Milton Friedman: diferenças entre revisões
Adicionando a ocupação de Friedman como professor. Já há no texto fontes de que ele lecionou por décadas na Universidade de Chicago. |
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'''Milton Friedman''' ([[Nova Iorque]], {{dtlink|31|7|1912}} — [[São Francisco (Califórnia)|São Francisco]], {{dtlink|16|11|2006}}) foi um [[economista]], [[estatístico]], [[escritor]] e professor norte-americano, que lecionou na [[Universidade de Chicago]] por mais de três décadas. Ele recebeu o [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel]] de 1976 e é conhecido por sua pesquisa sobre a análise do [[consumo (economia)|consumo]], a teoria e história [[oferta monetária|monetária]], bem como por sua demonstração da complexidade da política de estabilização.<ref name=nobel1>{{citar web|título=Milton Friedman on nobelprize.org |url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/ |ano=1976 |publicado=Nobel Prize |acessodata=20 de fevereiro de 2008}}</ref> |
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==Biografia== |
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Como um líder da [[Escola de Chicago (economia)|escola de economia de Chicago]], Friedman influenciou vários campos de pesquisa da economia. Uma pesquisa feita com economistas posicionou Milton Friedman como o segundo economista mais influente do [[século XX]], logo atrás do britânico [[John Maynard Keynes]],<ref>Davis, William L, Bob Figgins, David Hedengren, and Daniel B. Klein. [http://econjwatch.org/articles/economics-professors-favorite-economic-thinkers-journals-and-blogs-along-with-party-and-policy-views "Economic Professors' Favorite Economic Thinkers, Journals, and Blogs"], ''Econ Journal Watch 8(2): 126–146'', maio de 2011.</ref> com o periódico [[The Economist]] descrevendo-o como "''o economista mais influente da segunda metade do século XX... possivelmente de todo o século''".<ref>{{citar jornal|título=Milton Friedman, a giant among economists|url=http://www.economist.com/business/displaystory.cfm?story_id=8313925|data=23 de novembro de 2006|obra=The Economist|acessodata=20 de fevereiro de 2008}}</ref> |
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}}'''Milton Friedman''' (31 de julho de 1912 - 16 de novembro de 2006) foi um economista e estatístico americano que recebeu o [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|Prêmio Nobel de Ciências Econômicas]] de 1976 por sua pesquisa sobre [[consumo]], história e teoria [[Dinheiro circulante|monetária]] e a complexidade da política de estabilização.<ref name="nobel1">{{Citar web|url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|titulo=The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 1976|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=Nobel Prize|ano=1976|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080412092230/http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|arquivodata=12 de abril de 2008|urlmorta=live}}</ref> Com [[George Joseph Stigler|George Stigler]], Friedman foi um dos líderes intelectuais da [[Escola de Chicago (economia)|escola de Chicago]], uma [[Escolas do pensamento econômico|escola]] [[Economia neoclássica|neoclássica]] de pensamento econômico associada ao trabalho do corpo docente da [[Universidade de Chicago]], que rejeitou o [[Escola keynesiana|keynesianismo]] em favor do [[monetarismo]] até meados da década de 1970, quando se voltou para a [[Nova economia clássica|nova macroeconomia clássica]], fortemente baseada no conceito de [[expectativas racionais]].<ref>{{Citar web|url=https://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitext/ess_chicagoschool.html|titulo=The Chicago School|acessodata=17 de maio de 2021|website=Commanding Heights|publicado=PBS}}</ref> Vários estudantes, jovens professores e acadêmicos que foram recrutados ou orientados por Friedman em Chicago tornaram-se economistas de destaque, incluindo [[Gary Becker]],<ref>{{Citar web|url=https://bfi.uchicago.edu/about/legacy/|titulo=Our Legacy|acessodata=17 de maio de 2021|publicado=Becker Friedman Institute}}</ref> [[Robert Fogel]],<ref>''Chicago Remembers Milton Friedman'', Sanderson, Allen; 2012, University of Chicago, </ref> e [[Robert Lucas Jr.]]<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=GKcrdEN_3WUC|título=The Chicago School: How the University of Chicago Assembled the Thinkers Who Revolutionized Economics and Business|ultimo=Van Overtveldt|primeiro=Johan|data=2009|editora=Agate Publishing|isbn=978-1572846494}}</ref> |
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As contestações de Friedman ao que ele chamou de "teoria [[Escola keynesiana|keynesiana]] ingênua"<ref name="pbsinterview">{{Citar web|url=https://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitext/int_miltonfriedman.html#7|titulo=Milton Friedman|data=1 de outubro de 2000|acessodata=19 de setembro de 2011|website=Commanding Heights|publicado=PBS|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110908104355/http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitext/int_miltonfriedman.html#7|arquivodata=8 de setembro de 2011|urlmorta=live}}</ref> começaram com a sua análise do [[Função de consumo|consumo]], que acompanha o gasto dos consumidores. Ele introduziu uma teoria que mais tarde se tornaria parte da [[economia ortodoxa]] e foi um dos primeiros a propagar a teoria da suavização do consumo.<ref name="nobel1">{{Citar web|url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|titulo=The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 1976|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=Nobel Prize|ano=1976|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080412092230/http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|arquivodata=12 de abril de 2008|urlmorta=live}}</ref><ref name="Friedman-2018">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=7_1ZDwAAQBAJ&q=a+theory+of+the+consumption+function+friedman&pg=PP1|título=A Theory of the Consumption Function|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=[[Princeton University Press]]|ano=2018|páginas=20–37|isbn=978-0691188485}}</ref> Durante a década de 1960, ele tornou-se o principal defensor da oposição às políticas governamentais keynesianas,<ref>[http://www.dallasfed.org/research/ei/ei0202.html "Milton Friedman – Economist as Public Intellectual"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20090529013032/http://www.dallasfed.org/research/ei/ei0202.html|date=May 29, 2009}}. Dallasfed.org (April 1, 2016). Retrieved on September 6, 2017.</ref> e descreveu sua abordagem (assim como a economia ''mainstream'') como uma que usava uma "linguagem e aparato keynesianos", mas rejeitava suas conclusões iniciais.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=6sisXMv_AecC&q=friedman%20we.are.all.keynesians.now&pg=PA407|título=The Making of Modern Economics: The Lives and Ideas of the Great Thinkers|ultimo=Mark Skousen|data=2009|editora=M.E. Sharpe|isbn=978-0765622273}}</ref> Ele teorizou que existia uma taxa natural de desemprego e argumentou que o desemprego abaixo dessa taxa causaria uma aceleração da inflação.{{Nre|Entre macroeconomistas, a "taxa natural" têm sido cada vez mais substituída pela taxa de desemprego com inflação constante (NAIRU), de James Tobin, que se considera ter menos conotações normativas.|grupo={{notelist}}}}<ref>{{Citar livro|título=The Role of Monetary Policy|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=Macmillan Education UK|ano=1968|series=Essential Readings in Economics|páginas=215–231|isbn=978-0333594520}}</ref> Ele argumentou que a [[curva de Phillips]] seria, a longo prazo, vertical em situações normais e previu o que viria a ser conhecido como [[estagflação]].<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/peddlingprosperi0000krug_1995/page/44/mode/2up|título=Peddling prosperity: economic sense and nonsense in the age of diminished expectations|ultimo=Krugman|primeiro=Paul R.|editora=[[W. W. Norton]]|ano=1995|localização=New York|isbn=978-0393312928}}</ref> Friedman defendeu uma teoria macroeconômica conhecida como [[monetarismo]] e argumentou que uma expansão constante e pequena da [[Dinheiro circulante|oferta de moeda]] era a política preferível em comparação com mudanças rápidas e inesperadas.<ref name="bestofbothworlds">{{Citar jornal|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|autorlink=Brian Doherty (journalist)|url=http://www.reason.com/news/show/29691.html|titulo=Best of Both Worlds|data=1 de junho de 1995|acessodata=24 de outubro de 2009|website=[[Reason (magazine)|Reason Magazine]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141011005521/http://reason.com/archives/1995/06/01/best-of-both-worlds|arquivodata=11 de outubro de 2014|urlmorta=live}}</ref> Suas ideias sobre [[política monetária]], tributação, [[privatização]] e [[desregulamentação]] influenciaram as políticas governamentais, especialmente durante a década de 1980. O [[monetarismo]] influenciou a [[política monetária]] do [[Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos|Federal Reserve (FED)]] na resposta à [[Crise financeira de 2007–2008|crise financeira de 2007-2008]].<ref>Edward Nelson (April 13, 2011). [http://www.federalreserve.gov/PubS/feds/2011/201126/201126pap.pdf "Friedman's Monetary Economics in Practice"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20141231143039/http://www.federalreserve.gov/pubs/feds/2011/201126/201126pap.pdf|date=December 31, 2014}}. "in important respects, the overall monetary and financial policy response to the crisis can be viewed as Friedman's monetary economics in practice. ... Friedman's recommendations for responding to a [[Crise financeira|financial crisis]] largely lined up with the principal financial and monetary policy measures taken since 2007". "Review" in ''Journal of Economic Literature'' (December 2012). 50#4. pp. 1106–1109.</ref> |
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Os desafios de Friedman ao que mais tarde ele chamou de teoria "''[[economia keynesiana|keynesiana]] ingênua''" (em oposição à nova teoria keynesiana)<ref name=pbsinterview>{{citar web|título= Milton Friedman |obra= Commanding Heights |publicado= [[PBS]] |data= 1º de outubro de 2000 | url = http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitext/int_miltonfriedman.html#7 |acessodata=19 de setembro de 2011 }}</ref> começaram com sua reinterpretação na década de 1950 da [[função de consumo]], sendo que ele se tornou o principal opositor às políticas governamentais [[Escola keynesiana|keynesianas]].<ref>{{Citar web |url=http://www.dallasfed.org/research/ei/ei0202.html# |titulo=Milton Friedman—Economist as Public Intellectual |acessodata=7 de dezembro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090529013032/http://www.dallasfed.org/research/ei/ei0202.html# |arquivodata=29 de maio de 2009 |urlmorta=yes }}</ref> No final da década de 1960, ele descreveu sua abordagem (juntamente com toda a economia ortodoxa) como sendo "''linguagem e instrumentos keynesianos''", rejeitando suas conclusões iniciais.<ref>{{citar livro|título= The Making of Modern Economics: The Lives and Ideas of the Great Thinkers |autor = Mark Skousen |página=407 |publicado= M.E. Sharpe | isbn = 0-7656-2227-0 | url=http://books.google.com/books?id=6sisXMv_AecC&lpg=PA407&dq=friedman%20we.are.all.keynesians.now&pg=PA407#v=onepage&q=friedman%20we.are.all.keynesians.now&f=false |data=28-02-2009}}</ref> |
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Após aposentar-se da Universidade de Chicago em 1977 e tornar-se professor emérito de economia em 1983,<ref name="Caldwell-2017">{{Citar enciclopédia|ultimo=Caldwell|primeiro=Bruce|url=https://www.britannica.com/biography/Milton-Friedman|titulo=Milton Friedman|data=|acessodata=2 de agosto de 2017|enciclopédia=Encyclopædia Britannica|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170802212154/https://www.britannica.com/biography/Milton-Friedman|arquivodata=2 de agosto de 2017|urlmorta=live}}</ref> Friedman serviu como conselheiro do presidente [[Partido Republicano (Estados Unidos)|republicano]] dos EUA [[Ronald Reagan]] e da primeira-ministra [[Partido Conservador (Reino Unido)|conservadora]] britânica [[Margaret Thatcher]].<ref name="ReferenceA">{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|isbn=978-0230604094}}</ref> Sua filosofia política exaltava as virtudes de um sistema econômico de [[Mercado livre|livre-mercado]] com intervenção governamental mínima em questões sociais. No seu livro de 1962, ''[[Capitalism and Freedom]]'', Friedman defendeu políticas como um exército voluntário, [[Câmbio flutuante|taxas de câmbio flutuantes]], abolição de licenças médicas, um [[imposto de renda negativo]], [[Cheque escolar|''voucher'' escolar]],<ref>[http://www.econlib.org/library/Enc/bios/Friedman.html "Milton Friedman (1912–2006)"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20070103173849/http://www.econlib.org/library/enc/bios/Friedman.html|date=January 3, 2007}}. Econlib.org. Retrieved on September 6, 2017.</ref> e apoio às [[Legalização de drogas|políticas de liberalização das drogas]]. Seu apoio à liberdade de escolha escolar o levou a fundar a Fundação Friedman para a Escolha Educacional, mais tarde renomeada EdChoice.<ref name="sullivan">{{Citar revista|sobrenome=Maureen Sullivan|data=30 de julho de 2016|título=Milton Friedman's Name Disappears From Foundation, But His School-Choice Beliefs Live On|url=https://www.forbes.com/sites/maureensullivan/2016/07/30/milton-friedmans-name-disappears-from-foundation-but-his-school-choice-beliefs-live-on/#ed848a179437|urlmorta=live|revista=Forbes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160921200835/http://www.forbes.com/sites/maureensullivan/2016/07/30/milton-friedmans-name-disappears-from-foundation-but-his-school-choice-beliefs-live-on/#ed848a179437|arquivodata=21 de setembro de 2016|acessodata=14 de setembro de 2016}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.atlasnetwork.org/news/article/friedman-foundation-changes-name-to-focus-on-benefits-of-educational-choice|titulo=Friedman Foundation changes name to focus on benefits of educational choice|data=29 de julho de 2016|acessodata=23 de maio de 2021|website=Atlas Network|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210523155959/https://www.atlasnetwork.org/news/article/friedman-foundation-changes-name-to-focus-on-benefits-of-educational-choice|arquivodata=23 de maio de 2021|urlmorta=dead}}</ref> |
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Durante a década de 1960, ele promoveu uma política macroeconômica alternativa conhecida como "''[[monetarismo]]''". Ele afirmou que existia uma taxa "''natural''" de desemprego e defendeu que os governos somente poderiam aumentar o nível de emprego acima desta taxa aumentando a [[demanda agregada]] e causando uma aceleração da inflação.<ref>Entre os macroeconomistas, a taxa "''natural''" foi gradativamente substituída pela [[NAIRU]] (taxa não acelerada de inflação do desemprego) de [[James Tobin]] , que é vista como tendo menos conotações normativas.</ref> Ele defendeu que a [[curva de Phillips]] era, no longo prazo, vertical à "''taxa natural''" e previu o que seria conhecido como [[estagflação]].<ref>O vencedor do Prêmio Nobel [[Paul Krugman]] afirmou que "''Em 1968, em uma das conquistas intelectuais mais decisivas da economia pós-guerra, Friedman não apenas mostrou porque o aparente dilema na ideia da curva de Phillips estava errada; ele também previu o surgimento da inflação combinada com o alto desemprego... conhecido como estagflação''". [[Paul Krugman]], [http://books.google.com/books?id=GcmvijkDrEcC&pg=PA43&lpg=PA43&dq=friedman+stagflation+krugman+decisive&source=bl&ots=S6Xzh9k7Ed&sig=fhh8I_YV3OWf8qlVl5n3QYxcU4E&hl=en&sa=X&oi=book_result&resnum=1&ct=result ''Peddling Prosperity: Economic Sense and Nonsense in an Age of Diminished Expectations'' (1995) p 43 online]</ref> Embora se opusesse à existência do [[Federal Reserve System]], Friedman defendeu que, dado que ele existia, uma pequena expansão estável da [[oferta monetária]] era a única política a ser tomada.<ref name="reason"/> |
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As obras de Friedman abrangem uma ampla gama de tópicos econômicos e questões de políticas públicas.<ref name="Caldwell-2017">{{Citar enciclopédia|ultimo=Caldwell|primeiro=Bruce|url=https://www.britannica.com/biography/Milton-Friedman|titulo=Milton Friedman|data=|acessodata=2 de agosto de 2017|enciclopédia=Encyclopædia Britannica|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170802212154/https://www.britannica.com/biography/Milton-Friedman|arquivodata=2 de agosto de 2017|urlmorta=live}}</ref> Seus livros e ensaios tiveram influência global, inclusive em antigos [[Estado comunista|estados comunistas]].<ref>"Capitalism and Friedman" (editorial). ''[[The Wall Street Journal]]''. November 17, 2006.</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Václav Klaus|autorlink=Václav Klaus|url=http://www.klaus.cz/klaus2/asp/clanek.asp?id=3DpXss5H9RJv|titulo=Remarks at Milton Friedman Memorial Service|data=29 de janeiro de 2007|acessodata=22 de agosto de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070702192445/http://klaus.cz/klaus2/asp/clanek.asp?id=3DpXss5H9RJv|arquivodata=2 de julho de 2007|urlmorta=dead}}</ref><ref name="defaming">Johan Norberg (October 2008). [http://reason.com/archives/2008/09/26/defaming-milton-friedman "Defaming Milton Friedman: Naomi Klein's disastrous yet popular polemic against the great free market economist"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20100411211951/http://reason.com/archives/2008/09/26/defaming-milton-friedman|date=April 11, 2010}}. ''Reason Magazine''. Washington, D.C.</ref><ref>{{Harvnb|Friedman|1999}}, p. 506.</ref> Uma pesquisa realizada em 2011 com economistas, encomendada pela EJW, classificou Friedman como o segundo economista mais popular do século XX, atrás apenas de [[John Maynard Keynes]].<ref>William L Davis, Bob Figgins, David Hedengren and Daniel B. Klein (May 2011). [http://econjwatch.org/articles/economics-professors-favorite-economic-thinkers-journals-and-blogs-along-with-party-and-policy-views "Economic Professors' Favorite Economic Thinkers, Journals, and Blogs"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20111218212117/http://econjwatch.org/articles/economics-professors-favorite-economic-thinkers-journals-and-blogs-along-with-party-and-policy-views|date=December 18, 2011}}. ''Econ Journal Watch''. 8(2). pp. 126–146.</ref> Após sua morte, ''[[The Economist]]'' o descreveu como "o economista mais influente da segunda metade do século XX [...] possivelmente de todo ele".<ref>{{Citar jornal|url=https://www.economist.com/business/displaystory.cfm?story_id=8313925|titulo=Milton Friedman, a giant among economists|data=23 de novembro de 2006|acessodata=20 de fevereiro de 2008|website=The Economist|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080217004356/http://www.economist.com/business/displaystory.cfm?story_id=8313925|arquivodata=17 de fevereiro de 2008|urlmorta=live}}</ref> |
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Friedman foi um conselheiro econômico de [[Ronald Reagan]], enquanto o [[Partido Republicano (Estados Unidos)|republicano]] ocupou a posição de [[chefe de estado]] dos Estados Unidos da América. Sua filosofia política exaltava as virtudes de um sistema econômico de [[livre mercado]] com intervenção mínima. Ele uma vez afirmou que seu papel na eliminação do alistamento nos [[Estados Unidos]] foi sua realização de maior orgulho, sendo que seu apoio à escolha da escola levou-o a fundar a ''Fundação Friedman para a Escolha Educacional''. Em seu livro de 1962 ''[[Capitalismo e Liberdade]]'', Friedman defendeu políticas como o alistamento voluntário, [[taxa de câmbio|taxas de câmbio]] flutuantes, a abolição da licença médica, um imposto de renda negativo e cupons escolares.<ref>[http://www.econlib.org/library/Enc/bios/Friedman.html Milton Friedman (1912–2006)]</ref> Suas ideias quanto à [[política monetária]], tributação, privatização e [[desregulamentação]] influenciaram as políticas governamentais, especialmente durante a década de 1980. Sua [[monetarismo|teoria monetária]] influenciou a resposta do Federal Reserve à crise financeira mundial de 2007-2008.<ref name="reason2">{{citar jornal|último = Bullock |primeiro = Penn |título= Bernanke's Philosopher |jornal= [[Reason Magazine]] |data= 17 de novembro de 2009 | url = http://reason.com/archives/2009/11/17/bernankes-philosopher |acessodata=4 de fevereiro de 2010 | ref = harv | postscript =}}</ref> No campo da [[estatística]], Friedman desenvolveu o método de amostragem sequencial de análise. |
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== Primeiros anos == |
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As obras de Milton Friedman incluem muitas monografias, livros, artigos acadêmicos, colunas em revistas, programas de televisão, vídeos e palestras, cobrindo uma ampla variedade de tópicos de [[microeconomia]], [[macroeconomia]], história econômica e assuntos de política pública. Seus livros e ensaios foram amplamente lidos, tendo uma influência internacional, até mesmo em antigos estados [[comunismo|comunistas]].<ref>"Capitalism and Friedman" (editorial), ''The Wall Street Journal'' 17 de novembro de 2006</ref><ref>{{citar web|título=Remarks at Milton Friedman Memorial Service|autor =[[Václav Klaus]]|data=29 de janeiro de 2007|url=http://www.klaus.cz/klaus2/asp/clanek.asp?id=3DpXss5H9RJv|acessodata=22 de agosto de 2008}}</ref><ref name=defaming>Johan Norberg, [http://reason.com/archives/2008/09/26/defaming-milton-friedman ''Defaming Milton Friedman: Naomi Klein's disastrous yet popular polemic against the great free market economist''], Reason Magazine, Washington, D.C., Oct. 2008</ref><ref>[[#refFriedman1999|Friedman 1999, p. 506]]</ref> |
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Friedman nasceu no [[Brooklyn]], Nova York, em 31 de julho de 1912. Seus pais, Sára Ethel (nascida Landau) e Jenő Saul Friedman, eram imigrantes judeus da classe trabalhadora de Beregszász na Rutênia dos Cárpatos, [[Reino da Hungria]] (hoje [[Beregovo|Berehove]] na Ucrânia).<ref name="Friedman-Nobel-1976" /><ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|isbn=978-0230604094}}</ref> Eles emigraram para a América no início da adolescência.<ref name="Friedman-Nobel-1976">{{Citar web|url=https://www.nobelprize.org/prizes/economic-sciences/1976/friedman/biographical/|titulo=The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 1976|acessodata=13 de maio de 2021|website=NobelPrize.org|lingua=en-US}}</ref> Ambos trabalhavam como comerciantes. Friedman era seu quarto filho e único filho homem, além de ser o mais novo.<ref name="Friedman-AA-2021">{{Citar web|url=https://achievement.org/achiever/milton-friedman-ph-d/|titulo=Milton Friedman, Ph.D.|acessodata=13 de maio de 2021|website=Academy of Achievement|lingua=en-US}}</ref> Pouco depois de seu nascimento, a família mudou-se para [[Rahway|Rahway, Nova Jersey]].<ref name="Doherty-2007">{{Citar jornal|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|url=https://reason.com/2007/02/21/the-life-and-times-of-milton-f/|titulo=The Life and Times of Milton Friedman|data=2007|website=Reason.com|publicado=[[Reason Foundation]]}}</ref> Seu pai, Jenő Saul Friedman, morreu durante o último ano do ensino médio de Friedman, deixando sua mãe aos seus cuidados e de duas irmãs mais velhas.<ref name="Friedman-Nobel-1976" /> |
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No início da adolescência, Friedman sofreu um acidente de carro, que deixou cicatrizes no lábio superior.<ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|isbn=978-0230604094}}</ref><ref>Milton Friedman, Rose Friedman, ''Two Lucky People. Memoirs'', Chicago 1998, p. 22.</ref> Estudante talentoso e leitor ávido, Friedman formou-se na Rahway High School em 1928, pouco antes de seu aniversário de 16 anos.<ref name="Friedman-AA-2021">{{Citar web|url=https://achievement.org/achiever/milton-friedman-ph-d/|titulo=Milton Friedman, Ph.D.|acessodata=13 de maio de 2021|website=Academy of Achievement|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman|ultimo=Eamonn Butler|ano=2011|series=Harriman Economic Essentials|capitulo=Ch. 1}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|páginas=5–12|isbn=978-0230604094}}</ref> Ele foi o primeiro da família a frequentar uma universidade. Friedman recebeu uma bolsa de méritos acadêmicos da [[Universidade Rutgers]] e formou-se em 1932.<ref>{{Citar web|url=https://alumni.rutgers.edu/awards-recognition/hall-of-distinguished-alumni/milton-friedman/|titulo=Milton Friedman|acessodata=10 de maio de 2021|website=Rutgers Alumni|lingua=en-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221217061214/https://alumni.rutgers.edu/awards-recognition/hall-of-distinguished-alumni/milton-friedman/|arquivodata=17 de dezembro de 2022|urlmorta=dead}}</ref> |
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===Juventude=== |
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Friedman nasceu no [[Brooklyn]], Nova Iorque, e seus pais eram os imigrantes judeus Sára Ethel (née Landau) e Jenő Saul Friedman,<ref>{{citar periódico| url = http://books.google.com/?id=aYlmAAAAMAAJ&q=%22Bklyn.,+N.Y..+July+31.+1912;+s.+Jeno+Saul+and+Sarah+Ethel+(Landau);+BA.+Rutgers+%22&dq=%22Bklyn.,+N.Y..+July+31.+1912;+s.+Jeno+Saul+and+Sarah+Ethel+(Landau);+BA.+Rutgers+%22 |título= Who's who in American Jewry |ano= 1980}}</ref> de Beregszász, [[Reino da Hungria]] (atual [[Berehove]], na Ucrânia), ambos mercadores de confecção. Logo após o nascimento de Milton, a família se mudou para [[Rahway]], [[Nova Jersey]]. Em sua adolescência, Friedman se feriu em um acidente de carro, que deixou uma ferida em seu lábio superior.<ref>Alan O. Ebenstein, Milton Friedman: a biography (2007) p. 10.</ref> Um estudante talentoso, Friedman se formou no [[Colégio Rahway]] em 1928, um pouco antes de seu 16º aniversário.<ref>Eamonn Butler, ''Milton Friedman'' (2011) ch 1</ref><ref>Alan O. Ebenstein, ''Milton Friedman: a biography'' (2007) pp. 5–12</ref> |
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Friedman pretendia inicialmente tornar-se um [[atuário]] ou um matemático, no entanto, o estado da economia, que neste momento se encontrava em recessão, convenceu-o a tornar-se um economista.<ref name="Friedman-AA-2021">{{Citar web|url=https://achievement.org/achiever/milton-friedman-ph-d/|titulo=Milton Friedman, Ph.D.|acessodata=13 de maio de 2021|website=Academy of Achievement|lingua=en-US}}</ref><ref name="Doherty-2007">{{Citar jornal|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|url=https://reason.com/2007/02/21/the-life-and-times-of-milton-f/|titulo=The Life and Times of Milton Friedman|data=2007|website=Reason.com|publicado=[[Reason Foundation]]}}</ref> Foram-lhe oferecidas duas bolsas para fazer pós-graduação, uma em matemática na [[Universidade Brown]] e outra em economia na [[Universidade de Chicago]].<ref>{{Citar jornal|url=https://www.youtube.com/watch?v=EhYOtG2pt3w|titulo=Milton Friedman and his start in economics|data=agosto de 2006|acessodata=12 de março de 2012|publicado=Young America's Foundation|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130223172833/http://www.youtube.com/watch?v=EhYOtG2pt3w|arquivodata=23 de fevereiro de 2013|urlmorta=live}}</ref><ref name="Harms-2006">{{Citar web|ultimo=Harms|primeiro=William|url=http://www-news.uchicago.edu/releases/06/061116.friedman.shtml|titulo=Professor Emeritus Milton Friedman dies at 94|data=16 de novembro de 2006|acessodata=7 de março de 2019|website=www-news.uchicago.edu}}</ref> Friedman escolheu a última opção, obtendo o título de Mestre em Artes em 1933. Ele foi fortemente influenciado por Jacob Viner, [[Frank Knight]] e Henry Simons. Friedman conheceu sua futura esposa, a economista Rose Director, enquanto estava na Universidade de Chicago.<ref name="UChi News-2021">{{Citar web|url=http://www-news.uchicago.edu/releases/02/021030.friedman.shtml|titulo=Nov. 8 conference to honor University of Chicago economist Milton Friedman on the occasion of his 90th birthday|acessodata=3 de fevereiro de 2021|website=www-news.uchicago.edu}}</ref> Friedman também foi aluno de [[Friedrich Hayek]].<ref name="Jacobin2024">{{Citar web|ultimo=Solty|primeiro=Ingar|url=https://jacobin.com/2024/05/friedrich-von-hayek-freedom-neoliberalism-democracy|titulo=Friedrich August von Hayek Was an Enemy of Freedom|data=8 de maio de 2024|website=[[Jacobin]]|publicado=Jacobin}}</ref> |
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Em 1932, Friedman formou-se na [[Universidade Rutgers]], onde se especializou em matemática e economia, inicialmente tendo a intenção de se tornar um atuário. Durante sua permanência na Rutgers, Friedman foi influenciado por dois professores de economia, [[Arthur F. Burns]] e [[Homer Jones]], que o convenceram que a economia moderna poderia ajudar a acabar com a [[Grande Depressão]]. |
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Durante o ano acadêmico de 1933-1934, ele foi [[Fellow|bolsista]] na [[Universidade Columbia|Universidade de Columbia]], onde estudou estatística com [[Harold Hotelling]]. Ele voltou a Chicago para o ano acadêmico seguinte, trabalhando como assistente de pesquisa de Henry Schultz, que estava então trabalhando no livro ''Theory and Measurement of Demand''.<ref>{{Citar web|url=http://www.irwincollier.com/chicago-theory-and-measurement-of-demand-henry-schultz-1934/|titulo=Chicago. Theory and Measurement of Demand. Henry Schultz, 1934|data=23 de janeiro de 2016|acessodata=16 de maio de 2021|website=Economics in the Rear-View Mirror|lingua=en-US}}</ref> Durante este ano, Friedman formou o que mais tarde se tornaria uma amizade para toda a vida com [[George Joseph Stigler|George Stigler]] e W. Allen Wallis, ambos os quais lecionariam com ele na Universidade de Chicago.<ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|páginas=13–30|isbn=978-0230604094}}</ref> Friedman também foi influenciado por dois amigos de longa data, Arthur Burns e Homer Johnson. Eles ajudaram Friedman a compreender melhor a profundidade do pensamento econômico. |
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Após se formar pela Rutgers, Friedman recebeu a proposta de duas bolsas de estudos para pós-graduação – uma em matemática na [[Universidade de Brown]] e outra em economia na [[Universidade de Chicago]]. Friedman escolheu a segunda, assim recebendo o título de mestre em 1933. Ele foi muito influenciado por [[Jacob Viner]], [[Frank Knight]] e [[Henry Calvert Simons|Henry Simons]]. Foi em Chicago que Friedman conheceu sua futura esposa, a economista [[Rose Friedman|Rose Director]]. Durante o ano letivo de 1933-1934, ele recebeu uma bolsa de estudos da [[Universidade de Colúmbia]], onde ele estudou estatística com o renomado estatístico e economista [[Harold Hotelling]]. Ele voltou para Chicago no ano letivo de 1934-1935, trabalhando como pesquisador assistente para [[Henry Schultz]], que na época estava trabalhando na ''Teoria e Mensuração da Demanda''. Naquele ano, Friedman conheceu os seus amigos de toda a vida, [[George Stigler]] e [[W. Allen Wallis]].<ref>Ebenstein, ''Milton Friedman: a biography'' (2007) pp. 13–30</ref> |
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== Serviço público == |
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Friedman |
Friedman não conseguiu encontrar emprego no meio acadêmico, por isso, em 1935, seguiu o seu amigo W. Allen Wallis para Washington, DC, onde [[New Deal|o New Deal]] de [[Franklin D. Roosevelt]] foi "um salva-vidas" para muitos jovens economistas.<ref>{{Citar web|ultimo=Mark Feeney|url=https://www.boston.com/news/globe/city_region/breaking_news/2006/11/nobel_lauriet_e.html|titulo=Nobel laureate economist Milton Friedman dies at 94|data=16 de novembro de 2006|acessodata=20 de fevereiro de 2008|website=The Boston Globe|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070330084012/http://www.boston.com/news/globe/city_region/breaking_news/2006/11/nobel_lauriet_e.html|arquivodata=30 de março de 2007|urlmorta=live}}</ref> Nesta fase, Friedman disse que ele e a sua esposa "consideravam os programas de criação de emprego, como o [[Works Progress Administration|WPA]], o CCC e o PWA, respostas adequadas à uma situação crítica", mas não "as medidas de fixação de preços e salários da [[National Recovery Administration|Administração de Recuperação Nacional]] e da [[Lei de Ajuste Agrícola|Administração de Ajuste Agrícola]]".<ref>{{Harvnb|Friedman|1999|p=59}}</ref> Prenunciando suas ideias posteriores, ele acreditava que [[Congelamento de preços|controles de preços]] interferiam em um [[Sinal de preço|mecanismo de sinalização essencial]] que ajudava os recursos a serem usados onde eram mais valorizados. Na verdade, Friedman concluiu mais tarde que toda a intervenção governamental associada ao New Deal era "a cura errada para a doença errada", argumentando que o Federal Reserve era a culpado e que eles deveriam ter expandido a oferta de moeda em reação à "Grande Contração", mais tarde assim descrita por ele em ''A Monetary History of the United States''.<ref>{{Citar web|url=http://delong.typepad.com/pdf/20070308_108-115.delong.FINAL.pdf|titulo=Right from the Start? What Milton Friedman can teach progressives|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=J. Bradford DeLong|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080216100725/http://delong.typepad.com/pdf/20070308_108-115.delong.FINAL.pdf|arquivodata=16 de fevereiro de 2008|urlmorta=live}}</ref> No livro, Friedman e sua colega [[Anna Schwartz]] argumentaram que a [[Grande Depressão]] foi causada por uma severa [[Política monetária|contração monetária]] devido a crises bancárias e políticas equivocadas por parte do [[Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos|Federal Reserve]].<ref>{{Harvnb|Bernanke|2004|p=7}}</ref> [[Robert Shiller|Robert J. Shiller]] descreve o livro como o “relato mais influente” sobre a Grande Depressão.<ref>{{Citar periódico |título=Narrative Economics |data=2017 |periódico=American Economic Review |número=4 |ultimo=Shiller |primeiro=Robert J. |paginas=967–1004 |lingua=en |doi=10.1257/aer.107.4.967 |issn=0002-8282 |volume=107}}</ref> Em 1935, ele começou a trabalhar para o National Resources Planning Board,<ref>Daniel J. Hammond, Claire H. Hammond (eds.) (2006), ''Making Chicago Price Theory: Friedman-Stigler Correspondence 1945–1957'', Routledge, p. xiii. {{ISBN|1135994293}}</ref> que estava então trabalhando em uma grande pesquisa de orçamento do consumidor. As ideias deste projeto mais tarde se tornaram parte de sua ''Theory of the Consumption Function'' (Teoria da Função de Consumo)'','' um livro que descreveu pela primeira vez a suavização do consumo e a [[Hipótese da renda permanente|hipótese de renda permanente]]. |
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Friedman começou a trabalhar no [[National Bureau of Economic Research]] no outono de 1937 para auxiliar [[Simon Kuznets]] em seu trabalho sobre a renda profissional. Esse trabalho resultou na publicação conjunta de ''Incomes from Independent Professional Practice'', que introduziu os conceitos de renda permanente e transitória, um componente importante da hipótese de renda permanente que Friedman elaborou com mais detalhes na década de 1950. O livro levanta a hipótese de que o licenciamento profissional restringe artificialmente a oferta de serviços e aumenta os preços. ''Incomes from Independent Professional Practice'' foi um livro relativamente controverso na comunidade econômica, por causa da hipótese de que as barreiras à entrada, que eram exercidas pela Associação Médica Americana, levavam a salários médios mais altos para médicos quando comparados a outros profissionais. As barreiras à entrada são um custo fixo, que devem ser incluídos a despeito de outros fatores como a experiência de trabalho ou outros fatores de capital humano.<ref name="Caldwell-2017">{{Citar enciclopédia|ultimo=Caldwell|primeiro=Bruce|url=https://www.britannica.com/biography/Milton-Friedman|titulo=Milton Friedman|data=|acessodata=2 de agosto de 2017|enciclopédia=Encyclopædia Britannica|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170802212154/https://www.britannica.com/biography/Milton-Friedman|arquivodata=2 de agosto de 2017|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Principles of Economics|ultimo=Mankiw|primeiro=Gregory|editora=Harcourt|ano=1997|páginas=216–219|isbn=0030270871}}</ref> |
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Na publicação ''Uma História Monetária dos Estados Unidos, 1867-1960'', de Friedman e [[Anna Schwartz|Anna J. Schwartz]], eles defendem que a [[Grande Depressão]] foi causada por uma [[política monetária|contração monetária]], que foi uma consequência da política adotada pelo Federal Reserve e da contínua crise do sistema bancário.<ref>{{harvnb|Bernanke|2004|p=7}}</ref> |
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Em 1940, Friedman foi nomeado professor assistente de economia na [[Universidade de Wisconsin–Madison|Universidade de Wisconsin-Madison]], mas o [[antissemitismo]] do departamento de Economia o levou a retornar ao serviço público.<ref>{{Harvnb|Friedman|1999|p=42}}</ref><ref>{{Harvnb|Friedman|1999|pp=84–85}}</ref> De 1941 a 1943, Friedman trabalhou na política tributária de guerra para o [[Federação|governo federal]], como consultor de altos funcionários do [[Departamento do Tesouro dos Estados Unidos]]. Como porta-voz do Tesouro em 1942, ele defendeu uma política [[Escola keynesiana|keynesiana]] de tributação. Ele ajudou a inventar o sistema de [[Retenção na fonte|retenção]] na fonte sobre a folha de pagamento, uma vez que o governo federal precisava de dinheiro para financiar a guerra.<ref name="Two Lucky People: Memoirs">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/twoluckypeopleme00frie|título=Two Lucky People: Memoirs|ultimo=Milton Friedman|ultimo2=Rose D. Friedman|editora=University of Chicago Press|ano=1999|páginas=[https://archive.org/details/twoluckypeopleme00frie/page/122 122]–123|isbn=978-0226264158|url-access=registration}}</ref> Mais tarde, disse: "Não peço desculpas por isso, mas realmente gostaria que não tivéssemos achado isso necessário e gostaria que houvesse alguma maneira de abolir a retenção agora."<ref name="reason">{{Citar web|ultimo=Brian Doherty|url=http://reason.com/archives/1995/06/01/best-of-both-worlds|titulo=Best of Both Worlds|data=junho de 1995|acessodata=28 de julho de 2010|website=Reason.com|publicado=[[Reason Foundation]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100709180107/http://reason.com/archives/1995/06/01/best-of-both-worlds|arquivodata=9 de julho de 2010|urlmorta=live}}</ref> Nas memórias escritas em conjunto por Milton e Rose Friedman, ele escreveu: "Rose me repreendeu repetidamente ao longo dos anos sobre o papel que desempenhei em tornar possível o atual governo exageradamente grande que ambos criticamos tão fortemente."<ref name="Two Lucky People: Memoirs" /> |
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Em 1935, ele começou a trabalhar para o Comitê de Recursos Naturais, que na época estava trabalhando em uma grande pesquisa sobre o orçamento do consumidor. As ideias deste projeto mais tarde tornaram-se parte de sua ''Teoria da Função de Consumo''. Friedman começou o seu emprego no Departamento Nacional de Pesquisa Econômica durante o outono de 1937 auxiliando [[Simon Kuznets]] em seu trabalho sobre renda profissional. Este trabalho resultou em sua publicação conjunta de ''Rendas da Prática Profissional Independente'', que introduziu os conceitos de renda permanente e transitória, um componente central da [[hipótese da renda permanente]], que Friedman tratou com grandes detalhes na década de 1950. O livro propõe que a licença profissional restringe artificialmente a oferta de serviços e aumenta os preços. |
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== Carreira acadêmica == |
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Durante 1940, Friedman foi nomeado professor assistente de Economia na [[Universidade de Wisconsin-Madison|Universidade de Wisconsin–Madison]], mas encarou o [[antissemitismo]] no departamento de economia e decidiu retornar ao governo.<ref>{{harvnb|Friedman|1999|p=42}}</ref><ref>{{harvnb|Friedman|1999|pp=84–85}}</ref> De 1941 a 1943, Friedman trabalhou na política tributária do período da guerra para o Governo Federal, como um conselheiro no [[Departamento do Tesouro dos Estados Unidos]]. Como um porta-voz do Tesouro em 1942, ele defendeu a política [[economia keynesiana|keynesiana]] de tributação. Ele ajudou a inventar o sistema de imposto retido na fonte da folha de pagamento, visto que o governo federal necessitava de recursos para vencer a guerra.<ref>{{citar livro|autor1 =Milton Friedman|autor2 =Rose D. Friedman|título=Two Lucky People: Memoirs|url=http://books.google.com/books?id=6l0_vQ1zpI8C&pg=PA122|ano=1999|publicado=University of Chicago Press|páginas=122–23|isbn=9780226264158}}</ref> Ele mais tarde afirmou que "Eu não tenho desculpas para isto, mas eu realmente gostaria que isto não fosse necessário e que existisse alguma forma de abolir o imposto retido na fonte".<ref name="reason">{{citar web|primeiro =Brian|último =Doherty|data=Junho de 1995|título=Best of Both Worlds|url=http://reason.com/archives/1995/06/01/best-of-both-worlds|publicado=Reason|acessodata=28 de julho de 2010}}</ref> |
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=== Primeiros anos === |
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Em 1940, Friedman aceitou um cargo na Universidade de Wisconsin-Madison, mas saiu devido a divergências com o corpo docente sobre o envolvimento dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Friedman acreditava que os Estados Unidos deveriam entrar na guerra.<ref name="Achievement.org">{{Citar web|url=https://www.achievement.org/achiever/milton-friedman-ph-d/#interview|titulo=Milton Friedman Biography and Interview – American Academy of Achievement|website=www.achievement.org|publicado=[[American Academy of Achievement]]}}</ref> Em 1943, Friedman juntou-se à Divisão de Pesquisa de Guerra da [[Universidade Columbia|Universidade de Columbia]] (liderada por W. Allen Wallis e [[Harold Hotelling]]), onde passou o resto da [[Segunda Guerra Mundial]] trabalhando como estatístico matemático, concentrando-se em problemas de produção de armas, táticas militares e experimentos metalúrgicos.<ref name="Achievement.org" /><ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/machinedreamseco0000miro|título=Machine Dreams: Economics Becomes a Cyborg Science|ultimo=Philip Mirowski|editora=Cambridge University Press|ano=2002|páginas=[https://archive.org/details/machinedreamseco0000miro/page/202 202]–203|isbn=978-0521775267|url-access=registration}}</ref> |
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Depois de participar do Programa de Reconstrução do ''[[New Deal]]'', especificamente num estudo sobre os padrões de consumo familiar, ingressa em 1946 na Universidade de Chicago, onde permanece até sua morte. Friedman foi colunista da revista semanal [[Newsweek]] e membro do Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas (EEUU). Muitas de suas ideias foram aplicadas na primeira fase do governo [[Richard Nixon|Nixon]]. No começo dos anos 1970, ele esteve no [[Chile]] e muitas de suas ideias econômicas de cunho [[liberal]] foram adotadas naquele país desde a derrocada de [[Salvador Allende]] em [[golpe de Estado no Chile em 1973|1973]]. [[Chicago Boys|Alguns de seus ex-alunos da pós-graduação do curso de Economia da Universidade de Chicago]] ocuparam importantes ministérios no governo [[Augusto Pinochet|Pinochet]], enquanto outros, como [[André Gunder Frank]] criticaram-no do início ao fim. |
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Em 1945, Friedman submeteu ''Incomes from Independent Professional Practice'' (em coautoria com Kuznets e concluído em 1940) à Columbia como sua tese de doutorado. A universidade concedeu-lhe o título de doutor em 1946.<ref>{{Citar web|url=http://c250.columbia.edu/c250_celebrates/remarkable_columbians/milton_friedman.html|titulo=Milton Friedman|acessodata=7 de março de 2019|website=c250.columbia.edu}}</ref><ref name="Harms-2006">{{Citar web|ultimo=Harms|primeiro=William|url=http://www-news.uchicago.edu/releases/06/061116.friedman.shtml|titulo=Professor Emeritus Milton Friedman dies at 94|data=16 de novembro de 2006|acessodata=7 de março de 2019|website=www-news.uchicago.edu}}</ref> Friedman passou o ano acadêmico de 1945-1946 lecionando na [[Universidade de Minnesota]] (onde seu amigo George Stigler trabalhava). Em 12 de fevereiro de 1945, nasceu seu único filho, [[David D. Friedman]], que mais tarde seguiria os passos do pai como economista.<ref>{{Citar periódico |url=https://heinonline.org/HOL/Page?handle=hein.journals/libpa3&id=721&div=&collection= |título=David Friedman and Libertarianism: A Critique |data=2011 |periódico=Libertarian Papers |ultimo=Block |primeiro=Walter E. |pagina=1 |volume=3 |acessourl=subscription |via=HeinOnline}}</ref> |
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Friedman, embora tenha sempre criticado o regime chileno, recebeu críticas por sua suposta (e por ele negada) vinculação com Pinochet, que tinha deposto o presidente eleito [[Salvador Allende]] por meio de um [[golpe militar]].<ref>{{citar web |autor= |obra= |título=Perfil de Milton Friedman |url=http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitext/prof_miltonfriedman.html |publicado=PBS |data= |acessodata=6 de março de 2010 |língua=inglês}}</ref> Ele foi duramente criticado pelo ex-Ministro das Relações Exteriores do Chile, na época exilado, [[Orlando Letelier]]. Em 1976, Letelier escreveu: "{{Quote|''É curioso que o autor do livro [[Capitalismo e Liberdade]], escrito para argumentar que o [[liberalismo econômico]] pode suportar uma democracia política, possa agora facilmente desvincular economia de política quando as teorias econômicas que ele defende coincidam com a restrição absoluta de qualquer tipo de liberdade democrática''".<ref>Letelier, Orlando, "The Chicago Boys In Chile", ''The Nation'', 28 de agosto de 1976</ref>}}Embora Friedman jamais tenha endossado a violência política e a supressão de garantias e liberdades individuais, os socialistas do mundo inteiro o associaram aos crimes da ditadura chilena. Em 1976, quando ele recebeu o [[Prémio Nobel|Nobel]] em Estocolmo, organizaram-se protestos na Suécia e em diversas partes do mundo. Hoje, o Chile, apesar de governado por uma coligação de esquerda, não abandonou muitas das prescrições [[liberais]] de Friedman e o País segue conjugando [[liberdade]] com prosperidade, pois vem realizando o julgamento daqueles que perpetraram e participaram da ditadura de Pinochet, tentando corrigir injustiças históricas. |
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=== Universidade de Chicago === |
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Foi conselheiro dos presidentes dos Estados Unidos: [[Richard Nixon]], [[Gerald Ford]] e [[Ronald Reagan]]. Recusou sempre qualquer cargo político. Publicou numerosos livros sobre as diversas áreas que abordou, da [[macroeconomia]] à [[microeconomia]], [[Teoria Monetária Moderna|teoria monetária]], [[estatística]] e história económica. No mais famoso desses livros — ''[[Capitalismo e Liberdade]]'' —, publicado em plena [[Guerra Fria]] (1962), Friedman tece as bases do seu pensamento, argumentando que a liberdade econômica é uma condição ''essencial'' para a liberdade das sociedades e dos indivíduos. Também produziu com sua esposa, [[Rose D. Friedman]], a [[série de televisão]] ''[[Free to Choose]]'' que foi ao ar em 1980 no canal ''PBS'' nos Estados Unidos. A série tornou-se um livro homônimo que foi [[best-seller]] por 5 semanas seguidas. |
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Em 1946, Friedman aceitou uma oferta para ensinar teoria econômica na Universidade de Chicago (uma posição aberta pela saída de seu antigo professor Jacob Viner para [[Universidade de Princeton|a Universidade de Princeton]]). Friedman trabalharia lá pelos próximos 30 anos.<ref name="Harms-2006">{{Citar web|ultimo=Harms|primeiro=William|url=http://www-news.uchicago.edu/releases/06/061116.friedman.shtml|titulo=Professor Emeritus Milton Friedman dies at 94|data=16 de novembro de 2006|acessodata=7 de março de 2019|website=www-news.uchicago.edu}}</ref> Ele contribuiu para a formação de uma comunidade intelectual que incluiria diversos vencedores do Prêmio Nobel, conhecida coletivamente como a "[[Escola de Chicago (economia)|escola de Chicago]]".<ref name="Doherty-2007">{{Citar jornal|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|url=https://reason.com/2007/02/21/the-life-and-times-of-milton-f/|titulo=The Life and Times of Milton Friedman|data=2007|website=Reason.com|publicado=[[Reason Foundation]]}}</ref> |
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Na época, Arthur F. Burns, que era então chefe do [[National Bureau of Economic Research]] e, mais tarde, [[Presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos|presidente do FED]], pediu a Friedman que voltasse a integrar a equipe do Bureau.<ref>{{Citar web|url=http://www.irwincollier.com/nber-mitchell-to-burns-about-friedman-1945/|titulo=NBER. Mitchell to Burns about Friedman. 1945|data=22 de julho de 2017|acessodata=17 de maio de 2021|website=Economics in the Rear-View Mirror|lingua=en-US}}</ref> Ele aceitou o convite e assumiu a responsabilidade pela pesquisa sobre a função da moeda no [[Ciclo econômico|ciclo de negócios]]. Como resultado, ele iniciou o "Workshop sobre Moeda e Bancos" (o "Workshop de Chicago"), que promoveu um renascimento dos estudos monetários. Durante a segunda metade da década de 1940, Friedman iniciou uma colaboração com [[Anna Schwartz]], uma [[História da economia|historiadora econômica]] do Bureau, que resultaria na publicação em 1963 do livro ''A Monetary History of the United States, 1867–1960''.<ref name="bestofbothworlds">{{Citar jornal|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|autorlink=Brian Doherty (journalist)|url=http://www.reason.com/news/show/29691.html|titulo=Best of Both Worlds|data=1 de junho de 1995|acessodata=24 de outubro de 2009|website=[[Reason (magazine)|Reason Magazine]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141011005521/http://reason.com/archives/1995/06/01/best-of-both-worlds|arquivodata=11 de outubro de 2014|urlmorta=live}}<cite class="citation news cs1" data-ve-ignore="true">[[Brian Doherty (journalist)|Doherty, Brian]] (June 1, 1995). [http://www.reason.com/news/show/29691.html "Best of Both Worlds"]. ''[[Reason (revista)|Reason Magazine]]''. [https://web.archive.org/web/20141011005521/http://reason.com/archives/1995/06/01/best-of-both-worlds Archived] from the original on October 11, 2014<span class="reference-accessdate">. Retrieved <span class="nowrap">October 24,</span> 2009</span>.</cite></ref><ref name="Doherty-2007">{{Citar jornal|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|url=https://reason.com/2007/02/21/the-life-and-times-of-milton-f/|titulo=The Life and Times of Milton Friedman|data=2007|website=Reason.com|publicado=[[Reason Foundation]]}}<cite class="citation news cs1" data-ve-ignore="true" id="CITEREFDoherty2007">Doherty, Brian (2007). [https://reason.com/2007/02/21/the-life-and-times-of-milton-f/ "The Life and Times of Milton Friedman"]. ''Reason.com''. [[Reason Foundation]].</cite></ref> |
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O seu posicionamento fez-lhe muitos adversários no plano das ideias, e foi motivo de muitas controvérsias. Conduziu-o, no entanto, à liderança de uma doutrina de pensamento econômico. Por suas realizações nos campos da análise do consumo, da história monetária e da teoria e demonstração da complexidade da política de estabilização, recebeu o [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel]] de 1976. |
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Em 1951, Friedman recebeu a [[Medalha John Bates Clark]], que na época era concedida a cada dois anos ao melhor economista com menos de 40 anos, pela [[American Economic Association]]. Seu trabalho mais influente ainda estava por vir. |
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Celebrado como o maior advogado do [[Liberalismo]] econômico e da subsequente redução das funções do [[Estado]] frente ao domínio do mercado livre. Seu monetarismo foi bem-sucedido em recuperar economias desenvolvidas estagnadas, como a da Grã-Bretanha da [[Margaret Thatcher|era Thatcher]]. Milton Friedman foi um defensor da liberdade econômica individual e da democracia. Corajosamente enfrentou polêmicas questões como a da liberação de drogas, embora não recomendasse o seu uso. Defendeu um governo limitado, que garantisse estabilidade monetária, liberdades econômicas, [[Estado democrático de direito]] e [[direito de propriedade]]. |
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=== Universidade de Cambridge === |
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Friedman propôs a substituição do sistema de bem-estar EUA existente com um imposto de renda negativo, um sistema de imposto progressivo em que os pobres receberiam um salário básico do governo.<ref name="NYT">{{citar periódico|último =Frank|primeiro =Robert H|data=2006-11-23 |título=The Other Milton Friedman: A Conservative With a Social Welfare Program |periódico=New York Times|url=http://www.nytimes.com/2006/11/23/business/23scene.html?_r=2|publicado=[[The New York Times]]}}</ref> De acordo com o [[New York Times]], as opiniões de Friedman a este respeito foram baseadas na crença de que apesar<blockquote>"''das forças do mercado ... fazerem coisas maravilhosas''", elas "''não podem garantir uma distribuição de renda que permita que todos os cidadãos consigam atender às necessidades econômicas básicas''".<ref name="NYT" /></blockquote> |
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Friedman passou o ano acadêmico de 1954-1955 como Fulbright Visiting Fellow no [[Gonville and Caius College (Cambridge)|Gonville and Caius College, em Cambridge]]. Na época, o corpo docente de economia de Cambridge estava dividido em uma maioria keynesiana (incluindo [[Joan Robinson]] e Richard Kahn) e uma minoria anti-keynesiana (liderada por Dennis Robertson). Friedman especulou que fora convidado para a bolsa porque suas opiniões eram inaceitáveis para ambas as facções de Cambridge. Mais tarde, suas colunas semanais para a revista ''Newsweek'' (1966-1984) foram muito lidas e cada vez mais influentes entre políticos e empresários, e ajudaram a revista a ganhar o Prêmio Gerald Loeb em 1968.<ref name="HC-19680522">{{Citar jornal|ultimo=Devaney|primeiro=James J.|url=https://newspapers.com/image/370559693/?terms=Nicholas%2BMolodovsky%2BLoeb%2BAward|titulo='Playboy', 'Monitor' Honored|data=22 de maio de 1968|acessodata=20 de março de 2019|website=[[Hartford Courant]]|pagina=36|via=[[Newspapers.com]]|edição=final|volume=CXXXI}}</ref> De 1968 a 1978, ele e [[Paul Samuelson]] participaram da Economics Cassette Series, uma série de assinaturas quinzenais onde o economista discutia as questões do dia por cerca de meia hora.<ref>[http://library.duke.edu/rubenstein/findingaids/samuelsonpaul/ Inventory of the Paul A. Samuelson Papers, 1933–2010 and undated | Finding Aids | Rubenstein Library] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20130112220957/http://library.duke.edu/rubenstein/findingaids/samuelsonpaul/|date=January 12, 2013}}. Library.duke.edu. Retrieved on September 6, 2017.</ref> |
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==== ''A Theory of the Consumption Function'' ==== |
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==Carreira acadêmica== |
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Uma das obras mais populares de Milton Friedman, ''A Theory of the Consumption Function'', questionou a visão keynesiana tradicional sobre os gastos das famílias. Este trabalho foi publicado originalmente em 1957 pela [[Princeton University Press]] e reanalisou a relação apresentada "entre o consumo agregado ou a poupança agregada e a renda agregada".<ref name="Friedman-2018">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=7_1ZDwAAQBAJ&q=a+theory+of+the+consumption+function+friedman&pg=PP1|título=A Theory of the Consumption Function|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=[[Princeton University Press]]|ano=2018|páginas=20–37|isbn=978-0691188485}}</ref> |
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Em 1940, o jovem Milton Friedman aceitou um cargo na Universidade de Wisconsin–Madison, porém logo deixou o emprego devido a discordância com a posição da faculdade no que se referia ao envolvimento dos Estados Unidos na [[Segunda Guerra Mundial]] - uma vez que acreditava que o país deveria de fato ingressar na guerra.<ref name="Achievement.org">{{citar web |url=http://www.achievement.org/autodoc/page/fri0bio-1 |título=Milton Friedman Biography - Academy of Achievement |publicado=Achievement.org |data= |acessodata=22-04-2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060103234519/http://www.achievement.org/autodoc/page/fri0bio-1# |arquivodata=03-01-2006 |urlmorta=yes }}</ref> Em 1943, Friedman entrou para a Divisão de Pesquisa da Guerra na [[Universidade de Colúmbia]] (liderada por [[W. Allen Wallis]] e [[Harold Hotelling]]), onde passou o resto da Segunda Guerra Mundial trabalhando como um estatístico matemático, focando em problemas de projetos de armas, tática militar e experimentos metalúrgicos.<ref name="Achievement.org"/><ref>{{citar livro|autor =Philip Mirowski|título=Machine Dreams: Economics Becomes a Cyborg Science|url=http://books.google.com/books?id=GkrYxL0QtpcC&pg=PA203|ano=2002|publicado=Cambridge University Press|páginas=202–3|isbn=9780521775267}}</ref> |
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[[John Maynard Keynes|Keynes,]] acreditava que as pessoas modificariam as suas despesas de consumo doméstico para corresponder aos seus níveis de rendimento no momento.<ref>{{Citar web|url=https://www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/basics/4_keynes.htm|titulo=What Is Keynesian Economics? – Back to Basics Compilation Book – IMF Finance & Development magazine|acessodata=10 de maio de 2021|website=www.imf.org}}</ref> A pesquisa de Friedman introduziu o termo "renda permanente", que era a média da renda esperada de uma família ao longo de vários anos, e ele também desenvolveu a [[hipótese da renda permanente]]. Friedman pensava que a renda era composta por vários elementos, nomeadamente transitórios e permanentes. Ele estabeleceu a fórmula <math>y=y_p+y_t</math> para calcular a renda, com ''p'' representando o componente permanente e ''t'' representando o componente transitório. A pesquisa de Milton Friedman mudou a forma como os economistas interpretavam a função de consumo, e seu trabalho promoveu a ideia de que a renda corrente não era o único fator que afetava o nível de consumo das famílias. Em vez disso, os níveis de renda esperados também afetavam a forma como as famílias alterariam seus gastos de consumo. As contribuições de Friedman influenciaram fortemente as pesquisas sobre o comportamento do consumidor, e ele ainda definiu como prever a suavização do consumo, o que contradiz a [[Propensão marginal a consumir|propensão marginal a consumir de Keynes]]. Embora esse trabalho tenha apresentado muitas visões controversas, que diferiam das visões keynesianas existentes, ''A Theory of the Consumption Function'' ajudou Friedman a ganhar respeito no campo da economia. Seu trabalho sobre a hipótese da renda permanente está entre as muitas contribuições que foram listadas como razões para seu [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|Prêmio Nobel em Ciências Econômicas]].<ref name="nobel1">{{Citar web|url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|titulo=The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 1976|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=Nobel Prize|ano=1976|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080412092230/http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|arquivodata=12 de abril de 2008|urlmorta=live}}</ref> Seu trabalho foi posteriormente expandido por Christopher D. Carroll, especialmente no que diz respeito à ausência de restrições de liquidez.<ref>[https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/jep.15.3.23 "A Theory of Consumption Function, With and Without Liquidity Constraints"], Christopher D. Carroll, 2001, ''Journal of Economic Perspectives'', Vol. 15, No. 3, pp. 23–45, {{DOI|10.1257/jep.15.3.23}}</ref> |
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Em 1945, Friedman submeteu ''Rendas da Prática Profissional Independente'' (em coautoria com Kuznets e concluído durante o ano de 1940) na Colúmbia como sua dissertação de doutorado. A universidade concedeu-lhe o título de PhD em 1946. Friedman passou o ano letivo de 1945-1946 lecionando na [[Universidade de Minnesota]] (onde seu amigo George Stigler estava trabalhando). Em 12 de fevereiro de 1945, seu filho, [[David D. Friedman]], nasceu. |
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==== ''Capitalism and Freedom'' ==== |
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===Universidade de Chicago=== |
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Seu livro ''[[Capitalism and Freedom]]'', inspirado em uma série de palestras que deu no Wabash College,<ref>{{Citar web|ultimo=Schnetzer|primeiro=Amanda|url=http://www.bushcenter.org/catalyst/freedom/schnetzer-friedman-in-2016.html|titulo=Reading Friedman in 2016: Capitalism, Freedom, and the China Challenge|data=2016|acessodata=29 de outubro de 2020|website=George W. Bush Institute|lingua=en}}</ref> tornou-o conhecido nacional e internacionalmente fora do meio acadêmico.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Sorkin|primeiro=Andrew Ross|url=https://www.nytimes.com/2020/09/11/business/dealbook/milton-friedman-doctrine-social-responsibility-of-business.html|titulo=A Free Market Manifesto That Changed the World, Reconsidered|data=11 de setembro de 2020|acessodata=10 de maio de 2021|website=The New York Times|lingua=en-US|issn=0362-4331|acessourl=limited}}</ref> Foi publicado em 1962 pela [[University of Chicago Press]] e consiste em ensaios que usaram modelos econômicos não matemáticos para explorar questões de políticas públicas.<ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|páginas=135–146|isbn=978-0230604094}}</ref> Vendeu mais de 400 mil cópias nos primeiros dezoito anos e mais de meio milhão desde 1982. ''Capitalism and Freedom'' foi traduzido para dezoito línguas.<ref>{{Citar livro|url=https://www.degruyter.com/document/isbn/9780226264189/html|título=Capitalism and Freedom|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|data=15 de fevereiro de 2009|editora=University of Chicago Press|língua=en|isbn=978-0226264189|acessodata=23 de maio de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210523003559/https://www.degruyter.com/document/isbn/9780226264189/html|arquivodata=23 de maio de 2021}}</ref> Friedman fala sobre a necessidade de avançar para uma sociedade liberal, que os livres-mercados ajudariam nações e indivíduos a longo prazo e resolveriam os problemas de eficiência enfrentados pelos Estados Unidos e por outros países grandes nas décadas de 1950 e 1960. Em cada capítulo, ele analisa uma questão específica, desde o papel do governo e da oferta de moeda até programas de bem-estar social, incluindo um capítulo especial sobre licenciamento ocupacional. Friedman conclui ''Capitalism and Freedom'' com sua postura [[Liberalismo clássico|"liberal clássica"]] de que o governo deve ficar de fora de assuntos que não precisam dele e só deve se envolver quando for absolutamente necessário para a sobrevivência de seu povo e do país. Ele relata como as melhores capacidades de um país advêm dos seus livres-mercados, enquanto os seus fracassos advêm da intervenção governamental.<ref name="Friedman-1962">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=zHSv4OyuY1EC&pg=PA182|título=Capitalism and Freedom: Fortieth Anniversary Edition|ultimo=Milton Friedman|ultimo2=Rose D. Friedman|editora=U. of Chicago Press|ano=1962|isbn=978-0226264189}}</ref> |
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[[Imagem:Harper Midway Chicago.jpg|thumb|right|200px|[[Universidade de Chicago]]]] |
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Em 1946, Friedman aceitou uma oferta para ensinar teoria econômica na Universidade de Chicago (um cargo deixado em aberto pela ida de seu ex-professor Jacob Viner para a Universidade de Princeton). Friedman trabalharia na Universidade de Chicago pelos 30 anos seguintes. Lá, ele contribuiu para o estabelecimento de uma comunidade intelectual que produziu um grande número de vencedores do Prêmio Nobel, conhecida como a [[Escola de Chicago (economia)|escola de economia de Chicago]]. |
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== Depois da aposentadoria == |
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Na época, [[Arthur F. Burns]], que era o diretor do Departamento Nacional de Pesquisa Econômica, pediu a Friedman para voltar ao Departamento. Ele aceitou o convite e assumiu a responsabilidade de investigar o papel do dinheiro no [[ciclo econômico]]. Como um resultado, ele iniciou a "''Oficina sobre Dinheiro e Bancos''" (a "''Oficina de Chicago''"), que promoveu um renascimento dos estudos monetários. Durante a segunda metade da década de 1940, Friedman iniciou uma colaboração com Anna Schwartz, uma [[história econômica|historiadora econômica]] do Departamento, que resultaria na publicação de 1963 de um livro de coautoria de Friedman e Schwartz, ''Uma História Monetária dos Estados Unidos, 1867–1960''. |
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[[Ficheiro:Pencil.webm|esquerda|miniaturadaimagem| Friedman dando uma palestra sobre um lápis em ''Free to Choose'' (1980)]] |
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Em 1977, aos 65 anos, Friedman aposentou-se da [[Universidade de Chicago]] depois de lecionar lá por 30 anos. Ele e sua esposa mudaram-se para São Francisco, onde ele se tornou um professor visitante no Federal Reserve Bank de São Francisco. A partir de 1977, ele filiou-se à [[Instituição Hoover]] da [[Universidade Stanford|Universidade de Stanford]].<ref>{{Citar web|url=https://www.hoover.org/profiles/milton-friedman|titulo=Milton Friedman|acessodata=23 de maio de 2021|website=Hoover Institution|lingua=en}}</ref> |
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Em 1977, Friedman foi convidado por Bob Chitester e pela Free to Choose Network para que criasse um programa de televisão apresentando a sua filosofia econômica e social.<ref>{{Citar web|ultimo=Boaz|primeiro=David|url=https://www.cato.org/blog/bob-chitester-rip|titulo=Bob Chitester, RIP|data=10 de maio de 2021|acessodata=20 de maio de 2021|website=www.cato.org}}</ref><ref>{{Citar comunicado de imprensa|ultimo=Hawkins|primeiro=Marjory|url=https://www.globenewswire.com/news-release/2021/05/10/2226535/0/en/Free-To-Choose-Network-Founder-Chairman-Bob-Chitester-Dies.html|titulo=Free To Choose Network Founder & Chairman Bob Chitester Dies|data=10 de maio de 2021|acessodata=20 de maio de 2021|website=GlobeNewswire News Room|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://freetochoosenetwork.org/tribute/|titulo=Free To Choose Network {{!}} Tribute to Our Founder, Bob Chitester|data=2021|acessodata=20 de maio de 2021|website=freetochoosenetwork.org|lingua=en}}</ref> Friedman e sua esposa Rose trabalharam neste projeto pelos três anos seguintes e, em 1980, a série de dez partes, intitulada ''[[Free to Choose]]'', foi transmitida pela [[PBS|Public Broadcasting Service]] (PBS). O livro, que acompanha a série, escrito por Milton e sua esposa, também intitulado ''Free to Choose'', foi o [[Não ficção|livro de não ficção]] mais vendido de 1980.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=F5z1B5SwGUEC|título=Free to Choose: A Personal Statement|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|ultimo2=Friedman|primeiro2=Rose|editora=Houghton Mifflin Harcourt|ano=1990|língua=en|isbn=978-0547539751}}</ref> |
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Friedman passou o ano letivo de 1954-1955 como um bolsista visitante no [[Gonville and Caius College]], em [[Cambridge]]. Na época, a faculdade de economia de Cambridge era dividida em uma maioria keynesiana (incluindo [[Joan Robinson]] e [[Richard Kahn]]) e uma minoria anti-keynesiana (liderada por [[Dennis Robertson]]). Friedman especulou que ele foi convidado para a bolsa por suas opiniões serem inaceitáveis para ambas as facções de Cambridge. Posteriormente, suas colunas semanais para a revista ''Newsweek'' (1966-84) foram bem lidas e influenciaram políticos e empresários.<ref>CATO, "Letter from Washington," ''National Review,'' September 19, 1980, Vol. 32 Issue 19, p. 1119</ref> De 1968 a 1978, ele e [[Paul Samuelson]] participaram da Economics Cassette Series, uma série de assinatura quinzenal na qual os economistas discutiam os assuntos do dia por cerca de meia hora por vez.<ref>{{Citar web |url=http://hoohila.stanford.edu/friedman/ecs.php# |titulo=Rose and Milton Friedman<!-- Bot generated title --> |acessodata=9 de dezembro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130620070153/http://hoohila.stanford.edu/friedman/ecs.php# |arquivodata=20 de junho de 2013 |urlmorta=yes }}</ref><ref>[http://library.duke.edu/rubenstein/findingaids/samuelsonpaul/ Inventory of the Paul A. Samuelson Papers, 1933–2010 and undated | Finding Aids | Rubenstein Library<!-- Bot generated title -->]</ref> |
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Friedman trabalhou como [[Assessor|assessor não oficial]] de [[Ronald Reagan]] durante sua campanha presidencial de 1980 e depois trabalhou na equipe econômica do Presidente pelo resto do [[Presidência de Ronald Reagan|governo Reagan]]. Ebenstein afirmou que Friedman foi “o ‘guru’ da [[Presidência de Ronald Reagan|administração Reagan]]”.<ref name="ReferenceA">{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|isbn=978-0230604094}}</ref> Em 1988, ele recebeu a [[Medalha Nacional de Ciências]] e Reagan o homenageou com a [[Medalha Presidencial da Liberdade]].<ref>{{Citar web|ultimo=Bush|primeiro=George W.|url=https://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2002/05/20020509-1.html|titulo=President Honors Milton Friedman for Lifetime Achievements|data=2002|acessodata=10 de maio de 2021|website=georgewbush-whitehouse.archives.gov}}</ref> |
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Friedman foi um conselheiro econômico do candidato republicano à Presidência [[Barry Goldwater]] em 1964. |
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Friedman é conhecido hoje como um dos economistas mais influentes do século XX.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.economist.com/daily/news/displaystory.cfm?story_id=8190872|titulo=Milton Friedman: An enduring legacy|data=17 de novembro de 2006|acessodata=20 de fevereiro de 2008|website=The Economist|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080217001346/http://www.economist.com/daily/news/displaystory.cfm?story_id=8190872|arquivodata=17 de fevereiro de 2008|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Patricia Sullivan|url=https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/11/16/AR2006111600592.html|titulo=Economist Touted Laissez-Faire Policy|data=17 de novembro de 2006|acessodata=20 de fevereiro de 2008|website=The Washington Post|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080726012032/http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/11/16/AR2006111600592.html|arquivodata=26 de julho de 2008|urlmorta=live}}</ref> Ao longo das décadas de 1980 e 1990, Friedman continuou a escrever [[Op-ed|editoriais]] e a aparecer na televisão. Ele fez várias visitas à Europa Oriental e à China, onde também aconselhou governos. Ele também foi por muitos anos um ''trustee'' da Philadelphia Society.<ref>[http://www.cato.org/special/friedman/friedman/index.html Milton Friedman – Biography | Cato Institute] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20120502110026/http://www.cato.org/special/friedman/friedman/index.html|date=May 2, 2012}}. Cato.org (November 16, 2006). Retrieved on September 6, 2017.</ref><ref>{{Citar web|url=http://phillysoc.org/trustees.htm|titulo=Trustees|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130827033031/http://phillysoc.org/trustees.htm|arquivodata=27 de agosto de 2013|urlmorta=dead}}</ref> |
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===Prêmio Nobel em Ciências Econômicas=== |
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Friedman recebeu o [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|Prêmio Memorial Nobel em Ciências Econômicas]] em 1976, "''por suas realizações nos campos da análise de consumo, história e teoria [[oferta monetária|monetária]] e por sua contribuição no entendimento da complexidade da política de estabilização''".<ref name=nobel1 /> |
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== Vida pessoal == |
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Friedman teve dois filhos, [[David D. Friedman|David]] e Jan.<ref name="Wile-2012">{{Citar web|url=https://www.thedailybell.com/all-articles/exclusive-interviews/anthony-wile-david-d-friedman-on-his-famous-father-anarcho-capitalism-and-free-market-solutions/|titulo=David D. Friedman on his Famous Father, Anarcho-Capitalism and Free-Market Solutions|data=8 de abril de 2012|acessodata=10 de maio de 2021|website=The Daily Bell|lingua=en-US}}</ref> Ele conheceu sua esposa, Rose Friedman (nascida Director), na [[Universidade de Chicago]] em 1932, e casou-se seis anos depois, em 1938.<ref name="UChi News-2021">{{Citar web|url=http://www-news.uchicago.edu/releases/02/021030.friedman.shtml|titulo=Nov. 8 conference to honor University of Chicago economist Milton Friedman on the occasion of his 90th birthday|acessodata=3 de fevereiro de 2021|website=www-news.uchicago.edu}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Weber|primeiro=Bruce|url=https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/2009/08/19/business/19friedman.html|titulo=Rose Friedman, Economist and Collaborator, Dies at 98|data=19 de agosto de 2009|acessodata=5 de setembro de 2024|website=The New York Times|lingua=en-US|issn=0362-4331}}</ref> Rose, quando questionada sobre os sucessos de Friedman, disse que "nunca tive o desejo de competir profissionalmente com Milton (talvez porque eu fosse inteligente o suficiente para reconhecer que não poderia). Por outro lado, ele sempre fez com que eu sentisse que suas conquistas são minhas conquistas."<ref>{{Citar jornal|ultimo=Chen|primeiro=Vivien Lou|url=http://archive.boston.com/bostonglobe/obituaries/articles/2009/08/20/rose_friedman_economist_promoted_freedom_at_97/|titulo=Rose Friedman, economist promoted freedom; at 97|data=20 de agosto de 2009|acessodata=20 de maio de 2021|website=Boston.com}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aCLbgqpnozjg|titulo=Rose Friedman, Economist Partner of Husband Milton, Dies at 97|data=5 de novembro de 2013|acessodata=20 de maio de 2021|website=Bloomberg.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131105072813/http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aCLbgqpnozjg|arquivodata=5 de novembro de 2013|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.independent.org/publications/tir/article.asp?id=336 |título=Two Lucky People: Memoirs: The Independent Review |data=1998–1999 |periódico=The Independent Review |número=3 |ultimo=Bresnahan |primeiro=Timothy |volume=3 |via=Independent Institute}}</ref> |
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Em 1977, com a idade de 65, Friedman aposentou-se da Universidade de Chicago após lecionar lá por 30 anos. Ele e sua esposa mudaram-se para [[San Francisco]] onde ele tornou-se um acadêmico convidado no Federal Reserve de San Francisco. A partir de 1977, ele se afiliou à [[Instituição Hoover]] na [[Universidade de Stanford]]. No mesmo ano, Friedman foi convidado a criar um programa de televisão apresentando sua filosofia econômica e social. |
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Durante a década de 1960, Friedman construiu (e posteriormente manteve) uma casa de campo em Fairlee, Vermont.<ref>{{Citar web|ultimo=Hannan|primeiro=Dan|url=https://www.washingtonexaminer.com/opinion/milton-friedmans-arguments-will-never-age|titulo=Milton Friedman's arguments will never age|data=11 de novembro de 2019|acessodata=22 de maio de 2021|website=Washington Examiner|lingua=en}}</ref> Friedman também tinha um apartamento em Russian Hill, São Francisco, onde viveu de 1977 até sua morte.<ref>{{Citar web|ultimo=Abate|primeiro=Tom|url=https://www.sfgate.com/business/article/PROFILE-Decades-don-t-douse-Milton-Friedman-s-2504389.php|titulo=PROFILE / Decades don't douse Milton Friedman's fire / Retired economist still champions free-market theory|data=12 de fevereiro de 2006|acessodata=22 de maio de 2021|website=SFGATE|lingua=en-US}}</ref> |
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Os Friedmans trabalharam neste projeto nos três anos seguintes, e durante 1980, a série de dez capítulos intitulada ''[[Free to Choose]]'' foi transmitida pela [[Public Broadcasting Service]] (PBS). O livro que acompanhava a série (em coautoria de Milton com sua esposa, Rose Friedman), também intitulado ''Free To Choose'', foi o livro mais vendido de não ficção de 1980, e desde então foi traduzido para 14 línguas diferentes. |
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=== Visões religiosas === |
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Friedman serviu como um conselheiro não oficial de Ronald Reagan durante sua campanha presidencial de 1980, e depois serviu no Conselho Consultivo de Política Econômica da Presidência no resto da [[Ronald Reagan|administração Reagan]]. Em 1988 ele recebeu a [[Medalha Nacional de Ciências]] e Reagan concedeu-lhe a [[Medalha Presidencial da Liberdade]]. |
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De acordo com um artigo de 2007 na revista ''[[Commentary]]'', seus "pais eram judeus moderadamente observantes, mas Friedman, após uma intensa explosão de [[Piedade (teologia)|piedade]] na infância, rejeitou a religião completamente". Ele descreveu-se como agnóstico.<ref>{{Citar jornal|ultimo=David Asman|url=https://www.foxnews.com/story/your-world-interview-with-economist-milton-friedman|titulo='Your World' Interview With Economist Milton Friedman|data=16 de novembro de 2006|acessodata=2 de agosto de 2011|website=Fox News|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110206063810/http://www.foxnews.com/story/0,2933,230045,00.html|arquivodata=6 de fevereiro de 2011|urlmorta=live}}</ref> Friedman escreveu extensivamente sobre sua vida e experiências, especialmente em 1998, em suas memórias com sua esposa, Rose, intituladas ''Two Lucky People''. Neste livro, Rose Friedman descreve como ela e Milton criaram seus dois filhos, Janet e David, com uma árvore de Natal em casa. "Os judeus ortodoxos, é claro, não celebram o Natal. No entanto, minha mãe me permitiu, quando eu era criança, ter uma árvore de Natal em um ano em que meu amigo tinha uma; ela não apenas tolerou que tivéssemos uma árvore de Natal, como até pendurou pipocas nela."<ref>{{Citar livro|título=Two Lucky People|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|ultimo2=Friedman|primeiro2=Rose|data=1999|editora=The University of Chicago Press|localização=Chicago & London|isbn=0226264157|edição=Paperback}}</ref> |
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=== Morte === |
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Milton Friedman é conhecido atualmente como um dos economistas mais influentes do século XX.<ref>{{citar jornal|título=Milton Friedman: An enduring legacy|url=http://www.economist.com/daily/news/displaystory.cfm?story_id=8190872|obra=The Economist|data=17 de novembro de 2006|acessodata=20 de fevereiro de 2008}}</ref><ref>{{citar web|primeiro =Patricia|último =Sullivan|data=17 de novembro de 2006|título=Economist Touted Laissez-Faire Policy|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/11/16/AR2006111600592.html|obra=The Washington Post|acessodata=20 de fevereiro de 2008}}</ref> Na década de 1980 e 1990, Friedman continuou a escrever editoriais e a aparecer na televisão. Ele fez algumas visitas ao leste europeu e à China, onde ele também aconselhou governos locais. Ele também foi por muitos anos um dos curadores da Sociedade da Filadélfia.<ref>{{Citar web |url=http://phillysoc.org/trustees.htm# |titulo=Trustees<!-- Bot generated title --> |acessodata=9 de dezembro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130827033031/http://phillysoc.org/trustees.htm# |arquivodata=27 de agosto de 2013 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.phillysoc.org/fried.htm# |titulo=Milton Friedman<!-- Bot generated title --> |acessodata=9 de dezembro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130827031003/http://www.phillysoc.org/fried.htm# |arquivodata=27 de agosto de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> |
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Friedman morreu de insuficiência cardíaca aos 94 anos em São Francisco no dia 16 de novembro de 2006.<ref name="reuters_20061116">{{Citar jornal|ultimo=Jim Christie|url=https://www.reuters.com/article/ousiv/idUSWBT00621920061116|titulo=Free market economist Milton Friedman dead at 94|data=16 de novembro de 2006|acessodata=20 de fevereiro de 2008|website=Reuters|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080410163503/http://www.reuters.com/article/ousiv/idUSWBT00621920061116|arquivodata=10 de abril de 2008|urlmorta=live}}</ref> Ele ainda era um economista ativo, realizando pesquisas econômicas originais; sua última coluna foi publicada no ''[[The Wall Street Journal]]'' no dia seguinte à sua morte.<ref name="Milton Friedman Say?">{{Citar revista|sobrenome=Peter Robinson|data=17 de outubro de 2008|título=What Would Milton Friedman Say?|url=https://www.forbes.com/2008/10/16/milton-friedman-meltdown-oped-cx_pr_1017robinson.html|urlmorta=live|revista=Forbes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141027125449/http://www.forbes.com/2008/10/16/milton-friedman-meltdown-oped-cx_pr_1017robinson.html|arquivodata=27 de outubro de 2014|acessodata=13 de dezembro de 2014}}</ref> Ele deixou sua esposa, Rose Friedman (que morreria em 18 de agosto de 2009), e seus dois filhos, [[David D. Friedman]], conhecido por ''[[The Machinery of Freedom]],'' bem como por seu particular [[anarcocapitalismo]] de uma perspectiva da [[Escola de Chicago (economia)|escola de Chicago]], e o advogado e jogador de [[Bridge (jogo de cartas)|bridge]] Jan Martel.<ref name="Wile-2012">{{Citar web|url=https://www.thedailybell.com/all-articles/exclusive-interviews/anthony-wile-david-d-friedman-on-his-famous-father-anarcho-capitalism-and-free-market-solutions/|titulo=David D. Friedman on his Famous Father, Anarcho-Capitalism and Free-Market Solutions|data=8 de abril de 2012|acessodata=10 de maio de 2021|website=The Daily Bell|lingua=en-US}}</ref> |
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== Contribuições acadêmicas == |
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== Livros e artigos para o público em geral == |
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=== Economia === |
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* [https://www.wsj.com/articles/SB116372965543825880 "Why Money Matters,"] ''Wall Street Journal'', Nov. 17, 2006, p. A20 (últimas palavras) |
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Friedman foi conhecido por reavivar o interesse na oferta de moeda como um determinante do valor nominal da produção, ou seja, a [[teoria quantitativa da moeda]]. [[Monetarismo]] é o conjunto de visões associadas à teoria quantitativa moderna. Suas origens podem ser rastreadas até a [[Escola de Salamanca]] do século XVI ou até mesmo antes; no entanto, a contribuição de Friedman é em grande parte responsável por sua popularização moderna.<ref>{{Citar periódico |url=https://chicagounbound.uchicago.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=https://www.google.com/&httpsredir=1&article=3424&context=uclrev |título=Review of A Monetary History of the United States |periódico=Chicago Unbound |ultimo=Harrod |primeiro=Roy |volume=32}}</ref> Ele defendeu que há uma associação estreita e estável entre inflação e oferta de moeda, mais especificamente que a inflação poderia ser evitada com regulamentação adequada da taxa de crescimento da [[base monetária]]. Ele usou a famosa analogia de "jogar dinheiro de um helicóptero", para evitar lidar com mecanismos de injeção de dinheiro e outros fatores que complicariam demais seus modelos.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/optimumquantityo0000frie|título=Optimum Quantity of Money|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=Aldine Publishing Company|ano=1969|isbn=978-0333107799|url-access=registration}}</ref> |
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* J. Daniel Hammond e Claire H. Hammond, ed., ''Making Chicago Price Theory: Friedman-Stigler Correspondence, 1945–1957''. Routledge, 2006. 165 pp. {{ISBN|0-415-70078-7}}. |
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* "Reflections on A Monetary History," ''The Cato Journal'', Vol. 23, 2004, ensaio |
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* ''Two Lucky People: Memoirs'' (com Rose Friedman) {{ISBN|0-226-26414-9}} (1998) [https://www.amazon.com/dp/0226264149 trecho e pesquisa de texto] |
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* ''George J. Stigler, 1911–1991: Biographical Memoir'', (National Academy of Sciences: 1998), [http://www.nap.edu/readingroom/books/biomems/gstigler.pdf online] |
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* "The Case for Free Trade" com Rose Friedman, 1997, ''Hoover Digest'' artigo de revista |
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* ''Money Mischief: Episodes in Monetary History'' (1994) {{ISBN|0-15-162042-3}}, 28 6 pp. |
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* ''George Stigler: A Personal Reminiscence'', ''Journal of Political Economy'' Vol. 101, No. 5 (Out., 1993), pp. 768–73 [https://www.jstor.org/stable/2138591 JSTOR] |
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* "The Drug War as a Socialist Enterprise," in Arnold S. Trebach, ed. ''Friedman and Szasz on Liberty and Drugs: Essays on the Free Market and Prohibition'' (Drug Policy Foundation Press: 1992) |
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* ''Economic Freedom, Human Freedom, Political Freedom'' {{ISBN|1-883969-00-X}} (1992), panfleto curto |
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* [http://independentindian.com/1989/05/21/milton-friedmans-extempore-comments-at-the-1989-hawaii-conference-on-india-israel-palestine-the-usa-debt-and-its-uses-etc/ "Milton Friedman’s extempore comments at the 1989 Hawaii conference: on India, Israel, Palestine, the USA, Debt and its uses, Erhardt abolishing exchange controls, Etc"], fornecido pelo economista indiano [[Subroto Roy (economist)|Subroto Roy]] (Mai. 21, 1989) |
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* ''The Essence of Friedman'', ensaio editado por Kurt R. Leube, (1987) ({{ISBN|0-8179-8662-6}}) |
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* "The Case for Overhauling the Federal Reserve," (1985), ''Challenge'' artigo de revista |
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* ''The Tyranny of the Status Quo'' (1984) {{ISBN|0-15-192379-5}}, 192 pp |
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* ''[[Free to Choose|Free to Choose: A Personal Statement]]'', com Rose Friedman, (1980), reafirmação altamente influente de pontos de vista políticos |
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* ''From Galbraith to Economic Freedom'', [[Institute of Economic Affairs]], Occasional Paper 49 (1977) |
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* ''There's No Such Thing as a Free Lunch'' (1975), coluna de ''[[Newsweek]]'' - [https://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=58556230 online version] |
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* ''Unemployment versus Inflation?'', [[Institute of Economic Affairs]], Occasional Paper 44 (1975) |
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* ''Social Security: Universal or Selective?'' com [[Wilbur J. Cohen]] (1972) |
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* [http://doc.cat-v.org/economics/milton_friedman/business_social_responsibility "The Social Responsibility of Business is to Increase its Profits"], ''[[The New York Times Magazine]]'', Set. 13, 1970 |
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* [http://oll.libertyfund.org/?option=com_staticxt&staticfile=show.php%3Ftitle=2136&chapter=195469&layout=html&Itemid=27#c_NIR_1360-016_footnote_nt1046 "Why Not a Volunteer Army?"], ''[[Ralph Raico|New Individualist Review]]'', 1967 |
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* ''An Economist's Protest: Columns in Political Economy'', Thomas Horton and Company (1966) |
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* ''[[Capitalism and Freedom]]'' (1962), série altamente influente de ensaios que estabeleceu a posição de Friedman sobre as principais questões de trechos de políticas públicas |
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* ''Roofs or Ceilings?: The Current Housing Problem'' com George J. Stigler. (Foundation for Economic Education, 1946), 22 pp. |
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Os argumentos de Friedman foram elaborados para refutar o conceito popular de [[inflação de custos]], de que o aumento do [[Nível de preços|nível geral de preços]] da época era resultado de aumentos no preço do petróleo ou de aumentos nos salários; como ele escreveu: |
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== Livros e artigos econômicos (em ordem cronológica) == |
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{{Cquote|A inflação é sempre e em qualquer lugar um fenômeno monetário.|autor=Milton Friedman|fonte=<ref>Friedman, Milton. ''Inflation: Causes and Consequences'', p. 24, New York: Asia Publishing House.</ref>}} |
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* "Professor Pigou's Method for Measuring Elasticities of Demand From Budgetary Data" ''The Quarterly Journal of Economics'' Vol. 50, No. 1 (Nov. 1935), pp. 151–63 [https://www.jstor.org/stable/1882346 JSTOR] |
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* "Marginal Utility of Money and Elasticities of Demand," ''The Quarterly Journal of Economics'' Vol. 50, No. 3 (Mai. 1936), pp. 532–33 [https://www.jstor.org/stable/1882615 JSTOR] |
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Friedman rejeitou o uso da [[Política orçamental|política fiscal]] como uma ferramenta de controle da [[demanda]]; ele também acreditava que o papel do governo na orientação da economia deveria ser severamente restringido. Friedman escreveu extensivamente sobre a [[Grande Depressão]] e chamou o período de 1929-1933 de Grande Contração. Ele argumentou que a Depressão tinha sido causada por um choque financeiro comum e cuja duração e gravidade foram grandemente aumentadas pela subsequente contração da [[Dinheiro circulante|oferta de moeda]] feita pelas políticas equivocadas dos diretores do Federal Reserve.<ref>{{Citar livro|título=The Great Contraction, 1929–1933|ultimo=Friedman, Schwartz|editora=Princeton University Press|ano=2008}}</ref> Essa teoria foi apresentada em ''A Monetary History of the United States'', e o capítulo sobre a Grande Depressão foi então publicado como um livro independente intitulado ''The Great Contraction, 1929–1933''. Ambos os livros ainda possuem edições da [[Princeton University Press]], e algumas delas incluem como apêndice um discurso em um evento da [[Universidade de Chicago]] em homenagem a Friedman<ref name="FriedmanSchwartz">{{Citar livro|título=The Great Contraction, 1929–1933|ultimo=Milton Friedman|ultimo2=Anna Jacobson Schwartz|ultimo3=National Bureau of Economic Research|editora=Princeton University Press|ano=2008|capitulo=B. Bernanke's speech to M. Friedman|isbn=978-0691137940}}</ref> no qual [[Ben Bernanke]] fez esta declaração: |
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* "The Use of Ranks to Avoid the Assumption of Normality Implicit in the Analysis of Variance," ''Journal of the American Statistical Association'' Vol. 32, No. 200 (Dec. 1937), pp. 675–701 [https://www.jstor.org/stable/2279372 JSTOR] |
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* "The Inflationary Gap: II. Discussion of the Inflationary Gap," ''American Economic Review'' Vol. 32, No. 2, Parte 1 (Jun. 1942), pp. 314–20 [https://www.jstor.org/stable/1803512 JSTOR] |
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{{Cquote|Deixe-me encerrar minha palestra abusando um pouco do meu ''status'' como representante oficial do Federal Reserve. Gostaria de dizer a Milton e Anna: Em relação à Grande Depressão, vocês estão certos. Nós a causamos. Lamentamos muito. Mas graças a vocês, não a causaremos novamente.|autor=Ben Bernanke|fonte=<ref name="FriedmanSchwartz">{{Citar livro|título=The Great Contraction, 1929–1933|ultimo=Milton Friedman|ultimo2=Anna Jacobson Schwartz|ultimo3=National Bureau of Economic Research|editora=Princeton University Press|ano=2008|capitulo=B. Bernanke's speech to M. Friedman|isbn=978-0691137940}}</ref>}} |
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* "The Spendings Tax as a Wartime Fiscal Measure," ''American Economic Review'' Vol. 33, No. 1, Parte1 (Mar. 1943), pp. 50–62 [https://www.jstor.org/stable/1811186 JSTOR] |
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* ''Taxing to Prevent Inflation: Techniques for Estimating Revenue Requirements'' (Columbia U.P. 1943, 236 pp) com Carl Shoup e Ruth P. Mack |
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Friedman também defendeu a não intervenção governamental nos [[Forex|mercados de câmbio]], o que resultou em uma enorme literatura sobre o assunto, além de promover a prática de [[Câmbio flutuante|taxas de câmbio flutuantes]]. Seu amigo próximo [[George Joseph Stigler|George Stigler]] explicou: "Como é costume na ciência, ele não obteve uma vitória total, em parte porque as pesquisas foram direcionaram para linhas diferentes pela [[Expectativas racionais|teoria das expectativas racionais]], uma abordagem mais recente desenvolvida por [[Robert Lucas Jr.|Robert Lucas]], também da Universidade de Chicago."<ref>{{Citar livro|título=Memoirs of an Unregulated Economist|ultimo=Milton Friedman|editora=Aldine Publishing Company|ano=1969}}</ref> A relação entre Friedman e Lucas, ou a [[Nova economia clássica|nova macroeconomia clássica]] como um todo, era altamente complexa. A [[curva de Phillips]] de Friedman foi um ponto de partida para Lucas, mas ele logo percebeu que a solução fornecida por Friedman não era totalmente satisfatória. Lucas elaborou uma nova abordagem na qual se presumia as [[expectativas racionais]] em vez das [[expectativas adaptativas]] de Friedman. Devido à essa reformulação, a história na qual a teoria da curva de Phillips nova clássica estava inserida mudou radicalmente. Essa modificação, no entanto, teve um efeito significativo na própria abordagem de Friedman; portanto, como resultado, a teoria da curva de Phillips de Friedman também mudou.<ref>{{Citar livro|título=The Theory of New Classical Macroeconomics. A Positive Critique|ultimo=Peter Galbács|editora=Springer|ano=2015|series=Contributions to Economics|localização=Heidelberg/New York/Dordrecht/London|doi=10.1007/978-3-319-17578-2|isbn=978-3319175782}}</ref> Além disso, o adepto da nova economia clássica Neil Wallace, que foi aluno de pós-graduação na [[Universidade de Chicago]] entre 1960 e 1963, considerou que os cursos teóricos de Friedman eram confusos, destacando a relação tensa entre o [[monetarismo]] e as [[Nova economia clássica|novas escolas clássicas]].<ref name="Hoover-Young-2011">{{Citar livro|url=http://www.dklevine.com/archive/refs4786969000000000227.pdf|título=Rational Expectations – Retrospect and Prospect|ultimo=Kevin Hoover|ultimo2=Warren Young|editora=Center for the History of Political Economy at Duke University|ano=2011|localização=Durham|acessodata=15 de dezembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304193421/http://www.dklevine.com/archive/refs4786969000000000227.pdf|arquivodata=4 de março de 2016}}</ref> |
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* ''Income from Independent Professional Practice'' com Simon Kuznets (1945), Friedman's PhD thesis |
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* "Lange on Price Flexibility and Employment: A Methodological Criticism," ''American Economic Review'' Vol. 36, No. 4 (Set. 1946), pp. 613–31 [https://www.jstor.org/stable/1801726 JSTOR] |
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Friedman também era conhecido por seu trabalho sobre a função consumo, a [[hipótese da renda permanente]] (1957), que o próprio Friedman considerou seu melhor trabalho científico.<ref>{{Citar episódio|título=Charlie Rose Show|série=Nobel Laureates}}</ref> Este trabalho sustentou que os consumidores que maximizam a utilidade gastariam uma quantia proporcional ao que eles percebiam como sua renda permanente. Renda permanente refere-se a fatores como [[capital humano]]. Os ganhos inesperados iriam principalmente para a poupança devido à [[Lei da utilidade marginal|lei da utilidade marginal decrescente]].<ref name="Friedman-2018">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=7_1ZDwAAQBAJ&q=a+theory+of+the+consumption+function+friedman&pg=PP1|título=A Theory of the Consumption Function|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=[[Princeton University Press]]|ano=2018|páginas=20–37|isbn=978-0691188485}}</ref> |
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* "Utility Analysis of Choices Involving Risk" com Leonard Savage, 1948, ''Journal of Political Economy'' Vol. 56, No. 4 (Ago. 1948), pp. 279–304 [https://www.jstor.org/stable/1826045 JSTOR] |
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* "A Monetary and Fiscal Framework for Economic Stability", 1948, ''American Economic Review,'' Vol. 38, No. 3 (Jun. 1948), pp. 245–64 [https://www.jstor.org/stable/1810624 JSTOR] |
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O ensaio de Friedman " A Metodologia da Economia Positiva " (1953) forneceu o padrão [[Epistemologia|epistemológico]] para sua própria pesquisa subsequente e, até certo ponto, para a Escola de Chicago. Lá, ele argumentou que a economia, como ''ciência,'' deveria estar livre de julgamentos de valor para ser objetiva. Além disso, uma teoria econômica útil deve ser julgada não por seu realismo descritivo, mas por sua simplicidade e resultados como mecanismo de previsão. Ou seja, os alunos devem medir a precisão de suas previsões, em vez da "solidez de suas suposições". Seu argumento fazia parte de um debate em andamento entre estatísticos como [[Jerzy Neyman]], [[Leonard Jimmie Savage|Leonard Savage]] e [[Ronald Fisher]]. |
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* "A Fiscal and Monetary Framework for Economic Stability," ''Econometrica'' Vol. 17, Suplemento: Relatório da Reunião de Washington (Jul. 1949), pp. 330–32 [https://www.jstor.org/stable/1907322 JSTOR] |
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* "The Marshallian Demand Curve," ''The Journal of Political Economy'' Vol. 57, No. 6 (Dez. 1949), pp. 463–95 [https://www.jstor.org/stable/1826553 JSTOR] |
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Embora fosse um defensor do livre-mercado, Friedman acreditava que o governo tinha dois papéis cruciais. Em uma entrevista com Phil Donahue, Friedman argumentou que "as duas funções básicas de um governo são proteger a nação contra inimigos estrangeiros e proteger os cidadãos contra os seus semelhantes".<ref name="Friedman-YT-2021">{{Citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=iXMJHCXXD-c|titulo=Friedman's on the Military Industrial Complex|data=14 de fevereiro de 2010|acessodata=8 de janeiro de 2021|website=www.youtube.com|arquivourl=https://ghostarchive.org/varchive/youtube/20211211/iXMJHCXXD-c|arquivodata=11 de dezembro de 2021|urlmorta=live}}</ref> Ele também admitiu que, embora a privatização da defesa nacional pudesse reduzir seus custos no geral, ainda não havia pensado em uma forma de tornar essa privatização possível.<ref name="Friedman-YT-2021" /> |
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* "Wesley C. Mitchell as an Economic Theorist," ''The Journal of Political Economy'' Vol. 58, No. 6 (Dez. 1950), pp. 465–93 [https://www.jstor.org/stable/1827087 JSTOR] |
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* "Some Comments on the Significance of Labor Unions for Economic Policy", 1951, in D. McC. Wright, editor, ''The Impact of the Union''. |
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=== Rejeição e evolução subsequente da curva de Philips === |
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* "Commodity-Reserve Currency," ''Journal of Political Economy'' Vol. 59, No. 3 (Jun. 1951), pp. 203–32 [https://www.jstor.org/stable/1826435 JSTOR] |
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[[Ficheiro:NAIRU-SR-and-LR.svg|miniaturadaimagem| Curva de Phillips de longo prazo (NAIRU)]] |
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* "Price, Income, and Monetary Changes in Three Wartime Periods," ''American Economic Review'' Vol. 42, No. 2, Documentos e Anais da Sexagésima Quarta Reunião Anual da Associação Econômica Americana (maio de 1952), pp. 612–25 [https://www.jstor.org/stable/1910632 JSTOR] |
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Outras contribuições importantes incluem sua crítica à [[curva de Phillips]] e ao conceito de taxa natural de desemprego (1968). Essa crítica associou seu nome, juntamente com o de [[Edmund Phelps]], à percepção de que um governo que provoca maior inflação não pode reduzir permanentemente o desemprego ao fazê-lo. O desemprego pode ser temporariamente menor, se a inflação for uma surpresa, mas, a longo prazo, o desemprego será determinado pelas fricções e pelas imperfeições do mercado de trabalho. Se as condições não forem satisfeitas e a inflação for esperada, os efeitos de “longo prazo” substituirão os efeitos de “curto prazo”.<ref>{{Citar web|ultimo=Landsburg|primeiro=Steven|url=https://www.essentialscholars.org/friedman|titulo=Milton Friedman|data=5 de novembro de 2019|acessodata=10 de maio de 2021|website=Essential Scholars|publicado=[[Fraser Institute]]|lingua=en}}</ref> |
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* "The Expected-Utility Hypothesis and the Measurability of Utility", com Leonard Savage, 1952, ''Journal of Political Economy'' Vol. 60, No. 6 (Dec. 1952), pp. 463–74 [https://www.jstor.org/stable/1825271 JSTOR] |
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* [http://www.econ.umn.edu/~schwe227/teaching.s11/files/articles/friedman-1953.pdf The Methodology of Positive Economics (1953)] |
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Por meio da sua crítica, a [[Curva de Phillips|curva de Philips]] evoluiu de um modelo rígido que enfatizava que a relação entre a inflação e o desemprego era absoluta, para um modelo que enfatiza as reduções do desemprego a curto prazo e as estagnações do emprego a longo prazo. |
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* ''[[Essays in Positive Economics]]'' (1953) |
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* "Choice, Chance, and the Personal Distribution of Income," ''Journal of Political Economy'' Vol. 61, No. 4 (Aug. 1953), pp. 277–90 [https://www.jstor.org/stable/1826880 JSTOR] |
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A Curva de Phillips revisada e atualizada de Friedman também mudou devido à ideia de [[expectativas racionais]] de [[Robert Lucas Jr.|Robert Lucas]], substituindo as [[expectativas adaptativas]] usadas por Friedman.<ref name="Hoover-Young-2011">{{Citar livro|url=http://www.dklevine.com/archive/refs4786969000000000227.pdf|título=Rational Expectations – Retrospect and Prospect|ultimo=Kevin Hoover|ultimo2=Warren Young|editora=Center for the History of Political Economy at Duke University|ano=2011|localização=Durham|acessodata=15 de dezembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304193421/http://www.dklevine.com/archive/refs4786969000000000227.pdf|arquivodata=4 de março de 2016}}</ref> |
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* "A Memorandum to the Government of India November 1955", MS publicado pela primeira vez na University of Hawaii em 21 de maio de 1989; publicado pela primeira vez no livro ''Foundations of India's Political Economy'', editado por Subroto Roy & WE James, Sage 1992 |
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* "The Quantity Theory of Money: A restatement", 1956, in Friedman, editor, ''Studies in Quantity Theory.'' |
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=== Estatística === |
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* ''A Theory of the Consumption Function'' (1957) |
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Uma de suas contribuições mais famosas para a estatística é a amostragem sequencial.<ref name="Palgrave-dict">{{Citar web|url=http://www.dictionaryofeconomics.com/article?id=pde2008_S000098|titulo=Sequential Analysis|website=New Palgrave Dictionary of Economics, 2nd edition}}</ref> Friedman realizou trabalho estatístico na Divisão de Pesquisa de Guerra da Universidade de Columbia, onde ele e seus colegas desenvolveram a técnica.<ref>{{Citar web|ultimo=Keir Armstrong|url=https://carleton.ca/keirarmstrong/learning-resources/selected-biographies/friedman-milton-1912-2006/|titulo=Friedman, Milton (1912–2006)|acessodata=21 de maio de 2021|website=carleton.ca}}</ref> Tornou-se, nas palavras do ''[[The New Palgrave: A Dictionary of Economics|The New Palgrave Dictionary of Economics]]'', "a análise padrão de inspeção de controle de qualidade". O dicionário acrescenta: "Tal como muitas das contribuições de Friedman, em retrospectiva, parece especialmente simples e óbvio aplicar um controle de qualidade a ideias econômicas básicas; isso, no entanto, é uma medida de sua genialidade."<ref name="Palgrave-dict" /><ref name="ReasonOnFriedman">Doherty, Brian; [http://www.reason.com/news/show/118494.html The Life and Times of Milton Friedman – Remembering the 20th century's most influential libertarian] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20070224104917/http://www.reason.com/news/show/118494.html|date=February 24, 2007}}. Reason.com. Retrieved on September 6, 2017.</ref> |
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* "A Statistical Illusion in Judging Keynesian Models" com Gary S. Becker, ''Journal of Political Economy'' Vol. 65, No. 1 (Fev. 1957), pp. 64–75 [https://www.jstor.org/stable/1824834 JSTOR] |
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* "The Supply of Money and Changes in Prices and Output", 1958, in ''Relationship of Prices to Economic Stability and Growth.'' |
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=== Responsabilidade social corporativa === |
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* "The Demand for Money: Some Theoretical and Empirical Results," ''Journal of Political Economy'' Vol. 67, No. 4 (Ago. 1959), pp. 327–51 [https://www.jstor.org/stable/1825160 JSTOR] |
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Friedman criticou a [[responsabilidade social corporativa]], mais notoriamente em um artigo de opinião na revista New York Times em 1970.<ref name=":0">{{Citar jornal|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|url=https://www.nytimes.com/1970/09/13/archives/a-friedman-doctrine-the-social-responsibility-of-business-is-to.html|titulo=The Social Responsibility of Business Is to Increase Its Profits|data=13 de setembro de 1970|website=New York Times Magazine}}</ref> Friedman argumentou que as empresas frequentemente usavam alegações sobre responsabilidade social para aumentar salários e as descreveu como "disfarce hipócrita".<ref name=":0" /> Os gestores também estavam mal preparados para tomar decisões sobre causas sociais e esses gastos desviaram fundos que pertenciam aos acionistas. Friedman acreditava que apenas as corporações monopolistas poderiam fazer rotineiramente despesas altruístas com responsabilidade social, porque em um mercado competitivo tais custos prejudicariam o negócio.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/journals/modern-intellectual-history/article/intellectual-history-of-milton-friedmans-criticism-of-corporate-social-responsibility/C126A32BDDF35994207EA6141AAC7FA8#article |título=The Intellectual History of Milton Friedman's Criticism of Corporate Social Responsibility |data=2024-03-26 |periódico=Modern Intellectual History |ultimo=Smith |primeiro=David Chan |paginas=1–27 |lingua=en |doi=10.1017/S1479244324000027 |issn=1479-2443 |doi-access=free}}</ref> |
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* ''A Program for Monetary Stability'' (Fordham University Press, 1960) 110 pp [https://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=22831717 online] |
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* "Monetary Data and National Income Estimates," ''Economic Development and Cultural Change'' Vol. 9, No. 3, (Abr. 1961), pp. 267–86 [https://www.jstor.org/stable/1151799 JSTOR] |
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== Posições de políticas públicas == |
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* "The Lag in Effect of Monetary Policy," ''Journal of Political Economy''Vol. 69, No. 5 (Oct. 1961), pp. 447–66 [https://www.jstor.org/stable/1828534 JSTOR] |
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* ''Price Theory'' {{ISBN|0-202-06074-8}} (1962), college textbook [https://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=96344103 online] |
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=== Federal Reserve e política monetária === |
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* "The Interpolation of Time Series by Related Series," ''Journal of the American Statistical Association'' Vol. 57, No. 300 (Dec. 1962), pp. 729–57 [https://www.jstor.org/stable/2281805 JSTOR] |
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Embora Friedman tenha concluído que o governo tem uma função no sistema monetário, ele criticou o Federal Reserve devido ao seu desempenho ruim e acreditava que deveria ser abolido.<ref>[https://www.youtube.com/watch?v=m6fkdagNrjI Milton Friedman – Abolish The Fed] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20150611181527/https://www.youtube.com/watch?v=m6fkdagNrjI|date=June 11, 2015}}. Youtube: "There in no institution in the US that has such a high public standing and such a poor record of performance" "It's done more harm than good"</ref><ref>[https://www.youtube.com/watch?v=m6fkdagNrjI Milton Friedman – Abolish The Fed] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20150611181527/https://www.youtube.com/watch?v=m6fkdagNrjI|date=June 11, 2015}}. Youtube: "I have long been in favor of abolishing it."</ref><ref>{{Youtube|CMY0tAHHF_M|"My first preference would be to abolish the Federal Reserve"}}</ref> Ele se opôs às políticas do Federal Reserve, mesmo durante o chamado "[[Paul Volcker|choque Volcker]]", que foi rotulado de "[[Monetarismo|monetarista]]".<ref>Reichart Alexandre & Abdelkader Slifi (2016). ''The Influence of Monetarism on Federal Reserve Policy during the 1980s.'' Cahiers d'économie Politique/Papers in Political Economy, (1), [https://www.cairn.info/revue-cahiers-d-economie-politique-2016-1-page-107.htm pp. 107–150] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20161203124007/https://www.cairn.info/revue-cahiers-d-economie-politique-2016-1-page-107.htm|date=December 3, 2016}}</ref> Friedman acreditava que o sistema do Federal Reserve deveria ser substituído por um programa de computador.<ref>{{Citar jornal|url=https://www.hoover.org/research/mr-market|titulo=Mr. Market|data=30 de janeiro de 1999|acessodata=22 de setembro de 2018|website=Hoover Institution|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180923005629/https://www.hoover.org/research/mr-market|arquivodata=23 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref> Ele era a favor de um sistema que comprasse e vendesse [[Valor mobiliário|títulos]] automaticamente em resposta a mudanças na oferta de moeda. |
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* "Should There be an Independent Monetary Authority?", in L.B. Yeager, editor, ''In Search of a Monetary Constitution'' |
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* ''Inflation: Causes and consequences,'' 1963. |
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A proposta de aumentar constantemente a oferta de moeda a um determinado valor predeterminado a cada ano ficou conhecida como regra "<i>k-percent</i>" de Friedman. Existe um debate sobre a eficácia de um regime teórico de metas de oferta de moeda. A incapacidade da Fed em cumprir as suas metas de oferta de moeda entre 1978 e 1982 levou alguns a concluir que não se trata de uma alternativa viável às mais convencionais metas de inflação e metas de taxas de juros.<ref name="Smith-2016">{{Citar web|ultimo=Smith|primeiro=Noah|url=http://noahpinionblog.blogspot.com/2016/07/how-are-milton-friedmans-ideas-holding.html|titulo=Noahpinion: How are Milton Friedman's ideas holding up?|data=30 de julho de 2016|acessodata=22 de setembro de 2018|website=Noahpinion|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180923005528/http://noahpinionblog.blogspot.com/2016/07/how-are-milton-friedmans-ideas-holding.html|arquivodata=23 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref> Perto do fim de sua vida, Friedman expressou dúvidas sobre a validade de definir uma meta para a base monetária. Até hoje, a maioria dos países adotou a [[Metas de inflação|meta de inflação]] em vez da regra "''k-percent''". |
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* "Money and Business Cycles," ''The Review of Economics and Statistics'' Vol. 45, No. 1, Parte 2, Supplement (Feb. 1963), pp. 32–64 [https://www.jstor.org/stable/1927148 JSTOR] |
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* ''[[A Monetary History of the United States, 1867–1960]]'', com Anna J. Schwartz, 1963; parte 3 reimpresso como ''The [[Great Contraction]]'' |
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Idealmente, Friedman, na verdade, preferia os princípios do [[Plano Chicago|plano de Chicago]] da década de 1930, que teria acabado com o [[Sistema de reserva fracionária|sistema bancário de reserva fracionária]] e, portanto, com a criação privada de moeda. Isso forçaria os bancos a ter 100% de reservas para garantir os depósitos e, em vez disso, colocaria os poderes de criação de moeda exclusivamente nas mãos do governo americano. Isto tornaria possível as metas de crescimento monetário, uma vez que a moeda endógena criada pelos empréstimos de reserva fracionária deixaria de ser uma questão importante. |
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* "Money and Business Cycles" com A. J. Schwartz, 1963, ''Review of Economics & Statistics''. |
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* "The Relative Stability of Monetary Velocity and the Investment Multiplier in the United States, 1898–1958", com D. Meiselman, 1963 em Políticas de Estabilização. |
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Friedman foi um grande defensor das taxas de câmbio flutuantes durante todo o período de [[Acordos de Bretton Woods|Bretton-Woods]] (1944-1971). Ele argumentou que uma taxa de câmbio flutuante tornaria o ajuste externo possível e permitiria que os países evitassem crises de [[Balança de pagamentos|balanço de pagamentos]]. Ele via as taxas de câmbio fixas como uma forma indesejável de intervenção governamental. O argumento foi articulado em um influente artigo de 1953, "The Case for Flexible Exchange Rates", em um momento em que a maioria dos acadêmicos considerava a possibilidade de taxas de câmbio flutuantes como uma proposta política irrealista.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=infHAgAAQBAJ&pg=PT72|título=Milton Friedman|ultimo=Ruger|primeiro=William|editora=Bloomsbury Publishing US|ano=2013|páginas=72–|isbn=978-1623566173}}</ref><ref>Atish R. Ghosh, Mahvash S. Qureshi, and Charalambos G. Tsangarides (2014) [http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2014/wp14146.pdf Friedman Redux: External Adjustment and Exchange Rate Flexibility] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20150413034103/http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2014/wp14146.pdf|date=April 13, 2015}}. [[Fundo Monetário Internacional|International Monetary Fund; IMF Working Paper]]</ref> |
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* "A Reply to Donald Hester", com D. Meiselman, 1964 |
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* "Reply to Ando and Modigliani and to DePrano and Mayer," com David Meiselman. ''American Economic Review'' Vol. 55, No. 4 (Set. 1965), pp. 753–85 [https://www.jstor.org/stable/1823934 JSTOR] |
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=== Política externa === |
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* "Interest Rates and the Demand for Money," ''Journal of Law and Economics'' Vol. 9 (Oct. 1966), pp. 71–85 [https://www.jstor.org/stable/724994 JSTOR] |
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[[Ficheiro:Nixon_Contact_Sheet_WHPO-6503_(cropped).jpg|miniaturadaimagem| Friedman com [[Richard Nixon]] e [[George P. Shultz|George Shultz]] em 1971]] |
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* ''The Balance of Payments: Free Versus Fixed Exchange Rates'' com Robert V. Roosa (1967) |
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Embora Walter Oi seja creditado por estabelecer o entendimento econômico para um exército voluntário, Friedman foi um defensor e foi creditado pelo fim do recrutamento obrigatório,<ref name="bestofbothworlds">{{Citar jornal|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|autorlink=Brian Doherty (journalist)|url=http://www.reason.com/news/show/29691.html|titulo=Best of Both Worlds|data=1 de junho de 1995|acessodata=24 de outubro de 2009|website=[[Reason (magazine)|Reason Magazine]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141011005521/http://reason.com/archives/1995/06/01/best-of-both-worlds|arquivodata=11 de outubro de 2014|urlmorta=live}}</ref> afirmando que a [[conscrição]] era "inconsistente com uma sociedade livre".<ref>{{Citar vídeo|url=http://yes390.org/friedmanvideos.html|titulo=The War on Drugs|acessodata=4 de agosto de 2009|publicado=America's Drug Forum|ano=1991|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091029053319/http://yes390.org/friedmanvideos.html|arquivodata=29 de outubro de 2009|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar livro|título=I Want You!: The Evolution of the All-Volunteer Force|ultimo=Bernard Rostker|editora=Rand Corporation|ano=2006|isbn=978-0833038951}}</ref> |
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* "The Monetary Theory and Policy of Henry Simons," ''Journal of Law and Economics'' Vol. 10 (Oct. 1967), pp. 1–13 [https://www.jstor.org/stable/724867 JSTOR] |
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* "What Price Guideposts?", in G.P. Schultz, R.Z. Aliber, ed., ''Guidelines'' |
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Em ''[[Capitalism and Freedom]]'', ele argumentou que o recrutamento obrigatório é injusto e arbitrário, impedindo os jovens de construírem as suas vidas como bem entenderem.<ref name="draft">{{Citar livro|título=Capitalism and Freedom|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=University Of Chicago Press|ano=1962|isbn=0226264211}}</ref> Durante o governo Nixon, ele liderou o comitê para pesquisar uma conversão para uma força armada paga/voluntária. Friedman, no entanto, acreditava que a introdução de um sistema de treino militar universal como reserva em casos de guerra poderia ser justificada.<ref name="draft" /> Ele ainda se opôs à sua implementação na América, descrevendo-a como uma "monstruosidade".<ref>{{Citar web|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|url=https://miltonfriedman.hoover.org/friedman_images/Collections/2016c21/Stanford_01_01_1982.pdf|titulo="National Service, the Draft and Volunteers" A debate featuring Milton Friedman In Registration and the Draft: Proceedings of the Hoover-Rochester Conference on the All-Volunteer Force|data=1982|acessodata=24 de outubro de 2019|website=Hoover Institution|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201021122441/https://miltonfriedman.hoover.org/friedman_images/Collections/2016c21/Stanford_01_01_1982.pdf|arquivodata=21 de outubro de 2020|urlmorta=dead}}</ref> |
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* "The Role of Monetary Policy." ''American Economic Review,'' Vol. 58, No. 1 (Mar. 1968), pp. 1–17 [https://www.jstor.org/pss/1831652 JSTOR] discurso presidencial à American Economics Association |
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* "Money: the Quantity Theory", 1968, IESS |
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O biógrafo Lanny Ebenstein notou uma mudança ao longo do tempo nas opiniões de Friedman, de uma política externa intervencionista para uma mais cautelosa.<ref name="Ebenstein 2007 231–32">{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|páginas=231–232|isbn=978-0230604094}}</ref> Ele apoiou o envolvimento da América na Segunda Guerra Mundial e inicialmente apoiou uma linha dura contra o comunismo, mas moderou-se com o tempo.<ref name="Ebenstein 2007 231–32" /> No entanto, Friedman declarou em uma entrevista de 1995 que era um anti-intervencionista.<ref>Matt Barganier; [https://www.antiwar.com/blog/2006/11/16/milton-friedman-rip/ Milton Friedman, RIP – Antiwar.com Blog] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20160922155018/http://www.antiwar.com/blog/2006/11/16/milton-friedman-rip/|date=September 22, 2016}}. Antiwar.com (November 16, 2006). Retrieved on September 6, 2017.</ref> Ele se opôs à [[Guerra do Golfo]] e à [[Guerra do Iraque]]. Em uma entrevista na primavera de 2006, Friedman disse que a posição da América no mundo havia sido enfraquecida pela Guerra do Iraque, mas que poderia melhorar se o país se tornasse um pacífico e independente.<ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|isbn=978-0230604094}}</ref><ref name="Ebenstein 2007 231–32" /> |
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* "The Definition of Money: Net Wealth and Neutrality as Criteria" com Anna J. Schwartz, ''Journal of Money, Credit and Banking'' Vol. 1, No. 1 (Feb. 1969), pp. 1–14 [https://www.jstor.org/stable/1991373 JSTOR] |
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* ''Monetary vs. Fiscal Policy'' com Walter W. Heller (1969) |
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=== Libertarianismo e o Partido Republicano === |
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* "Comment on Tobin", 1970, ''Quarterly Journal of Economics'' |
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[[Ficheiro:President_Ronald_Reagan_and_Nancy_Reagan_in_The_East_Room_Congratulating_Milton_Friedman_Receiving_The_Presidential_Medal_of_Freedom.jpg|alt=Ronald Reagan shaking hands with Milton Friedman giving him the Presidential Medal of Freedom|miniaturadaimagem| Friedman recebendo a [[Medalha Presidencial da Liberdade]] de [[Ronald Reagan]] em 1988]] |
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* ''Monetary Statistics of the United States: Estimates, Sources, Methods''. com Anna J. Schwartz, 1970. |
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Friedman foi consultor econômico e redator de discursos na fracassada campanha presidencial de [[Barry Goldwater]] em 1964. Ele foi conselheiro do governador da Califórnia Ronald Reagan e participou ativamente das campanhas presidenciais de Reagan.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=VDf0hyh11GIC&pg=PA49|título=Building Chicago Economics: New Perspectives on the History of America's Most Powerful Economics Program|ultimo=Van Horn|primeiro=Robert|ultimo2=Mirowski|primeiro2=Philip|ultimo3=Stapleford|primeiro3=Thomas A.|editora=Cambridge UP|ano=2011|páginas=49–50|isbn=978-1139501712}}</ref> Ele atuou como membro do Conselho Consultivo de Política Econômica do Presidente Reagan a partir de 1981. Em 1988, recebeu a [[Medalha Presidencial da Liberdade]] e a [[Medalha Nacional de Ciências|Medalha Nacional da Ciência]].<ref>{{Citar web|ultimo=Terrell|primeiro=Ellen|ultimo2=Wilson|primeiro2=Angela|url=https://guides.loc.gov/milton-friedman|titulo=Milton Friedman: A Resource Guide|data=2009|website=Library of Congress}}</ref> |
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* "A Theoretical Framework for Monetary Analysis," ''Journal of Political Economy'' Vol. 78, No. 2 (Mar. 1970), pp. 193–238 [https://www.jstor.org/stable/1830684 JSTOR] |
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* ''The Counter-Revolution in Monetary Theory'' 1970. |
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Em uma entrevista de 1995 para a revista ''Reason'', Friedman criticou [[Murray Rothbard]] e [[Ayn Rand]] como "criadores de cultos" e "dogmáticos", citando isso como justificativa para não se filiar ao [[Partido Libertário (Estados Unidos)|Partido Libertário]] americano. Friedman afirmou que era membro do [[Partido Republicano (Estados Unidos)|Partido Republicano]], "não porque eles tenham princípios, mas porque é assim que sou mais útil e tenho mais influência". Ele descreveu sua filosofia como "claramente libertária", embora se distanciasse do libertarianismo de "governo zero", que ele chamou de "inviável", citando a falta de exemplos históricos de sucesso dessa filosofia. Friedman participou da Conferência sobre o Futuro da Liberdade, uma reunião para libertários, em 1990.<ref>{{Citar web|url=http://libertyunbound.com/node/166|titulo=Milton Friedman, "Say 'No' to Intolerance," ''Liberty'' magazine, vol. 4, no. 6, July 1991, pp. 17–20.|acessodata=2015-01-20|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150216011511/http://libertyunbound.com/node/166|arquivodata=2015-02-16|urlmorta=dead}}</ref> |
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* "A Monetary Theory of Nominal Income", 1971, ''Journal of Political Economy'' [https://www.jstor.org/stable/pdfplus/1832113.pdf JSTOR] |
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* "Government Revenue from Inflation," ''Journal of Political Economy'' Vol. 79, No. 4 (Jul. 1971), pp. 846–56 [https://www.jstor.org/stable/1830832 JSTOR] |
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=== Intervenção governamental na economia === |
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* "Have Monetary Policies Failed?" ''American Economic Review'' Vol. 62, No. 1/2 (1972), pp. 11–18 [https://www.jstor.org/stable/1821518 JSTOR] |
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Em um ensaio de 1962 que se baseia em argumentos feitos por [[A. V. Dicey|A.V. Dicey]], Friedman argumentou que uma "sociedade livre" constituiria um equilíbrio desejável, mas instável, devido a uma assimetria entre os benefícios visíveis e os danos ocultos da intervenção governamental; ele usa [[Taxa alfandegária|tarifas]] como um exemplo de uma política que traz benefícios financeiros percebíveis para um grupo visível, mas causa danos piores a um grupo difuso de trabalhadores e consumidores.<ref name="FriedmanOnLiberty">{{Citar livro|url=https://www.hoover.org/research/free-society-stable|título=Milton Friedman on Freedom: Selections from The Collected Works of Milton Friedman|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|data=abril de 2017|editora=Hoover Institution Press|páginas=chapter 4|isbn=978-0817920340|acessodata=29 de março de 2023}}</ref> |
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* "Comments on the Critics," ''Journal of Political Economy'' Vol. 80, No. 5 (Set. 1972), pp. 906–50 [https://www.jstor.org/stable/1830418 JSTOR] |
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* "Comments on the Critics", 1974, in Gordon, ed. ''Milton Friedman and his Critics.'' |
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Friedman apoiava o fornecimento estatal de alguns [[Bem público|bens públicos]] que as empresas privadas não eram consideradas capazes de fornecer. No entanto, ele argumentou que muitos dos serviços prestados pelo governo poderiam ser melhor executados pelo setor privado. Acima de tudo, se alguns bens públicos são fornecidos pelo Estado, ele acreditava que eles não deveriam ser um monopólio legal onde a concorrência privada é proibida; por exemplo, ele escreveu:{{Cquote|Não há como justificar o atual monopólio público dos correios. Pode-se argumentar que o transporte de correspondência é um monopólio técnico e que um monopólio governamental é o menor dos males. Nessa linha de raciocínio, talvez se possa justificar uma agência postal governamental, mas não a lei vigente, que torna ilegal que qualquer outra pessoa transporte correspondência. Se a entrega de correspondência é um monopólio técnico, ninguém mais conseguirá competir com o governo. Se não é, não há razão para que o governo esteja envolvido. A única maneira de descobrir é permitir que outras pessoas entrem livremente nesse mercado.|autor=Milton Friedman||fonte=<ref>Friedman, Milton & Rose D. ''[[Capitalism and Freedom]]'', University of Chicago Press, 1982, p. 29</ref>}} |
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* "Monetary Correction: A proposal for escalation clauses to reduce the cost of ending inflation", 1974 |
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Em 1962, Friedman criticou a previdência social em seu livro ''[[Capitalism and Freedom]]'', argumentando que ela havia criado dependência de programas de bem-estar social. No entanto, no penúltimo capítulo do mesmo livro, Friedman argumentou que, embora o capitalismo tenha reduzido grandemente a extensão da pobreza em termos absolutos, "a pobreza é, em parte, uma [[Linha de pobreza|questão relativa]], [e] mesmo em países [ocidentais ricos], há claramente muitas pessoas vivendo em condições que o resto de nós rotula como pobreza". Friedman também observou que, embora a caridade privada pudesse ser um recurso para aliviar a pobreza e citou a Grã-Bretanha e os Estados Unidos do final do século XIX como períodos exemplares de extensa caridade privada e atividade beneficente, ele colocou o seguinte ponto:<ref>{{Citar livro|título=Capitalism and Freedom|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=University of Chicago Press|ano=2002|lugar=Chicago|páginas=182–189|isbn=978-0226264219|edição=40th anniversary}}</ref>{{Cquote|Pode-se argumentar que a caridade privada é insuficiente porque os benefícios dela se acumulam para pessoas diferentes das que fazem as doações – ... um efeito de vizinhança. Eu me angustio ao ver a pobreza; sou beneficiado por sua redução; mas sou beneficiado igualmente, quer eu ou outra pessoa pague para aliviá-la; portanto, os benefícios da caridade de outras pessoas também se acumulam em parte para mim. Em outras palavras, talvez todos nós estivéssemos dispostos a contribuir para o alívio da pobreza, desde que todos os outros também o fizessem. Talvez não estivéssemos dispostos a contribuir o mesmo valor sem essa garantia. Em comunidades pequenas, a pressão pública pode ser suficiente para realizar essa condição, mesmo com caridade privada. Nas grandes comunidades impessoais, que cada vez mais dominam nossa sociedade, é muito mais difícil que isso aconteça. Suponha que se aceite, como eu aceito, essa linha de raciocínio para justificar uma ação governamental para aliviar a pobreza; para estabelecer, por assim dizer, um piso sob o padrão de vida de cada pessoa na comunidade. [Embora existam questões sobre quanto deve ser gasto e como,] o arranjo que se recomenda com base em critérios puramente mecânicos é um imposto de renda negativo. ... As vantagens desse arranjo são claras. Ele é direcionado especificamente ao problema da pobreza. Oferece ajuda na forma mais útil para o indivíduo, ou seja, dinheiro. É geral e poderia substituir a série de medidas especiais atualmente em vigor. Torna explícito o custo suportado pela sociedade. Opera fora do mercado. Como qualquer outra medida para aliviar a pobreza, reduz os incentivos para que os beneficiados ajudem a si mesmos, mas não elimina completamente esse incentivo, como faria um sistema de complementação de rendas até algum mínimo fixo. Um dólar adicional ganho sempre significa mais dinheiro disponível para gastos.|autor=Milton Friedman}} |
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* ''The Optimum Quantity of Money: And Other Essays'' (1976) |
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Friedman argumentou ainda que outras vantagens do imposto de renda negativo eram que poderia ser integrado diretamente no sistema fiscal, seria menos custoso e reduziria o trabalho administrativo da implementação de uma rede de segurança social.<ref>{{Citar livro|título=Capitalism and Freedom|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|editora=University of Chicago Press|ano=2002|lugar=Chicago|páginas=190–195|isbn=978-0226264219|edição=40th anniversary}}</ref> Friedman reiterou esses argumentos 18 anos mais tarde em ''[[Free to Choose]]'', com a ressalva adicional de que tal reforma só seria satisfatória se substituísse o atual sistema de programas de assistência social em vez de aumentá-lo.<ref name="Friedman-1990">{{Citar livro|título=Free to Choose: A Personal Statement|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|ultimo2=Friedman|primeiro2=Rose|editora=Harcourt|ano=1990|lugar=New York|páginas=119–124|isbn=978-0156334600|edição=1st Harvest}}</ref> Segundo o economista [[Robert H. Frank]], escrevendo para o ''[[The New York Times]]'', as opiniões de Friedman a esse respeito baseavam-se na crença de que, embora “as forças de mercado ... realizassem coisas maravilhosas", não podiam garantir uma distribuição de rendas que permitisse a todos os cidadãos satisfazer as necessidades econômicas básicas".<ref>{{Citar jornal|ultimo=Frank|primeiro=Robert H.|autorlink=Robert H. Frank|url=https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/2006/11/23/business/23scene.html|titulo=The Other Milton Friedman: A Conservative With a Social Welfare Program|data=23 de novembro de 2006|acessodata=5 de setembro de 2024|website=The New York Times|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111001200816/http://www.nytimes.com/2006/11/23/business/23scene.html|arquivodata=1 de outubro de 2011|urlmorta=live}}</ref> Friedman também criticou os [[Renovação urbana|programas de renovação urbana nos Estados Unidos]] devido aos seus efeitos de discriminação racial e de regressão econômica.<ref>{{Citar livro|título=Free to Choose: A Personal Statement|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|ultimo2=Friedman|primeiro2=Rose|editora=Harcourt|ano=1990|lugar=New York|páginas=111–112|isbn=978-0156334600|edição=1st Harvest}}</ref> |
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* ''Milton Friedman in Australia, 1975'' (1975) |
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* ''Milton Friedman's Monetary Framework: A Debate with His Critics'' (1975) |
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Em 1979, Friedman expressou apoio aos [[Tributo ambiental|impostos ambientais]] em geral em uma entrevista no ''The Phil Donahue Show'', dizendo que "a melhor maneira [de lidar com a poluição] é impor um imposto sobre o custo dos poluentes emitidos por um carro e criar um incentivo para os fabricantes de automóveis e para os consumidores manterem os níveis de poluição baixos".<ref>{{Citar revista|sobrenome=McMahon|primeiro=Jeff|data=12 de outubro de 2014|título=What Would Milton Friedman Do About Climate Change? Tax Carbon|url=https://www.forbes.com/sites/jeffmcmahon/2014/10/12/what-would-milton-friedman-do-about-climate-change-tax-carbon/|revista=[[Forbes]]|acessodata=20 de março de 2016}}</ref> Em ''Free to Choose'', Friedman reiterou seu apoio aos impostos ambientais em comparação com o aumento da [[Direito ambiental|regulamentação ambiental]], afirmando que "A preservação do meio ambiente e a prevenção da poluição indevida são problemas reais e são problemas em relação aos quais o governo tem um papel importante a desempenhar. [...] A maioria dos economistas concorda que uma maneira muito melhor de controlar a poluição do que o método atual de regulamentação específica e supervisão é introduzir disciplina de mercado ao impor taxas de efluentes".<ref>{{Citar livro|título=Free to Choose: A Personal Statement|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|ultimo2=Friedman|primeiro2=Rose|editora=Harcourt|ano=1990|lugar=New York|páginas=213–218|isbn=978-0156334600|autorlink1=Milton Friedman|edição=1st Harvest}}</ref><ref>{{Citar periódico |título=A Confusion of Economists? |periódico=American Economic Review |publicado=American Economic Association |número=2 |ultimo=Kearl |primeiro=J. R. |ultimo2=Pope |primeiro2=Clayne L. |ano=1979 |paginas=28–37 |jstor=1801612 |ultimo3=Whiting |primeiro3=Gordon C. |ultimo4=Wimmer |primeiro4=Larry T. |volume=69}}</ref> |
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* "Comments on Tobin and Buiter", 1976, em J. Stein, editor, ''Monetarism.'' |
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* "Inflation and Unemployment: Nobel lecture", 1977, ''[[Journal of Political Economy]]''. Vol. 85, pp. 451–72. [https://www.jstor.org/stable/1830192 JSTOR] |
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No seu artigo de 1955 "''The Role of Government in Education''",<ref>{{Citar livro|url=http://la.utexas.edu/users/hcleaver/330T/350kPEEFriedmanRoleOfGovttable.pdf|título="The Role of Government in Education," as printed in the book Economics and the Public Interest|ultimo=Milton Friedman|editora=Rutgers University Press|ano=1955|editor-sobrenome=Robert A. Solo|páginas=123–144|acessodata=12 de fevereiro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170510103949/http://la.utexas.edu/users/hcleaver/330T/350kPEEFriedmanRoleOfGovttable.pdf|arquivodata=10 de maio de 2017}}</ref> Friedman propôs complementar as escolas geridas publicamente com escolas particulares financiadas publicamente por meio de um sistema de [[Cheque escolar|''voucher'' escolar]].<ref>{{Citar periódico |título=Review: Education Vouchers |data=dezembro de 1970 |periódico=The Yale Law Journal |publicado=The Yale Law Journal Company, Inc. |número=2 |ultimo=Ross |primeiro=Leonard |ultimo2=Zeckhauser |primeiro2=Richard |paginas=451–461 |doi=10.2307/795126 |jstor=795126 |volume=80}}</ref> Reformas semelhantes às propostas no artigo foram implementadas, por exemplo, no Chile em 1981 e na Suécia em 1992.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/447510 |título=National Voucher Plans in Chile and Sweden: Did Privatization Reforms Make for Better Education? |data=agosto de 1998 |periódico=Comparative Education Review |publicado=[[University of Chicago Press]] |número=3 |ultimo=Carnoy |primeiro=Martin |paginas=309–337 |doi=10.1086/447510 |jstor=1189163 |volume=42}}</ref> Em 1996, Friedman, junto com sua esposa, fundou a Friedman Foundation for Educational Choice para defender a liberdade de escolha de escola e os ''vouchers''. Em 2016, a fundação mudou seu nome para EdChoice para homenagear o desejo dos Friedmans de que o movimento de escolha educacional continuasse sem seus nomes associados a eles após suas mortes.<ref name="sullivan">{{Citar revista|sobrenome=Maureen Sullivan|data=30 de julho de 2016|título=Milton Friedman's Name Disappears From Foundation, But His School-Choice Beliefs Live On|url=https://www.forbes.com/sites/maureensullivan/2016/07/30/milton-friedmans-name-disappears-from-foundation-but-his-school-choice-beliefs-live-on/#ed848a179437|urlmorta=live|revista=Forbes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160921200835/http://www.forbes.com/sites/maureensullivan/2016/07/30/milton-friedmans-name-disappears-from-foundation-but-his-school-choice-beliefs-live-on/#ed848a179437|arquivodata=21 de setembro de 2016|acessodata=14 de setembro de 2016}}</ref> |
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* [https://oll-resources.s3.us-east-2.amazonaws.com/oll3/store/titles/2136/NewIndividualistReview_1360_Bk.pdf Introduction] to [https://oll.libertyfund.org/title/friedman-new-individualist-review ''New Individualist Review''.] Indianapolis: Liberty Fund (1981), pp. ix-xiv. {{ISSN|0028-5439}}. {{ISBN|0913966908}}.1961 (vol. 1, no. 1) 1968 (vol. 5, no. 1). |
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* "Interrelations between the United States and the United Kingdom, 1873–1975.", com A.J. Schwartz, 1982, ''J Int Money and Finance'' |
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Michael Walker, do [[Fraser Institute]], e Friedman organizaram uma série de conferências de 1986 a 1994. O objetivo era criar uma definição clara de [[liberdade econômica]] e um método para medi-la. Isso acabou resultando no primeiro relatório sobre liberdade econômica mundial, ''Economic Freedom in the World''. Esse relatório anual fornece dados para vários estudos com revisão por pares e influencia políticas em várias nações.<ref>{{Citar web|url=http://www.freetheworld.com/|titulo=Economic Freedom of the World project|acessodata=16 de fevereiro de 2016|website=Fraser Institute|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160305144202/http://www.freetheworld.com/|arquivodata=5 de março de 2016|urlmorta=live}}</ref> |
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* ''Monetary Trends in the United States and the United Kingdom: Their relations to income, prices and interest rates, 1876–1975''. Com Anna J. Schwartz, 1982 |
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* "Monetary Policy: Theory and Practice," ''Journal of Money, Credit and Banking'' Vol. 14, No. 1 (Fev. 1982), pp. 98–118 [https://www.jstor.org/stable/1991496 JSTOR] |
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Com outros dezasseis economistas renomados, opôs-se ao Copyright Term Extension Act e assinou um [[Lista de expressões jurídicas em latim#A|''amicus curiae'']] apresentado no caso ''Eldred v. Ashcroft''.<ref>{{Citar web|url=http://cyber.law.harvard.edu/openlaw/eldredvashcroft/supct/amici/economists.pdf|titulo=In the Supreme Court of the United States|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=Harvard Law School|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150402164457/http://cyber.law.harvard.edu/openlaw/eldredvashcroft/supct/amici/economists.pdf|arquivodata=2 de abril de 2015|urlmorta=dead}}</ref> Friedman descreveu sua oposição, brincando, como algo "óbvio".<ref>{{Citar web|ultimo=Lawrence Lessig|url=http://www.lessig.org/2006/11/only-if-the-word-nobrainer-app/|titulo=only if the word 'no-brainer' appears in it somewhere: RIP Milton Friedman (Lessig Blog)|data=19 de novembro de 2006|acessodata=2 de abril de 2013|publicado=Lessig.org|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150402150417/http://www.lessig.org/2006/11/only-if-the-word-nobrainer-app/|arquivodata=2 de abril de 2015|urlmorta=dead}}</ref> |
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* "Monetary Policy: Tactics versus strategy", 1984, em Moore, editor, ''To Promote Prosperity.'' |
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* "Lessons from the 1979–1982 Monetary Policy Experiment," ''American Economic Review'' Vol. 74, No. 2, Documentos e Procedimentos ... da American Economic Association (Mai. 1984), pp. 397–401. |
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Friedman defendia uma proteção jurídica básica (constitucional) mais forte sobre os direitos e liberdades econômicas para promover maior crescimento e prosperidade industrial-comercial, e reforçar a democracia, a liberdade e o Estado de direito na sociedade.<ref>{{Citar web|url=http://industry.sharepoint.com/Pages/NewBritishBillofRights.aspx|titulo=A New British Bill of Rights: The Case For|acessodata=16 de fevereiro de 2016|publicado=ISR Online Guide|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304030437/http://industry.sharepoint.com/Pages/NewBritishBillofRights.aspx|arquivodata=4 de março de 2016|urlmorta=dead}}</ref> Friedman sugeriu contas de poupança médica, revogando isenções fiscais de assistência médica fornecida pelo empregador e franquias baseadas na renda como formas de reduzir os custos com assistência médica nos Estados Unidos. Friedman também argumentou que o envolvimento federal na saúde deveria ser restringido, com os governos estaduais e locais financiando os serviços para os pobres. |
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* "Has Government Any Role in Money?" com Anna J. Schwartz, 1986, JME |
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* "Quantity Theory of Money", em J. Eatwell, M. Milgate, P. Newman, eds., ''The New Palgrave'' (1998) |
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=== Questões sociais === |
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* "Money and the Stock Market," ''Journal of Political Economy'' Vol. 96, No. 2 (Abr. 1988), pp. 221–45 [https://www.jstor.org/stable/1833107 JSTOR] |
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Friedman apoiou políticas [[Libertarianismo|libertárias]], como a legalização das [[Uso recreativo de drogas|drogas]] e da prostituição. Durante 2005, Friedman e mais de 500 outros economistas promoveram discussões sobre os benefícios econômicos da legalização da maconha.<ref>{{Citar web|url=http://www.prohibitioncosts.org/endorsers/|titulo=An open letter|acessodata=9 de novembro de 2012|website=prohibitioncosts.org|publicado=Prohibition Costs|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121031062704/http://www.prohibitioncosts.org/endorsers/|arquivodata=31 de outubro de 2012|urlmorta=dead}}</ref> |
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* "Bimetallism Revisited," ''Journal of Economic Perspectives'' Vol. 4, No. 4 (1990), pp. 85–104 [https://www.jstor.org/stable/1942723 JSTOR] |
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* "The Crime of 1873," ''Journal of Political Economy'' Vol. 98, No. 6 (Dez. 1990), pp. 1159–1194 [https://www.jstor.org/stable/2937754 JSTOR] |
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Friedman também era um defensor dos [[Direitos LGBT no mundo|direitos LGBT]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ldp.org.au/milton-friedman|titulo=Milton Friedman|data=2009|acessodata=19 de fevereiro de 2013|website=ldp.org|publicado=Liberal Democratic Party (Australia)|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130410053149/http://ldp.org.au/milton-friedman|arquivodata=10 de abril de 2013|urlmorta=dead}}</ref> Ele nunca apoiou especificamente o [[casamento entre pessoas do mesmo sexo]], mas disse: "Não acredito que deveria haver qualquer discriminação contra gays".<ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|isbn=978-0230604094}}</ref> |
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* "Franklin D. Roosevelt, Silver, and China," ''Journal of Political Economy'' Vol. 100, No. 1 (Fev. 1992), pp. 62–83 [https://www.jstor.org/stable/2138806 JSTOR] |
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Friedman era a favor da imigração, dizendo que "a imigração legal e ilegal tem um impacto muito positivo na economia dos EUA".<ref name="Dalmia-2018">{{Citar jornal|ultimo=Dalmia|primeiro=Shikha|url=https://theweek.com/articles/785238/weaponization-milton-friedman|titulo=The weaponization of Milton Friedman|data=19 de julho de 2018|acessodata=19 de julho de 2018|website=[[The Week]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180719161851/http://theweek.com/articles/785238/weaponization-milton-friedman|arquivodata=19 de julho de 2018|urlmorta=live}}</ref> No entanto, ele sugeriu que os imigrantes não deveriam ter acesso ao sistema de assistência social.<ref name="Dalmia-2018" /> Friedman afirmou que a imigração do México tinha sido uma "coisa boa", em particular a imigração ilegal.<ref name="Dalmia-2018" /> Friedman argumentou que a imigração ilegal era uma bênção porque “ocupa empregos que a maioria dos residentes deste país não está disposta a aceitar, fornece aos empregadores trabalhadores de um tipo que eles não conseguem obter” e não utiliza assistência social.<ref name="Dalmia-2018" /> Em ''[[Free to Choose]]'', Friedman escreveu:<ref name="Friedman-1990">{{Citar livro|título=Free to Choose: A Personal Statement|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|ultimo2=Friedman|primeiro2=Rose|editora=Harcourt|ano=1990|lugar=New York|páginas=119–124|isbn=978-0156334600|edição=1st Harvest}}</ref> |
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{{Cquote|Nenhum obstáculo arbitrário deveria impedir as pessoas de alcançarem as posições para as quais seus talentos as qualificam e que seus valores as levam a buscar. Não é o nascimento, a nacionalidade, a cor, a religião, o sexo ou qualquer outra característica irrelevante que deve determinar as oportunidades que estão abertas a uma pessoa – apenas suas habilidades.|autor=Milton Friedman}} |
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Friedman também argumentou que o estado de bem-estar social deve terminar antes da imigração, ou mais especificamente, antes que fronteiras sejam abertas, porque os imigrantes podem ter um incentivo para vir devido aos pagamentos de assistência social.<ref>{{Citar web|ultimo=Friedman|primeiro=Milton|ultimo2=Kowalczyk|primeiro2=Henryk|url=https://www.freedomofmigration.com/wp-content/uploads/2012/02/Friedman-20061016.pdf|titulo=A Letter to Mr. Friedman|data=2006|website=freedomofmigration.com}}</ref> O economista [[Bryan Caplan]] contestou esta afirmação, argumentando que a assistência social é geralmente distribuída não entre os imigrantes, mas sim entre os aposentados, por meio da previdência social (Social Security).<ref>{{Citar jornal|ultimo=Mangu-Ward|primeiro=Katherine|url=https://reason.com/video/2019/11/27/bryan-caplan-says-milton-friedman-is-wrong-about-open-borders/|titulo=Bryan Caplan says Milton Friedman is wrong about Open Borders|data=2019|website=[[Reason Magazine]]|publicado=Reason Foundation}}</ref> |
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Friedman era contra moradias públicas, pois acreditava que elas também eram uma forma de assistência social. Ele acreditava que um dos principais argumentos dos políticos a favor da habitação pública é que as moradias comuns para pessoas de baixa renda eram muito caras devido a um alto custo imposto pelo corpo de bombeiros e pela polícia. Ele acreditava que isso apenas aumentaria os impostos e não beneficiaria as pessoas de baixa renda no longo prazo. Friedman era um defensor da assistência financeira direta em vez de moradia pública, acreditando que as pessoas estariam melhor dessa forma. Ele argumentou que os progressistas nunca concordariam com essa ideia porque não confiavam em seus próprios cidadãos.<ref name="Freedman-C&F">{{Citar livro|título=Capitalism and Freedom|ultimo=Fredman|primeiro=Milton|páginas=179–181}}</ref> Friedman argumentou também que as habitações públicas estimulavam a [[delinquência juvenil]].<ref>{{Citar web|ultimo=Peterson|primeiro=Jonathan|url=https://www.latimes.com/archives/la-xpm-1986-12-14-tm-2801-story.html|titulo=The Captain of Capitalism : Even as Milton Friedman's Theories Have Gone Out of Vogue in Washington, His Ideas Have Come to Shape the Way Nations Manage Their Money.|data=14 de dezembro de 1986|acessodata=11 de janeiro de 2022|website=Los Angeles Times|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://miltonfriedman.hoover.org/objects/56671/the-negro-in-america|titulo=The Negro in America|acessodata=11 de janeiro de 2022|website=miltonfriedman.hoover.org|lingua=en}}</ref> |
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Friedman era contra a estipulação de um salário mínimo; ele considerava como um caso resolvido, pois era possível perceber que ocorria exatamente o oposto do pretendido. As leis de salário mínimo aumentariam o desemprego e os empregadores não recontratariam os trabalhadores que já trabalhavam por salários menores.<ref name="Freedman-C&F">{{Citar livro|título=Capitalism and Freedom|ultimo=Fredman|primeiro=Milton|páginas=179–181}}</ref> Isso deixaria as pessoas de baixa renda em uma situação pior, porque se tornariam vítimas do desemprego. Ele acreditava que essas ideias de novas leis de salário mínimo vinham das fábricas e sindicatos do Norte, em uma tentativa de reduzir a concorrência do Sul.<ref>{{Citar web|url=https://www.aei.org/carpe-diem/milton-friedman-in-a-1966-newsweek-op-ed-the-minimum-wage-law-is-a-monument-to-the-power-of-superficial-thinking/|titulo=Milton Friedman in a 1966 Newsweek op-ed: the minimum-wage law is a 'monument to the power of superficial thinking'|data=5 de dezembro de 2016|acessodata=11 de janeiro de 2022|website=American Enterprise Institute – AEI|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://miltonfriedman.hoover.org/objects/57909/minimumwage-rates|titulo=Minimum-Wage Rates|acessodata=11 de janeiro de 2022|website=miltonfriedman.hoover.org|lingua=en}}</ref> |
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== Honrarias, reconhecimento e legado == |
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[[Ficheiro:Milton_Friedman_1976.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Friedman em 1976]] |
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George H. Nash, um importante historiador do conservadorismo americano, diz que "no final da década de 1960 ele era provavelmente o acadêmico conservador mais respeitado e influente do país, e um dos poucos com reputação internacional".<ref>{{Citar livro|título=Milton Friedman: A Biography|ultimo=Ebenstein|primeiro=Lanny|editora=St. Martin's Publishing Group|ano=2007|isbn=978-0230604094}}</ref> Em 1971, Friedman recebeu o Prêmio Golden Plate da [[Academy of Achievement]].<ref>{{Citar web|url=https://achievement.org/our-history/golden-plate-awards/#public-service|titulo=Golden Plate Awardees of the American Academy of Achievement|website=www.achievement.org|publicado=[[American Academy of Achievement]]}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://achievement.org/achiever/milton-friedman-ph-d/#interview|titulo=Milton Friedman Biography and Interview|publicado=[[American Academy of Achievement]]}}</ref> Friedman permitiu que o libertário [[Cato Institute]] usasse seu nome para o Milton Friedman Prize for Advancing Liberty, concedido bienalmente, a partir de 2001. O Prêmio Friedman foi concedido ao falecido economista britânico Peter Bauer em 2002, ao economista peruano [[Hernando de Soto Polar|Hernando de Soto]] em 2004, a Mart Laar, ex-primeiro-ministro da Estônia em 2006 e ao jovem estudante venezuelano Yon Goicoechea em 2008. Sua esposa Rose, irmã de Aaron Director, com quem ele iniciou a Friedman Foundation for Educational Choice, serviu no comitê de seleção internacional.<ref>{{Citar web|url=http://www.cato.org/news-releases/2007/9/5/selection-committee-announced-2008-milton-friedman-prize-advancing-liberty|titulo=Selection Committee Announced for the 2008 Milton Friedman Prize for Advancing Liberty|data=5 de setembro de 2007|acessodata=4 de janeiro de 2014|publicado=Cato Institute|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140105025255/http://www.cato.org/news-releases/2007/9/5/selection-committee-announced-2008-milton-friedman-prize-advancing-liberty|arquivodata=5 de janeiro de 2014}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cato.org/friedman-prize|titulo=Milton Friedman Prize page|acessodata=5 de janeiro de 2014|publicado=[[Cato Institute]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140120081700/http://www.cato.org/friedman-prize|arquivodata=20 de janeiro de 2014}}</ref> |
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Após a morte de Friedman, o presidente de Harvard, [[Lawrence Summers]], chamou-o de "O Grande Libertador", dizendo que "qualquer democrata honesto admitirá que agora somos todos 'friedmanitas'". Ele disse que a grande contribuição popular de Friedman foi "convencer as pessoas da importância de permitir que os mercados livres atuem".<ref>{{Citar jornal|ultimo=Larry Summers|url=https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/2006/11/19/opinion/19summers.html|titulo=The Great Liberator|data=19 de novembro de 2006|acessodata=5 de setembro de 2024|website=The New York Times|arquivourl=https://web.archive.org/web/20061123000415/http://www.nytimes.com/2006/11/19/opinion/19summers.html|arquivodata=23 de novembro de 2006|urlmorta=live}}</ref> Stephen Moore, membro do editorial do ''[[The Wall Street Journal]]'', disse em 2013: "Citar o mais reverenciado defensor da economia de livre mercado desde [[Adam Smith]] tornou-se um pouco como citar a Bíblia". Ele acrescenta: "Às vezes, há interpretações múltiplas e conflitantes".<ref>{{Citar jornal|ultimo=Moore|primeiro=Stephen|titulo=What Would Milton Friedman Say?|data=30 de maio de 2013|website=The Wall Street Journal|pagina=A13}}</ref> Embora o economista [[Economia pós-keynesiana|pós-keynesiano]] [[John Kenneth Galbraith|J.K. Galbraith]] fosse um crítico proeminente de Friedman e de sua ideologia, ele constatou que "a era de [[John Maynard Keynes]] deu lugar à era de Milton Friedman". |
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=== Prêmio Nobel de Ciências Econômicas de 1976 === |
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Friedman recebeu o [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|Prêmio Nobel de Ciências Econômicas]], o único laureado em 1976, "por suas realizações nas áreas de análise do consumo, história e teoria monetária e por sua demonstração da complexidade da política de estabilização".<ref name="nobel1">{{Citar web|url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|titulo=The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 1976|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=Nobel Prize|ano=1976|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080412092230/http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/1976/|arquivodata=12 de abril de 2008|urlmorta=live}}</ref> Sua nomeação foi controversa, principalmente por sua associação com o ditador militar [[Augusto Pinochet]]. Alguns economistas, como o [[Economia institucional|economista institucional]] e ganhador do Prêmio Nobel de 1974, [[Gunnar Myrdal]], criticaram Friedman e o próprio parceiro de Myrdal, ganhador do Prêmio Nobel de 1974, [[Friedrich Hayek]], por serem reacionários. As críticas de Myrdal fizeram com que alguns economistas se opusessem ao próprio Prêmio Nobel de Economia.<ref name="Silk-1977">{{Citar jornal|ultimo=Silk|primeiro=Leonard|url=https://www.nytimes.com/1977/03/31/archives/nobel-award-in-economics-should-prize-be-abolished.html|titulo=Nobel Award in Economics: Should Prize Be Abolished?|data=31 de março de 1977|acessodata=16 de maio de 2021|website=The New York Times|lingua=en-US|issn=0362-4331}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/4225966 |título=In Memoriam: Gunnar Myrdal's Contribution to Institutional Economics |data=1988 |periódico=Journal of Economic Issues |número=1 |ultimo=Dopfer |primeiro=Kurt |paginas=227–231 |doi=10.1080/00213624.1988.11504742 |issn=0021-3624 |jstor=4225966 |volume=22}}</ref> |
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=== Hong Kong === |
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Friedman disse: "Se você quer ver o [[capitalismo]] em ação, vá para Hong Kong."<ref>{{Citar revista|sobrenome=Waldemar Ingdahl|data=22 de março de 2007|título=Real Virtuality|url=http://www.american.com/archive/2007/march-0307/real-virtuality/|urlmorta=dead|revista=The American|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141003020845/http://www.american.com/archive/2007/march-0307/real-virtuality|arquivodata=3 de outubro de 2014|acessodata=20 de fevereiro de 2008}}</ref> Ele escreveu, em 1990, que a [[economia de Hong Kong]] era talvez o melhor exemplo de uma [[Economia de mercado|economia de mercado livre]].<ref>{{Citar livro|título=Free to Choose: A Personal Statement|ultimo=Milton Friedman and Rose Friedman|editora=Harvest Books|ano=1990|isbn=978-0156334600}}</ref> |
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Um mês antes de sua morte, ele escreveu "Hong Kong Wrong – What would Cowperthwaite say?" no ''The Wall Street Journal'', criticando [[Donald Tsang]], Chefe do Executivo de Hong Kong, por abandonar o "não intervencionismo positivo".<ref name="wsj_20061006">{{Citar web|ultimo=Friedman, Milton|url=http://www.opinionjournal.com/editorial/feature.html?id=110009051|titulo=Dr. Milton Friedman|data=6 de outubro de 2006|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=Opinion Journal|arquivourl=https://web.archive.org/web/20061006122046/http://www.opinionjournal.com/editorial/feature.html?id=110009051|arquivodata=6 de outubro de 2006|urlmorta=live}}</ref> Mais tarde, Tsang disse que estava apenas mudando o slogan para "grande mercado, pequeno governo", em que um governo pequeno é definido como menos de 20% do PIB. Em um debate entre Tsang e o seu rival Alan Leong antes das [[Eleição do Chefe do Executivo de Hong Kong (2007)|eleições para o Chefe do Executivo de Hong Kong em 2007]], Leong levantou o tópico e acusou Tsang, de forma jocosa, de ter irritado Friedman causando-lhe a morte (Friedman tinha morrido apenas um ano antes).<ref>{{Citar web|ultimo=Chan|primeiro=Carrie|url=http://www.thestandard.com.hk/news_detail.asp?pp_cat=12&art_id=40288&sid=12691962&con_type=1&d_str=20070316&sear_year=2007|titulo='Genuine' Tsang turns aggressive|data=16 de março de 2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080311050617/http://www.thestandard.com.hk/news_detail.asp?pp_cat=12&art_id=40288&sid=12691962&con_type=1&d_str=20070316&sear_year=2007|arquivodata=11 de março de 2008|urlmorta=dead}}</ref> |
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=== Chile === |
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Em 1975, dois anos após o [[Golpe de Estado no Chile em 1973|golpe militar]] que levou ao poder o [[Ditadura militar|ditador militar]] Augusto Pinochet e pôs fim ao governo de Salvador Allende, a economia do Chile passou por uma grave crise.<ref>{{Citar periódico |título=The Political Economy of the Chilean Miracle |data=1997 |periódico=Latin American Research Review |número=1 |ultimo=Richards |primeiro=Donald |paginas=139–159 |doi=10.1017/S0023879100037705 |jstor=2504050 |volume=32 |doi-access=free}}</ref> Friedman e Arnold Harberger aceitaram um convite de uma fundação privada chilena para visitar o país e falar sobre os princípios da [[liberdade econômica]]. Ele passou sete dias no Chile dando uma série de palestras na [[Pontifícia Universidade Católica do Chile]] e na [[Universidade do Chile]]. Uma das palestras intitulava-se “The Fragility of Freedom” e, segundo Friedman, “abordava precisamente a ameaça à liberdade de um governo militar centralizado”.<ref name="icelandtv">{{Citar vídeo|url=https://www.youtube.com/watch?v=oJNxg3ZhXf8#t=9m11s&feature=PlayList&p=EBBF6DB20C85145A&playnext_from=PL&index=3|titulo=Iceland Television Debate|data=31 de agosto de 1984|acessodata=27 de junho de 2010|publicado=[[Television in Iceland|Icelandic State Television]]|local=[[Reykjavík]]|tipo=Television production|formato=[[Flash Video]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160423164050/https://www.youtube.com/watch?v=oJNxg3ZhXf8#t=9m11s&feature=PlayList&p=EBBF6DB20C85145A&playnext_from=PL&index=3|arquivodata=23 de abril de 2016|urlmorta=live}}</ref> |
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Em uma carta a Pinochet de 21 de abril de 1975, Friedman considerou que os “principais problemas econômicos do Chile são claramente [...] a inflação e a promoção de uma [[economia social de mercado]] saudável". Ele afirmou que "Só há uma maneira de acabar com a inflação: reduzindo drasticamente a taxa de crescimento da quantidade de moeda" e que "cortar os gastos do governo é de longe a maneira mais desejável de reduzir o ''déficit'' fiscal, porque [...] fortalece o setor privado, lançando assim as bases para um crescimento econômico ''saudável'' ".<ref name="letter" /> Quanto à rapidez com que a inflação deveria acabar, Friedman sentiu que "para o Chile, onde a inflação está chegando aos 10-20% ao mês, [...] gradualismo não é viável. Envolveria uma operação tão dolorosa por um período tão longo que o ''paciente'' não sobreviveria." Escolher "um breve período com o desemprego mais alto" era o mal menor. e que “a experiência da Alemanha, [...] do Brasil [...], do ajuste pós-guerra nos EUA [...] todas indicam o tratamento de choque". Na carta, Friedman recomendou que a abordagem de choque fosse implementada com "um pacote para eliminar a surpresa e aliviar o sofrimento agudo" e "para ser mais claro, deixe-me esboçar o conteúdo de uma proposta de pacote [...] para ser recebido como ilustrativo", embora seu conhecimento do Chile fosse "muito limitado para permitir que [ele] fosse preciso ou abrangente". Ele listou uma "amostra de proposta" com oito medidas [[Política monetária|monetárias]] e [[Política orçamental|fiscais]], incluindo "a remoção de tantos obstáculos quanto possível que no momento atrapalham o mercado privado. Por exemplo, suspender [...] a lei atual contra a demissão de funcionários". Ele encerrou afirmando: "Um programa de choque como esse poderia acabar com a inflação em meses". A sua carta sugeria que cortar despesas para reduzir o ''déficit'' fiscal resultaria em menos desemprego transitório do que aumentar os impostos.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/journals/journal-of-the-history-of-economic-thought/article/abs/milton-friedman-in-chile-shock-therapy-economic-freedom-and-exchange-rates/D58D1A94977A748FA9A9F154EB002E37 |título=Milton Friedman in Chile: Shock Therapy, Economic Freedom, and Exchange Rates |data=2020 |periódico=Journal of the History of Economic Thought |ultimo=Edwards |primeiro=Sebastian |ultimo2=Montes |primeiro2=Leonidas |paginas=105–132 |doi=10.1017/S1053837219000397 |volume=42 |via=Cambridge University Press}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://economistsview.typepad.com/economistsview/2015/07/the-rivals-samuelson-and-friedman.html|titulo=Economist's View: The Rivals (Samuelson and Friedman)|acessodata=21 de maio de 2021|website=economistsview.typepad.com}}</ref><ref name="Opazo-2016">{{Citar web|ultimo=Opazo|primeiro=Tania|url=https://slate.com/business/2016/01/in-chicago-boys-the-story-of-chilean-economists-who-studied-in-america-and-then-remade-their-country.html|titulo=The "Boys" Who Completely Transformed Chile's Economy|data=12 de janeiro de 2016|acessodata=21 de maio de 2021|website=Slate Magazine|lingua=en}}</ref> |
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Sergio de Castro, um chileno formado na Escola de Chicago, tornou-se Ministro das Finanças do país em 1975.<ref name="Opazo-2016">{{Citar web|ultimo=Opazo|primeiro=Tania|url=https://slate.com/business/2016/01/in-chicago-boys-the-story-of-chilean-economists-who-studied-in-america-and-then-remade-their-country.html|titulo=The "Boys" Who Completely Transformed Chile's Economy|data=12 de janeiro de 2016|acessodata=21 de maio de 2021|website=Slate Magazine|lingua=en}}<cite class="citation web cs1" data-ve-ignore="true" id="CITEREFOpazo2016">Opazo, Tania (January 12, 2016). [https://slate.com/business/2016/01/in-chicago-boys-the-story-of-chilean-economists-who-studied-in-america-and-then-remade-their-country.html "The "Boys" Who Completely Transformed Chile's Economy"]. ''Slate Magazine''<span class="reference-accessdate">. Retrieved <span class="nowrap">May 21,</span> 2021</span>.</cite></ref> Durante seus seis anos de mandato, o investimento estrangeiro direto aumentou, foram impostas restrições às greves e aos sindicatos, e o PIB cresceu anualmente.<ref>{{Citar tese|sobrenome=William Ray Mask II|titulo=The Great Chilean Recovery: Assigning Responsibility For The Chilean Miracle(s)}}</ref> Foi criado um programa de intercâmbio entre a [[Pontifícia Universidade Católica do Chile|Universidade Católica do Chile]] e a [[Universidade de Chicago]]. Muitos outros ex-alunos da Escola de Chicago foram nomeados para cargos governamentais durante e depois da ditadura de Pinochet; outros ensinaram sua doutrina econômica em universidades chilenas. Eles ficaram conhecidos como [[Chicago Boys]].<ref>{{Citar web|url=http://hoohila.stanford.edu/friedman/chile-chicago.php|titulo=Chile and the "Chicago Boys"|acessodata=20 de junho de 2014|website=The Hoover Institution|publicado=Stanford University|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120810043651/http://hoohila.stanford.edu/friedman/chile-chicago.php|arquivodata=10 de agosto de 2012|urlmorta=dead}}</ref> |
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Friedman defendeu sua atividade no Chile alegando que, em sua opinião, a adoção de políticas de livre-mercado não apenas melhorou a situação econômica do Chile, mas também contribuiu para a melhoria do [[Ditadura militar chilena|governo de Pinochet]] e para a eventual transição para um governo democrático em 1990. Essa ideia está incluída em ''[[Capitalism and Freedom]]'', no qual ele declarou que a liberdade econômica não é apenas desejável em si mesma, mas também é uma condição necessária para a [[liberdade política]]. Em seu documentário de 1980, ''[[Free to Choose]]'', ele disse o seguinte: "O Chile não é um sistema politicamente livre, e eu não apoio o seu sistema. Mas as pessoas lá são mais livres do que as pessoas nas sociedades comunistas, porque o governo desempenha um papel menor. [...] As condições do povo nos últimos anos têm melhorado e não piorado. Seria ainda melhor livrar-se da junta e poder ter um sistema democrático livre."<ref>{{Citar web|url=http://www.freetochoose.net/1980_vol5_transcript.html|titulo=Free to Choose Vol. 5|acessodata=20 de fevereiro de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080209233014/http://www.freetochoose.net/1980_vol5_transcript.html|arquivodata=9 de fevereiro de 2008|urlmorta=dead}}</ref><ref>[https://www.youtube.com/watch?v=JQkdSj6arn0 Frances Fox Piven vs. Milton Friedman, Thomas Sowell] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20141016091409/http://www.youtube.com/watch?v=JQkdSj6arn0|date=October 16, 2014}}, debate, 1980, YouTube.</ref> Em 1984, Friedman declarou que "nunca se absteve de criticar o sistema político no Chile".<ref name="icelandtv">{{Citar vídeo|url=https://www.youtube.com/watch?v=oJNxg3ZhXf8#t=9m11s&feature=PlayList&p=EBBF6DB20C85145A&playnext_from=PL&index=3|titulo=Iceland Television Debate|data=31 de agosto de 1984|acessodata=27 de junho de 2010|publicado=[[Television in Iceland|Icelandic State Television]]|local=[[Reykjavík]]|tipo=Television production|formato=[[Flash Video]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160423164050/https://www.youtube.com/watch?v=oJNxg3ZhXf8#t=9m11s&feature=PlayList&p=EBBF6DB20C85145A&playnext_from=PL&index=3|arquivodata=23 de abril de 2016|urlmorta=live}}<cite class="citation audio-visual cs1" data-ve-ignore="true">Milton Friedman (August 31, 1984). [https://www.youtube.com/watch?v=oJNxg3ZhXf8#t=9m11s&feature=PlayList&p=EBBF6DB20C85145A&playnext_from=PL&index=3 ''Iceland Television Debate''] <span class="cs1-format">([[Flash Video]])</span> (Television production). [[Reiquiavique|Reykjavík]]: [[Televisão na Islândia|Icelandic State Television]]. Event occurs at 009:48:00. [https://web.archive.org/web/20160423164050/https://www.youtube.com/watch?v=oJNxg3ZhXf8#t=9m11s&feature=PlayList&p=EBBF6DB20C85145A&playnext_from=PL&index=3 Archived] from the original on April 23, 2016<span class="reference-accessdate">. Retrieved <span class="nowrap">June 27,</span> 2010</span>.</cite></ref> Em 1991, ele disse: "Não tenho nada de bom a dizer sobre o regime político que Pinochet impôs. Foi um regime político terrível. O verdadeiro milagre do Chile não é o quão bem ele se saiu economicamente; o verdadeiro milagre do Chile é que uma junta militar estava disposta a ir contra seus princípios e apoiar um regime de livre-mercado projetado por aqueles que por princípio acreditam em um livre-mercado. ... No Chile, o impulso pela liberdade política, que foi gerado pela liberdade econômica e o sucesso econômico resultante, em última instância levou a um referendo que introduziu a democracia política. Agora, finalmente, o Chile tem todas as três coisas: liberdade política, liberdade humana e liberdade econômica. O Chile continuará a ser um experimento interessante para ver se ele pode manter todas as três ou se, agora que tem liberdade política, essa liberdade política tenderá a ser usada para destruir ou reduzir a liberdade econômica."<ref>[http://www.cbe.csueastbay.edu/~sbesc/frlect.html The Smith Center: Milton Friedman's lecture] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20130922130830/http://www.cbe.csueastbay.edu/~sbesc/frlect.html|date=September 22, 2013}}, "Economic Freedom, Human Freedom, Political Freedom", by Milton Friedman, delivered November 1, 1991.</ref> Ele enfatizou que as palestras que deu no Chile foram as mesmas palestras que ele deu mais tarde na China e em outros estados socialistas.<ref>{{Harvnb|Friedman|1999}}, pp. 600–601</ref> Ele afirmou ainda: "Não considero malévolo que um economista preste aconselhamento técnico econômico ao governo chileno, tal como não consideraria malévolo que um médico desse aconselhamento técnico médico ao governo chileno para ajudar a acabar com uma praga". |
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Durante o documentário da PBS de 2000, ''The Commanding Heights'' (baseado no livro do mesmo nome), Friedman continuou a argumentar que "os livres-mercados prejudicariam a centralização política e o controle político [de Pinochet]",<ref>{{Citar web|url=https://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitextlo/ufd_reformliberty_full.html|titulo=Interview with Jeffery Sachs on the "Miracle of Chile"|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=PBS|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080222001124/http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitextlo/ufd_reformliberty_full.html|arquivodata=22 de fevereiro de 2008|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitext/int_miltonfriedman.html#10|titulo=Commanding Heights: Milton Friedman|acessodata=29 de dezembro de 2008|publicado=PBS|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081228195520/http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitext/int_miltonfriedman.html#10|arquivodata=28 de dezembro de 2008|urlmorta=live}}</ref> e que as críticas sobre seu papel no Chile ignoraram sua principal afirmação de que mercados mais livres resultam em pessoas mais livres e que a economia não livre do Chile havia causado a ascensão de Pinochet. Friedman defendeu que os livres-mercados minaram a “centralização política e o controle político”.<ref name="pbs1">{{Citar web|url=https://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitextlo/int_miltonfriedman.html|titulo=Milton Friedman interview|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=PBS|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110109040713/http://www.pbs.org/wgbh/commandingheights/shared/minitextlo/int_miltonfriedman.html|arquivodata=9 de janeiro de 2011|urlmorta=live}}</ref> |
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Por causa de seu envolvimento com o governo do Chile, que era uma ditadura na época de sua visita, houve protestos internacionais, da Suécia à América, quando Friedman recebeu o Prêmio Nobel em 1976. Friedman foi acusado de apoiar a ditadura militar no Chile por causa da relação dos economistas da Universidade de Chicago com Pinochet e da viagem de sete dias<ref>{{Citar web|ultimo=Doherty|primeiro=Brian|url=https://reason.com/2006/12/15/the-economist-and-the-dictator/|titulo=The Economist and the Dictator|data=15 de dezembro de 2006|acessodata=8 de outubro de 2021|website=Reason.com|publicado=Reason Magazine}}</ref> que fez ao Chile em março de 1975 (menos de dois anos após o golpe que terminou com a morte do presidente Salvador Allende). Friedman respondeu que nunca foi conselheiro da ditadura, mas apenas deu algumas palestras e seminários sobre inflação e se encontrou com autoridades, incluindo Augusto Pinochet, enquanto estava no Chile. |
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=== Islândia === |
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Friedman visitou a [[Islândia]] no outono de 1984, encontrou-se com islandeses importantes e deu uma palestra na Universidade da Islândia sobre a "tirania do ''status quo''". Ele participou de um debate televisivo em 31 de agosto de 1984, com intelectuais socialistas, incluindo [[Ólafur Ragnar Grímsson]], que mais tarde se tornou presidente da Islândia.<ref>{{Citar vídeo|titulo=Milton Friedman on Icelandic State Television in 1984}}</ref> Quando eles reclamaram que uma taxa era cobrada para assistir às suas palestras na universidade e que, até então, as palestras dos acadêmicos visitantes eram gratuitas, Friedman respondeu que as palestras anteriores não eram gratuitas no sentido significativo: as palestras sempre têm custos relacionados. O que importava era se seria os participantes ou os não participantes que cobririam esses custos. Friedman achou que seria mais justo que apenas aqueles que compareceram pagassem. Nessa discussão, Friedman também afirmou que não recebeu nenhum dinheiro pela apresentação daquela palestra.<ref>{{Citar web|ultimo=Gratulatoria|primeiro=Tabula|ultimo2=Árnason|primeiro2=Ragnar|url=http://www.rnh.is/?page_id=350|titulo=The Libertarian Alliance {{!}} RNH|acessodata=16 de maio de 2021|website=rnh.is}}</ref> |
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=== Estônia === |
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Embora Friedman nunca tenha visitado a [[Estónia|Estônia]], seu livro ''[[Free to Choose]]'' influenciou o primeiro-ministro estoniano, Mart Laar, que tinha 32 anos e afirmou que esse foi o único livro sobre economia que ele havia lido antes de assumir o cargo. As reformas de Laar são frequentemente creditadas como responsáveis pela transformação da Estônia de uma [[Repúblicas da União Soviética|república soviética]] empobrecida ao "[[Tigres bálticos|tigre Báltico]]". Um elemento fundamental do programa de Laar foi a introdução do imposto fixo.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Stolberg|primeiro=Sharyl|url=https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/2006/11/30/world/europe/30nato.html|titulo=In Estonia, Bush Finds a Tax Actually to His Liking|data=2006|acessodata=5 de setembro de 2024|website=The New York Times|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151104184953/http://www.nytimes.com/2006/11/30/world/europe/30nato.html|arquivodata=4 de novembro de 2015|urlmorta=live}}</ref> Laar ganhou o Prêmio Milton Friedman de 2006 para o Avanço da Liberdade, concedido pelo [[Cato Institute]].<ref>{{Citar web|url=http://www.cato.org/special/friedman/laar/|titulo=Mart Laar|acessodata=20 de fevereiro de 2008|publicado=Cato Institute|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060515231340/http://www.cato.org/special/friedman/laar/|arquivodata=15 de maio de 2006|urlmorta=dead}}</ref> |
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=== Reino Unido === |
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Depois de 1950, Friedman foi frequentemente convidado para dar palestras na Grã-Bretanha; na década de 1970, suas ideias ganharam ampla atenção nos círculos conservadores. Por exemplo, ele era um palestrante regular no [[Institute of Economic Affairs]] (IEA), um ''think tank'' libertário. A política [[Partido Conservador (Reino Unido)|conservadora]] [[Margaret Thatcher]] acompanhou de perto os programas e ideias da IEA e conheceu Friedman lá em 1978. Ele também influenciou fortemente Keith Joseph, que se tornou o conselheiro sênior de Thatcher para assuntos econômicos, assim como Alan Walters e Patrick Minford, outros dois conselheiros importantes. Grandes jornais, incluindo o ''Daily Telegraph,'' ''The Times'' e ''The Financial Times,'' divulgaram as ideias monetaristas de Friedman aos tomadores de decisões britânicos. As ideias de Friedman influenciaram fortemente Thatcher e os seus aliados quando ela se tornou primeira-ministra em 1979.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=QzOwAgAAQBAJ&pg=PA102|título=America in the British Imagination: 1945 to the Present|ultimo=Lyons|primeiro=John F.|editora=Palgrave Macmillan|ano=2013|isbn=978-1137376800}}</ref><ref>Subroto Roy & John Clarke, eds. (2005), ''Margaret Thatcher's Revolution: How it Happened and What it Meant''. Continuum. {{ISBN|0826484840}}</ref> Galbraith criticou fortemente a "viabilidade da fórmula de Friedman" para a qual, ele disse: "a Grã-Bretanha ofereceu-se para ser a cobaia".<ref>{{Citar jornal|ultimo=Galbraith, J K|autorlink=John Kenneth Galbraith|url=https://www.washingtonpost.com/archive/politics/1980/10/08/a-fair-trial-of-the-friedman-formula/cb55ba55-7942-4d96-8a94-52637d72b4ab/|titulo=A Fair Trial of the Friedman Formula|data=8 de outubro de 1980|website=The Washington Post}}</ref> |
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=== Estados Unidos === |
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Após sua morte, vários obituários e artigos foram escritos em homenagem a Friedman, citando-o como um dos economistas mais importantes e influentes do [[Consequências da Segunda Guerra Mundial|pós-guerra]].<ref>{{Citar jornal|url=https://www.economist.com/news/2006/11/17/an-enduring-legacy|titulo=An enduring legacy|data=17 de novembro de 2006|acessodata=25 de setembro de 2018|website=The Economist|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926052241/https://www.economist.com/news/2006/11/17/an-enduring-legacy|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Noble|primeiro=Holcomb B.|url=https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/2006/11/16/business/17friedmancnd.html|titulo=Milton Friedman, Free Markets Theorist, Dies at 94|data=16 de novembro de 2006|acessodata=5 de setembro de 2024|website=The New York Times|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120810040215/http://www.nytimes.com/2006/11/16/business/17friedmancnd.html?_r=2&pagewanted=all|arquivodata=10 de agosto de 2012|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Norton|primeiro=Justin M.|url=https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/11/16/AR2006111601366.html|titulo=Economist Milton Friedman Dies at 94|data=17 de novembro de 2006|acessodata=25 de setembro de 2018|website=[[The Washington Post]]|lingua=en-US|issn=0190-8286|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151127171049/http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/11/16/AR2006111601366.html|arquivodata=27 de novembro de 2015|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://delong.typepad.com/sdj/2006/11/we_are_live_at_.html|titulo=We Are Live at Salon, with an Obituary for Milton Friedman|acessodata=25 de setembro de 2018|website=Grasping Reality with at Least Three Hands|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926052017/http://delong.typepad.com/sdj/2006/11/we_are_live_at_.html|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref> O legado, às vezes controverso, de Milton Friedman<ref>{{Citar web|ultimo=Adams|primeiro=Richard|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2006/nov/16/post650|titulo=Milton Friedman: a study in failure|data=16 de novembro de 2006|acessodata=25 de setembro de 2018|website=The Guardian|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926130701/https://www.theguardian.com/commentisfree/2006/nov/16/post650|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Goldstein|primeiro=Evan|url=https://www.chronicle.com/article/Milton-Friedmans/28879|titulo=Milton Friedman's Controversial Legacy|data=1 de agosto de 2008|acessodata=25 de setembro de 2018|website=The Chronicle of Higher Education|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926051906/https://www.chronicle.com/article/Milton-Friedmans/28879|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref> na América continua forte dentro do movimento [[Conservadorismo nos Estados Unidos|conservador]].<ref>{{Citar jornal|ultimo=Wapshott|primeiro=Nicholas|url=http://www.post-gazette.com/opinion/Op-Ed/2012/07/31/Milton-Friedman-s-legacy-He-is-the-economist-conservatives-love-but-don-t-understand/stories/201207310228|titulo=Milton Friedman's legacy: He is the economist conservatives love but don't understand|data=2012|acessodata=25 de setembro de 2018|website=Pittsburgh Post-Gazette|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926052124/http://www.post-gazette.com/opinion/Op-Ed/2012/07/31/Milton-Friedman-s-legacy-He-is-the-economist-conservatives-love-but-don-t-understand/stories/201207310228|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref> No entanto, alguns jornalistas e economistas, como Noah Smith e Scott Sumner, argumentaram que o legado acadêmico de Friedman foi enterrado sob a sua filosofia política e interpretado equivocadamente por conservadores modernos.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Kristula-Green|primeiro=Noah|url=https://www.thedailybeast.com/articles/2012/07/31/milton-friedman|titulo=Milton Friedman's Unfinished Legacy|data=31 de julho de 2012|acessodata=25 de setembro de 2018|website=The Daily Beast|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Smith|primeiro=Noah|url=http://noahpinionblog.blogspot.com/2013/08/the-cruel-trick-played-by-history-on.html|titulo=Noahpinion: The cruel trick played by history on Milton Friedman|data=14 de agosto de 2013|acessodata=25 de setembro de 2018|website=Noahpinion|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926051930/http://noahpinionblog.blogspot.com/2013/08/the-cruel-trick-played-by-history-on.html|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.themoneyillusion.com/milton-friedman-vs-the-conservatives/|titulo=TheMoneyIllusion » Milton Friedman vs. the conservatives|acessodata=25 de setembro de 2018|website=www.themoneyillusion.com|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926085951/http://www.themoneyillusion.com/milton-friedman-vs-the-conservatives/|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=O'Brien|primeiro=Matthew|url=https://www.theatlantic.com/business/archive/2012/03/what-gop-economists-dont-understand-about-milton-friedman/254405/|titulo=What GOP Economists Don't Understand About Milton Friedman|data=13 de março de 2012|acessodata=25 de setembro de 2018|website=The Atlantic|lingua=en-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926085825/https://www.theatlantic.com/business/archive/2012/03/what-gop-economists-dont-understand-about-milton-friedman/254405/|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live}}</ref> |
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=== Críticas de obras publicadas === |
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A teoria da oferta monetária exógena de Friedman foi criticada pelo economista britânico [[Economia pós-keynesiana|pós-keynesiano]] [[Nicholas Kaldor]] na década de 1970. Enquanto Friedman e os economistas monetaristas alegavam que a oferta de moeda era criada exogenamente por um banco central, Kaldor alegava que o dinheiro era criado por [[Banco|bancos comerciais]] por meio da distribuição de créditos para [[Agregado familiar|famílias]] e empresas. Na estrutura pós-keynesiana, os bancos centrais simplesmente refinanciam bancos comerciais sob demanda, mas não estão no centro da criação monetária. Milton Friedman e Nicholas Kaldor estiveram envolvidos em debates em 1969-70, no qual o economista monetarista se saiu melhor. Em 1982, Kaldor publicou um livro intitulado ''The Scourge of Monetarism'', criticando profundamente as políticas de inspiração monetarista. |
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O econometrista [[David Hendry]] criticou parte de ''Monetary Trends'' de Friedman e Anna Schwartz de 1982.<ref>David F. Hendry; Neil R. Ericsson (October 1983). "Assertion without Empirical Basis: An Econometric Appraisal of 'Monetary Trends in ... the United Kingdom' by Milton Friedman and Anna Schwartz," in ''Monetary Trends in the United Kingdom'', Bank of England Panel of Academic Consultants, Panel Paper No. 22, pp. 45–101.<br /><br />See also [http://www.federalreserve.gov/pubs/ifdp/1985/270/ifdp270.pdf Federal Reserve International Finance Discussion Paper No. 270] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20131103040319/http://www.federalreserve.gov/pubs/ifdp/1985/270/ifdp270.pdf|date=November 3, 2013}} (December 1985), which is a revised and shortened version of Hendry–Ericsson 1983.</ref> Quando questionado sobre isso durante uma entrevista à TV islandesa em 1984,<ref>{{Citar web|url=https://www.youtube.com/view_play_list?p=EBBF6DB20C85145A|titulo=M.Friedman – Iceland TV (1984)|acessodata=16 de fevereiro de 2016|website=YouTube|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160313091204/https://www.youtube.com/view_play_list?p=EBBF6DB20C85145A|arquivodata=13 de março de 2016|urlmorta=live}}</ref> Friedman disse que a crítica se referia a um problema diferente daquele que ele e Schwartz tinham abordado e, portanto, era irrelevante,<ref>{{Citar web|ultimo=van Steven Moore, CMA|url=https://www.youtube.com/watch?v=lwBUO45cIyU&list=PLC0EEBC0F24B2EE0E|titulo=Milton Friedman – Iceland 2 of 8|data=31 de agosto de 1984|acessodata=22 de abril de 2014|publicado=YouTube|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140512174832/https://www.youtube.com/watch?v=lwBUO45cIyU&list=PLC0EEBC0F24B2EE0E|arquivodata=12 de maio de 2014|urlmorta=live}}</ref> e destacou a falta de revisão por pares entre os econometristas do trabalho de Hendry.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=m1n9R4Kr03sC&pg=PA193|título=Theory and Measurement: Causality Issues in Milton Friedman's Monetary Economics|ultimo=J. Daniel Hammond|editora=Cambridge U.P.|ano=2005|páginas=193–199|isbn=978-0521022644}}</ref> Em 2006, Hendry disse que Friedman era culpado de "erros graves" de mal-entendidos que significavam que "os ''t-ratios'' que ele relatou para a demanda de moeda do Reino Unido foram exagerados em quase 100%", e disse que, em um artigo publicado em 1991 com Neil Ericsson,<ref>{{Citar web|ultimo=Hendry|primeiro=David F.|ultimo2=Ericsson|primeiro2=Neil R.|url=http://www.federalreserve.gov/pubs/ifdp/1989/355/ifdp355.pdf|titulo=An Econometric Analysis of UK Money Demand in ''Monetary Trends in the United States and the United Kingdom'' by Milton Friedman and Anna J. Schwartz|data=julho de 1989|acessodata=2 de agosto de 2013|publicado=Federal Reserve|series=International Finance Discussion Papers: 355|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131103040149/http://www.federalreserve.gov/pubs/ifdp/1989/355/ifdp355.pdf|arquivodata=3 de novembro de 2013|urlmorta=live}}</ref> ele havia refutado "quase todas as alegações empíricas [...] feitas sobre a demanda de moeda do Reino Unido" por Friedman e Schwartz.<ref name="Hendry letter">{{Citar jornal|ultimo=Hendry|primeiro=David F.|autorlink=David Forbes Hendry|url=http://www.ft.com/cms/s/0/fcfb6334-ac11-11e2-a063-00144feabdc0.html|titulo=Friedman's t-ratios were overstated by nearly 100%|data=25 de abril de 2013|acessodata=1 de maio de 2013|website=[[Financial Times]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131030075628/http://www.ft.com/cms/s/0/fcfb6334-ac11-11e2-a063-00144feabdc0.html|arquivodata=30 de outubro de 2013|urlmorta=live|acessourl=subscription}}</ref> Um artigo de 2004 atualizou e confirmou a validade das descobertas de Hendry-Ericsson até 2000.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.eco.uc3m.es/temp/alvaroe/MDUK-MD04.pdf |título=Nonlinear error correction: The case of money demand in the United Kingdom (1878–2000) |acessodata=1 de agosto de 2013 |periódico=[[Macroeconomic Dynamics]] |número=1 |ultimo=Escribano, Alvaro |ano=2004 |paginas=76–116 |doi=10.1017/S1365100503030013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131103172546/http://www.eco.uc3m.es/temp/alvaroe/MDUK-MD04.pdf |arquivodata=3 de novembro de 2013 |volume=8 |hdl-access=free}}<br /><br />Escribano's approach had already been recognized by Friedman, Schwartz, Hendry ''et al''. (p. 14 of ''the pdf'') as yielding significant improvements over previous money demand equations.</ref> Alguns comentadores acreditam que Friedman não estava suficientemente aberto, na sua opinião, à possibilidade de ineficiências de mercado. O economista Noah Smith argumenta que, embora Friedman tenha feito muitas contribuições importantes para a teoria econômica, nem todas as suas ideias relacionadas com a macroeconomia se mantiveram totalmente ao longo dos anos e que muito poucas pessoas estão dispostas a desafiá-las.<ref name="Smith-2016">{{Citar web|ultimo=Smith|primeiro=Noah|url=http://noahpinionblog.blogspot.com/2016/07/how-are-milton-friedmans-ideas-holding.html|titulo=Noahpinion: How are Milton Friedman's ideas holding up?|data=30 de julho de 2016|acessodata=22 de setembro de 2018|website=Noahpinion|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180923005528/http://noahpinionblog.blogspot.com/2016/07/how-are-milton-friedmans-ideas-holding.html|arquivodata=23 de setembro de 2018|urlmorta=live}}<cite class="citation web cs1" data-ve-ignore="true" id="CITEREFSmith2016">Smith, Noah (July 30, 2016). [http://noahpinionblog.blogspot.com/2016/07/how-are-milton-friedmans-ideas-holding.html "Noahpinion: How are Milton Friedman's ideas holding up?"]. ''Noahpinion''. [https://web.archive.org/web/20180923005528/http://noahpinionblog.blogspot.com/2016/07/how-are-milton-friedmans-ideas-holding.html Archived] from the original on September 23, 2018<span class="reference-accessdate">. Retrieved <span class="nowrap">September 22,</span> 2018</span>.</cite></ref><ref>{{Citar web|ultimo=Smith|primeiro=Noah|url=https://www.bloomberg.com/view/articles/2017-01-12/milton-friedman-s-cherished-theory-is-laid-to-rest|titulo=Milton Friedman's Cherished Theory Is Laid to Rest|data=12 de janeiro de 2017|acessodata=25 de setembro de 2018|website=www.bloomberg.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180926085853/https://www.bloomberg.com/view/articles/2017-01-12/milton-friedman-s-cherished-theory-is-laid-to-rest|arquivodata=26 de setembro de 2018|urlmorta=live|acessourl=subscription}}</ref> |
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O cientista político CB Macpherson discordou da avaliação histórica de Friedman de que a liberdade econômica leva à liberdade política, sugerindo que a liberdade política na verdade deu lugar à liberdade econômica para as elites proprietárias. Ele também questionou a noção de que os mercados alocavam recursos de forma eficiente e rejeitou a [[Liberdade negativa|definição de liberdade de Friedman]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/3231697 |título=Elegant Tombstones: A Note on Friedman's Freedom |data=1968 |periódico=Canadian Journal of Political Science / Revue canadienne de science politique |publicado=Canadian Political Science Association |número=1 |ultimo=Macpherson |primeiro=Crawford |paginas=95–106 |doi=10.1017/S0008423900035241 |jstor=3231697 |volume=1 |via=JSTOR}}</ref> A abordagem metodológica positivista de Friedman para economia também foi criticada e debatida.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/1057529 |título=A Critique of Friedman's Methodological Instrumentalism |data=1980 |periódico=Southern Economic Journal |número=2 |ultimo=Caldwell |primeiro=Bruce J. |paginas=366–374 |doi=10.2307/1057529 |issn=0038-4038 |jstor=1057529 |volume=47}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/3485086 |título=A Critique of Positive Economics |data=1968 |periódico=The American Journal of Economics and Sociology |número=3 |ultimo=Hill |primeiro=Lewis E. |paginas=259–266 |doi=10.1111/j.1536-7150.1968.tb01047.x |issn=0002-9246 |jstor=3485086 |volume=27}}</ref> O economista finlandês Uskali Mäki argumentou que algumas das suas suposições eram irrealistas e vagas.<ref>Mäki, Uskali (2009). ''3 – Unrealistic assumptions and unnecessary confusions: rereading and rewriting F53 as a realist statement''. Cambridge University Press. pp. 90–116. {{DOI|10.1017/CBO9780511581427.005}}</ref> |
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Friedman foi criticado por alguns economistas famosos da [[Escola Austríaca]], incluindo [[Murray Rothbard]] e [[Walter Block]] Block chamou Friedman de [[Socialismo|"socialista"]] e criticou seu apoio a um [[Banco central|sistema bancário central]], dizendo "Em primeiro lugar, esse economista apoiou o [[Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos|Sistema de Reserva Federal]] durante toda a sua vida profissional. Essa organização, é claro, não possui o [[Dinheiro circulante|estoque de moeda]], mas o controla. Friedman odiava inveteradamente o [[padrão-ouro]], denegrindo seus defensores como 'insetos do ouro'."<ref>{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/273074293 |título=Was Milton Friedman a Socialist? Yes |periódico=MEST Journal |ultimo=Block |primeiro=Walter |ano=2013 |paginas=13–14 |doi=10.12709/mest.01.01.01.02.pdf |volume=1(1):11–26 |doi-access=free |via=ResearchGate}}</ref> Rothbard criticou a conclusão de Friedman de que a [[Grande Depressão]] aconteceu como resultado de uma espiral [[Deflação|deflacionária]], argumentando que isso é inconsistente com os dados, embora durante o período descrito por Friedman como "A Grande Contração", a [[Dinheiro circulante|oferta de moeda]] tenha de fato diminuído ano a ano em mais de 10 pontos percentuais.<ref>{{Citar web|url=https://www.usinflationcalculator.com/inflation/historical-inflation-rates/|titulo=Historical Inflation Rates: 1914-2024|data=2008-07-24|acessodata=2024-02-07|website=www.usinflationcalculator.com|lingua=en-US}}</ref> |
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Embora o livro tenha sido descrito pelo [[Cato Institute]] como um dos maiores livros de economia do século XX, e ''A Monetary History of the United States'' seja amplamente considerado um dos livros de economia mais influentes já feitos,<ref>{{Citar livro|título=Money, History, and International Finance: Essays in Honor of Anna J. Schwartz|ultimo=Bordo|primeiro=Michael|editora=University of Chicago Press|ano=1989|capitulo=The Contributions of "A Monetary History of the United States, 1867–1960" to Monetary History|isbn=0226065936}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.cato.org/events/monetary-history-united-states-1867-1960|titulo=A Monetary History of the United States, 1867–1960|data=21 de novembro de 2003|acessodata=16 de maio de 2021|website=Cato Institute|lingua=en}}</ref> ele sofreu críticas por sua conclusão de que o [[Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos|FED]] foi o culpado pela [[Grande Depressão]]. Alguns economistas, incluindo o famoso crítico de Friedman, Peter Temin, questionaram se níveis de quantidade monetária eram ou não endógenos, em vez de determinados [[Exogeneidade|exogenamente]], como postula ''A Monetary History of the United States''. O economista vencedor do prémio Nobel [[Paul Krugman]] argumentou que a [[Grande Recessão|recessão de 2008]] provou que, durante uma recessão, um [[banco central]] não pode controlar moeda em sentido lato (M3, tal como definida pela [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico|OCDE]]<ref>{{Citar web|url=http://data.oecd.org/money/broad-money-m3.htm|titulo=Monetary aggregates – Broad money (M3)|acessodata=16 de maio de 2021|website=theOECD|lingua=en}}</ref>) e, mesmo que o pudesse, a [[Dinheiro circulante|oferta de moeda]] não teria uma relação direta ou comprovada com o PIB. Segundo Krugman, isso era verdade na década de 1930, e a afirmação de que o FED poderia ter evitado a Grande Depressão reagindo ao que Friedman chamou de "''A Grande Contração"'' é "altamente duvidosa".<ref>{{Citar jornal|ultimo=Krugman|primeiro=Paul|url=https://krugman.blogs.nytimes.com/2012/05/01/miltons-paradise-lost/|titulo=Milton's Paradise Lost|data=2012|website=[[The New York Times]]}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://krugman.blogs.nytimes.com/2013/08/08/milton-friedman-unperson/|titulo=Milton Friedman, Unperson|data=8 de agosto de 2013|acessodata=16 de maio de 2021|website=New York Times}}</ref> |
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[[James Tobin]] questionou a importância da [[velocidade da moeda]] e quão informativa esta medida da frequência das transações é para a compreensão das várias flutuações observadas em ''A Monetary History of the United States''.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/1814559 |título=The Monetary Interpretation of History |data=1965 |periódico=American Economic Review |número=3 |ultimo=Tobin |primeiro=James |paginas=464–485 |jstor=1814559 |volume=55 |via=JSTOR}}</ref> O [[História da economia|historiador econômico]] Barry Eichengreen argumentou que, por causa do [[padrão-ouro]], que era naquela época o principal sistema monetário do mundo, as mãos do FED estavam atadas. Isso porque, para manter a credibilidade do padrão-ouro, o FED não podia tomar medidas como a expansão drástica da oferta de moeda, como proposto por Friedman e Schwartz.<ref name="Eichengreen-1992">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/goldenfettersgol00eich/page/n5/mode/2up|título=Golden Fetters|ultimo=Eichengreen|primeiro=Barry|editora=Oxford University Press|ano=1992|páginas=187–222|isbn=978-0195064315}}</ref> |
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== Obras selecionadas == |
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{{AP|Lista de obras de Milton Friedman}} |
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* ''A Theory of the Consumption Function'' (1957) {{ISBN|1614278121}}; |
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* ''[[A Program for Monetary Stability]]'' (Fordham University Press, 1960) 110 pp. versão online {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20111101070712/http://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=22831717|date=November 1, 2011}} {{ISBN|0823203719}}; |
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* ''[[Capitalism and Freedom]]'' (1962), série de ensaios altamente influentes que estabeleceram as posições de Friedman sobre diversas políticas públicas; |
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* ''[[A Monetary History of the United States, 1867–1960]]'', com Anna J. Schwartz, 1963; |
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* "The Role of Monetary Policy", ''American Economic Review,'' Vol. 58, No. 1 (Mar. 1968), pp. 1–17 JSTOR |
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* "Inflation and Unemployment: Nobel Lecture", 1977, ''[[Journal of Political Economy]]''. Vol. 85, pp. 451–472. [https://www.jstor.org/stable/1830192 JSTOR] |
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* ''[[Free to Choose|Free to Choose: A Personal Statement]]'', com Rose Friedman, (1980), sobre políticas públicas |
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* ''The Essence of Friedman'', ensaios editados por Kurt R. Leube, (1987) ({{ISBN|0817986626}}) |
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* ''Two Lucky People: Memoirs'' (com Rose Friedman) {{ISBN|0226264149}} (1998) |
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* ''Milton Friedman on Economics: Selected Papers by Milton Friedman'', editado por Gary S. Becker (2008) |
* ''Milton Friedman on Economics: Selected Papers by Milton Friedman'', editado por Gary S. Becker (2008) |
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== Notas explicativas == |
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== Referências == |
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{{Reflist}} |
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== Leitura adicional == |
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* ''The Power of Choice'' (2007). |
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* ''[[Free to Choose]]'' (1980) (1990). |
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* ''PRC Forum: Milton Friedman'' (1987). |
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* [http://yes390.org/friedmanvideos.html ''Milton Friedman interviewed on America's Drug Forum''] (1991) |
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* ''Monetary Revolutions'' (1992). |
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* ''Money'' (1992). |
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* ''Efforts in Eastern Europe to Localize Government'' (1993). |
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* ''Privatization Trends in Eastern Europe'' (1993). |
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* ''Health Care Reform'' (1992). |
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* ''Economically Speaking – Why Economists Disagree'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 01, "What is America?" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 02, "Myths That Conceal Reality" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 03, "Is Capitalism Humane?" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 04, "The Role of Government in a Free Society" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 05, "What Is Wrong with the Welfare State?" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 06, "Money and Inflation" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 07, "Is Tax Reform Possible?" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 08, "Free Trade: Producer vs. Consumer" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 09, "The Energy Crisis: A Humane Solution" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 10, "The Economics of Medical Care" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 11, "Putting Learning Back in the Classroom" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 12, "Who Protects the Consumer?" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 13, "Who Protects the Worker?" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 14, "Equality and Freedom in the Free Enterprise System" and Q & A'' (1978). |
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* ''Milton Friedman Speaks: Lecture 15, "The Future of Our Free Society" and Q & A'' (1978). |
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{{Referências|col=2}} |
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* {{Citar livro|título=Milton Friedman: The Last Conservative|ultimo=Burns|primeiro=Jennifer|editora=Farrar, Straus and Giroux|ano=2023|localização=New York|isbn=9780374601140|oclc=1355021202}} |
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==Bibliografia== |
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* {{Citar periódico |url=http://econjwatch.org/issues/volume-10-issue-2-may-2013 |título=Symposium: Why Is There No Milton Friedman Today? |data=maio de 2013 |periódico=Econ Journal Watch |número=2 |volume=10}} |
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*{{citar livro |sobrenome=Ebenstein |nome=Alan O |título=Milton Friedman |subtítulo=a biography |editora=Palgrave Macmillan |língua= |edição= |local=Nova Iorque |ano=2007 |páginas=xi, 286 |isbn=1403976279 |ref=harv}} |
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* Jones, Daniel Stedman. ''Masters of the Universe: Hayek, Friedman, and the Birth of Neoliberal Politics'' (2nd ed. 2014) |
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*{{citar livro |sobrenome=Friedman |nome=Milton |coautor=& [[Rose D. Friedman|Rose D]] |título=Two lucky people |subtítulo=memoirs |editora=The Chicago University Press |língua= |edição= |local=Chicago |ano=1998 |páginas=xii, 660 |isbn=0226264149 |ref=harv}} |
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* {{Citar periódico |título=Other Things Equal: Milton |data=inverno de 2003 |periódico=[[Eastern Economic Journal]] |número=1 |ultimo=McCloskey |primeiro=Deirdre |autorlink=Deirdre McCloskey |paginas=143–146 |jstor=40326463 |volume=29}} |
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* [https://www.chicagobooth.edu/~/media/917BA065D1914F8F8DF7536680FD7EE7.pdf Free markets for free men] de Milton Friedman |
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* {{Citar enciclopédia|ultimo=Steelman|primeiro=Aaron|enciclopédia=The Encyclopedia of Libertarianism|publicado=[[SAGE Publishing|Sage]]; [[Cato Institute]]|ano=2008|editor-sobrenome=Hamowy|editor-nome=Ronald|editor-link=Ronald Hamowy|local=Thousand Oaks, CA|paginas=195–197|doi=10.4135/9781412965811.n118|isbn=978-1412965804|lccn=2008009151|oclc=750831024}} |
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* {{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=_juHqHUkJAMC|título=Milton Friedman: Critical Assessments|editora=Routledge|ano=1990|editor-sobrenome=Wood|editor-sobrenome=John Cunningham Wood|series=Critical Assessments of Contemporary Economists Vol. IV|localização=London|isbn=9780415020053|oclc=20296405|editor-sobrenome2=Ronald N. Wood}} |
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==Ligações externas== |
==Ligações externas== |
Revisão das 17h29min de 30 de outubro de 2024
Milton Friedman | |
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Nascimento | 31 de julho de 1912 Brooklyn, Nova Iorque |
Morte | 16 de novembro de 2006 (94 anos) São Francisco, Califórnia |
Nacionalidade | americano |
Cônjuge | Rose Friedman |
Alma mater | Universidade Columbia (Ph.D.), 1946, Universidade de Chicago (M.A.), 1933, Universidade Rutgers (B.A.), 1932 |
Prêmios | Medalha John Bates Clark (1951), Nobel de Ciências Econômicas (1976), Medalha Presidencial da Liberdade (1988), Medalha Nacional de Ciências (1988) |
Magnum opus | Capitalism and Freedom |
Escola/tradição | Escola de Chicago Monetarismo |
Assinatura | |
Instituições | Instituição Hoover (1977–2006), Universidade de Chicago (1946–77), Universidade Columbia (1937–41, 1943–45, 1964–65), NBER (1937–40) |
Campo(s) | Economia e estatística |
Milton Friedman (31 de julho de 1912 - 16 de novembro de 2006) foi um economista e estatístico americano que recebeu o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas de 1976 por sua pesquisa sobre consumo, história e teoria monetária e a complexidade da política de estabilização.[1] Com George Stigler, Friedman foi um dos líderes intelectuais da escola de Chicago, uma escola neoclássica de pensamento econômico associada ao trabalho do corpo docente da Universidade de Chicago, que rejeitou o keynesianismo em favor do monetarismo até meados da década de 1970, quando se voltou para a nova macroeconomia clássica, fortemente baseada no conceito de expectativas racionais.[2] Vários estudantes, jovens professores e acadêmicos que foram recrutados ou orientados por Friedman em Chicago tornaram-se economistas de destaque, incluindo Gary Becker,[3] Robert Fogel,[4] e Robert Lucas Jr.[5]
As contestações de Friedman ao que ele chamou de "teoria keynesiana ingênua"[6] começaram com a sua análise do consumo, que acompanha o gasto dos consumidores. Ele introduziu uma teoria que mais tarde se tornaria parte da economia ortodoxa e foi um dos primeiros a propagar a teoria da suavização do consumo.[1][7] Durante a década de 1960, ele tornou-se o principal defensor da oposição às políticas governamentais keynesianas,[8] e descreveu sua abordagem (assim como a economia mainstream) como uma que usava uma "linguagem e aparato keynesianos", mas rejeitava suas conclusões iniciais.[9] Ele teorizou que existia uma taxa natural de desemprego e argumentou que o desemprego abaixo dessa taxa causaria uma aceleração da inflação.[a][10] Ele argumentou que a curva de Phillips seria, a longo prazo, vertical em situações normais e previu o que viria a ser conhecido como estagflação.[11] Friedman defendeu uma teoria macroeconômica conhecida como monetarismo e argumentou que uma expansão constante e pequena da oferta de moeda era a política preferível em comparação com mudanças rápidas e inesperadas.[12] Suas ideias sobre política monetária, tributação, privatização e desregulamentação influenciaram as políticas governamentais, especialmente durante a década de 1980. O monetarismo influenciou a política monetária do Federal Reserve (FED) na resposta à crise financeira de 2007-2008.[13]
Após aposentar-se da Universidade de Chicago em 1977 e tornar-se professor emérito de economia em 1983,[14] Friedman serviu como conselheiro do presidente republicano dos EUA Ronald Reagan e da primeira-ministra conservadora britânica Margaret Thatcher.[15] Sua filosofia política exaltava as virtudes de um sistema econômico de livre-mercado com intervenção governamental mínima em questões sociais. No seu livro de 1962, Capitalism and Freedom, Friedman defendeu políticas como um exército voluntário, taxas de câmbio flutuantes, abolição de licenças médicas, um imposto de renda negativo, voucher escolar,[16] e apoio às políticas de liberalização das drogas. Seu apoio à liberdade de escolha escolar o levou a fundar a Fundação Friedman para a Escolha Educacional, mais tarde renomeada EdChoice.[17][18]
As obras de Friedman abrangem uma ampla gama de tópicos econômicos e questões de políticas públicas.[14] Seus livros e ensaios tiveram influência global, inclusive em antigos estados comunistas.[19][20][21][22] Uma pesquisa realizada em 2011 com economistas, encomendada pela EJW, classificou Friedman como o segundo economista mais popular do século XX, atrás apenas de John Maynard Keynes.[23] Após sua morte, The Economist o descreveu como "o economista mais influente da segunda metade do século XX [...] possivelmente de todo ele".[24]
Primeiros anos
Friedman nasceu no Brooklyn, Nova York, em 31 de julho de 1912. Seus pais, Sára Ethel (nascida Landau) e Jenő Saul Friedman, eram imigrantes judeus da classe trabalhadora de Beregszász na Rutênia dos Cárpatos, Reino da Hungria (hoje Berehove na Ucrânia).[25][26] Eles emigraram para a América no início da adolescência.[25] Ambos trabalhavam como comerciantes. Friedman era seu quarto filho e único filho homem, além de ser o mais novo.[27] Pouco depois de seu nascimento, a família mudou-se para Rahway, Nova Jersey.[28] Seu pai, Jenő Saul Friedman, morreu durante o último ano do ensino médio de Friedman, deixando sua mãe aos seus cuidados e de duas irmãs mais velhas.[25]
No início da adolescência, Friedman sofreu um acidente de carro, que deixou cicatrizes no lábio superior.[29][30] Estudante talentoso e leitor ávido, Friedman formou-se na Rahway High School em 1928, pouco antes de seu aniversário de 16 anos.[27][31][32] Ele foi o primeiro da família a frequentar uma universidade. Friedman recebeu uma bolsa de méritos acadêmicos da Universidade Rutgers e formou-se em 1932.[33]
Friedman pretendia inicialmente tornar-se um atuário ou um matemático, no entanto, o estado da economia, que neste momento se encontrava em recessão, convenceu-o a tornar-se um economista.[27][28] Foram-lhe oferecidas duas bolsas para fazer pós-graduação, uma em matemática na Universidade Brown e outra em economia na Universidade de Chicago.[34][35] Friedman escolheu a última opção, obtendo o título de Mestre em Artes em 1933. Ele foi fortemente influenciado por Jacob Viner, Frank Knight e Henry Simons. Friedman conheceu sua futura esposa, a economista Rose Director, enquanto estava na Universidade de Chicago.[36] Friedman também foi aluno de Friedrich Hayek.[37]
Durante o ano acadêmico de 1933-1934, ele foi bolsista na Universidade de Columbia, onde estudou estatística com Harold Hotelling. Ele voltou a Chicago para o ano acadêmico seguinte, trabalhando como assistente de pesquisa de Henry Schultz, que estava então trabalhando no livro Theory and Measurement of Demand.[38] Durante este ano, Friedman formou o que mais tarde se tornaria uma amizade para toda a vida com George Stigler e W. Allen Wallis, ambos os quais lecionariam com ele na Universidade de Chicago.[39] Friedman também foi influenciado por dois amigos de longa data, Arthur Burns e Homer Johnson. Eles ajudaram Friedman a compreender melhor a profundidade do pensamento econômico.
Serviço público
Friedman não conseguiu encontrar emprego no meio acadêmico, por isso, em 1935, seguiu o seu amigo W. Allen Wallis para Washington, DC, onde o New Deal de Franklin D. Roosevelt foi "um salva-vidas" para muitos jovens economistas.[40] Nesta fase, Friedman disse que ele e a sua esposa "consideravam os programas de criação de emprego, como o WPA, o CCC e o PWA, respostas adequadas à uma situação crítica", mas não "as medidas de fixação de preços e salários da Administração de Recuperação Nacional e da Administração de Ajuste Agrícola".[41] Prenunciando suas ideias posteriores, ele acreditava que controles de preços interferiam em um mecanismo de sinalização essencial que ajudava os recursos a serem usados onde eram mais valorizados. Na verdade, Friedman concluiu mais tarde que toda a intervenção governamental associada ao New Deal era "a cura errada para a doença errada", argumentando que o Federal Reserve era a culpado e que eles deveriam ter expandido a oferta de moeda em reação à "Grande Contração", mais tarde assim descrita por ele em A Monetary History of the United States.[42] No livro, Friedman e sua colega Anna Schwartz argumentaram que a Grande Depressão foi causada por uma severa contração monetária devido a crises bancárias e políticas equivocadas por parte do Federal Reserve.[43] Robert J. Shiller descreve o livro como o “relato mais influente” sobre a Grande Depressão.[44] Em 1935, ele começou a trabalhar para o National Resources Planning Board,[45] que estava então trabalhando em uma grande pesquisa de orçamento do consumidor. As ideias deste projeto mais tarde se tornaram parte de sua Theory of the Consumption Function (Teoria da Função de Consumo), um livro que descreveu pela primeira vez a suavização do consumo e a hipótese de renda permanente.
Friedman começou a trabalhar no National Bureau of Economic Research no outono de 1937 para auxiliar Simon Kuznets em seu trabalho sobre a renda profissional. Esse trabalho resultou na publicação conjunta de Incomes from Independent Professional Practice, que introduziu os conceitos de renda permanente e transitória, um componente importante da hipótese de renda permanente que Friedman elaborou com mais detalhes na década de 1950. O livro levanta a hipótese de que o licenciamento profissional restringe artificialmente a oferta de serviços e aumenta os preços. Incomes from Independent Professional Practice foi um livro relativamente controverso na comunidade econômica, por causa da hipótese de que as barreiras à entrada, que eram exercidas pela Associação Médica Americana, levavam a salários médios mais altos para médicos quando comparados a outros profissionais. As barreiras à entrada são um custo fixo, que devem ser incluídos a despeito de outros fatores como a experiência de trabalho ou outros fatores de capital humano.[14][46]
Em 1940, Friedman foi nomeado professor assistente de economia na Universidade de Wisconsin-Madison, mas o antissemitismo do departamento de Economia o levou a retornar ao serviço público.[47][48] De 1941 a 1943, Friedman trabalhou na política tributária de guerra para o governo federal, como consultor de altos funcionários do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Como porta-voz do Tesouro em 1942, ele defendeu uma política keynesiana de tributação. Ele ajudou a inventar o sistema de retenção na fonte sobre a folha de pagamento, uma vez que o governo federal precisava de dinheiro para financiar a guerra.[49] Mais tarde, disse: "Não peço desculpas por isso, mas realmente gostaria que não tivéssemos achado isso necessário e gostaria que houvesse alguma maneira de abolir a retenção agora."[50] Nas memórias escritas em conjunto por Milton e Rose Friedman, ele escreveu: "Rose me repreendeu repetidamente ao longo dos anos sobre o papel que desempenhei em tornar possível o atual governo exageradamente grande que ambos criticamos tão fortemente."[49]
Carreira acadêmica
Primeiros anos
Em 1940, Friedman aceitou um cargo na Universidade de Wisconsin-Madison, mas saiu devido a divergências com o corpo docente sobre o envolvimento dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Friedman acreditava que os Estados Unidos deveriam entrar na guerra.[51] Em 1943, Friedman juntou-se à Divisão de Pesquisa de Guerra da Universidade de Columbia (liderada por W. Allen Wallis e Harold Hotelling), onde passou o resto da Segunda Guerra Mundial trabalhando como estatístico matemático, concentrando-se em problemas de produção de armas, táticas militares e experimentos metalúrgicos.[51][52]
Em 1945, Friedman submeteu Incomes from Independent Professional Practice (em coautoria com Kuznets e concluído em 1940) à Columbia como sua tese de doutorado. A universidade concedeu-lhe o título de doutor em 1946.[53][35] Friedman passou o ano acadêmico de 1945-1946 lecionando na Universidade de Minnesota (onde seu amigo George Stigler trabalhava). Em 12 de fevereiro de 1945, nasceu seu único filho, David D. Friedman, que mais tarde seguiria os passos do pai como economista.[54]
Universidade de Chicago
Em 1946, Friedman aceitou uma oferta para ensinar teoria econômica na Universidade de Chicago (uma posição aberta pela saída de seu antigo professor Jacob Viner para a Universidade de Princeton). Friedman trabalharia lá pelos próximos 30 anos.[35] Ele contribuiu para a formação de uma comunidade intelectual que incluiria diversos vencedores do Prêmio Nobel, conhecida coletivamente como a "escola de Chicago".[28]
Na época, Arthur F. Burns, que era então chefe do National Bureau of Economic Research e, mais tarde, presidente do FED, pediu a Friedman que voltasse a integrar a equipe do Bureau.[55] Ele aceitou o convite e assumiu a responsabilidade pela pesquisa sobre a função da moeda no ciclo de negócios. Como resultado, ele iniciou o "Workshop sobre Moeda e Bancos" (o "Workshop de Chicago"), que promoveu um renascimento dos estudos monetários. Durante a segunda metade da década de 1940, Friedman iniciou uma colaboração com Anna Schwartz, uma historiadora econômica do Bureau, que resultaria na publicação em 1963 do livro A Monetary History of the United States, 1867–1960.[12][28]
Em 1951, Friedman recebeu a Medalha John Bates Clark, que na época era concedida a cada dois anos ao melhor economista com menos de 40 anos, pela American Economic Association. Seu trabalho mais influente ainda estava por vir.
Universidade de Cambridge
Friedman passou o ano acadêmico de 1954-1955 como Fulbright Visiting Fellow no Gonville and Caius College, em Cambridge. Na época, o corpo docente de economia de Cambridge estava dividido em uma maioria keynesiana (incluindo Joan Robinson e Richard Kahn) e uma minoria anti-keynesiana (liderada por Dennis Robertson). Friedman especulou que fora convidado para a bolsa porque suas opiniões eram inaceitáveis para ambas as facções de Cambridge. Mais tarde, suas colunas semanais para a revista Newsweek (1966-1984) foram muito lidas e cada vez mais influentes entre políticos e empresários, e ajudaram a revista a ganhar o Prêmio Gerald Loeb em 1968.[56] De 1968 a 1978, ele e Paul Samuelson participaram da Economics Cassette Series, uma série de assinaturas quinzenais onde o economista discutia as questões do dia por cerca de meia hora.[57]
A Theory of the Consumption Function
Uma das obras mais populares de Milton Friedman, A Theory of the Consumption Function, questionou a visão keynesiana tradicional sobre os gastos das famílias. Este trabalho foi publicado originalmente em 1957 pela Princeton University Press e reanalisou a relação apresentada "entre o consumo agregado ou a poupança agregada e a renda agregada".[7]
Keynes, acreditava que as pessoas modificariam as suas despesas de consumo doméstico para corresponder aos seus níveis de rendimento no momento.[58] A pesquisa de Friedman introduziu o termo "renda permanente", que era a média da renda esperada de uma família ao longo de vários anos, e ele também desenvolveu a hipótese da renda permanente. Friedman pensava que a renda era composta por vários elementos, nomeadamente transitórios e permanentes. Ele estabeleceu a fórmula para calcular a renda, com p representando o componente permanente e t representando o componente transitório. A pesquisa de Milton Friedman mudou a forma como os economistas interpretavam a função de consumo, e seu trabalho promoveu a ideia de que a renda corrente não era o único fator que afetava o nível de consumo das famílias. Em vez disso, os níveis de renda esperados também afetavam a forma como as famílias alterariam seus gastos de consumo. As contribuições de Friedman influenciaram fortemente as pesquisas sobre o comportamento do consumidor, e ele ainda definiu como prever a suavização do consumo, o que contradiz a propensão marginal a consumir de Keynes. Embora esse trabalho tenha apresentado muitas visões controversas, que diferiam das visões keynesianas existentes, A Theory of the Consumption Function ajudou Friedman a ganhar respeito no campo da economia. Seu trabalho sobre a hipótese da renda permanente está entre as muitas contribuições que foram listadas como razões para seu Prêmio Nobel em Ciências Econômicas.[1] Seu trabalho foi posteriormente expandido por Christopher D. Carroll, especialmente no que diz respeito à ausência de restrições de liquidez.[59]
Capitalism and Freedom
Seu livro Capitalism and Freedom, inspirado em uma série de palestras que deu no Wabash College,[60] tornou-o conhecido nacional e internacionalmente fora do meio acadêmico.[61] Foi publicado em 1962 pela University of Chicago Press e consiste em ensaios que usaram modelos econômicos não matemáticos para explorar questões de políticas públicas.[62] Vendeu mais de 400 mil cópias nos primeiros dezoito anos e mais de meio milhão desde 1982. Capitalism and Freedom foi traduzido para dezoito línguas.[63] Friedman fala sobre a necessidade de avançar para uma sociedade liberal, que os livres-mercados ajudariam nações e indivíduos a longo prazo e resolveriam os problemas de eficiência enfrentados pelos Estados Unidos e por outros países grandes nas décadas de 1950 e 1960. Em cada capítulo, ele analisa uma questão específica, desde o papel do governo e da oferta de moeda até programas de bem-estar social, incluindo um capítulo especial sobre licenciamento ocupacional. Friedman conclui Capitalism and Freedom com sua postura "liberal clássica" de que o governo deve ficar de fora de assuntos que não precisam dele e só deve se envolver quando for absolutamente necessário para a sobrevivência de seu povo e do país. Ele relata como as melhores capacidades de um país advêm dos seus livres-mercados, enquanto os seus fracassos advêm da intervenção governamental.[64]
Depois da aposentadoria
Em 1977, aos 65 anos, Friedman aposentou-se da Universidade de Chicago depois de lecionar lá por 30 anos. Ele e sua esposa mudaram-se para São Francisco, onde ele se tornou um professor visitante no Federal Reserve Bank de São Francisco. A partir de 1977, ele filiou-se à Instituição Hoover da Universidade de Stanford.[65]
Em 1977, Friedman foi convidado por Bob Chitester e pela Free to Choose Network para que criasse um programa de televisão apresentando a sua filosofia econômica e social.[66][67][68] Friedman e sua esposa Rose trabalharam neste projeto pelos três anos seguintes e, em 1980, a série de dez partes, intitulada Free to Choose, foi transmitida pela Public Broadcasting Service (PBS). O livro, que acompanha a série, escrito por Milton e sua esposa, também intitulado Free to Choose, foi o livro de não ficção mais vendido de 1980.[69]
Friedman trabalhou como assessor não oficial de Ronald Reagan durante sua campanha presidencial de 1980 e depois trabalhou na equipe econômica do Presidente pelo resto do governo Reagan. Ebenstein afirmou que Friedman foi “o ‘guru’ da administração Reagan”.[15] Em 1988, ele recebeu a Medalha Nacional de Ciências e Reagan o homenageou com a Medalha Presidencial da Liberdade.[70]
Friedman é conhecido hoje como um dos economistas mais influentes do século XX.[71][72] Ao longo das décadas de 1980 e 1990, Friedman continuou a escrever editoriais e a aparecer na televisão. Ele fez várias visitas à Europa Oriental e à China, onde também aconselhou governos. Ele também foi por muitos anos um trustee da Philadelphia Society.[73][74]
Vida pessoal
Friedman teve dois filhos, David e Jan.[75] Ele conheceu sua esposa, Rose Friedman (nascida Director), na Universidade de Chicago em 1932, e casou-se seis anos depois, em 1938.[36][76] Rose, quando questionada sobre os sucessos de Friedman, disse que "nunca tive o desejo de competir profissionalmente com Milton (talvez porque eu fosse inteligente o suficiente para reconhecer que não poderia). Por outro lado, ele sempre fez com que eu sentisse que suas conquistas são minhas conquistas."[77][78][79]
Durante a década de 1960, Friedman construiu (e posteriormente manteve) uma casa de campo em Fairlee, Vermont.[80] Friedman também tinha um apartamento em Russian Hill, São Francisco, onde viveu de 1977 até sua morte.[81]
Visões religiosas
De acordo com um artigo de 2007 na revista Commentary, seus "pais eram judeus moderadamente observantes, mas Friedman, após uma intensa explosão de piedade na infância, rejeitou a religião completamente". Ele descreveu-se como agnóstico.[82] Friedman escreveu extensivamente sobre sua vida e experiências, especialmente em 1998, em suas memórias com sua esposa, Rose, intituladas Two Lucky People. Neste livro, Rose Friedman descreve como ela e Milton criaram seus dois filhos, Janet e David, com uma árvore de Natal em casa. "Os judeus ortodoxos, é claro, não celebram o Natal. No entanto, minha mãe me permitiu, quando eu era criança, ter uma árvore de Natal em um ano em que meu amigo tinha uma; ela não apenas tolerou que tivéssemos uma árvore de Natal, como até pendurou pipocas nela."[83]
Morte
Friedman morreu de insuficiência cardíaca aos 94 anos em São Francisco no dia 16 de novembro de 2006.[84] Ele ainda era um economista ativo, realizando pesquisas econômicas originais; sua última coluna foi publicada no The Wall Street Journal no dia seguinte à sua morte.[85] Ele deixou sua esposa, Rose Friedman (que morreria em 18 de agosto de 2009), e seus dois filhos, David D. Friedman, conhecido por The Machinery of Freedom, bem como por seu particular anarcocapitalismo de uma perspectiva da escola de Chicago, e o advogado e jogador de bridge Jan Martel.[75]
Contribuições acadêmicas
Economia
Friedman foi conhecido por reavivar o interesse na oferta de moeda como um determinante do valor nominal da produção, ou seja, a teoria quantitativa da moeda. Monetarismo é o conjunto de visões associadas à teoria quantitativa moderna. Suas origens podem ser rastreadas até a Escola de Salamanca do século XVI ou até mesmo antes; no entanto, a contribuição de Friedman é em grande parte responsável por sua popularização moderna.[86] Ele defendeu que há uma associação estreita e estável entre inflação e oferta de moeda, mais especificamente que a inflação poderia ser evitada com regulamentação adequada da taxa de crescimento da base monetária. Ele usou a famosa analogia de "jogar dinheiro de um helicóptero", para evitar lidar com mecanismos de injeção de dinheiro e outros fatores que complicariam demais seus modelos.[87]
Os argumentos de Friedman foram elaborados para refutar o conceito popular de inflação de custos, de que o aumento do nível geral de preços da época era resultado de aumentos no preço do petróleo ou de aumentos nos salários; como ele escreveu:
“ | A inflação é sempre e em qualquer lugar um fenômeno monetário. | ” |
— Milton Friedman, [88] |
Friedman rejeitou o uso da política fiscal como uma ferramenta de controle da demanda; ele também acreditava que o papel do governo na orientação da economia deveria ser severamente restringido. Friedman escreveu extensivamente sobre a Grande Depressão e chamou o período de 1929-1933 de Grande Contração. Ele argumentou que a Depressão tinha sido causada por um choque financeiro comum e cuja duração e gravidade foram grandemente aumentadas pela subsequente contração da oferta de moeda feita pelas políticas equivocadas dos diretores do Federal Reserve.[89] Essa teoria foi apresentada em A Monetary History of the United States, e o capítulo sobre a Grande Depressão foi então publicado como um livro independente intitulado The Great Contraction, 1929–1933. Ambos os livros ainda possuem edições da Princeton University Press, e algumas delas incluem como apêndice um discurso em um evento da Universidade de Chicago em homenagem a Friedman[90] no qual Ben Bernanke fez esta declaração:
“ | Deixe-me encerrar minha palestra abusando um pouco do meu status como representante oficial do Federal Reserve. Gostaria de dizer a Milton e Anna: Em relação à Grande Depressão, vocês estão certos. Nós a causamos. Lamentamos muito. Mas graças a vocês, não a causaremos novamente. | ” |
— Ben Bernanke, [90] |
Friedman também defendeu a não intervenção governamental nos mercados de câmbio, o que resultou em uma enorme literatura sobre o assunto, além de promover a prática de taxas de câmbio flutuantes. Seu amigo próximo George Stigler explicou: "Como é costume na ciência, ele não obteve uma vitória total, em parte porque as pesquisas foram direcionaram para linhas diferentes pela teoria das expectativas racionais, uma abordagem mais recente desenvolvida por Robert Lucas, também da Universidade de Chicago."[91] A relação entre Friedman e Lucas, ou a nova macroeconomia clássica como um todo, era altamente complexa. A curva de Phillips de Friedman foi um ponto de partida para Lucas, mas ele logo percebeu que a solução fornecida por Friedman não era totalmente satisfatória. Lucas elaborou uma nova abordagem na qual se presumia as expectativas racionais em vez das expectativas adaptativas de Friedman. Devido à essa reformulação, a história na qual a teoria da curva de Phillips nova clássica estava inserida mudou radicalmente. Essa modificação, no entanto, teve um efeito significativo na própria abordagem de Friedman; portanto, como resultado, a teoria da curva de Phillips de Friedman também mudou.[92] Além disso, o adepto da nova economia clássica Neil Wallace, que foi aluno de pós-graduação na Universidade de Chicago entre 1960 e 1963, considerou que os cursos teóricos de Friedman eram confusos, destacando a relação tensa entre o monetarismo e as novas escolas clássicas.[93]
Friedman também era conhecido por seu trabalho sobre a função consumo, a hipótese da renda permanente (1957), que o próprio Friedman considerou seu melhor trabalho científico.[94] Este trabalho sustentou que os consumidores que maximizam a utilidade gastariam uma quantia proporcional ao que eles percebiam como sua renda permanente. Renda permanente refere-se a fatores como capital humano. Os ganhos inesperados iriam principalmente para a poupança devido à lei da utilidade marginal decrescente.[7]
O ensaio de Friedman " A Metodologia da Economia Positiva " (1953) forneceu o padrão epistemológico para sua própria pesquisa subsequente e, até certo ponto, para a Escola de Chicago. Lá, ele argumentou que a economia, como ciência, deveria estar livre de julgamentos de valor para ser objetiva. Além disso, uma teoria econômica útil deve ser julgada não por seu realismo descritivo, mas por sua simplicidade e resultados como mecanismo de previsão. Ou seja, os alunos devem medir a precisão de suas previsões, em vez da "solidez de suas suposições". Seu argumento fazia parte de um debate em andamento entre estatísticos como Jerzy Neyman, Leonard Savage e Ronald Fisher.
Embora fosse um defensor do livre-mercado, Friedman acreditava que o governo tinha dois papéis cruciais. Em uma entrevista com Phil Donahue, Friedman argumentou que "as duas funções básicas de um governo são proteger a nação contra inimigos estrangeiros e proteger os cidadãos contra os seus semelhantes".[95] Ele também admitiu que, embora a privatização da defesa nacional pudesse reduzir seus custos no geral, ainda não havia pensado em uma forma de tornar essa privatização possível.[95]
Rejeição e evolução subsequente da curva de Philips
Outras contribuições importantes incluem sua crítica à curva de Phillips e ao conceito de taxa natural de desemprego (1968). Essa crítica associou seu nome, juntamente com o de Edmund Phelps, à percepção de que um governo que provoca maior inflação não pode reduzir permanentemente o desemprego ao fazê-lo. O desemprego pode ser temporariamente menor, se a inflação for uma surpresa, mas, a longo prazo, o desemprego será determinado pelas fricções e pelas imperfeições do mercado de trabalho. Se as condições não forem satisfeitas e a inflação for esperada, os efeitos de “longo prazo” substituirão os efeitos de “curto prazo”.[96]
Por meio da sua crítica, a curva de Philips evoluiu de um modelo rígido que enfatizava que a relação entre a inflação e o desemprego era absoluta, para um modelo que enfatiza as reduções do desemprego a curto prazo e as estagnações do emprego a longo prazo.
A Curva de Phillips revisada e atualizada de Friedman também mudou devido à ideia de expectativas racionais de Robert Lucas, substituindo as expectativas adaptativas usadas por Friedman.[93]
Estatística
Uma de suas contribuições mais famosas para a estatística é a amostragem sequencial.[97] Friedman realizou trabalho estatístico na Divisão de Pesquisa de Guerra da Universidade de Columbia, onde ele e seus colegas desenvolveram a técnica.[98] Tornou-se, nas palavras do The New Palgrave Dictionary of Economics, "a análise padrão de inspeção de controle de qualidade". O dicionário acrescenta: "Tal como muitas das contribuições de Friedman, em retrospectiva, parece especialmente simples e óbvio aplicar um controle de qualidade a ideias econômicas básicas; isso, no entanto, é uma medida de sua genialidade."[97][99]
Responsabilidade social corporativa
Friedman criticou a responsabilidade social corporativa, mais notoriamente em um artigo de opinião na revista New York Times em 1970.[100] Friedman argumentou que as empresas frequentemente usavam alegações sobre responsabilidade social para aumentar salários e as descreveu como "disfarce hipócrita".[100] Os gestores também estavam mal preparados para tomar decisões sobre causas sociais e esses gastos desviaram fundos que pertenciam aos acionistas. Friedman acreditava que apenas as corporações monopolistas poderiam fazer rotineiramente despesas altruístas com responsabilidade social, porque em um mercado competitivo tais custos prejudicariam o negócio.[101]
Posições de políticas públicas
Federal Reserve e política monetária
Embora Friedman tenha concluído que o governo tem uma função no sistema monetário, ele criticou o Federal Reserve devido ao seu desempenho ruim e acreditava que deveria ser abolido.[102][103][104] Ele se opôs às políticas do Federal Reserve, mesmo durante o chamado "choque Volcker", que foi rotulado de "monetarista".[105] Friedman acreditava que o sistema do Federal Reserve deveria ser substituído por um programa de computador.[106] Ele era a favor de um sistema que comprasse e vendesse títulos automaticamente em resposta a mudanças na oferta de moeda.
A proposta de aumentar constantemente a oferta de moeda a um determinado valor predeterminado a cada ano ficou conhecida como regra "k-percent" de Friedman. Existe um debate sobre a eficácia de um regime teórico de metas de oferta de moeda. A incapacidade da Fed em cumprir as suas metas de oferta de moeda entre 1978 e 1982 levou alguns a concluir que não se trata de uma alternativa viável às mais convencionais metas de inflação e metas de taxas de juros.[107] Perto do fim de sua vida, Friedman expressou dúvidas sobre a validade de definir uma meta para a base monetária. Até hoje, a maioria dos países adotou a meta de inflação em vez da regra "k-percent".
Idealmente, Friedman, na verdade, preferia os princípios do plano de Chicago da década de 1930, que teria acabado com o sistema bancário de reserva fracionária e, portanto, com a criação privada de moeda. Isso forçaria os bancos a ter 100% de reservas para garantir os depósitos e, em vez disso, colocaria os poderes de criação de moeda exclusivamente nas mãos do governo americano. Isto tornaria possível as metas de crescimento monetário, uma vez que a moeda endógena criada pelos empréstimos de reserva fracionária deixaria de ser uma questão importante.
Friedman foi um grande defensor das taxas de câmbio flutuantes durante todo o período de Bretton-Woods (1944-1971). Ele argumentou que uma taxa de câmbio flutuante tornaria o ajuste externo possível e permitiria que os países evitassem crises de balanço de pagamentos. Ele via as taxas de câmbio fixas como uma forma indesejável de intervenção governamental. O argumento foi articulado em um influente artigo de 1953, "The Case for Flexible Exchange Rates", em um momento em que a maioria dos acadêmicos considerava a possibilidade de taxas de câmbio flutuantes como uma proposta política irrealista.[108][109]
Política externa
Embora Walter Oi seja creditado por estabelecer o entendimento econômico para um exército voluntário, Friedman foi um defensor e foi creditado pelo fim do recrutamento obrigatório,[12] afirmando que a conscrição era "inconsistente com uma sociedade livre".[110][111]
Em Capitalism and Freedom, ele argumentou que o recrutamento obrigatório é injusto e arbitrário, impedindo os jovens de construírem as suas vidas como bem entenderem.[112] Durante o governo Nixon, ele liderou o comitê para pesquisar uma conversão para uma força armada paga/voluntária. Friedman, no entanto, acreditava que a introdução de um sistema de treino militar universal como reserva em casos de guerra poderia ser justificada.[112] Ele ainda se opôs à sua implementação na América, descrevendo-a como uma "monstruosidade".[113]
O biógrafo Lanny Ebenstein notou uma mudança ao longo do tempo nas opiniões de Friedman, de uma política externa intervencionista para uma mais cautelosa.[114] Ele apoiou o envolvimento da América na Segunda Guerra Mundial e inicialmente apoiou uma linha dura contra o comunismo, mas moderou-se com o tempo.[114] No entanto, Friedman declarou em uma entrevista de 1995 que era um anti-intervencionista.[115] Ele se opôs à Guerra do Golfo e à Guerra do Iraque. Em uma entrevista na primavera de 2006, Friedman disse que a posição da América no mundo havia sido enfraquecida pela Guerra do Iraque, mas que poderia melhorar se o país se tornasse um pacífico e independente.[116][114]
Libertarianismo e o Partido Republicano
Friedman foi consultor econômico e redator de discursos na fracassada campanha presidencial de Barry Goldwater em 1964. Ele foi conselheiro do governador da Califórnia Ronald Reagan e participou ativamente das campanhas presidenciais de Reagan.[117] Ele atuou como membro do Conselho Consultivo de Política Econômica do Presidente Reagan a partir de 1981. Em 1988, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade e a Medalha Nacional da Ciência.[118]
Em uma entrevista de 1995 para a revista Reason, Friedman criticou Murray Rothbard e Ayn Rand como "criadores de cultos" e "dogmáticos", citando isso como justificativa para não se filiar ao Partido Libertário americano. Friedman afirmou que era membro do Partido Republicano, "não porque eles tenham princípios, mas porque é assim que sou mais útil e tenho mais influência". Ele descreveu sua filosofia como "claramente libertária", embora se distanciasse do libertarianismo de "governo zero", que ele chamou de "inviável", citando a falta de exemplos históricos de sucesso dessa filosofia. Friedman participou da Conferência sobre o Futuro da Liberdade, uma reunião para libertários, em 1990.[119]
Intervenção governamental na economia
Em um ensaio de 1962 que se baseia em argumentos feitos por A.V. Dicey, Friedman argumentou que uma "sociedade livre" constituiria um equilíbrio desejável, mas instável, devido a uma assimetria entre os benefícios visíveis e os danos ocultos da intervenção governamental; ele usa tarifas como um exemplo de uma política que traz benefícios financeiros percebíveis para um grupo visível, mas causa danos piores a um grupo difuso de trabalhadores e consumidores.[120]
Friedman apoiava o fornecimento estatal de alguns bens públicos que as empresas privadas não eram consideradas capazes de fornecer. No entanto, ele argumentou que muitos dos serviços prestados pelo governo poderiam ser melhor executados pelo setor privado. Acima de tudo, se alguns bens públicos são fornecidos pelo Estado, ele acreditava que eles não deveriam ser um monopólio legal onde a concorrência privada é proibida; por exemplo, ele escreveu:
“ | Não há como justificar o atual monopólio público dos correios. Pode-se argumentar que o transporte de correspondência é um monopólio técnico e que um monopólio governamental é o menor dos males. Nessa linha de raciocínio, talvez se possa justificar uma agência postal governamental, mas não a lei vigente, que torna ilegal que qualquer outra pessoa transporte correspondência. Se a entrega de correspondência é um monopólio técnico, ninguém mais conseguirá competir com o governo. Se não é, não há razão para que o governo esteja envolvido. A única maneira de descobrir é permitir que outras pessoas entrem livremente nesse mercado. | ” |
— Milton Friedman, [121] |
Em 1962, Friedman criticou a previdência social em seu livro Capitalism and Freedom, argumentando que ela havia criado dependência de programas de bem-estar social. No entanto, no penúltimo capítulo do mesmo livro, Friedman argumentou que, embora o capitalismo tenha reduzido grandemente a extensão da pobreza em termos absolutos, "a pobreza é, em parte, uma questão relativa, [e] mesmo em países [ocidentais ricos], há claramente muitas pessoas vivendo em condições que o resto de nós rotula como pobreza". Friedman também observou que, embora a caridade privada pudesse ser um recurso para aliviar a pobreza e citou a Grã-Bretanha e os Estados Unidos do final do século XIX como períodos exemplares de extensa caridade privada e atividade beneficente, ele colocou o seguinte ponto:[122]
“ | Pode-se argumentar que a caridade privada é insuficiente porque os benefícios dela se acumulam para pessoas diferentes das que fazem as doações – ... um efeito de vizinhança. Eu me angustio ao ver a pobreza; sou beneficiado por sua redução; mas sou beneficiado igualmente, quer eu ou outra pessoa pague para aliviá-la; portanto, os benefícios da caridade de outras pessoas também se acumulam em parte para mim. Em outras palavras, talvez todos nós estivéssemos dispostos a contribuir para o alívio da pobreza, desde que todos os outros também o fizessem. Talvez não estivéssemos dispostos a contribuir o mesmo valor sem essa garantia. Em comunidades pequenas, a pressão pública pode ser suficiente para realizar essa condição, mesmo com caridade privada. Nas grandes comunidades impessoais, que cada vez mais dominam nossa sociedade, é muito mais difícil que isso aconteça. Suponha que se aceite, como eu aceito, essa linha de raciocínio para justificar uma ação governamental para aliviar a pobreza; para estabelecer, por assim dizer, um piso sob o padrão de vida de cada pessoa na comunidade. [Embora existam questões sobre quanto deve ser gasto e como,] o arranjo que se recomenda com base em critérios puramente mecânicos é um imposto de renda negativo. ... As vantagens desse arranjo são claras. Ele é direcionado especificamente ao problema da pobreza. Oferece ajuda na forma mais útil para o indivíduo, ou seja, dinheiro. É geral e poderia substituir a série de medidas especiais atualmente em vigor. Torna explícito o custo suportado pela sociedade. Opera fora do mercado. Como qualquer outra medida para aliviar a pobreza, reduz os incentivos para que os beneficiados ajudem a si mesmos, mas não elimina completamente esse incentivo, como faria um sistema de complementação de rendas até algum mínimo fixo. Um dólar adicional ganho sempre significa mais dinheiro disponível para gastos. | ” |
— Milton Friedman |
Friedman argumentou ainda que outras vantagens do imposto de renda negativo eram que poderia ser integrado diretamente no sistema fiscal, seria menos custoso e reduziria o trabalho administrativo da implementação de uma rede de segurança social.[123] Friedman reiterou esses argumentos 18 anos mais tarde em Free to Choose, com a ressalva adicional de que tal reforma só seria satisfatória se substituísse o atual sistema de programas de assistência social em vez de aumentá-lo.[124] Segundo o economista Robert H. Frank, escrevendo para o The New York Times, as opiniões de Friedman a esse respeito baseavam-se na crença de que, embora “as forças de mercado ... realizassem coisas maravilhosas", não podiam garantir uma distribuição de rendas que permitisse a todos os cidadãos satisfazer as necessidades econômicas básicas".[125] Friedman também criticou os programas de renovação urbana nos Estados Unidos devido aos seus efeitos de discriminação racial e de regressão econômica.[126]
Em 1979, Friedman expressou apoio aos impostos ambientais em geral em uma entrevista no The Phil Donahue Show, dizendo que "a melhor maneira [de lidar com a poluição] é impor um imposto sobre o custo dos poluentes emitidos por um carro e criar um incentivo para os fabricantes de automóveis e para os consumidores manterem os níveis de poluição baixos".[127] Em Free to Choose, Friedman reiterou seu apoio aos impostos ambientais em comparação com o aumento da regulamentação ambiental, afirmando que "A preservação do meio ambiente e a prevenção da poluição indevida são problemas reais e são problemas em relação aos quais o governo tem um papel importante a desempenhar. [...] A maioria dos economistas concorda que uma maneira muito melhor de controlar a poluição do que o método atual de regulamentação específica e supervisão é introduzir disciplina de mercado ao impor taxas de efluentes".[128][129]
No seu artigo de 1955 "The Role of Government in Education",[130] Friedman propôs complementar as escolas geridas publicamente com escolas particulares financiadas publicamente por meio de um sistema de voucher escolar.[131] Reformas semelhantes às propostas no artigo foram implementadas, por exemplo, no Chile em 1981 e na Suécia em 1992.[132] Em 1996, Friedman, junto com sua esposa, fundou a Friedman Foundation for Educational Choice para defender a liberdade de escolha de escola e os vouchers. Em 2016, a fundação mudou seu nome para EdChoice para homenagear o desejo dos Friedmans de que o movimento de escolha educacional continuasse sem seus nomes associados a eles após suas mortes.[17]
Michael Walker, do Fraser Institute, e Friedman organizaram uma série de conferências de 1986 a 1994. O objetivo era criar uma definição clara de liberdade econômica e um método para medi-la. Isso acabou resultando no primeiro relatório sobre liberdade econômica mundial, Economic Freedom in the World. Esse relatório anual fornece dados para vários estudos com revisão por pares e influencia políticas em várias nações.[133]
Com outros dezasseis economistas renomados, opôs-se ao Copyright Term Extension Act e assinou um amicus curiae apresentado no caso Eldred v. Ashcroft.[134] Friedman descreveu sua oposição, brincando, como algo "óbvio".[135]
Friedman defendia uma proteção jurídica básica (constitucional) mais forte sobre os direitos e liberdades econômicas para promover maior crescimento e prosperidade industrial-comercial, e reforçar a democracia, a liberdade e o Estado de direito na sociedade.[136] Friedman sugeriu contas de poupança médica, revogando isenções fiscais de assistência médica fornecida pelo empregador e franquias baseadas na renda como formas de reduzir os custos com assistência médica nos Estados Unidos. Friedman também argumentou que o envolvimento federal na saúde deveria ser restringido, com os governos estaduais e locais financiando os serviços para os pobres.
Questões sociais
Friedman apoiou políticas libertárias, como a legalização das drogas e da prostituição. Durante 2005, Friedman e mais de 500 outros economistas promoveram discussões sobre os benefícios econômicos da legalização da maconha.[137]
Friedman também era um defensor dos direitos LGBT.[138] Ele nunca apoiou especificamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas disse: "Não acredito que deveria haver qualquer discriminação contra gays".[139]
Friedman era a favor da imigração, dizendo que "a imigração legal e ilegal tem um impacto muito positivo na economia dos EUA".[140] No entanto, ele sugeriu que os imigrantes não deveriam ter acesso ao sistema de assistência social.[140] Friedman afirmou que a imigração do México tinha sido uma "coisa boa", em particular a imigração ilegal.[140] Friedman argumentou que a imigração ilegal era uma bênção porque “ocupa empregos que a maioria dos residentes deste país não está disposta a aceitar, fornece aos empregadores trabalhadores de um tipo que eles não conseguem obter” e não utiliza assistência social.[140] Em Free to Choose, Friedman escreveu:[124]
“ | Nenhum obstáculo arbitrário deveria impedir as pessoas de alcançarem as posições para as quais seus talentos as qualificam e que seus valores as levam a buscar. Não é o nascimento, a nacionalidade, a cor, a religião, o sexo ou qualquer outra característica irrelevante que deve determinar as oportunidades que estão abertas a uma pessoa – apenas suas habilidades. | ” |
— Milton Friedman |
Friedman também argumentou que o estado de bem-estar social deve terminar antes da imigração, ou mais especificamente, antes que fronteiras sejam abertas, porque os imigrantes podem ter um incentivo para vir devido aos pagamentos de assistência social.[141] O economista Bryan Caplan contestou esta afirmação, argumentando que a assistência social é geralmente distribuída não entre os imigrantes, mas sim entre os aposentados, por meio da previdência social (Social Security).[142]
Friedman era contra moradias públicas, pois acreditava que elas também eram uma forma de assistência social. Ele acreditava que um dos principais argumentos dos políticos a favor da habitação pública é que as moradias comuns para pessoas de baixa renda eram muito caras devido a um alto custo imposto pelo corpo de bombeiros e pela polícia. Ele acreditava que isso apenas aumentaria os impostos e não beneficiaria as pessoas de baixa renda no longo prazo. Friedman era um defensor da assistência financeira direta em vez de moradia pública, acreditando que as pessoas estariam melhor dessa forma. Ele argumentou que os progressistas nunca concordariam com essa ideia porque não confiavam em seus próprios cidadãos.[143] Friedman argumentou também que as habitações públicas estimulavam a delinquência juvenil.[144][145]
Friedman era contra a estipulação de um salário mínimo; ele considerava como um caso resolvido, pois era possível perceber que ocorria exatamente o oposto do pretendido. As leis de salário mínimo aumentariam o desemprego e os empregadores não recontratariam os trabalhadores que já trabalhavam por salários menores.[143] Isso deixaria as pessoas de baixa renda em uma situação pior, porque se tornariam vítimas do desemprego. Ele acreditava que essas ideias de novas leis de salário mínimo vinham das fábricas e sindicatos do Norte, em uma tentativa de reduzir a concorrência do Sul.[146][147]
Honrarias, reconhecimento e legado
George H. Nash, um importante historiador do conservadorismo americano, diz que "no final da década de 1960 ele era provavelmente o acadêmico conservador mais respeitado e influente do país, e um dos poucos com reputação internacional".[148] Em 1971, Friedman recebeu o Prêmio Golden Plate da Academy of Achievement.[149][150] Friedman permitiu que o libertário Cato Institute usasse seu nome para o Milton Friedman Prize for Advancing Liberty, concedido bienalmente, a partir de 2001. O Prêmio Friedman foi concedido ao falecido economista britânico Peter Bauer em 2002, ao economista peruano Hernando de Soto em 2004, a Mart Laar, ex-primeiro-ministro da Estônia em 2006 e ao jovem estudante venezuelano Yon Goicoechea em 2008. Sua esposa Rose, irmã de Aaron Director, com quem ele iniciou a Friedman Foundation for Educational Choice, serviu no comitê de seleção internacional.[151][152]
Após a morte de Friedman, o presidente de Harvard, Lawrence Summers, chamou-o de "O Grande Libertador", dizendo que "qualquer democrata honesto admitirá que agora somos todos 'friedmanitas'". Ele disse que a grande contribuição popular de Friedman foi "convencer as pessoas da importância de permitir que os mercados livres atuem".[153] Stephen Moore, membro do editorial do The Wall Street Journal, disse em 2013: "Citar o mais reverenciado defensor da economia de livre mercado desde Adam Smith tornou-se um pouco como citar a Bíblia". Ele acrescenta: "Às vezes, há interpretações múltiplas e conflitantes".[154] Embora o economista pós-keynesiano J.K. Galbraith fosse um crítico proeminente de Friedman e de sua ideologia, ele constatou que "a era de John Maynard Keynes deu lugar à era de Milton Friedman".
Prêmio Nobel de Ciências Econômicas de 1976
Friedman recebeu o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas, o único laureado em 1976, "por suas realizações nas áreas de análise do consumo, história e teoria monetária e por sua demonstração da complexidade da política de estabilização".[1] Sua nomeação foi controversa, principalmente por sua associação com o ditador militar Augusto Pinochet. Alguns economistas, como o economista institucional e ganhador do Prêmio Nobel de 1974, Gunnar Myrdal, criticaram Friedman e o próprio parceiro de Myrdal, ganhador do Prêmio Nobel de 1974, Friedrich Hayek, por serem reacionários. As críticas de Myrdal fizeram com que alguns economistas se opusessem ao próprio Prêmio Nobel de Economia.[155][156]
Hong Kong
Friedman disse: "Se você quer ver o capitalismo em ação, vá para Hong Kong."[157] Ele escreveu, em 1990, que a economia de Hong Kong era talvez o melhor exemplo de uma economia de mercado livre.[158]
Um mês antes de sua morte, ele escreveu "Hong Kong Wrong – What would Cowperthwaite say?" no The Wall Street Journal, criticando Donald Tsang, Chefe do Executivo de Hong Kong, por abandonar o "não intervencionismo positivo".[159] Mais tarde, Tsang disse que estava apenas mudando o slogan para "grande mercado, pequeno governo", em que um governo pequeno é definido como menos de 20% do PIB. Em um debate entre Tsang e o seu rival Alan Leong antes das eleições para o Chefe do Executivo de Hong Kong em 2007, Leong levantou o tópico e acusou Tsang, de forma jocosa, de ter irritado Friedman causando-lhe a morte (Friedman tinha morrido apenas um ano antes).[160]
Chile
Em 1975, dois anos após o golpe militar que levou ao poder o ditador militar Augusto Pinochet e pôs fim ao governo de Salvador Allende, a economia do Chile passou por uma grave crise.[161] Friedman e Arnold Harberger aceitaram um convite de uma fundação privada chilena para visitar o país e falar sobre os princípios da liberdade econômica. Ele passou sete dias no Chile dando uma série de palestras na Pontifícia Universidade Católica do Chile e na Universidade do Chile. Uma das palestras intitulava-se “The Fragility of Freedom” e, segundo Friedman, “abordava precisamente a ameaça à liberdade de um governo militar centralizado”.[162]
Em uma carta a Pinochet de 21 de abril de 1975, Friedman considerou que os “principais problemas econômicos do Chile são claramente [...] a inflação e a promoção de uma economia social de mercado saudável". Ele afirmou que "Só há uma maneira de acabar com a inflação: reduzindo drasticamente a taxa de crescimento da quantidade de moeda" e que "cortar os gastos do governo é de longe a maneira mais desejável de reduzir o déficit fiscal, porque [...] fortalece o setor privado, lançando assim as bases para um crescimento econômico saudável ".[163] Quanto à rapidez com que a inflação deveria acabar, Friedman sentiu que "para o Chile, onde a inflação está chegando aos 10-20% ao mês, [...] gradualismo não é viável. Envolveria uma operação tão dolorosa por um período tão longo que o paciente não sobreviveria." Escolher "um breve período com o desemprego mais alto" era o mal menor. e que “a experiência da Alemanha, [...] do Brasil [...], do ajuste pós-guerra nos EUA [...] todas indicam o tratamento de choque". Na carta, Friedman recomendou que a abordagem de choque fosse implementada com "um pacote para eliminar a surpresa e aliviar o sofrimento agudo" e "para ser mais claro, deixe-me esboçar o conteúdo de uma proposta de pacote [...] para ser recebido como ilustrativo", embora seu conhecimento do Chile fosse "muito limitado para permitir que [ele] fosse preciso ou abrangente". Ele listou uma "amostra de proposta" com oito medidas monetárias e fiscais, incluindo "a remoção de tantos obstáculos quanto possível que no momento atrapalham o mercado privado. Por exemplo, suspender [...] a lei atual contra a demissão de funcionários". Ele encerrou afirmando: "Um programa de choque como esse poderia acabar com a inflação em meses". A sua carta sugeria que cortar despesas para reduzir o déficit fiscal resultaria em menos desemprego transitório do que aumentar os impostos.[164][165][166]
Sergio de Castro, um chileno formado na Escola de Chicago, tornou-se Ministro das Finanças do país em 1975.[166] Durante seus seis anos de mandato, o investimento estrangeiro direto aumentou, foram impostas restrições às greves e aos sindicatos, e o PIB cresceu anualmente.[167] Foi criado um programa de intercâmbio entre a Universidade Católica do Chile e a Universidade de Chicago. Muitos outros ex-alunos da Escola de Chicago foram nomeados para cargos governamentais durante e depois da ditadura de Pinochet; outros ensinaram sua doutrina econômica em universidades chilenas. Eles ficaram conhecidos como Chicago Boys.[168]
Friedman defendeu sua atividade no Chile alegando que, em sua opinião, a adoção de políticas de livre-mercado não apenas melhorou a situação econômica do Chile, mas também contribuiu para a melhoria do governo de Pinochet e para a eventual transição para um governo democrático em 1990. Essa ideia está incluída em Capitalism and Freedom, no qual ele declarou que a liberdade econômica não é apenas desejável em si mesma, mas também é uma condição necessária para a liberdade política. Em seu documentário de 1980, Free to Choose, ele disse o seguinte: "O Chile não é um sistema politicamente livre, e eu não apoio o seu sistema. Mas as pessoas lá são mais livres do que as pessoas nas sociedades comunistas, porque o governo desempenha um papel menor. [...] As condições do povo nos últimos anos têm melhorado e não piorado. Seria ainda melhor livrar-se da junta e poder ter um sistema democrático livre."[169][170] Em 1984, Friedman declarou que "nunca se absteve de criticar o sistema político no Chile".[162] Em 1991, ele disse: "Não tenho nada de bom a dizer sobre o regime político que Pinochet impôs. Foi um regime político terrível. O verdadeiro milagre do Chile não é o quão bem ele se saiu economicamente; o verdadeiro milagre do Chile é que uma junta militar estava disposta a ir contra seus princípios e apoiar um regime de livre-mercado projetado por aqueles que por princípio acreditam em um livre-mercado. ... No Chile, o impulso pela liberdade política, que foi gerado pela liberdade econômica e o sucesso econômico resultante, em última instância levou a um referendo que introduziu a democracia política. Agora, finalmente, o Chile tem todas as três coisas: liberdade política, liberdade humana e liberdade econômica. O Chile continuará a ser um experimento interessante para ver se ele pode manter todas as três ou se, agora que tem liberdade política, essa liberdade política tenderá a ser usada para destruir ou reduzir a liberdade econômica."[171] Ele enfatizou que as palestras que deu no Chile foram as mesmas palestras que ele deu mais tarde na China e em outros estados socialistas.[172] Ele afirmou ainda: "Não considero malévolo que um economista preste aconselhamento técnico econômico ao governo chileno, tal como não consideraria malévolo que um médico desse aconselhamento técnico médico ao governo chileno para ajudar a acabar com uma praga".
Durante o documentário da PBS de 2000, The Commanding Heights (baseado no livro do mesmo nome), Friedman continuou a argumentar que "os livres-mercados prejudicariam a centralização política e o controle político [de Pinochet]",[173][174] e que as críticas sobre seu papel no Chile ignoraram sua principal afirmação de que mercados mais livres resultam em pessoas mais livres e que a economia não livre do Chile havia causado a ascensão de Pinochet. Friedman defendeu que os livres-mercados minaram a “centralização política e o controle político”.[175]
Por causa de seu envolvimento com o governo do Chile, que era uma ditadura na época de sua visita, houve protestos internacionais, da Suécia à América, quando Friedman recebeu o Prêmio Nobel em 1976. Friedman foi acusado de apoiar a ditadura militar no Chile por causa da relação dos economistas da Universidade de Chicago com Pinochet e da viagem de sete dias[176] que fez ao Chile em março de 1975 (menos de dois anos após o golpe que terminou com a morte do presidente Salvador Allende). Friedman respondeu que nunca foi conselheiro da ditadura, mas apenas deu algumas palestras e seminários sobre inflação e se encontrou com autoridades, incluindo Augusto Pinochet, enquanto estava no Chile.
Islândia
Friedman visitou a Islândia no outono de 1984, encontrou-se com islandeses importantes e deu uma palestra na Universidade da Islândia sobre a "tirania do status quo". Ele participou de um debate televisivo em 31 de agosto de 1984, com intelectuais socialistas, incluindo Ólafur Ragnar Grímsson, que mais tarde se tornou presidente da Islândia.[177] Quando eles reclamaram que uma taxa era cobrada para assistir às suas palestras na universidade e que, até então, as palestras dos acadêmicos visitantes eram gratuitas, Friedman respondeu que as palestras anteriores não eram gratuitas no sentido significativo: as palestras sempre têm custos relacionados. O que importava era se seria os participantes ou os não participantes que cobririam esses custos. Friedman achou que seria mais justo que apenas aqueles que compareceram pagassem. Nessa discussão, Friedman também afirmou que não recebeu nenhum dinheiro pela apresentação daquela palestra.[178]
Estônia
Embora Friedman nunca tenha visitado a Estônia, seu livro Free to Choose influenciou o primeiro-ministro estoniano, Mart Laar, que tinha 32 anos e afirmou que esse foi o único livro sobre economia que ele havia lido antes de assumir o cargo. As reformas de Laar são frequentemente creditadas como responsáveis pela transformação da Estônia de uma república soviética empobrecida ao "tigre Báltico". Um elemento fundamental do programa de Laar foi a introdução do imposto fixo.[179] Laar ganhou o Prêmio Milton Friedman de 2006 para o Avanço da Liberdade, concedido pelo Cato Institute.[180]
Reino Unido
Depois de 1950, Friedman foi frequentemente convidado para dar palestras na Grã-Bretanha; na década de 1970, suas ideias ganharam ampla atenção nos círculos conservadores. Por exemplo, ele era um palestrante regular no Institute of Economic Affairs (IEA), um think tank libertário. A política conservadora Margaret Thatcher acompanhou de perto os programas e ideias da IEA e conheceu Friedman lá em 1978. Ele também influenciou fortemente Keith Joseph, que se tornou o conselheiro sênior de Thatcher para assuntos econômicos, assim como Alan Walters e Patrick Minford, outros dois conselheiros importantes. Grandes jornais, incluindo o Daily Telegraph, The Times e The Financial Times, divulgaram as ideias monetaristas de Friedman aos tomadores de decisões britânicos. As ideias de Friedman influenciaram fortemente Thatcher e os seus aliados quando ela se tornou primeira-ministra em 1979.[181][182] Galbraith criticou fortemente a "viabilidade da fórmula de Friedman" para a qual, ele disse: "a Grã-Bretanha ofereceu-se para ser a cobaia".[183]
Estados Unidos
Após sua morte, vários obituários e artigos foram escritos em homenagem a Friedman, citando-o como um dos economistas mais importantes e influentes do pós-guerra.[184][185][186][187] O legado, às vezes controverso, de Milton Friedman[188][189] na América continua forte dentro do movimento conservador.[190] No entanto, alguns jornalistas e economistas, como Noah Smith e Scott Sumner, argumentaram que o legado acadêmico de Friedman foi enterrado sob a sua filosofia política e interpretado equivocadamente por conservadores modernos.[191][192][193][194]
Críticas de obras publicadas
A teoria da oferta monetária exógena de Friedman foi criticada pelo economista britânico pós-keynesiano Nicholas Kaldor na década de 1970. Enquanto Friedman e os economistas monetaristas alegavam que a oferta de moeda era criada exogenamente por um banco central, Kaldor alegava que o dinheiro era criado por bancos comerciais por meio da distribuição de créditos para famílias e empresas. Na estrutura pós-keynesiana, os bancos centrais simplesmente refinanciam bancos comerciais sob demanda, mas não estão no centro da criação monetária. Milton Friedman e Nicholas Kaldor estiveram envolvidos em debates em 1969-70, no qual o economista monetarista se saiu melhor. Em 1982, Kaldor publicou um livro intitulado The Scourge of Monetarism, criticando profundamente as políticas de inspiração monetarista.
O econometrista David Hendry criticou parte de Monetary Trends de Friedman e Anna Schwartz de 1982.[195] Quando questionado sobre isso durante uma entrevista à TV islandesa em 1984,[196] Friedman disse que a crítica se referia a um problema diferente daquele que ele e Schwartz tinham abordado e, portanto, era irrelevante,[197] e destacou a falta de revisão por pares entre os econometristas do trabalho de Hendry.[198] Em 2006, Hendry disse que Friedman era culpado de "erros graves" de mal-entendidos que significavam que "os t-ratios que ele relatou para a demanda de moeda do Reino Unido foram exagerados em quase 100%", e disse que, em um artigo publicado em 1991 com Neil Ericsson,[199] ele havia refutado "quase todas as alegações empíricas [...] feitas sobre a demanda de moeda do Reino Unido" por Friedman e Schwartz.[200] Um artigo de 2004 atualizou e confirmou a validade das descobertas de Hendry-Ericsson até 2000.[201] Alguns comentadores acreditam que Friedman não estava suficientemente aberto, na sua opinião, à possibilidade de ineficiências de mercado. O economista Noah Smith argumenta que, embora Friedman tenha feito muitas contribuições importantes para a teoria econômica, nem todas as suas ideias relacionadas com a macroeconomia se mantiveram totalmente ao longo dos anos e que muito poucas pessoas estão dispostas a desafiá-las.[107][202]
O cientista político CB Macpherson discordou da avaliação histórica de Friedman de que a liberdade econômica leva à liberdade política, sugerindo que a liberdade política na verdade deu lugar à liberdade econômica para as elites proprietárias. Ele também questionou a noção de que os mercados alocavam recursos de forma eficiente e rejeitou a definição de liberdade de Friedman.[203] A abordagem metodológica positivista de Friedman para economia também foi criticada e debatida.[204][205] O economista finlandês Uskali Mäki argumentou que algumas das suas suposições eram irrealistas e vagas.[206]
Friedman foi criticado por alguns economistas famosos da Escola Austríaca, incluindo Murray Rothbard e Walter Block Block chamou Friedman de "socialista" e criticou seu apoio a um sistema bancário central, dizendo "Em primeiro lugar, esse economista apoiou o Sistema de Reserva Federal durante toda a sua vida profissional. Essa organização, é claro, não possui o estoque de moeda, mas o controla. Friedman odiava inveteradamente o padrão-ouro, denegrindo seus defensores como 'insetos do ouro'."[207] Rothbard criticou a conclusão de Friedman de que a Grande Depressão aconteceu como resultado de uma espiral deflacionária, argumentando que isso é inconsistente com os dados, embora durante o período descrito por Friedman como "A Grande Contração", a oferta de moeda tenha de fato diminuído ano a ano em mais de 10 pontos percentuais.[208]
Embora o livro tenha sido descrito pelo Cato Institute como um dos maiores livros de economia do século XX, e A Monetary History of the United States seja amplamente considerado um dos livros de economia mais influentes já feitos,[209][210] ele sofreu críticas por sua conclusão de que o FED foi o culpado pela Grande Depressão. Alguns economistas, incluindo o famoso crítico de Friedman, Peter Temin, questionaram se níveis de quantidade monetária eram ou não endógenos, em vez de determinados exogenamente, como postula A Monetary History of the United States. O economista vencedor do prémio Nobel Paul Krugman argumentou que a recessão de 2008 provou que, durante uma recessão, um banco central não pode controlar moeda em sentido lato (M3, tal como definida pela OCDE[211]) e, mesmo que o pudesse, a oferta de moeda não teria uma relação direta ou comprovada com o PIB. Segundo Krugman, isso era verdade na década de 1930, e a afirmação de que o FED poderia ter evitado a Grande Depressão reagindo ao que Friedman chamou de "A Grande Contração" é "altamente duvidosa".[212][213]
James Tobin questionou a importância da velocidade da moeda e quão informativa esta medida da frequência das transações é para a compreensão das várias flutuações observadas em A Monetary History of the United States.[214] O historiador econômico Barry Eichengreen argumentou que, por causa do padrão-ouro, que era naquela época o principal sistema monetário do mundo, as mãos do FED estavam atadas. Isso porque, para manter a credibilidade do padrão-ouro, o FED não podia tomar medidas como a expansão drástica da oferta de moeda, como proposto por Friedman e Schwartz.[215]
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Notas explicativas
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Ligações externas
- «Perfil» (em inglês). no sítio oficial do Prêmio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel (1975)
Precedido por Leonid Kantorovich e Tjalling Koopmans |
Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel 1976 |
Sucedido por Bertil Ohlin e James Edward Meade |
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- Mortos em 2006
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- Anticomunistas dos Estados Unidos
- Ativistas pela reforma da política antidrogas
- Professores da Universidade de Chicago
- Economistas dos Estados Unidos
- Alunos da Universidade Columbia
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- Alunos da Universidade Rutgers
- Judeus agnósticos
- Judeus dos Estados Unidos
- Neoliberais
- Liberalismo
- Agnósticos dos Estados Unidos
- Naturais de Nova Iorque (cidade)
- Republicanos do Illinois