de Sicília, Sardenha e Elba também fazem parte da Itália. A Itália limita-se ao norte com Suíça e com Áustria, a leste com a Eslovénia, com o Mar Adriático (através do qual contacta também com a Croácia, Montenegro, Albânia, e com o Mar Jónico, que a separa da Grécia. A Itália limita-se a sul com o Mar Mediterrâneo (incluindo o Canal de Malta que separa a Sicília de Malta), com o Mar Tirreno e com o Mar da Ligúria (ambos separando o território peninsular das ilhas da Sicília e Sardenha e da ilha francesa da Córsega). Finalmente, a Itália limita-se ao oeste com a França. O terreno italiano é bastante acidentado, com os Apeninos formando o esqueleto central da península. O ponto mais alto do Itália é o Monte Branco, com seus 4810 metros, mas dois vulcões estão mais associados com o país: o Monte Etna, na Sicília, e o Monte Vesúvio, perto de Nápoles. Na cultura popular é comum associar o formato político-geográfico da Itália a uma bota (em italiano "stivale").
Clima
O clima da Itália varia de região para região. O norte italiano (Milão, Turim e Bolonha) tem um clima continental, quando ao sul de Florença apresenta o clima mediterrânico. O clima das áreas litorâneas da península é muito diferente do interior, particularmente nos meses de inverno. As áreas mais elevadas são frias, úmidas e frequentemente recebem a precipitação de neve. As regiões litorâneas tem um clima mediterrâneo típico com invernos suaves e verões quentes, geralmente secos. Há diferenças notável nas temperaturas, sobretudo durante o inverno: em certos dias em Dezembro ou Janeiro pode nevar em Milão a -2°C, quando em Palermo ou Nápoles as temperaturas estão em +12°C. Certas manhãs Turim pode amanhecer com -12°C, quando no mesmo tempo Roma se encontra com +6°C e Reggio Calabria +10°C. No verão a diferença é mais clara, a costa leste não está tão úmida como a costa ocidental, mas no inverno está geralmente mais fria.
Também a altitude influencia fortemente o clima e as temperaturas médias. Cidades meridionais como Potenza (na Basilicata), Campobasso (no Molise) ou Enna (na Sicília) tem invernos rigorosos e temperaturas médias bastante inferiores a outras localidades costeiras das mesmas regiões.
Nos meses de inverno os Apeninos recebem neve regularmente.
A Itália é sujeita a condições altamente diversificadas no outono, inverno, primavera, quando o verão é geralmente mais estável mesmo nas cidades do norte, como Turim, Milão, Pavia, Verona ou Udine pode vir chuvas durante o dia. Já ao sul de Florença, o verão é tipicamente seco e ensolarado. Entre novembro e março o Vale do rio Pó é frequentemente coberto pela neve, sobretudo a zona central (Pavia e Cremona). A neve é comum entre dezembro e fevereiro em cidades como Turim, Milão e Bolonha, nos últimos invernos (2005 - 2006), Milão recebeu aproximadamente 70/80cm de neve, Como em torno de 1m, Pavia 50cm, Trento 1,60m, Vicenza em torno de 45cm, Bolonha em torno de 30cm e Piacenza ao redor de 80cm. Geralmente o mês mais quente é agosto no sul, e julho no norte. Nesses meses os termômetros podem marcar 42°C no sul e 33°C no norte. O mês mais frio é janeiro, com médias no Vale do Rio Pó de 0°C, Florença 5°C/6°C, Roma 7°C/8°C. As temperaturas podem chegar na manhã a -14°C no Vale do Rio Pó, -5°C/-6°C em Florença, -4°C em Roma, -2° em Nápoles e em Palermo pode chegar a 1°C.
Relevo
A Itália possui um relevo variado. Tem altas cordilheiras ao norte, com o ponto culminante, o Monte Branco com 4810m. Possui montanhas altas ao longo da península, com os Apeninos que formam o esqueleto italiano. Também possui planícies, como a do Pó. Dois grandes vulcões ativos existem no país: Etna e Vesúvio.
Apeninos
Os Apeninos (em italiano Appennini) estendem-se por 1000 quilômetros do norte ao sul da Itália ao longo da costa leste, formando a coluna dorsal do país. Deram seu nome à Península Apenina, que forma a maior parte da Itália. As montanhas são verdes e arborizadas, apesar de um lado do pico mais elevado, o Corno Grande (2912 metros), ser parcialmente coberto pela geleira mais meridional da Europa. As elevações mais a leste, perto do Mar Adriático, são abruptas, enquanto que as do oeste formam uma planície onde se localizam a maior parte das cidades históricas italianas.
Gran Sasso
Gran Sasso (italiano para pedra grande), é um maciço localizado na região de Abruzzo da Itália central. Também é a peça central do parque nacional chamado Parco Nazionale del Gran Sasso e Monti della Laga (estabelecido em 1991). A cidade mais próxima é L'Aquila. O pico mais alto de Gran Sasso é Corno Grande, com 2.912 m de altura.
Planície do Rio Pó
O Rio Pó é o maior rio italiano, passando por muitas cidades importantes, incluindo Turim, e ainda nas proximidades de Milão – nesta última cidade o rio penetra em uma rede de canais chamados "navigli". Perto do fim do seu curso, o rio dá lugar a um grande delta, com centenas de pequenos canais e cinco cursos fluviais principais, chamados Po di Maestra, Po della Pila, Po e Gália Transpadana (a Norte do Pó); em italiano, o vale é chamado de "Pianura Padana".
Vulcões
O terreno italiano possuiu um grande número de vulcões.
Etna
O vulcão Etna é o mais ativo dos vulcões da Europa. Este vulcão está cheio de grandes achados arqueológicos de maravilhas vulcânicas. Situa-se em Itália, ilha Sicília. Situa-se também no rifte das placas tectónicas euro-asiática e a placa de África. O seu nome vem do grego Aitne, significa “que eu queimo”. Tem uma elevação de aproximadamente 11,000 pés (3.350 metros), dependendo das deformações da sua mais recente erupção.
Vesúvio
O Vesúvio é um vulcão do tipo composto, que expele material em fluxo intenso. Localiza-se em Nápoles, atingindo uma altura de 1.281 metros. Antes da tragédia de Pompéia em 79 d.C., o Vesúvio encontrava-se inativo havia 1500 anos. Só foram iniciadas escavações na região em [1738]]. Elas revelaram ruas, paredes de edifícios e até pinturas inteiras. Segundo Lacroix, é designado "Vulcano-estromboliano" porque umas vezes existem explosões com grande produção de cinzas e lava espessa (do tipo vulcaniano) e outras eclodem com magma fluido, poucas cinzas, mas muitos gases explosivos, projectando materiais sólidos (do tipo estromboliano). Segundo Scarth, é Pliniano, porque a sua lava é muito fragmentada e espalha-se por uma grande área, atingindo grande espessura (pode exceder os 100 km3 de volume). A coluna de gases e cinzas pode ter alguns quilômetros de altura. O Vesúvio é um vulcão misto, que se encontra em margens de placas destrutivas (margens convergentes), geralmente associados a arcos insulares e a cadeias de montanhas litorais. O magma, rico em sílica, tem essencialmente origem no material da própria placa. As lavas produzidas são muito viscosas e solidificam rapidamente, formando um relevo vulcânico com vertentes abruptas. Segundo outros autores o vulcão é considerado explosivo, mas tendo em conta que, ao longo do seu período de actividade, ocorreram erupções alternadas, é mais correcto designá-lo por misto.
Campi Flegrei
Campi Flegrei, apesar de ser pouco conhecido e não possuir uma montanha, esse vulcão de múltiplas crateras no oeste de Nápoles talvez represente um perigo maior que o Vesúvio caso entre em erupcão, devido ao gigantismo de sua caldeira.
Terremotos
Os fenômenos sísmicos constituem uma característica do terreno italiano. São ligados geralmente aos fenômenos dos vulcões. Nem todas as regiões italianas se sujeitam igualmente aos movimentos sísmicos. A região alpina é a que menos apresenta abalos sísmicos. São mais frequentes os terremotos desastrosos que acontecem na zona do Apeninos. Entre terremotos graves são recordados os de 1908, 1915, 1929, 1932, 1968, 1976, 1980, 1997 e 2002.
Ilhas
As ilhas da Itália apresentam interessantes sistemas montanhosos. A Sicília representa na realidade uma continuação dos Apeninos, além de possuir o único vulcão ativo da Europa, o Etna, com 3400m. As erupções mais violentas e com as maiores consequências para a população produziram-se no ano de 1669, destruindo parte da Catânia, em 1928. Sardenha não conta com nenhum vulcão, porém tem como caraterística o fato de que suas elevações procedem de um antigo maciço, o Tirrénido, que na maior parte encontra-se afundado. Os rios de ilhas são de caráter torrencial e sofrem graves acréscimos no inverno, enquanto que no verão aparecem totalmente secos. Sardenha e Elba são as maiores ilhas italianas.
Lagos
Vegetação
Quanto à vegetação, antes de tudo, deve-se evidenciar a quase nula ocorrência de incêndio na região, e assim o Parque de Sulcis, em geral, é uma das reservas de bosques mais preservadas da Sardenha. Prevalecem os bosques de azinheiro, sobreiro, as matas, em particular erica e medronheiro. No solo, encontram-se o viburno, samambaias, como a Asplenium onopteris L., o polipódio meridional, esplêndida florescência dos cíclames e numerosas espécies de cogumelos. Nas clareiras ou nas margens dos bosques mais frescos, se encontram freqüentemente cipós como a clematite Vitalba, conhecida como dedaleira vermelha e espécies farmacêuticas como a erva-cavalinha maro ou erva-gata. Nas regiões mais próximas aos torrentes, predominam as matas, tipo oleandro, os bosques de salgueiro vermelho e os bosques de amieiro. Este último na região de Is Frociddus e Perdu Melis, formando verdadeiros corredores de bosques, nos quais os mais freqüentes são o salgueiro de Arrigoniosmunda regale e erica tirrenica. A vegetação é diferente de lugar para lugar. No sul e centro predomina a vegetação mediterrânea, nas regiões mais altas do Apeninos a vegetação de altitude e no norte as florestas temperadas (árvores de folhas caducas).
Economia
A economia da Itália é Hoje a 10ª maior do mundo, e também a 4ª maior economia da Europa. [1], quando medida pelo seu PIB PPC. A economia italiana é altamente diversificada, possuíndo um rendimento total e per-capita próximo ao da França e do Reino Unido. Esta economia capitalista permanece dividida entre um norte altamente industrializado e desenvolvido, dominado por empresas privadas; e um sul dependente da agricultura, e menos desenvolvido, com uma taxa de desemprego de 20%. Por comparação com os vizinhos da Europa Ocidental, tem um grande número de Pequenas e Médias Empresas PMEs. A maior parte das matérias-primas necessárias à indústria e mais de 75% da energia são importadas.
Durante a última década, a Itália seguiu uma política fiscal apertada a fim de cumprir os critérios da União Económica e Monetária e beneficiou de taxas de juros e de inflação mais baixas, levando à adesão ao Euro desde o início, em 1999.
O desempenho econômico da Itália tem vindo a atrasar-se em relação aos seus parceiros da UE, e o actual governo pôs em prática numerosas reformas de curto prazo destinadas a aumentar a competitividade e o crescimento a longo prazo da economia. Apesar disso, tem andado devagar na implementação de reformas estruturais consideradas necessárias pelos economistas neoliberais, como a diminuição dos impostos, a flexibilização das leis que regem o mercado de trabalho e a reforma do sistema de pensões por causa do abrandamento económico em curso e da oposição dos sindicatos.
Demografia
A Itália é um país altamente urbanizado. As maiores cidades do país são Roma, Milão e Nápoles, cada uma com mais de um milhão de habitantes. A densidade populacional italiana é uma das mais altas da Europa, com 197 hab/km², tendo um total de 58.751.711 habitantes (2005).
A Itália possui uma taxa de crescimento populacional anual baixíssima, entre as menores do continente. Famílias que vivem no sul predominantemente agrícola possuem mais filhos do que famílias que vivem no norte industrializado.
Raças e etnias
Cerca de 95% da população italiana tem origem na península. Os italianos são descendentes de uma grande quantidade de povos que se estabeleceram na península itálica durante os séculos.
Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na região, incluindo, dentre vários, os povos latinos (a Oeste), os sabinos (no vale superior do Tibre), os úmbrios (no centro), os samnitas (no Sul), oscanos, entre outros, com os etruscos que se estabeleceram no centro do país, os gregos no Sul e os celtas no Norte.
Posteriormente, estabeleceram-se no Norte povos germânicos (ostrogodos, visigodos, lombardos) e, no Sul, os sarracenos (de origem árabe) e os normandos (de origem escandinava). Esses últimos deixaram uma menor influência na etnia italiana.
Nos últimos anos tem aumentado muito a imigração de pessoas de fora da União Europeia para a Itália, principalmente do leste europeu e norte da África. Estatísticas recentes indicam que 2.402.157 imigrantes vivam na hoje na Itália, representando 5% da população do país, notadamente oriundos da Albânia (316.659), Marrocos (294.945), Romênia (248.849), China (111.712), e Ucrânia (93.441).
Idioma
O idioma oficial é o italiano, falado por quase toda a população. O italiano padrão é uma língua derivada do dialeto da Toscana, sobretudo aquele falado na região de Florença. Existem diversas línguas e dialetos falados no dia-a-dia pela população italiana, como o sardo (na Sardenha), napolitano (em Campânia), vêneto (no Vêneto), friulano (em Friuli-Venezia Giulia), francês (no Valle d'Aosta), alemão (em Trentino-Alto Ádige), esloveno (em Trieste).
Religião
A Itália foi berço de muitos credos sendo que o próprio Império Romano era considerado como algo a ser respeitado e venerado, porém sua influência religiosa com o passar dos séculos diminuiu bastante. Apesar de a religião católica ser largamente predominante, podemos observar hoje muitas formas de fé na Itália. Isso se dá por causa da liberdade de expressão e de culto concedida ao povo italiano pela sua própria Constituição. A sede mundial da Igreja Católica situa-se no Vaticano, um Estado religioso independente, encravado em território Italiano, e que tem por representante a figura do Papa. Segundo o jornal italiano La Stampa, a segunda maior religião do país em importância são as Testemunhas de Jeová[2].
Cultura
A Itália é um dos países que mais influência teve e tem na cultura europeia e mundial, em todas as áreas da arte e cultura. Enquanto país, não existia antes da unificação das Cidades-Estado. A unificação só se concluiu em 1870. Em função disto, muitas tradições culturais que hoje reconhecemos como italianas são mais associadas a regiões específicas do país.
A Itália é o local de nascimento de diversos movimentos artísticos e intelectuais que se espalharam pela Europa e pelo mundo, como o Renascimento e o Barroco. A contribuição italiana para a arte e cultura surge das obras de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Donatello, Botticelli, Fra Angelico, Tintoretto, Caravaggio, Bernini, Ticiano e Rafael, entre outros. Além da pintura, escultura e arquitetura, as contribuições da Itália para a literatura, ciência e música são indiscutíveis.
A base da moderna língua italiana foi estabelecida pelo poeta florentino Dante Alighieri, cuja obra A Divina Comédia é considerada a mais importante do período medieval. Em italiano escreveram Boccaccio, Castiglione e Pirandello, além dos poetas Tasso, Ariosto, Leopardi, e Petrarca, cujo mais famoso estilo é o soneto, uma invenção italiana. Grandes filósofos são Bruno, Ficino, Maquiavel, Vico, Gentile, e Eco.
Na atividade científica destacam-se os nomes de Galileu Galilei, Leonardo da Vinci, Fermi, Cassini, Volta, Lagrange, Fibonacci e Marconi.
Da música popular à clássica, a expressão dos sons tem um papel importatíssimo na cultura italiana. A Itália é o local onde nasceu a ópera, por Claudio Monteverdi. Instrumentos inventados em Itália como o piano e violino permitem executar formas artísticas como a sinfonia, concerto, e sonata. Alguns dos compositores italianos mais célebres são Palestrina e Monteverdi, ambos da época da Renascença, os compositores do Barroco Corelli e Vivaldi, os clássicos Paganini e Rossini, os românticos Verdi e Puccini e os contemporâneos Berio e Nono.
O cinema italiano também exerceu decisiva influência com o movimento do neorealismo, movimento nascido no país e que revelou grandes diretores como Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti. Outros diretores se incluem no panteão dos maiores mestres da sétima arte, como Michelangelo Antonioni, Federico Fellini, Sergio Leone, Pier Paolo Pasolini, Ettore Scola, Bernardo Bertolucci, Mario Monicelli, Dino Risi, Marco Bellochio, e mais recentemente, Nanni Moretti. Todos eles, de estilos diversos e fascinantes, possuem ao menos um ponto em comum: são alguns dos mais polêmicos, criativos e mordazes investigadores e críticos da sociedade contemporânea, isso nas artes em geral. Atores como Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Anna Magnani e Monica Vitti são alguns dos mais conhecidos de todos os tempos.
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
---|---|---|---|
1 de Janeiro | Ano novo | Capodanno | |
6 de Janeiro | Epifania | Epifania | |
Variável | Páscoa | Pasqua | |
25 de Abril | Dia da Libertação | Festa della Liberazione | Comemora a libertação da Itália do regime fascista de Mussolini e do regime nazista de Hitler. |
1 de Maio | Dia do Trabalhador | Festa del Lavoro | |
2 de Junho | Dia da República | Festa della Repubblica | Comemora a implantação da República |
15 de Agosto | Assunção de Nossa Senhora | Assunzione della B.V. Maria | |
1 de Novembro | Dia de Todos os Santos | Ognissanti | |
8 de Dezembro | Imaculada Conceição | Immacolata Concezione | |
25 de Dezembro | Natal | Natale | |
26 de Dezembro | Santo Estêvão | Santo Stefano | Primeiro mártir cristão |
Referências e notas
- ↑
«La Costituzione della Repubblica Italiana» (em italiano) Parâmetro desconhecido
|accessdata=
ignorado (|acessodata=
) sugerido (ajuda) - ↑ Despertai!, 22 de Fevereiro de 1987, página 29
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