Infecções congênitas

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Infecções

congênitas
(retrovirose,
hepatite B e
CMV)
Jad Gabriele Silva Maia - I2
Sumário
0 0 Referências
Retrovirose.
1 4 bibliográficas
0
Hepatite B.
2
0 Citomegaloviros
e.
3
Retrovirose
● Doença de notificação compulsória.
● Transmissão vertical: principal categoria de exposição
(85,5%).
● Taxa de transmissão: 20 a 40% > pode ser reduzida para <
1%.
● Transmissão:
- Gestação: 35%, detectável ao nascimento.
- Intraparto: 65%, detectável dias ou semanas pós-parto.
Transmissão
Fatores associados: vertical
● Vírus: carga viral (CV)*, fenótipo e genótipo.
*Risco de 1% (CV indetectável) x 28,7% (> 10.000 cópias)
● Mãe: status clínico, imunológico e nutricional; infecções
(ex., sífilis); uso de drogas, não uso de preservativos,
sangramentos maternos, RAMO (> 4 horas, +2%/hora até
24h).
● RN: prematuridade e baixo peso ao nascer.
Manifestações
Hepatoesplenomega
clínicas
lia
Linfadenomegal
ia

Plaquetopenia

Atentar para sinais e sintomas de infecções associadas,


como CMV, sífilis, toxoplasmose, hepatite B e C,
tuberculose e herpes simples e rubéola, sendo
obrigatórias as sorologias para descartá-las.
Investigação laboratorial
Investigação laboratorial
Prevenção não-farmacológica
Indicação da via de parto

CV > 10.000 cópias/mL, CV desconhecida (< de 34 semanas) e IG < 34


semanas: cesárea.
CV baixa (< 1.000 cópias ou indetectável) e feto > 34 semanas: parto
Cuidados
vaginal. gerais
Parto empelicado: membranas corioamnióticas íntegras.
Clampeamento imediato do cordão.
Banho precoce: com fonte de água corrente, como chuveirinho e torneira;
limpeza delicada com compressas.
Prevenção não-farmacológica
Aspiração se necessário

Vias aéreas.
Conteúdo gástrico de líquido amniótico.

Aleitamento materno

CONTRAINDICADO: inibir lactação com cabergolina, substituir o leite


materno por fórmula láctea até 6 meses; NÃO está indicado o
aleitamento cruzado.
Profilaxia farmacológica
Drogas

3 grupos: inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos e não


nucleosídeos e inibidores de protease.
Esquema: Zidovudina (AZT) + Lamivudina (3TC) por 28 dias +
Raltegravir por 28 dias OU Nevirapina (NVP) por 14 dias em RN <
37 semanas.
Início
Se < 34 semanas: apenas AZT por 28 dias.

Preferencialmente na sala de parto ou até 4 HDV, aceitável até 48


HDV.
Profilaxia farmacológica
Riscos

Baixo risco:
- Uso de TARV desde a 1ª metade da gestação (20ª
semana) E
- Carga viral indetectável a partir da 28ª semana (3º
trimestre) E
- Sem falha na adesão à TARV
→ AZT por 4 semanas.
Profilaxia farmacológica
Riscos

Alto risco:
- Ausência de: pré-natal OU de tratamento materno OU
de profilaxia no momento do parto OU exame de CV OU
- Infecção aguda durante a gestação ou AM OU CV
detectável no 3º trimestre OU início de TARV 4 semanas
antes do nascimento OU diagnóstico no trabalho de
parto.
Profilaxia farmacológica
Profilaxia farmacológica
Efeitos adversos da AZT

- Anemia.
- Neutropenia.
→ Hemograma completo ao nascer e com 6 semanas.
→ Enzimas hepáticas.
Profilaxia da pneumonia
Pneumocystis jiroveci

- Sulfametoxazol-trimetoprima VO: 2 doses/dia,


3x/semana, em dias alternados.
- Até 2 CV indetectáveis ou até 1 ano em crianças
infectadas, independentemente da contagem de LT-
CD4; mantém por > 1 ano se CD4 < 200 células/mm3
ou < 25%.
Seguimento
Infectologia

- Até 15 dias do nascimento, preferencialmente nos


primeiros 7 dias. Caso não compareça, contatar a mãe.
Exclusão do diagnóstico
- Pelo menos, 2 CV indetectáveis após suspender profilaxia.
- Condições clínicas, desenvolvimento neuropsicomotor e status
imunológico.
- Sorologia anti-HIV NR aos 12 meses: se ausente soroconversão,
nova coleta aos 18 meses.
Hepatite B
● Doença não aumenta a morbimortalidade materna ou
fetal.
● Consequências clínicas: prematuridade (35%) e baixo peso
independentemente de infecção do RN.
● Transmissão vertical: sangue e secreções no TP (70-
90%) e intraútero raramente (< 2%). ⬆ se mãe HBsAg+,
HBeAg + e DNA-PCR positiva.
Hepatite B
● Ao nascimento, 90% é assintomático.
● Manifestações clínicas: a partir do 3º ao 4º mês de vida,
como hepatomegalia, icterícia com rápida recuperação e
discreto aumento de transaminases.
● HBsAg +: curso da doença prolongado, gravidade maior e
prognóstico pior (cirrose e morte).
Hepatite B
● Início dos sintomas: precoce (1ª semana de vida) x tardio
(2 ou 3 meses).
● Icterícia: pode surgir nas primeiras 24h ou após período
anictérico às custas de BD. Pode ser precedida de vômitos
e diarreia. Ausência de prurido.
● Raramente ocorre hepatite fulminante.
● Rastreamento: HBsAg > se +, aconselhamento e
imunoprofilaxia.
Hepatite B
Aguda Crônica Cura Vacina

HBsAg + + (> 6 - -
meses)

Anti-HBc + - - -
IgM

Anti-HBc +/- + + -
IgG

Anti-HBs - - + +
Profilaxia
Triagem

- Sorologia materna (HBsAg): IG = 30 semanas.


Vacinação

- Todos os RNs antes da alta hospitalar.


Imunoglobulina

- Obrigatoriamente se mãe HBsAg +.


Manejo não-farmacológica
Via de parto

Sem contraindicação para parto vaginal.

Evitar

Amniocentese e cordocentese.
Se necessário

Manobras de reanimação e aspiração gástrica: com SUTILEZA.


Manejo não-farmacológica
Banho

Na sala de parto > remover sangue e secreções.

Injeções IV ou IM

Apenas após o banho.


Aleitamento materno
Protocolo
Não de precaução
está contraindicado.
padrão

Medidas de precaução padrão: lavagem de mãos e uso de EPIs.


Manejo farmacológico
Imunoglobulina específica
- Administração: imediatamente após o nascimento, preferencialmente
nas primeiras 12h de vida, até 7 dias (não administrar após).
- ⬇ 84% o risco de transmissão vertical.
- Proteção temporária: 3 a 6 meses.
- HBIG 0,5 mL IM / ENGERIX-B 10 µg 0,5 ml / RECOMBIVAX 5,0 µg 0,5ml
IM.
- OBS: Ig e vacina devem ser administradas concomitantemente com
seringas, agulhas e locais de punção distintos. Se vacina
Manejo farmacológico
Vacina
- Termo: 3 doses (0, 1 e 6 meses).
- Pré-termo ou peso < 2000 g: 4 doses* (0, 1, 2 e 6 meses).
Se status sorológico da mãe desconhecido:
- Termo: sorologia > se HBsAg +, Ig o mais precoce possível, em até 7
dias e em local diferente da vacina.
- Pré-termo ou peso < 2000 g: Ig até 12h após nascimento + vacina
contra hepatite B.
Acompanhamento
Citomegaloviro
se na infecção aguda ou por
● O CMV pode ser transmissível
reativação de infecção prévia.
● Transmissão vertical: intrauterina, placentária,
intraparto (exposição à secreção no canal do parto) e pós-
natal precoce (leite materno ou transfusão sanguínea).
Citomegaloviro
● Clínica: RCIU, se exantema
microcefalia, petequial,
calcificações periventriculares, hepatoesplenomegalia,
icterícia colestática, ⬆ BD, trombocitopenia, ⬆
transaminases séricas, perda auditiva neurossensorial
(principal causa não hereditária).
● Sintomáticos: mau prognóstico.
● Assintomáticos: maioria, 5-15% têm anormalidades
tardias, como surdez neurossensorial (50% dos casos).
Definição de
● Clínica: caso
peso, comprimento, PC, hepatimetria, tamanho do
baço, fundoscopia (0, 12 e 60 meses).
● Avaliação auditiva: OEA, BERA (0, 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36
meses) > audiometria infantil a cada 6 meses até os 6
anos.
● Imagem: TC de crânio ao nascimento, se alterada, repetir
de acordo com a clínica.
● Exames complementares: HC, BTF, transaminases e estudo
Definição de
caso
● Diagnóstico: isolamento viral em cultura de fibroblastos
humanos, PCR e sorologias - pesquisa do CMV na urina (da
1ª à 3ª semana de vida).
● O diagnóstico materno de infecção primária é a
soroconversão em 2 amostras (1ª negativa e 2ª positiva
para IgM e IgG) com intervalos de, pelo menos, 4 semanas.
Tratamento
● Indicações:
- Infecção congênita confirmada, especialmente nas formas
graves, como sintomáticos, síndrome sepsis-like viral,
pneumonite intersticial e envolvimento do SNC
(calcificações intracranianas, microcefalia, atrofia cortical,
coriorretinite, surdez neurossensorial e LCR anormal).
- Excluída outras causas de infecção congênita.
- Idade < 1 mês.
Tratamento
● Droga:
- Ganciclovir: 8 a 12 mg/kg/dia 12/12h, rediluído em SF 0,9%
ou SG 5%, até 10 mg/mL, em infusão lenta EV por 1h, por
6 semanas EV.
- Valganciclovir VO para reduzir a sequela de surdez.
● Contraindicações:
- Neutropenia (< 500 cél./mm3) e plaquetopenia (<
50.000/mm3) > ⬇ 4 a 6 mg/kg/dia.
Tratamento
● Suspender se:
- Efeitos adversos persistirem por 1 semana ou piorarem.
● Acompanhamento (dias 3, 5, 7, 10, 14, 17, 21, 28, 35, 42 e
49):
- Hemograma completo.
- Ur e Cr.
- TGO.
- Bilirrubina total e frações.
Tratamento
● Acompanhamento:
- Monitorar o isolamento viral na urina e PCR nas semanas
1,2, 4, 6, 8, 10 e 12.
- LCR antes do início do tratamento, se alterado, repetir no
dia 42.
Prevenção
● Precaução de contato:
- Lavagem das mãos com clorexidina e limpeza de objetos
utilizados pelo paciente com solução de álcool a 70%.
● Medidas de higiene.
● ⬇ do número de parceiros sexuais, uso de preservativos, ⬇
do risco de exposição em transfusões para pré-termos <
30 semanas e peso < 1.500 g (leucodepleção dos
derivados sanguíneos de doadores positivos e uso de
Questões
USP - SP 2020
No exame físico inicial de um recém-nascido de termo, masculino, pequeno
para idade gestacional, foi notado microcefalia (PC: 31 cm) e presença de
petéquias em face. Frente aos achados, foi realizada uma ultrassonografia
transfontanela, com achado de calcificações periventriculares, sem outras
alterações.
Também colhido hemograma, com Hb: 16,2; Ht: 41%; leucócitos: 11.300;
plaquetas: 75.000. Triagem auditiva neonatal: falhou bilateralmente.
Nasceu de parto cesáreo por hiperatividade, filho de mãe de 32 anos,
tercigesta, sem comorbidades e com pré-natal inadequado, sem coleta de
exames.
Os seguintes exames maternos foram colhidos nesta internação: HIV: -;
VDRL: -; hepatite C: -; hepatite B: anti-HBs +, anti-HBc -, Hbs Ag -;
toxoplasmose: IgM - / IgG -; rubéola: IgM - / IgG +; CMV: IgM - / IgG +.
Frente à principal hipótese diagnóstica, a conduta indicada é:
Questões
Os seguintes exames maternos foram colhidos nesta internação: HIV: -;
VDRL: -; hepatite C: -; hepatite B: anti-HBs +, anti-HBc -, Hbs Ag -;
toxoplasmose: IgM - / IgG -; rubéola: IgM - / IgG +; CMV: IgM - / IgG +.
Frente à principal hipótese diagnóstica, a conduta indicada é:

a. A coleta de teste ampliado e cariótipo.


b. Pesquisa de citomegalovírus por PCR na urina.
c. Aplicar vacina e imunoglobulina para hepatite B.
d. Pesquisar consumo excesivo de álcool na gestação.
Questões
Os seguintes exames maternos foram colhidos nesta internação: HIV: -;
VDRL: -; hepatite C: -; hepatite B: anti-HBs +, anti-HBc -, Hbs Ag -;
toxoplasmose: IgM - / IgG -; rubéola: IgM - / IgG +; CMV: IgM - / IgG +.
Frente à principal hipótese diagnóstica, a conduta indicada é:

a. A coleta de teste ampliado e cariótipo.


b. Pesquisa de citomegalovírus por PCR na urina.
c. Aplicar vacina e imunoglobulina para hepatite B.
d. Pesquisar consumo excesivo de álcool na gestação.
Questões
HIAE 2022
RN de parto vaginal, filho de mãe HIV positivo há 5 anos, apresenta peso ao
nascer de 3.247 g, APGAR de 1' e 5: 7 e 9 respectivamente e Capurro: 39
semanas e 2/7.
A mãe fez uso correto de TARV durante toda a gestação e tem CV
indetectável do 3° trimestre. Dentre os esquemas profiláticos seguintes, o
mais adequado para esse RN a ser prescrito preferencialmente até 4 horas
de vida é:

Zidovudina e lamivudina por 28 dias.

Zidovudina por 28 dias.

Zidovudina por 28 dias e nevirapina.


Questões
HIAE 2022
RN de parto vaginal, filho de mãe HIV positivo há 5 anos, apresenta peso ao
nascer de 3.247 g, APGAR de 1' e 5: 7 e 9 respectivamente e Capurro: 39
semanas e 2/7.
A mãe fez uso correto de TARV durante toda a gestação e tem CV
indetectável do 3° trimestre. Dentre os esquemas profiláticos seguintes, o
mais adequado para esse RN a ser prescrito preferencialmente até 4 horas
de vida é:

Zidovudina e lamivudina por 28 dias.

Zidovudina por 28 dias.

Zidovudina por 28 dias e nevirapina.


Questões
Sobre a hepatite B, marque a opção CORRETA:

Gestante HBsAg positivo e HBeAg positivo deve receber tenofovir a partir de


28 semanas até 4 semanas pós-parto.

A via de transmissão ao recém nascido é o parto, havendo indicacão de


cesariana eletiva nas gestantes com carga viral HB-DNA acima de 107/mL.

Recém-nascido de mãe HBsAg positivo e HBeAg negativo pode ser tratado


apenas com vacinação, sendo a primeira dose aplicada nas primeiras 12
horas pós parto.

Puérpera HBsAg positivo deve ser orientada a suspender a amamentação até


o recém nascido completar o esquema de vacinação.
Questões
Sobre a hepatite B, marque a opção CORRETA:

Gestante HBsAg positivo e HBeAg positivo deve receber tenofovir a


partir de 28 semanas até 4 semanas pós-parto.

A via de transmissão ao recém nascido é o parto, havendo indicacão de


cesariana eletiva nas gestantes com carga viral HB-DNA acima de 107/mL.

Recém-nascido de mãe HBsAg positivo e HBeAg negativo pode ser tratado


apenas com vacinação, sendo a primeira dose aplicada nas primeiras 12
horas pós parto.

Puérpera HBsAg positivo deve ser orientada a suspender a amamentação até


o recém nascido completar o esquema de vacinação.
Referências bibliográficas
PAES, Liliana Soares Nogueira, CIARLINI, Nerci de Sá Cavalcante.
ABORDAGEM DO RECÉM-NASCIDO DE MÃE SOROPOSITIVA PARA O
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) ADQUIRIDA. Protocolo
MEAC, 2022.

PAES, Liliana Soares Nogueira, CIARLINI, Nerci de Sá Cavalcante.


INFECÇÃO PELO CITOMEGALOVIRUS. Protocolo MEAC, 2018.

PAES, Liliana Soares Nogueira, CIARLINI, Nerci de Sá Cavalcante.


INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B (VHB). Protocolo MEAC, 2023.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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