T Coronae Borealis: diferenças entre revisões
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Revisão das 06h46min de 7 de abril de 2024
T Coronae Borealis | |
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Localização de T Coronae Borealis (circulado em vermelho) | |
Dados observacionais (J2000) | |
Constelação | Corona Borealis |
Asc. reta | 15h 59m 30.1622s[1] |
Declinação | +25° 55′ 12.613″[1] |
Magnitude aparente | 2,0-10,8[2] |
Características | |
Tipo espectral | M3III+p[3] |
Variabilidade | Nova recorrente[2] |
Astrometria | |
Velocidade radial | -27,79 km/s[4] |
Mov. próprio (AR) | −4,220 mas/ano[5] |
Mov. próprio (DEC) | 12,364 mas/ano[5] |
Paralaxe | 1,2127 ± 0,0488 mas |
Distância | 806 +34/-30 pc |
Detalhes | |
Gigante vermelha | |
Massa | 1,12[6] M☉ |
Raio | 75[7] R☉ |
Gravidade superficial | (log g) 2,0[8] |
Luminosidade | 655[9] L☉ |
Temperatura | 3600[8] K |
Anã branca | |
Massa | 1,37[6] M☉ |
Luminosidade | ~100[7] L☉ |
Outras denominações | |
BD+26°2765, HD 143454, SAO 84129, HIP 78322 |
T Coronae Borealis (T CrB), é uma nova recorrente na constelação Corona Borealis.[10] Foi descoberta pela primeira vez em um episódio de erupção em 1866 por John Birmingham, [11] embora já tivesse sido observada como uma estrela de magnitude 10.[12] Pode ter sido observada em 1217 e também em 1787.[13][14]
Descrição
T CrB normalmente tem uma magnitude de cerca de 10, que está perto do limite dos binóculos típicos. Explosões foram vistas duas vezes, atingindo magnitude 2,0 em 12 de maio de 1866 e magnitude 3,0 em 9 de fevereiro de 1946,[15] embora um artigo mais recente mostre a explosão de 1866 com um possível pico de magnitude 2,5. ± 0,5.[16] Mesmo quando atinge uma magnitude máxima de 2,5, esta nova recorrente é mais fraca do que cerca de 120 estrelas no céu noturno.[17] Às vezes ela é apelidada de Estrela Framejante. [18]
T CrB é um sistema binário que contém uma componente grande e fria e uma componente menor e quente. A componente fria é uma estrela gigante vermelha que transfere material para a sua companheira. Essa estrela menor é uma anã branca rodeada por um disco de acreção, escondida dentro de uma densa nuvem de material da gigante vermelha. Quando o sistema está quiescente, a gigante vermelha domina a emissão de luz visível e o sistema aparece como uma estrela gigante do tipo M3. A anã branca, por sua vez, domina a emissão no espectro ultravioleta. Durante as explosões, a transferência de material para a anã branca aumenta muito e, por consequência, ela expande e a luminosidade do sistema aumenta.[6][7][19][20]
Os dois componentes do sistema orbitam um ao redor do outro a cada 228 dias. A órbita é quase circular e está inclinada em um ângulo de 67°. As estrelas estão separadas por uma distância de 0.54UA.[6]
Atividade entre 2016 – presente
Em 20 de abril de 2016, o site Sky & Telescope relatou um aumento de brilho contínuo entre fevereiro de 2015, quando a magnitude estava em 10,5, chegando até a aproximadamente 9,2. Um evento semelhante foi relatado em 1938, seguido por outra explosão em 1946.[21] Em junho de 2018, a estrela tinha diminuído seu brilho ligeiramente, mas ainda permanecia num nível de atividade invulgarmente elevado. Em março ou abril de 2023, diminuiu para magnitude 12,3.[22] Um escurecimento semelhante ocorreu no ano anterior à explosão de 1946, indicando que provavelmente entrará em erupção entre abril e setembro de 2024.[23]
Referências
- ↑ a b Gaia Collaboration; et al. (Novembro de 2016). «Gaia Data Release 1. Summary of the astrometric, photometric, and survey properties». Astronomy & Astrophysics. 595. 23 páginas. Bibcode:2016A&A...595A...2G. arXiv:1609.04172. doi:10.1051/0004-6361/201629512. A2
- ↑ a b Samus, N. N.; Durlevich, O. V.; et al. (2009). «VizieR Online Data Catalog: General Catalogue of Variable Stars (Samus+ 2007-2013)». VizieR On-line Data Catalog: B/GCVS. Originally Published in: 2009yCat....102025S. 1. Bibcode:2009yCat....102025S
- ↑ Pourbaix, D.; Tokovinin, A. A.; Batten, A. H.; Fekel, F. C.; Hartkopf, W. I.; Levato, H.; Morrell, N. I.; Torres, G.; Udry, S. (2004). «SB9: The ninth catalogue of spectroscopic binary orbits». Astronomy and Astrophysics. 424 (2): 727–732. Bibcode:2004A&A...424..727P. arXiv:astro-ph/0406573. doi:10.1051/0004-6361:20041213
- ↑ a b Gaia Collaboration; Brown, A. G. A.; Vallenari, A.; Prusti, T.; de Bruijne, J. H. J.; et al. (2018). «Gaia Data Release 2. Summary of the contents and survey properties». Astronomy & Astrophysics. 616: A1, 22 pp. Bibcode:2018A&A...616A...1G. arXiv:1804.09365. doi:10.1051/0004-6361/201833051 Catálogo Vizier
- ↑ a b c d Linford, Justin D.; Chomiuk, Laura; Sokoloski, Jennifer L.; Weston, Jennifer H. S.; Van Der Horst, Alexander J.; Mukai, Koji; Barrett, Paul; Mioduszewski, Amy J.; Rupen, Michael (2019). «T CRB: Radio Observations during the 2016-2017 "Super-active" State». The Astrophysical Journal. 884 (1). 8 páginas. Bibcode:2019ApJ...884....8L. arXiv:1909.13858. doi:10.3847/1538-4357/ab3c62
- ↑ a b c Stanishev, V.; Zamanov, R.; Tomov, N.; Marziani, P. (2004). «Hα variability of the recurrent nova T Coronae Borealis». Astronomy and Astrophysics. 415 (2): 609–616. Bibcode:2004A&A...415..609S. arXiv:astro-ph/0311309. doi:10.1051/0004-6361:20034623
- ↑ a b Wallerstein, George; Harrison, Tanya; Munari, Ulisse; Vanture, Andrew (2008). «The Metallicity and Lithium Abundances of the Recurring Novae T CrB and RS Oph». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 120 (867). 492 páginas. Bibcode:2008PASP..120..492W. doi:10.1086/587965
- ↑ Schaefer, Bradley E. (2009). «Orbital Periods for Three Recurrent Novae». The Astrophysical Journal. 697 (1): 721–729. Bibcode:2009ApJ...697..721S. arXiv:0903.1349. doi:10.1088/0004-637X/697/1/721
- ↑ Andrews, Robin George (8 de março de 2024). «The Night Sky Will Soon Get 'a New Star.' Here's How to See It. - A nova named T Coronae Borealis lit up the night about 80 years ago, and astronomers say it's expected to put on another show in the coming months.». The New York Times. Consultado em 9 de março de 2024. Arquivado do original em 8 de março 2024
- ↑ Pettit, Edison (1946). «The Light-Curves of T Coronae Borealis». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 58 (341). 153 páginas. Bibcode:1946PASP...58..153P. doi:10.1086/125797
- ↑ Barnard, E. E. (1907). «Nova T Coronae of 1866». Astrophysical Journal. 25. 279 páginas. Bibcode:1907ApJ....25..279B. doi:10.1086/141446
- ↑ «The recurrent nova T CrB had prior eruptions observed near December 1787 and October 1217 AD». Journal for the History of Astronomy. Consultado em 21 de março de 2024
- ↑ «Evidence of mysterious 'recurring nova' that could reappear in 2024 found in medieval manuscript from 1217». Live Science. Consultado em 21 de março de 2024
- ↑ Sanford, Roscoe F. (1949). «High-Dispersion Spectrograms of T Coronae Borealis.». Astrophysical Journal. 109. 81 páginas. Bibcode:1949ApJ...109...81S. doi:10.1086/145106
- ↑ Schaefer, Bradley E. (2010). «Comprehensive Photometric Histories of All Known Galactic Recurrent Novae». The Astrophysical Journal Supplement Series. 187 (2): 275–373. Bibcode:2010ApJS..187..275S. arXiv:0912.4426. doi:10.1088/0067-0049/187/2/275
- ↑ «Vmag<2.5». SIMBAD Astronomical Database. Consultado em 25 de junho de 2010
- ↑ A Digital Spectral Classification Atlas, R. O. Gray, 34.
- ↑ Iłkiewicz, Krystian; Mikołajewska, Joanna; Stoyanov, Kiril; Manousakis, Antonios; Miszalski, Brent (2016). «Active phases and flickering of a symbiotic recurrent nova T CrB». Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. 462 (3). 2695 páginas. Bibcode:2016MNRAS.462.2695I. arXiv:1607.06804. doi:10.1093/mnras/stw1837
- ↑ Luna, GJM; Mukai, K.; Sokoloski, J. L.; Nelson, T.; Kuin, P.; Segreto, A.; Cusumano, G.; Jaque Arancibia, M.; Nuñez, N. E. (2018). «Dramatic change in the boundary layer in the symbiotic recurrent nova T Coronae Borealis». Astronomy and Astrophysics. 619 (1). 61 páginas. Bibcode:2018A&A...619A..61L. arXiv:1807.01304. doi:10.1051/0004-6361/201833747
- ↑ «Is T CrB About to Blow its Top?». Sky & Telescope website. 20 de abril de 2016. Consultado em 6 de agosto de 2017
- ↑ Schaefer, B.E.; Kloppenborg, B.; Waagen, E.O. «Announcing T CrB pre-eruption dip». AAVSO. American Association of Variable Star Observers. Consultado em 18 de janeiro de 2024
- ↑ Todd, Ian. «T Coronae Borealis nova event guide and how to prepare». Sky at Night Magazine. BBC. Consultado em 18 de março de 2024
Bibliografia
- Wallerstein, George; Tanya Harrison; Ulisse Munari; Andrew Vanture (11 de maio de 2008). «The Metallicity and Lithium Abundances of the Recurring Novae T CrB and RS Oph». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 120 (867): 492–497. Bibcode:2008PASP..120..492W. doi:10.1086/587965
- R and T Coronae Borealis: Two Stellar Opposites Arquivado em 2012-04-06 no Wayback Machine at Sky & Telescope
Ligações externas
- http://www.daviddarling.info/encyclopedia/B/Blaze_Star.html
- AAVSO: Visualização rápida das observações da AAVSO (obter estimativas de magnitude recentes para T CrB)
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