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No [[Censo demográfico do Brasil de 2010|censo demográfico de 2010]] a população alagoana era de {{fmtn|3120494}} habitantes. De acordo com este mesmo censo demográfico, 73,64% dos habitantes viviam na [[zona urbana]] e os 26,36% restantes na [[Zona rural|rural]].<ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|URL=https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|título=Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse|data=2010|acessodata=11 de janeiro de 2017|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161228000330/https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|arquivodata=28 de dezembro de 2016}}</ref> |
No [[Censo demográfico do Brasil de 2010|censo demográfico de 2010]] a população alagoana era de {{fmtn|3120494}} habitantes. De acordo com este mesmo censo demográfico, 73,64% dos habitantes viviam na [[zona urbana]] e os 26,36% restantes na [[Zona rural|rural]].<ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|URL=https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|título=Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse|data=2010|acessodata=11 de janeiro de 2017|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161228000330/https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|arquivodata=28 de dezembro de 2016}}</ref> |
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O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] de Alagoas é considerado médio conforme o [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|PNUD]]. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013, com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,631, estando na [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|27.ª colocação ao nível nacional]] e na quinta ao regional. Considerando-se o índice de longevidade, seu valor é de 0,755 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Expectativa de vida|4.º]]), o do valor de renda é 0,641 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Renda|22.º]]) e o de educação é de 0,520 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Educa.C3.A7.C3.A3o|25.º]]).<ref>{{citar web|ultimo=PNUD|primeiro=|URL=http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idhm-uf-2010.html|título=Ranking IDHM Unidades da Federação 2010|data=2013|acessodata=9 de junho de 2017|publicado=Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170528122430/http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idhm-uf-2010.html|arquivodata=28 de maio de 2017}}</ref> O [[coeficiente de Gini]], que mede a [[Desigualdade econômica|desigualdade social]], é de 0,47 e a incidência da pobreza de 59,54%.<ref |
O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] de Alagoas é considerado médio conforme o [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|PNUD]]. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013, com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,631, estando na [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|27.ª colocação ao nível nacional]] e na quinta ao regional. Considerando-se o índice de longevidade, seu valor é de 0,755 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Expectativa de vida|4.º]]), o do valor de renda é 0,641 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Renda|22.º]]) e o de educação é de 0,520 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Educa.C3.A7.C3.A3o|25.º]]).<ref>{{citar web|ultimo=PNUD|primeiro=|URL=http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idhm-uf-2010.html|título=Ranking IDHM Unidades da Federação 2010|data=2013|acessodata=9 de junho de 2017|publicado=Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170528122430/http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idhm-uf-2010.html|arquivodata=28 de maio de 2017}}</ref> O [[coeficiente de Gini]], que mede a [[Desigualdade econômica|desigualdade social]], é de 0,47 e a incidência da pobreza de 59,54%.<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/pesquisa/36/30246|titulo=Mapa de pobreza e desigualdade|acessodata=2024-02-14|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> A [[taxa de fecundidade]] da Bahia é de 2,22 filho por mulher, [[Lista de unidades federativas do Brasil por taxa de fecundidade|uma das mais baixas do Brasil]].<ref name="Atlas_20132">{{citar web|url=http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta/|titulo=Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013 - Consulta|acessodata=5 de janeiro de 2014|publicado=|formato=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140203080327/http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta|arquivodata=3 de fevereiro de 2014}}</ref> |
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Dos 102 municípios (considerando a divisão municipal na época), apenas um tinha população acima dos quinhentos mil: [[Maceió]], no nordeste do estado. Outros dois tinham mais de 100 000, sete de {{fmtn|50001}} a {{fmtn|100000}}, 31 de {{fmtn|20001}} a {{fmtn|50000}}, 34 de {{fmtn|10001}} a {{fmtn|20000}}, 22 de {{fmtn|5001}} a {{fmtn|10000}} e seis de {{fmtn|2001}} a {{fmtn|5000}}.<ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|URL=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado|título=Tabela 1290 - Número de municípios e População nos Censos Demográficos por tamanho da população|data=2010|acessodata=16 de junho de 2013|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222155943/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado|arquivodata=22 de dezembro de 2016}}</ref> Sua capital, Maceió, com seus 957 916 habitantes, concentrava 29,9% da população estadual,<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1287|titulo=Tabela 1287: População dos municípios das capitais e Percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das unidades da federação nos Censos Demográficos|acessodata=2024-02-14|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref> além de possuir a maior densidade demográfica entre os municípios do estado (1.880,77 hab./km²),<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/maceio/panorama|titulo=Maceió: Panorama|acessodata=2024-02-14|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> enquanto [[Belo Monte]], no oeste, tinha a menor densidade (17,77 hab./km²).<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/belo-monte/panorama|titulo=Belo Monte: Panorama|acessodata=2024-02-14|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> |
Dos 102 municípios (considerando a divisão municipal na época), apenas um tinha população acima dos quinhentos mil: [[Maceió]], no nordeste do estado. Outros dois tinham mais de 100 000, sete de {{fmtn|50001}} a {{fmtn|100000}}, 31 de {{fmtn|20001}} a {{fmtn|50000}}, 34 de {{fmtn|10001}} a {{fmtn|20000}}, 22 de {{fmtn|5001}} a {{fmtn|10000}} e seis de {{fmtn|2001}} a {{fmtn|5000}}.<ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|URL=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado|título=Tabela 1290 - Número de municípios e População nos Censos Demográficos por tamanho da população|data=2010|acessodata=16 de junho de 2013|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222155943/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado|arquivodata=22 de dezembro de 2016}}</ref> Sua capital, Maceió, com seus 957 916 habitantes, concentrava 29,9% da população estadual,<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1287|titulo=Tabela 1287: População dos municípios das capitais e Percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das unidades da federação nos Censos Demográficos|acessodata=2024-02-14|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref> além de possuir a maior densidade demográfica entre os municípios do estado (1.880,77 hab./km²),<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/maceio/panorama|titulo=Maceió: Panorama|acessodata=2024-02-14|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> enquanto [[Belo Monte]], no oeste, tinha a menor densidade (17,77 hab./km²).<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/belo-monte/panorama|titulo=Belo Monte: Panorama|acessodata=2024-02-14|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> |
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Alagoas é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado a leste da região Nordeste. Possui como limites: ao norte e noroeste, com Pernambuco; ao sul, com Sergipe; a oeste, com a Bahia; e a leste, com o oceano Atlântico. Compreende uma área de 27 848,140 km², com uma população de 3 358 963 habitantes. A capital do estado é o município de Maceió. Conta com 102 municípios.[7]
As cidades mais importantes constituem: Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, União dos Palmares e Rio Largo. O relevo é regular, geralmente, aquém dos 300 m. São Francisco, Mundaú e Paraíba do Meio são os rios mais caudalosos.[7]
A economia está alicerçada na indústria (química, açúcar e álcool, cimento e alimentícia), agricultura, pecuária e exploração de sal-gema, gás natural e petróleo. No começo do século XVI, os franceses dominaram a região. Entretanto, em 1535, Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, reassume a administração da área aos portugueses. Coelho também estimulou a cultura da cana e a edificação de engenhos. No século XVII os holandeses invadiram a área de onde só partiram em 1645. Remonta ainda do século XVII a fundação do Quilombo dos Palmares, formado por escravos fugitivos e demolido em 1690. Em 1817 Alagoas foi desmembrada da capitania de Pernambuco. Na época do Império, movimentos como a Confederação do Equador e a Cabanada aí ocorreram. Em 1839 a capital foi mudada da antiga cidade de Alagoas (atualmente Marechal Deodoro) para Maceió.[7]
O estado possui um dos menores índices de desenvolvimento humano (IDH) e de alfabetização do país. Apesar disso, tem-se destacando cada vez mais para melhoramento dos índices, como a mortalidade infantil no estado. Nesse quesito, saiu do último lugar para o décimo sexto em todo o país. Isso devido a políticas voltadas a saúde dos recém-nascidos no interior de Alagoas. O estado ainda possui o maior índice de evasão escolar.
Etimologia
A palavra latina lacus, que significa “lago, tanque” constitui a origem, no primeiro conjunto de vocábulos, do termo lusófono, hispanófono e italófono lago, francófono lac; um originário seu, o substantivo latino, lacuna, “buraco, fojo”, “carência, omissão, falta”, é a derivação do vocábulo italiano e espanhol, laguna. No entanto, o termo português, lagoa, que coincide com a variante castelhana lagona, mirandesa, llagona, considera alteração de sufixo, publicada já no ano de 938 em uma documentação valenciana, por efeito da escrita lacona, e em outra de 1094, da cidade de Sahagún, devido à ortografia lagona. O vocábulo português lagona, por influência da escrita lagoa (duvidosamente lagõa), é registrado no século IX; o modo protético, alagoa já o constitui no século XIV. Esta prótese é justificada já por intermédio de empréstimo de artigo, especialmente em locuções (vindo da lagoa, na lagoa), agora por normalização morfológica com os provenientes do verbo alagar (alagado, alagadiço, alagamento, alagador, entre outros).[8][9]
A denominação surgiu como semelhante aos designativos das lagoas Mundaú e Manguaba, esta “alagoa do norte”, aquela “alagoa do sul”, já em pleno século XVI. Nessa época, foram fundados, nas proximidades, os povoados de Alagoa do Sul e Alagoa do Norte, as Alagoas, com abrangência das outras na região, como as lagoas de Poxim, Jequiá e do Roteiro. O sufixo do adjetivo pátrio é o típico dos gentílicos brasileiros que terminam com ano (pernambucano, paraibano, sergipano, baiano, alagoano, goiano, a que futuramente se juntaria acriano).[8][9]
História
Período colonial
Foi o navegante italiano Américo Vespúcio, a serviço de Portugal, que primeiro desbravou a costa alagoana (1501). Compreendido na capitania de Pernambuco, o território passou a ser povoado em 1545, no momento que o donatário Duarte Coelho ali instalou os primeiros engenhos de açúcar e lançou as sementes do porto fluvial de Penedo, no rio São Francisco.[10]
Em 1556, os caetés, que habitavam a região, comeram o bispo D. Pero Fernandes Sardinha, após um naufrágio. Este acontecimento conduziu Portugal a mandar, em 1560, uma expedição enviada por Jerônimo de Albuquerque, que devastou quase inteiramente as tribos indígenas. Foram vendidos quinhões de terra aos povoadores e aumentado o plantio de açúcar.[10]
A primeira cidade foi Porto Calvo; a segunda, Alagoas (hoje Marechal Deodoro), e a terceira, Penedo. Em 1631, os holandeses, que haviam dominado Pernambuco, penetraram em Alagoas, trazidos pelo alagoano Domingos Fernandes Calabar. Diversos povoados foram devastados e a população se espalhou. Em 1645, os holandeses foram desalojados da região. Na época, iniciaram-se os esforços para reerguer a economia e lutar contra os escravos fugitivos no decorrer das guerras contra os dominadores, agrupados em aldeias ou quilombos.[10]
Em 1711, foi estabelecida a Comarca de Alagoas, sediada na vila homônima, em função da influência econômica da região, que plantava não só açúcar como fumo, algodão, couros e madeiras. Em 1817, já com uma população de cerca de 90 mil habitantes, transformou-se em capitania autônoma de Pernambuco, como um resultado do trabalho de seu corregedor-mor, Antônio Batalha, que não apoiou a Revolução Pernambucana.[10]
Período imperial e republicano
Em 1822, com a Independência, foi elevada a província. A população aumentara para 91 mil hab., e existiam algumas vilas: Maceió, Alagoas, Atalaia, Anadia e Poxim. Sofreu os reflexos de algumas revoltas que abalaram o Império: em 1824, a Confederação do Equador e, em 1832, a Cabanada.[10]
Em 1839, a capital foi mudada de Alagoas a Maceió. Já naquele momento se iniciavam os combates entre grupos políticos constituídos pelas mais importantes famílias de proprietários rurais. Nos planos econômico, populacional e artístico houve importantes desenvolvimentos. Nasceram várias novas vilas, como Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos e outras. Foram fundados o Liceu Alagoano (1849), a Escola Normal (1864) e o Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano (1869), hoje Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.[10]
Os dois primeiros presidentes do Brasil, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, foram alagoanos. Um irmão de Deodoro era o primeiro governador escolhido pelo povo. Até 1900, houve imensa inquietação política, com famílias combatendo pelo poder. Nesse ano, o governador eleito, Euclides Malta, iniciou uma oligarquia que manteve o poder até 1912, quando foi sucedida pelo grupo associado ao Partido Democrata. Entre 1930 e 1945, em breve período, interventores administraram o estado. Foram fundadas as faculdades que deram origem à Universidade Federal de Alagoas e erguido o porto de Maceió. Acabada a ditadura de Vargas, o primeiro governador escolhido pelo povo alagoano foi Silvestre Péricles de Góes Monteiro (1947–1951). Dessa época em diante, administraram o estado, dentre outros: Arnon Afonso de Farias Melo (1951–1956), Divaldo Suruagy (1975–1979 e 1983–1986) e Fernando Collor de Mello (1987–1989). Em 1991, após a anulação das eleições devido à ocorrência das fraudes, elegeu-se governador do estado, Geraldo Bulhões, do PSC. Em 1995, Divaldo Suruagy retornou ao poder executivo do estado, após ter sido eleito em outubro de 1994, pelo PMDB.[10] Foi sucedido, em julho de 1997, por Manoel Gomes de Barros, que completou o mandato.[11] Em 1998, foi eleito governador o pessebista Ronaldo Lessa. Foi empossado do governo do estado em janeiro de 1999. Reelegeu-se em 2002, tomando posse em janeiro de 2003. Em março de 2006, foi substituído por Luis Abílio, que concluiu o mandato. Teotônio Vilela Filho venceu as eleições estaduais em 2006. Assumiu o governo do estado em janeiro de 2007.[12] Foi reeleito em 2010,[13] assumindo o poder executivo do estado em janeiro de 2011.[14] Renan Filho saiu vitorioso nas eleições estaduais em 2014.[15] Foi empossado do cargo em janeiro de 2015.[16] Elegeu-se para um segundo mandato em 2018.[17] Tomou posse em janeiro de 2019.[18] Em abril de 2022, foi sucedido por Kleber Loureiro, que terminou o mandato.[19] Paulo Dantas foi eleito pela Assembleia Legislativa em maio de 2022. Elegeu-se governador em 2022, assumindo o governo em janeiro de 2023.[20]
Geografia
No interior do estado, prevalecem depressões (Depressão Sertaneja e do São Francisco). No norte de Alagoas, o relevo compreende serras e planaltos (como o da Borborema), além de planícies litorâneas. Nessa região, são habituais lagunas e tabuleiros arenosos (Planícies e Tabuleiros Costeiros).[21]
O rio São Francisco desemboca no sul do estado. É utilizado como divisa de Alagoas com Sergipe. Outros rios mais caudalosos, como o Mundaú e o Paraíba do Meio, integram as Bacias Costeiras do Nordeste Oriental.[21]
Tem um clima tropical litorâneo úmido no litoral e em boa parte do interior do estado. No oeste, prepondera o clima tropical semi-árido, inclinando a seco devido à irregularidade das chuvas. A temperatura média anual varia de 24 °C a 26 °C. A precipitação média oscila bastante do litoral (mais elevada) para o interior (gradualmente mais reduzida), podendo variar de 500 mm a 2 000 mm no decorrer do ano.[21]
Na Zona da Mata, prevalece a Mata Atlântica. O Agreste é uma passagem da Zona da Mata para o Sertão, onde ocorre a caatinga.[21]
Geomorfologia
Mais de 86% do território alagoano está aquém de 300m de altitude, e 61% aquém de 200m. Somente um por cento se encontra além de 600m. Cinco unidades formam o panorama morfológico:[22]
- a baixada litorânea, com enormes areões (praias e restingas) compreendidos por elevações de topo plano (tabuleiros areníticos);
- um cinturão de morros e colinas de argila, imediatamente a oeste, com terrenos maciços e relativamente férteis;
- o pediplano, compreendendo todo o interior, com solos produtivos, porém planos. E uma topografia ligeiramente ondulada, da qual surgem as serras de Mata Grande e Água Branca, no extremo ocidente do estado;
- a vertente sul do planalto da Borborema, no centro-norte, porção mais alta de Alagoas;
- e planícies aluviais (pântanos), no decorrer dos rios, principalmente o delta e a várzea do baixo São Francisco (margem esquerda), com terrenos anualmente substituídos por enchentes periódicas.
As melhores terras situam-se na Zona da Mata: são os terrenos de massapê (terreno argiloso, em geral preta). Abundantes em humo (resultado da deterioração de resíduos vegetais e animais na superfície da floresta), são ótimas para o cultivo da cana-de-açúcar. Nos tabuleiros areníticos da Baixada litorânea os terrenos são constituídos de areia e bastante porosos, não servindo para agricultura. No pediplano, as terras, embora férteis, são aplainadas, definindo uma breve evaporação das águas pluviais. Apesar de infértil, o terreno do interior alagoano adapta-se à produção de algodão e à pecuária.[23]
Hidrografia, vegetação e clima
A rede hidrográfica do estado é formada por rios que descem diretamente para o oceano Atlântico. Exemplos o Camaragibe, o Mundaú, o Paraíba e o Coruripe. E constituída por rios que desembocam no São Francisco (como o Marituba, o Traipu, o Ipanema, o Capiá e o Moxotó).[22]
Três gêneros de revestimento vegetal, em enorme quantidade alterados pela atividade humana, cobriam o território alagoano: a floresta tropical na parte úmida do estado (Zona da Mata alagoana). O agreste, vegetação de passagem para um clima mais seco, no centro. E a caatinga, no oeste. Toda a metade leste do estado tem clima do tipo As, de Köppen, quente (médias anuais acima de 24o C). Possui chuvas de outono-inverno relativamente ricas (mais de 1.400mm). No interior abrangem condições semi-áridas, clima BSh, despencando a pluviosidade aquém de 1.000mm; essa região está compreendida no denominado Polígono das Secas. As estações do ano são completamente determinadas pela periodicidade das chuvas. O verão começa em setembro e encerra em fevereiro e o "inverno" se inicia aproximadamente em março, acabando em agosto. A temperatura não passa por fortes variações, oscilando, na costa, de 22,5 a 28 °C, e no interior, de 17 a 33 °C.[22]
Demografia
A população do estado de Alagoas no censo demográfico de 2022 era de 3 127 683 habitantes, sendo a 19.ª unidade da federação mais populosa do país, concentrando cerca de 1,54% da população brasileira[24] e apresentando uma densidade demográfica de 112,24 moradores por quilômetro quadrado (a quarta maior do Brasil).[25] Ao mesmo tempo, 52,1% eram do gênero feminino e 47,9% do masculino, tendo uma razão de sexo de 91,85.[24] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 0,02%.[24]
No censo demográfico de 2010 a população alagoana era de 3 120 494 habitantes. De acordo com este mesmo censo demográfico, 73,64% dos habitantes viviam na zona urbana e os 26,36% restantes na rural.[26]
O Índice de Desenvolvimento Humano de Alagoas é considerado médio conforme o PNUD. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013, com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,631, estando na 27.ª colocação ao nível nacional e na quinta ao regional. Considerando-se o índice de longevidade, seu valor é de 0,755 (4.º), o do valor de renda é 0,641 (22.º) e o de educação é de 0,520 (25.º).[27] O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,47 e a incidência da pobreza de 59,54%.[28] A taxa de fecundidade da Bahia é de 2,22 filho por mulher, uma das mais baixas do Brasil.[29]
Dos 102 municípios (considerando a divisão municipal na época), apenas um tinha população acima dos quinhentos mil: Maceió, no nordeste do estado. Outros dois tinham mais de 100 000, sete de 50 001 a 100 000, 31 de 20 001 a 50 000, 34 de 10 001 a 20 000, 22 de 5 001 a 10 000 e seis de 2 001 a 5 000.[30] Sua capital, Maceió, com seus 957 916 habitantes, concentrava 29,9% da população estadual,[31] além de possuir a maior densidade demográfica entre os municípios do estado (1.880,77 hab./km²),[32] enquanto Belo Monte, no oeste, tinha a menor densidade (17,77 hab./km²).[33]
Religiões
Composição étnica, migração e povos indígenas
Urbanização, hierarquia urbana e regiões metropolitanas
Alagoas é uma das unidades federativas com a maior densidade demográfica do Brasil (mais de 86 hab./km²). O estado possui uma expectativa de vida de 46 a 91 anos.
As principais concentrações populacionais aparecem na antiga zona da mata e nos sopés de Borborema, onde ocorrem densidades acima de 100 hab./km². As regiões de menor ocupação equivalem aos terrenos inférteis dos tabuleiros litorâneos e aos solos secos do interior. Segundo o censo de 2010, a população se subdivide em porções quase iguais entre as zonas rural e urbana.
As maiores cidades do estado constituem Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios e Penedo. Maceió, além de porto exportador de açúcar, capital e centro industrial (têxteis e produtos alimentícios), exerce ainda, no tocante ao setor terciário, as responsabilidades de capital regional para todo o território de Alagoas e uma pequena porção do norte sergipano. Sua zona de influência mais próxima limita-se à frente leste do estado. No resto da área de influência exerce por intermédio de dois centros médios: Palmeira dos Índios, que satisfaz a demanda do Agreste e ao Sertão, e Penedo, que presta serviços à porção sul do estado e determinados municípios de Sergipe. Arapiraca, segunda cidade do estado, constitui a feitoria comercial da região fumageira do Agreste.
Governo e política
O estado de Alagoas, da mesma forma que uma república, é administrado por três poderes. São eles: o executivo, constituído pelo governador de Alagoas. O legislativo (Assembleia Legislativa de Alagoas). E, por fim, o judiciário (Tribunal de Justiça de Alagoas e outros tribunais, e juízes). São símbolos estaduais a bandeira, o brasão e o hino.[34]
O poder executivo alagoano é desempenhado pelo governador de Alagoas. Este é sucedido, em seus impedimentos, pelo vice-governador de Alagoas, e assessorado pelos secretários estaduais.[34] Desde 2006, a atual matriz do poder executivo do estado é o Palácio República dos Palmares. Este sucedeu o Palácio Floriano Peixoto, então sede do governo a partir de 1902.[35]
A partir do início da república, tomou posse pela primeira vez do governo do estado, o senhor Tibúrcio Valeriano de Araújo, que se encontrava no poder em 1889. Foi somente no ano de 1947 quando foi empossado o primeiro governador eleito pela população, Silvestre Péricles de Góis Monteiro.[36]
O poder legislativo estadual é unicameral e representado pela Assembleia Legislativa de Alagoas, formada por 27 deputados estaduais.[34] No Congresso Nacional, a representação alagoana é de três senadores e nove deputados federais.[37]
A mais alta corte do Poder Judiciário é o Tribunal de Justiça de Alagoas, localizado no centro de Maceió. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, Alagoas possuía, em dezembro de 2008, 1 970 731 eleitores, significando xx% do eleitorado brasileiro, o 18.° maior do país.[38]
Subdivisões
Evolução territorial, regiões geográficas intermediárias e imediatas
O estado de Alagoas surgiu como unidade política em 1817, com seis vilas, sendo as mais antigas, Alagoas (atual Marechal Deodoro), Penedo e Porto Calvo, todas fundadas em 1636. Com a independência do Brasil, a província de Alagoas foi organizada em 1823 e naquele ano seu território se dividia em oito cidades e vilas.[39] Do Império até a República passou de oito para 102 municípios. Constitui o 17.º estado com o maior número e o oitavo da região nordeste, somente atrás de Sergipe.[40]
Região geográfica intermediária é, no Brasil, um agrupamento de regiões geográficas imediatas que são articuladas através da influência de uma ou mais metrópoles, capitais regionais e/ou centros urbanos representativos dentro do conjunto, mediante a análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[41]
As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. A divisão de 2017 teve o objetivo de abranger as transformações relativas à rede urbana e sua hierarquia ocorridas desde as divisões passadas, devendo ser usada para ações de planejamento e gestão de políticas públicas e para a divulgação de estatísticas e estudos do IBGE. Alagoas está dividida oficialmente em duas regiões geográficas intermediárias: a Região Geográfica Intermediária de Maceió e a Região Geográfica Intermediária de Arapiraca.[41]
Economia
Setor primário
Mais de cinquenta por cento da população ativa de Alagoas trabalha no setor primário. A fonte de renda mais importante, a grande agricultura comercial, está na zona da mata, principalmente onde prevalecem as terras férteis de humo. A produção de cana-de-açúcar é aí o principal componente da paisagem. Os cultivos revestem os solos argiláceos dos morros e colinas e os pântanos dos rios. Ainda importantes culturas comerciais são a monocultura do arroz, nas cheias do baixo São Francisco, e a do coco, nos areões da orla marítima. Também na microrregião da mata, são praticadas pequenas lavouras comerciais associadas ao abastecimento dos centros urbanos. No agreste, é possível encontrar essas culturas agrícolas (fumo, milho, mandioca, feijão, algodão).
No sertão a agricultura se encontra restringida à atividade subsidiária da pecuária, reduzindo-se a pequenas plantações de subsistência desenvolvidas sobretudo nas vertentes das serras de Água Branca e Mata Grande, em consequência das chuvas de relevo que aí aparecem. A criação de gado bovino possui alguma importância no interior, especialmente na área de passagem do Agreste para o Sertão, onde se pratica a pecuária leiteira (municípios de Jacaré dos Homens, Major Isidoro e Batalha).
Contendo diversas lagoas, vários rios e uma grande costa marítima, o estado dispõe de uma significativa riqueza de pescado, cuja exploração, no entanto, se pratica também conforme práticas tradicionais.
Setor secundário
Setor terciário
Infraestrutura
Saúde
Educação
Transportes
Serviços e comunicações
Segurança pública e criminalidade
Cultura
Entidades culturais e monumentos
Eventos e artesanato
Folclore, culinária e música
Pontos turísticos
Personalidades
Esportes
Feriados
Ver também
Notas
- ↑ Consoante lei, a 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, a capital de Alagoas passa a ser, entre este dia, Marechal Deodoro.
Referências
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