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Hu Zhengyan: diferenças entre revisões

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== Escultura de sinetes ==
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[[Ficheiro:Hu Zhengyan Seal Comp.jpg|miniaturadaimagem|333x333px|Exemplos de escultura de sinetes de Hu Zhengyan]]
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Hu Zhengyan era um notável escultor de sinetes, produzindo selos pessoais para vários dignitários. Seu estilo estava enraizado na clássica escrita de sinetes da [[dinastia Han]], e ele seguiu a escola de escultura Huizhou fundada por seu contemporâneo He Zhen. A caligrafia de Hu, embora equilibrada e com uma estrutura composicional clara, é um pouco mais angular e rígida do que os modelos clássicos que ele seguiu. As focas de Huizhou tentam transmitir uma impressão antiga e desgastada, embora, ao contrário de outros artistas de Huizhou, Hu não tenha uma prática regular de envelhecer artificialmente suas focas.<ref name="Wright" />
Hu Zhengyan era um notável escultor de sinetes, produzindo selos pessoais para vários dignitários. Seu estilo estava enraizado na clássica escrita de sinetes da [[dinastia Han]], e ele seguiu a escola de escultura Huizhou fundada por seu contemporâneo He Zhen. A caligrafia de Hu, embora equilibrada e com uma estrutura composicional clara, é um pouco mais angular e rígida do que os modelos clássicos que ele seguiu. Os selos de Huizhou tentam transmitir uma impressão antiga e desgastada, embora, ao contrário de outros artistas de Huizhou, Hu não tenha uma prática regular de envelhecer artificialmente seus selos.<ref name="Wright" />


O trabalho de Hu era conhecido fora de sua área local. Zhou Lianggong, um poeta que viveu em Nanquim na mesma época que Hu e era um notável conhecedor de arte, afirmou em ''Biography of Seal-Carvers'' (''Yinren Zhuan,'' 印人傳) que Hu "cria esculturas em pedra em miniatura com inscrições de selos antigos para viajantes para lutar e valorizar",<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=82FkuAAACAAJ|título=印人传|editora=海南出版社|ano=2000|língua=zh|isbn=978-7-80645-663-7|acessodata=19 de dezembro de 2022}}</ref> implicando que suas esculturas eram populares entre os visitantes e viajantes que passavam por Nanquim.<ref name="Wright" /><ref name="Wright2">{{Citar periódico |título="Luoxuan biangu jianpu" and "Shizhuzhai jianpu": Two Late-Ming Catalogues of Letter Paper Designs |data=2003 |periódico=Artibus Asiae |número=1 |ultimo=Wright |primeiro=Suzanne E. |paginas=69–115 |lingua=en |jstor=3249694 |volume=63}}</ref>
O trabalho de Hu era conhecido fora de sua área local. Zhou Lianggong, um poeta que viveu em Nanquim na mesma época que Hu e era um notável conhecedor de arte, afirmou em ''Biography of Seal-Carvers'' (''Yinren Zhuan,'' 印人傳) que Hu "cria esculturas em pedra em miniatura com inscrições de selos antigos para viajantes para lutar e valorizar",<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=82FkuAAACAAJ|título=印人传|editora=海南出版社|ano=2000|língua=zh|isbn=978-7-80645-663-7|acessodata=19 de dezembro de 2022}}</ref> implicando que suas esculturas eram populares entre os visitantes e viajantes que passavam por Nanquim.<ref name="Wright" /><ref name="Wright2">{{Citar periódico |título="Luoxuan biangu jianpu" and "Shizhuzhai jianpu": Two Late-Ming Catalogues of Letter Paper Designs |data=2003 |periódico=Artibus Asiae |número=1 |ultimo=Wright |primeiro=Suzanne E. |paginas=69–115 |lingua=en |jstor=3249694 |volume=63}}</ref>
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A dinastia Ming viu um avanço considerável no processo de impressão colorida na China.<ref name="Wu">{{Citar periódico |título=Ming Printing and Printers |periódico=Harvard Journal of Asiatic Studies |publicado=Harvard-Yenching Institute |número=3 |ultimo=Wu |primeiro=Kuang-Ch'ing |ano=1943 |paginas=203–210 |lingua=en |doi=10.2307/2718015 |jstor=2718015 |volume=7}}</ref><ref name="HKHMuseum">{{Citar web|url=http://hk.heritage.museum/documents/2199315/2199693/Chinese_Woodblock_Printing_E.pdf|titulo=The Art of Chinese Traditional Woodblock Printing|acessodata=19 de dezembro de 2022|publicado=Hong Kong Heritage Museum|lingua=en}}</ref> Em seu estúdio, Hu Zhengyan experimentou várias formas de impressão em [[xilogravura]], criando processos para produzir impressões multicoloridas e desenhos impressos em [[Relevo (escultura)|relevo]].<ref name="DainianCohen1996">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=jaQH6_8Ju-MC&pg=PA464|título=Chinese Studies in the History and Philosophy of Science and Technology|ultimo=Fan|primeiro=Dainian|ultimo2=Cohen|primeiro2=R.S.|data=30 de setembro de 1996|editora=Springer|lingua=en|isbn=978-0-7923-3463-7|acessodata=19 de dezembro de 2022}}</ref> Como resultado, ele foi capaz de produzir algumas das primeiras publicações impressas em cores da China, usando uma técnica de impressão em bloco conhecida como "impressão em blocos variados" (''douban yinshua'', 饾板印刷).<ref name="Chinadaily">{{Citar web|url=http://www.chinaculture.org/gb/en_madeinchina/2005-06/28/content_70179.htm|titulo=Hu Zhengyan|data=2003|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=China Culture|publicado=China Daily|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304042458/http://www.chinaculture.org/gb/en_madeinchina/2005-06/28/content_70179.htm|arquivodata=4 de março de 2016|urlmorta=dead}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Guo, Hua|url=http://www.wdl.org/en/item/4693/|titulo=Selected Anecdotes about Su Shi and Mi Fu|data=1621|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=Chinese Rare Book Collection|publicado=[[World Digital Library]]|lingua=en}}</ref><ref name="Hegel1998">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/readingillustrat00hege|título=Reading Illustrated Fiction in the Late Imperial China|ultimo=Hegel|primeiro=Robert E.|editora=Stanford University Press|ano=1998|lingua=en|isbn=978-0-8047-3002-0|acessodata=19 de dezembro de 2022}}</ref> Esse sistema utilizava vários blocos, cada um esculpido com uma parte diferente da imagem final e cada um com uma cor diferente.<ref name="NPM">{{Citar web|url=http://www.npm.gov.tw/exh98/books_archives/en_02_4.html|titulo=Applying colors|data=2009-09-14|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=Gems of the Rare Books from the National Palace Museum's Collections|publicado=National Palace Museum|lingua=en}}</ref> Foi um processo demorado e meticuloso, exigindo de trinta a cinquenta blocos de impressão gravados e até setenta tintas e impressões para criar uma única imagem.<ref name="Lu2014" /> Hu também empregou uma forma relacionada de impressão em blocos múltiplos chamada "impressão em bloco" (''taoban yinshua'', 套板印刷), que existia desde a [[Dinastia Yuan]], aproximadamente 200 anos antes, mas só recentemente voltou à moda.<ref name="Rawson" /><ref name="Ding2002">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=F8KmkkFmAqgC&pg=PA54|título=Obscene Things: Sexual Politics in Jin Ping Mei|ultimo=Ding|primeiro=Naifei|data=18 de julho de 2002|editora=Duke University Press|lingua=en|isbn=978-0-8223-2916-9}}</ref><ref name="BrayDorofeeva-Lichtmann2007">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=_UXMrAtNLWoC&pg=PA464|título=Graphics and Text in the Production of Technical Knowledge in China: The Warp and the Weft|ultimo=Bray|primeiro=Francesca|ultimo2=Dorofeeva-Lichtmann|primeiro2=Vera|ultimo3=Métailié|primeiro3=Georges|data=1.º de janeiro de 2007|editora=BRILL|lingua=en|isbn=978-90-04-16063-7}}</ref> Ele refinou essas técnicas de impressão em bloco desenvolvendo um processo para limpar um pouco da tinta dos blocos antes de imprimir; isso lhe permitiu alcançar gradação e modulação de tons que antes não eram possíveis.<ref name="Ebrey">{{Citar web|ultimo=Ebrey|primeiro=Thomas|url=http://gest.princeton.edu/EALJ/ebrey_thomas.ealj.v14.n01.p001.pdf|titulo=The Editions, Superstates and States of the ''Ten Bamboo Studio Collection of Calligraphy and Painting''|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=East Asian Library and Gest Collection|publicado=Princeton University|lingua=en}}</ref>
A dinastia Ming viu um avanço considerável no processo de impressão colorida na China.<ref name="Wu">{{Citar periódico |título=Ming Printing and Printers |periódico=Harvard Journal of Asiatic Studies |publicado=Harvard-Yenching Institute |número=3 |ultimo=Wu |primeiro=Kuang-Ch'ing |ano=1943 |paginas=203–210 |lingua=en |doi=10.2307/2718015 |jstor=2718015 |volume=7}}</ref><ref name="HKHMuseum">{{Citar web|url=http://hk.heritage.museum/documents/2199315/2199693/Chinese_Woodblock_Printing_E.pdf|titulo=The Art of Chinese Traditional Woodblock Printing|acessodata=19 de dezembro de 2022|publicado=Hong Kong Heritage Museum|lingua=en}}</ref> Em seu estúdio, Hu Zhengyan experimentou várias formas de impressão em [[xilogravura]], criando processos para produzir impressões multicoloridas e desenhos impressos em [[Relevo (escultura)|relevo]].<ref name="DainianCohen1996">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=jaQH6_8Ju-MC&pg=PA464|título=Chinese Studies in the History and Philosophy of Science and Technology|ultimo=Fan|primeiro=Dainian|ultimo2=Cohen|primeiro2=R.S.|data=30 de setembro de 1996|editora=Springer|lingua=en|isbn=978-0-7923-3463-7|acessodata=19 de dezembro de 2022}}</ref> Como resultado, ele foi capaz de produzir algumas das primeiras publicações impressas em cores da China, usando uma técnica de impressão em bloco conhecida como "impressão em blocos variados" (''douban yinshua'', 饾板印刷).<ref name="Chinadaily">{{Citar web|url=http://www.chinaculture.org/gb/en_madeinchina/2005-06/28/content_70179.htm|titulo=Hu Zhengyan|data=2003|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=China Culture|publicado=China Daily|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304042458/http://www.chinaculture.org/gb/en_madeinchina/2005-06/28/content_70179.htm|arquivodata=4 de março de 2016|urlmorta=dead}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Guo, Hua|url=http://www.wdl.org/en/item/4693/|titulo=Selected Anecdotes about Su Shi and Mi Fu|data=1621|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=Chinese Rare Book Collection|publicado=[[World Digital Library]]|lingua=en}}</ref><ref name="Hegel1998">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/readingillustrat00hege|título=Reading Illustrated Fiction in the Late Imperial China|ultimo=Hegel|primeiro=Robert E.|editora=Stanford University Press|ano=1998|lingua=en|isbn=978-0-8047-3002-0|acessodata=19 de dezembro de 2022}}</ref> Esse sistema utilizava vários blocos, cada um esculpido com uma parte diferente da imagem final e cada um com uma cor diferente.<ref name="NPM">{{Citar web|url=http://www.npm.gov.tw/exh98/books_archives/en_02_4.html|titulo=Applying colors|data=2009-09-14|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=Gems of the Rare Books from the National Palace Museum's Collections|publicado=National Palace Museum|lingua=en}}</ref> Foi um processo demorado e meticuloso, exigindo de trinta a cinquenta blocos de impressão gravados e até setenta tintas e impressões para criar uma única imagem.<ref name="Lu2014" /> Hu também empregou uma forma relacionada de impressão em blocos múltiplos chamada "impressão em bloco" (''taoban yinshua'', 套板印刷), que existia desde a [[Dinastia Yuan]], aproximadamente 200 anos antes, mas só recentemente voltou à moda.<ref name="Rawson" /><ref name="Ding2002">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=F8KmkkFmAqgC&pg=PA54|título=Obscene Things: Sexual Politics in Jin Ping Mei|ultimo=Ding|primeiro=Naifei|data=18 de julho de 2002|editora=Duke University Press|lingua=en|isbn=978-0-8223-2916-9}}</ref><ref name="BrayDorofeeva-Lichtmann2007">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=_UXMrAtNLWoC&pg=PA464|título=Graphics and Text in the Production of Technical Knowledge in China: The Warp and the Weft|ultimo=Bray|primeiro=Francesca|ultimo2=Dorofeeva-Lichtmann|primeiro2=Vera|ultimo3=Métailié|primeiro3=Georges|data=1.º de janeiro de 2007|editora=BRILL|lingua=en|isbn=978-90-04-16063-7}}</ref> Ele refinou essas técnicas de impressão em bloco desenvolvendo um processo para limpar um pouco da tinta dos blocos antes de imprimir; isso lhe permitiu alcançar gradação e modulação de tons que antes não eram possíveis.<ref name="Ebrey">{{Citar web|ultimo=Ebrey|primeiro=Thomas|url=http://gest.princeton.edu/EALJ/ebrey_thomas.ealj.v14.n01.p001.pdf|titulo=The Editions, Superstates and States of the ''Ten Bamboo Studio Collection of Calligraphy and Painting''|acessodata=19 de dezembro de 2022|website=East Asian Library and Gest Collection|publicado=Princeton University|lingua=en}}</ref>


Em algumas imagens, Hu empregou uma técnica de escultura cega (conhecida como "desenhos em relevo" (''gonghua'', 拱花) ou "blocos em relevo" (''gongban'', 拱板), usando um bloco impresso sem tinta para carimbar desenhos no papel. Ele usou isso para criar efeitos de relevo branco para nuvens e para destaques na água ou nas plantas.<ref name="Lu2014" /> Este era um processo relativamente novo, tendo sido inventado pelo contemporâneo de Hu, Wu Faxiang, que também era um editor baseado em Nanquim. Wu usou essa técnica pela primeira vez em seu livro ''Wisteria Studio Letter Paper'' (''Luoxuan Biangu Jianpu'', 蘿軒變古箋譜), publicado em 1626.<ref name="EliotRose2011">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=CFiDCjMcnvcC&pg=PA107|título=A Companion to the History of the Book|ultimo=Eliot|primeiro=Simon|ultimo2=Rose|primeiro2=Jonathan|data=24 de agosto de 2011|editora=John Wiley & Sons|lingua=en|isbn=978-1-4443-5658-8}}</ref><ref name="NeedhamTsuen-Hsuin1985">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Lx-9mS6Aa4wC&pg=PA286|título=Science and Civilisation in China: Volume 5, Chemistry and Chemical Technology, Part 1, Paper and Printing|ultimo=Needham|primeiro=Joseph|ultimo2=Tsien|primeiro2=Tsuen-Hsuin|data=11 de julho de 1985|editora=Cambridge University Press|lingua=en|isbn=978-0-521-08690-5}}</ref> Tanto Hu quanto Wu usavam relevo para criar papéis de escrita decorativos, cuja venda proporcionava uma renda secundária para o Ten Bamboo Studio.<ref>{{Citar livro|título=A History of Chinese Letters and Epistolary Culture|ultimo=Wright|primeiro=Suzanne|data=28 de abril de 2015|editora=BRILL|editor-sobrenome=Richter|lingua=en|capitulo=Chinese Decorated Letter Papers|isbn=978-90-04-29212-3}}</ref>
Em algumas imagens, Hu empregou uma técnica de impressão em relevo (''gonghua'', 拱花) ou blocos em relevo (''gongban'', 拱板), usando um bloco impresso sem tinta para carimbar desenhos no papel. Ele usou isso para criar efeitos de relevo branco para nuvens e para destaques na água ou nas plantas.<ref name="Lu2014" /> Este era um processo relativamente novo, tendo sido inventado pelo contemporâneo de Hu, Wu Faxiang, que também era um editor baseado em Nanquim. Wu usou essa técnica pela primeira vez em seu livro ''Wisteria Studio Letter Paper'' (''Luoxuan Biangu Jianpu'', 蘿軒變古箋譜), publicado em 1626.<ref name="EliotRose2011">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=CFiDCjMcnvcC&pg=PA107|título=A Companion to the History of the Book|ultimo=Eliot|primeiro=Simon|ultimo2=Rose|primeiro2=Jonathan|data=24 de agosto de 2011|editora=John Wiley & Sons|lingua=en|isbn=978-1-4443-5658-8}}</ref><ref name="NeedhamTsuen-Hsuin1985">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Lx-9mS6Aa4wC&pg=PA286|título=Science and Civilisation in China: Volume 5, Chemistry and Chemical Technology, Part 1, Paper and Printing|ultimo=Needham|primeiro=Joseph|ultimo2=Tsien|primeiro2=Tsuen-Hsuin|data=11 de julho de 1985|editora=Cambridge University Press|lingua=en|isbn=978-0-521-08690-5}}</ref> Tanto Hu quanto Wu usavam relevo para criar papéis de escrita decorativos, cuja venda proporcionava uma renda secundária para o Ten Bamboo Studio.<ref>{{Citar livro|título=A History of Chinese Letters and Epistolary Culture|ultimo=Wright|primeiro=Suzanne|data=28 de abril de 2015|editora=BRILL|editor-sobrenome=Richter|lingua=en|capitulo=Chinese Decorated Letter Papers|isbn=978-90-04-29212-3}}</ref>


== Obras publicadas ==
== Obras publicadas ==

Revisão das 02h42min de 20 de fevereiro de 2023

Hu Zhengyan
Hu Zhengyan
Um dos sinetes produzidos por Hu Zhengyan
Outros nomes Hu Yuecong
Hu Cheng-yen
Nascimento 1584
Xiuning, Anhui, China
Morte 1674 (90 anos)
Pequim, China
Nacionalidade chino
Ocupação
Principais trabalhos Ten Bamboo Studio Manual
Hu Zhengyan
Chinês: 胡正言
Nome de cortesia
Chinês tradicional: 曰從
Chinês simplificado: 曰从

Hu Zhengyan (chinês: 胡正言; Xiuning, 1584 – Pequim, 1674) foi um desenhista e editor chinês. Ele trabalhou em caligrafia, pintura tradicional chinesa e escultor de sinetes, mas foi principalmente um editor, produzindo textos acadêmicos e registros de seu próprio trabalho.

Hu viveu em Nanquim durante a transição da dinastia Ming para a dinastia Qing. Considerado um legalista Ming, foi-lhe oferecido um cargo na corte do imperador Hongguang, mas recusou e nunca ocupou nada além de um cargo político de menor expressão. Ele, no entanto, projetou o selo pessoal do imperador Hongguang, e sua lealdade à dinastia era tal que ele só se desligou da filosofia chinesa após a captura e morte do imperador em 1645. Ele possuía e dirigia uma editora acadêmica chamada Ten Bamboo Studio, na qual praticava várias técnicas de impressão multicolorida e em relevo, e empregou vários membros de sua família nessa empresa. O trabalho de Hu no Ten Bamboo Studio foi pioneiro em novas técnicas de imagens coloridas, levando a delicadas gradações de cores que antes não eram possíveis nesta forma de arte.

Hu é mais conhecido por seu manual de pintura intitulado The Ten Bamboo Studio Manual of Painting and Calligraphy, uma cartilha do artista que permaneceu impressa por cerca de 200 anos. Seu estúdio também publicou catálogos de selos, textos acadêmicos e médicos, livros de poesia e papéis de escrita decorativa. Muitos deles foram editados e prefaciados por Hu e seus irmãos.

Biografia

Hu nasceu no condado de Xiuning, província de Anhui, em 1584 ou início de 1585.[1] Tanto seu pai quanto seu irmão mais velho Zhengxin (正心, nome artístico Wusuo, 無所) eram médicos e, depois que ele completou 30 anos de idade, viajou com eles enquanto praticavam medicina nas áreas ao redor de Lu'an e Huoshan.[2] É comum afirmar que o próprio Zhengyan também era médico.[2] embora as fontes mais antigas que atestam isso ocorram apenas na segunda metade do século XIX.[1]

Em 1619, Hu mudou-se para Nanquim,[1] onde viveu com sua esposa Wu.[3] Sua casa em Jilongshan (雞籠山, agora também conhecida como Beiji Ge), uma colina localizada dentro da muralha norte da cidade, serviu como uma casa de reunião para artistas com ideias semelhantes. Hu o chamou de Ten Bamboo Studio (Shizhuzhai, 十竹齋), em homenagem às dez plantas de bambu que cresciam em frente à propriedade.[3][4] Funcionava como sede de sua gráfica, onde empregava dez artesãos, incluindo seus dois irmãos Zhengxin e Zhengxing (正行, nome artístico Zizhu, 子著) e seus filhos Qipu (其樸) e Qiyi (其毅, nome de cortesia致果).[1]

Antiga residência de Hu em Xiuning

Durante a vida de Hu, a Dinastia Ming, que governou a China por mais de 250 anos, foi derrubada e substituída pela última dinastia imperial da China, a Dinastia Qing. Após a queda da capital Pequim em 1644, remanescentes da família imperial e alguns ministros criaram um regime legalista Ming em Nanquim, com Zhu Yousong no trono como o imperador Hongguang.[5] Hu, que era conhecido por sua escultura de sinetes e facilidade com a escrita de sinetes, criou um sinete para o novo imperador. O tribunal ofereceu a ele o cargo de redator do secretariado (zhongshu sheren, 中書舍人) como recompensa, mas ele não aceitou o cargo (embora tenha concedido a si mesmo o título de zhongshu sheren em alguns de seus selos pessoais subsequentes).[1]

De acordo com Lost History of the South, de Wen Ruilin (Nanjiang Yishi, 南疆繹史), antes da invasão Qing, Hu estudou na Universidade de Nanquim e, enquanto estudante, foi contratado pelo Ministério dos Ritos para registrar proclamações oficiais; ele desenvolveu Imperial Promotion of Minor Learning (Qin Ban Xiaoxue, 御頒小學) e o Record of Displayed Loyalty (Biaozhong Ji, 表忠記) como parte deste trabalho. Como resultado, ele foi promovido ao Ministério de Pessoal e admitido na Academia Hanlin, mas antes que pudesse assumir esse cargo, Pequim havia sucumbido à rebelião do grupo étnico Manchus.[6] Como as biografias contemporâneas (o trabalho de Wen não foi publicado até 1830) não fazem menção a esses eventos, foi sugerido que eles foram fabricados após a morte de Hu.[1]

Hu retirou-se da vida pública e entrou em reclusão em 1646, após o fim da dinastia Ming.[7] Xiao Yuncong e Lü Liuliang fizeram visitas a ele durante seus últimos anos, em 1667 e 1673, respectivamente.[2] Hu morreu na pobreza aos 90 anos de idade, por volta do final de 1673 ou início de 1674.[1]

Escultura de sinetes

Exemplos de escultura de sinetes de Hu Zhengyan

Hu Zhengyan era um notável escultor de sinetes, produzindo selos pessoais para vários dignitários. Seu estilo estava enraizado na clássica escrita de sinetes da dinastia Han, e ele seguiu a escola de escultura Huizhou fundada por seu contemporâneo He Zhen. A caligrafia de Hu, embora equilibrada e com uma estrutura composicional clara, é um pouco mais angular e rígida do que os modelos clássicos que ele seguiu. Os selos de Huizhou tentam transmitir uma impressão antiga e desgastada, embora, ao contrário de outros artistas de Huizhou, Hu não tenha uma prática regular de envelhecer artificialmente seus selos.[1]

O trabalho de Hu era conhecido fora de sua área local. Zhou Lianggong, um poeta que viveu em Nanquim na mesma época que Hu e era um notável conhecedor de arte, afirmou em Biography of Seal-Carvers (Yinren Zhuan, 印人傳) que Hu "cria esculturas em pedra em miniatura com inscrições de selos antigos para viajantes para lutar e valorizar",[8] implicando que suas esculturas eram populares entre os visitantes e viajantes que passavam por Nanquim.[1][9]

Em 1644, Hu assumiu a responsabilidade de criar um novo selo imperial para o imperador Hongguang, que ele esculpiu após um período de jejum e oração. Ele apresentou sua criação com um ensaio intitulado Great Exhortation of the Seal (Dabao Zhen, 大寶箴), no qual lamentava a perda do selo do Imperador Chongzhen e implorava o favor de Heaven's para restaurá-lo. Hu estava preocupado que seu ensaio fosse esquecido porque ele não o havia escrito na forma de dísticos rimados e iguais (pianti, 駢體) usados nos exames imperiais, mas sua submissão e o próprio selo foram, no entanto, aceitos pelo sul do Tribunal Ming.[7]

Editora Ten Bamboo Studio

Frutas (caqui e três tangerinas Amarelas) desenhadas pela editora Ten Bamboo Studio Manual of Painting and Calligraphy, mostrando a gradação de cores alcançada pelos métodos de impressão de Hu Zhengyan

Apesar de sua reputação como artista e entalhador de sinetes, Hu era principalmente um editor. Sua editora, a Ten Bamboo Studio, produziu obras de referência em caligrafia, poesia e arte; livros de medicina; livros sobre etimologia e fonética; e cópias, bem como comentários sobre os clássicos confucionistas. Ao contrário de outras editoras da área, o Ten Bamboo Studio não publicava obras de ficção narrativa, como peças de teatro ou romances.[10] Essa inclinação para as instituições acadêmicas provavelmente foi uma consequência da localização do estúdio: a montanha na qual Hu fixou residência ficava ao norte de Nanquim, Guozijian (Academia Nacional), que fornecia um mercado cativo para textos acadêmicos.[11] Entre 1627 e 1644, o Ten Bamboo Studio produziu mais de vinte livros impressos desse tipo, destinados a um público rico e literário.[12] As primeiras publicações do estúdio foram livros de medicina, o primeiro dos quais em Tested Prescriptions for Myriad Illnesses (Wanbing Yanfang, 萬病驗方) foi publicado em 1631 e provou ser popular o suficiente para ser reeditado dez anos depois. O irmão de Hu, Zhengxin, era médico e parece ter sido o autor desses livros.[1]

Carta do contemporâneo de Hu leal a Ming, Zou Zhilin, em papel decorativo da editora Ten Bamboo Studio

Durante a década de 1630, o Ten Bamboo Studio também produziu obras políticas exaltando o domínio dos Ming; estes incluíam Imperial Ming Record of Loyalty (Huang Ming Biaozhong Ji, 皇明表忠紀), uma biografia de oficiais Ming leais e Edicts of the Imperial Ming (Huang Ming Zhaozhi, 皇明詔制), com uma lista de proclamações imperiais. Após a queda da Dinastia Ming, Hu alterou o estúdio como salão enraizado no passado (Digutang, 迪古堂) como um sinal de sua afiliação com a dinastia anterior, embora a marca Ten Bamboo continuasse a ser usada. Apesar da retirada de Hu da sociedade depois de 1646, o estúdio continuou a publicar bem na dinastia Qing, concentrando-se principalmente em catálogos de impressões de selos exibindo o trabalho de escultura de Hu.[1]

A dinastia Ming viu um avanço considerável no processo de impressão colorida na China.[13][14] Em seu estúdio, Hu Zhengyan experimentou várias formas de impressão em xilogravura, criando processos para produzir impressões multicoloridas e desenhos impressos em relevo.[15] Como resultado, ele foi capaz de produzir algumas das primeiras publicações impressas em cores da China, usando uma técnica de impressão em bloco conhecida como "impressão em blocos variados" (douban yinshua, 饾板印刷).[16][17][18] Esse sistema utilizava vários blocos, cada um esculpido com uma parte diferente da imagem final e cada um com uma cor diferente.[19] Foi um processo demorado e meticuloso, exigindo de trinta a cinquenta blocos de impressão gravados e até setenta tintas e impressões para criar uma única imagem.[3] Hu também empregou uma forma relacionada de impressão em blocos múltiplos chamada "impressão em bloco" (taoban yinshua, 套板印刷), que existia desde a Dinastia Yuan, aproximadamente 200 anos antes, mas só recentemente voltou à moda.[4][20][21] Ele refinou essas técnicas de impressão em bloco desenvolvendo um processo para limpar um pouco da tinta dos blocos antes de imprimir; isso lhe permitiu alcançar gradação e modulação de tons que antes não eram possíveis.[22]

Em algumas imagens, Hu empregou uma técnica de impressão em relevo (gonghua, 拱花) ou blocos em relevo (gongban, 拱板), usando um bloco impresso sem tinta para carimbar desenhos no papel. Ele usou isso para criar efeitos de relevo branco para nuvens e para destaques na água ou nas plantas.[3] Este era um processo relativamente novo, tendo sido inventado pelo contemporâneo de Hu, Wu Faxiang, que também era um editor baseado em Nanquim. Wu usou essa técnica pela primeira vez em seu livro Wisteria Studio Letter Paper (Luoxuan Biangu Jianpu, 蘿軒變古箋譜), publicado em 1626.[23][24] Tanto Hu quanto Wu usavam relevo para criar papéis de escrita decorativos, cuja venda proporcionava uma renda secundária para o Ten Bamboo Studio.[25]

Obras publicadas

"Bamboo in snow", ilustração da editora Ten Bamboo Studio Manual of Painting and Caligraphy

O trabalho mais notável de Hu é o Ten Bamboo Studio Manual of Painting and Calligraphy (Shizhuzhai Shuhuapu, 十竹齋書畫譜), uma antologia de cerca de 320 gravuras de cerca de trinta artistas diferentes (incluindo o próprio Hu), publicada em 1633. É composto por oito seções, abrangendo caligrafia, bambu, flores, rochas, pássaros e animais, ameixas, orquídeas e frutas. Algumas dessas partes foram lançadas anteriormente como volumes únicos.[24] Além de uma coleção de obras de arte, também foi concebido como uma cartilha artística, com instruções sobre a posição e técnica corretas do pincel e várias fotos projetadas para iniciantes copiarem. Embora essas instruções apareçam apenas nas seções sobre orquídeas e bambus, o livro continua sendo o primeiro exemplo de abordagem categórica e analítica da pintura chinesa.[1][26] Neste livro, Hu usou seus métodos de impressão de blocos múltiplos para obter gradações de cores nas imagens, em vez de contornos ou sobreposições óbvias.[21] O manual é encadernado no estilo "encadernação borboleta" (hudie zhuang, 蝴蝶裝), no qual as ilustrações do fólio inteiro são dobradas de modo que cada uma ocupe uma página dupla. Esse estilo de encadernação permite que o leitor coloque o livro na horizontal para ver uma determinada imagem.[4] A Biblioteca da Universidade de Cambridge lançou uma digitalização digital completa do manual, incluindo todos os escritos e ilustrações em agosto de 2015.[27] Charles Aylmer, chefe do Departamento de Chinês da Universidade de Cambridge, afirmou: "A encadernação é tão frágil e o manual tão delicado que, até ser digitalizado, nunca pudemos permitir que alguém o examinasse ou estudasse – apesar de sua importância inquestionável aos pesquisadores".[28]

Este volume influenciou a impressão colorida em toda a China, onde abriu caminho para o posterior, mais conhecido Manual of the Mustard Seed Garden (Jieziyuan Huazhuan, 芥子園畫傳), e também no Japão, onde foi reimpresso e prenunciou o desenvolvimento em xilografia ukiyo-e, do processo de impressão em xilogravura colorida conhecido como (錦絵 nishiki-e?).[29][30][31] A popularidade do Ten Bamboo Studio Manual foi tão alta que as tiragens continuaram a ser produzidas até o final da dinastia Qing.[1]

Hu também produziu a obra Ten Bamboo Studio Letter Paper (Shizhuzhai Jianpu, 十竹齋箋譜), uma coleção de amostras de papel, que utilizou a técnica de estampagem gonghua para destacar as ilustrações em relevo.[4][16][32][33] Embora fosse principalmente um catálogo de papéis de escrita decorativos, também continha pinturas de rochas, pessoas, vasos rituais e outros assuntos.[24] O livro era encadernado no estilo "embalado" (baobei zhuang, 包背裝), no qual as páginas do fólio são dobradas, empilhadas e costuradas ao longo das bordas abertas.[9] Originalmente publicado em 1644, foi reeditado em quatro volumes entre 1934 e 1941 por Zheng Zhenduo e Lu Xun, e revisado e republicado novamente em 1952.[34]

Outras publicações

Outros trabalhos produzidos pelo estúdio de Hu incluíram uma reimpressão do manual de caligrafia de sinetes de Zhou Boqi, The Six Styles of Calligraphy, Correct and Errorneous (Liushu Zheng'e, 六書正譌) e as relacionadas Necessary Investigations into Calligraphy (Shufa Bi Ji, 書法必稽), que discutiu erros comuns na formação de caracteres. Com seu irmão Zhengxin, Hu editou uma nova edição introdutória dos textos clássicos chineses, intitulada The Standardised Text of theh Four Books (Sishu Dingben Bianzheng, 四書定本辨正), de 1640, dando a formação e pronúncia corretas do texto. Uma abordagem semelhante foi feita com o Essentials of the Thousand Character Classic in Six Scripts (Qianwen Liushu Tongyao, 千文六書統要), de 1663, que Hu compilou com a ajuda de seu professor de caligrafia, Li Deng. Foi publicado após a morte de Li, em parte em homenagem a ele.[1]

Os três irmãos Hu trabalharam juntos para reunir uma cartilha estudantil sobre poesia de seu contemporâneo Ye Tingxiu, que foi chamada simplesmente de Discussion of Poetry (Shi Tan, 詩譚), de 1635. Outros trabalhos sobre poesia do estúdio incluíram Helpful Principles to the Subtle Workings of Selected Tang Poems (Leixuan Tang Shi Zhudao Weiji, 類選唐詩助道微機), que era uma compilação de vários trabalhos sobre poesia e incluía colofões do próprio Hu Zhengyan.[1]

Entre as publicações mais obscuras do estúdio estava um texto sobre dominó chinês, intitulado Paitong Fuyu (牌統浮玉), escrito sob um pseudônimo, mas com prefácio de Hu Zhengyan.[1]

Galeria

Referências

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Ligações externas

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